A tarde estava calma e muito radiante. O mar trazendo e levando pequenas ondas. Pessoas relaxando sobre suas cangas na areia e o sol dando vida a tudo que ali estava. Christopher e Belinda arrumam as coisas para voltarem à terrível barulheira da cidade grande. O seu Audi bem estacionado no final da fileira brilhava como uma estrela e por conta disso recebia o nome de Star. Devem estar se perguntando por que diabos um carro receberia um nome? Eu não faço a menor idéia, “Christopher e suas cabulosas manias.” era a amável frase de Bel para com seu namorado.

   Uma longa estrada os recebia de volta. Tranqüila e sem muito movimento. Os dois conversavam animadamente sobre a programação da semana ao som de uma música de fundo. Christopher se empolga no abraço que Bel lhe da e vira-se para beijá-la. Sem perceber o que os aguardava na curva, um enorme caminhão vinha em alta velocidade na contra mão. Quando os jovens percebem o perigo já era tarde. O caminhão os acerta em cheio, empurrando-os de volta até atingir a parede do morro. A ferragem do carro perfura a pobre jovem, mas felizmente não causou morte instantânea. Christopher fora salvo graças ao seu iceberg, que protegera todo seu tórax. As ferragens não foram tão amassadas no seu lado, evitando qualquer dano na parte inferior do seu corpo.

    No hospital a equipe médica fez tudo para socorrer Belinda, mas de nada adiantou. Vinte minutos depois de ser internada falecera. Christopher por não ter sofrido ferimentos mais graves sobreviveu. Porém, ao receber a notícia de que sua querida amada havia morrido preferiu não ter tido essa sorte. Martirizando-se até os dias de hoje culpando-se de tê-la matado.