A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo são 12 páginas de Word, por isso, quero comentários, OK?
Ah, e espero que gostem, claro!



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Capítulo 8

POV Demi Adams

Quando acordei, sentia-me doente. Parecia que tinha febre.

-Tia? – chamei-a. Ela não me ouviu e eu recolhi-me um pouco mais para dentro dos lençóis com frio.

Ouvi passos a subirem e depois a porta abriu-se.

-Ainda estás na cama, Demi?! – disse ela, indo abrir os cortinados.

-Tia, não me sinto muito bem – falei.

Ela virou-se e colocou a mão em cima da minha testa.

-Estás muito quente. Acho que estás com febre. Dói-te alguma coisa?

Acenei com a cabeça e completei:

-O corpo e a garganta.

-Hum, acho que tenho medicamentos cá em casa. Já volto. Ah, e hoje não vais há escola.

Demorou uns dez minutos, mas quando voltou, acho que trazia a farmácia inteira. Colocou tudo em cima da mesa e depois foi indicando as várias coisas:

-Xarope para febre, também tens estes comprimidos, pastilhas para a garganta e comprimidos para combater a gripe.

-Obrigada, tia.

-De nada. Não te importas que eu vá trabalhar, pois não?

-Não, eu fico bem.

-OK. Então até logo – despediu-se ela e deu-me um beijo na testa.

Levantei-me e fechei os cortinados. Bebi o xarope, tomei os comprimidos para a gripe e coloquei na boca uma pastilha para a garganta.

Adormeci instantaneamente, e quando acordei, tinha Buddy aos meus pés. Olhei para o relógio que tinha na mesa ao lado da cama e mostrava que eram onze horas. O meu estômago rugiu e corri até há cozinha para trincar algo. Depois voltei até ao quarto, com uma bolacha na mão abri o meu roupeiro e tirei de lá qualquer coisa ao acaso. Vesti-me rapidamente, voltei a tomar os remédios e saí de casa, bem agasalhada (http://www.bymk.com.br/looks/1097392).

Conduzi com um zumbido na cabeça e tentando concentrar-me na estrada. Felizmente, não estava muito movimento na estrada.

Quando cheguei bati à porta e esperei. Esta abriu-se e apareceu alguém que eu não conhecia.

-Sim?

-Bom dia, sou a Demi – falei educadamente. – O Damon está?

-Está sim. Eu vou chamá-lo. Podes esperar na sala.

-Obrigada – disse e entrei.

Fiquei na sala, observando a paisagem que eles tinham da sala.

-Olá, Demi – disse Damon e eu virei-me. – O que te trás por aqui?

-Oi. Damon – disse meio reticente. Fitei-o e disse: - Ontem, aconteceu-me uma coisa muito estranha.

-O que foi?

Tirei o cachecol do pescoço e tirei o cabelo deste. Virei o pescoço num ângulo de maneira que ele pudesse ver.

-Isto.

Ele pareceu surpreendido e aproximou-se lentamente.

-Não sei o que aconteceu, Damon! Só me lembro de te ter levado à porta. Mais nada!

-Que horror! – exclamou ele e tocou no sítio da ferida. – Quem é que te faria uma coisa destas?

-Damon… estou assustada.

Ele olhou-me mas não disse nada. Ficámos a olhar-nos mutuamente, sem proferirmos qualquer palavra.

Eu não sabia o que fazer ou dizer. Nem sequer sabia o que era respirar. Os seus olhos hipnotizavam-me de uma maneira única. Parecia que tinham vida própria.

-Demi, queres que eu te ajude a procurar o estúpido que fez isto? - indagou ele, acordando-me do transe.

-Eu não sei quem é que foi, Damon.

-Mas vamos tentar descobrir! - falou ele e afastou-se de mim. Sentou-se no sofá antigo, que parecia banhado de ouro e falou:

-Pareces cansada. O que realmente aconteceu?

-Estou doente - respondi.

-Então, não devias de estar aqui - disse ele parecendo não entender os meus motivos.

-Eu tinha que saber se viste alguma coisa suspeita quando saíste da minha casa.

Ele pareceu pensativo.

-Não, lamento, mas não vi nada que me parecesse suspeito.

-Hum, está bem - disse sem saber bem o que falar. - Então é melhor ir embora.

-Queres que te leve a casa?

-Não é preciso, eu trouxe carro.

-OK. Então...

-Vou embora - falei completando a frase dele.

Ele levou-se até à porta e eu saí. Entrei no carro e dei um breve aceno a ele. Depois, fui até casa, vesti o pijama e voltei a adormecer.

POV Damon Salvatore

Estúpido, estúpido, estúpido! Eu não devia de ter feito aquilo! Ela vai suspeitar que fui eu, de certeza! Basta ela juntar dois mais dois (que vai dar 4, já agora). O que raios vou fazer?

Olhei para o relógio e faltavam dez minutos para Caroline sair da escola. Peguei no carro e fui andando até à escola e estacionei mesmo ao lado do carro de Elena, apenas para irritar o meu irmão (é, eu sou um génio!).

O toque soou e fiquei a ver os vários estudantes saírem. Quando avistei Caroline, saí do carro com estilo (eu sou muito bom), causando alguns suspiros de algumas raparigas. Obrigado, o Mr. Sedução/Lindo/Charmoso/Irresistível chama-se... Damon Salvatore!

-Oi, Damon - disse Caroline e eu beijei-a nos lábios quentes, macios e com gloss de sabor a morango.

-Oi linda - sussurrei ao seu ouvido.

-Damon.

Oh, caraças, tinha que vir o meu maninho querido acabar com a boa acção do dia!

-Stefan - falei no mesmo tom, que podia definir como tenso e não surpreendido.

-Oi, Damon - falou Elena sorrindo. - Tu e Caroline estão convidados para o jantar que vou fazer lá em casa.

-Obrigado, pelo convite, Elena - disse agradecendo, sorrindo divertido. - É claro que vou.

Stefan enrijeceu e olhou-me duro. Aahaha, eu sei, sou muito maléfico! Hellooo, sou um vampiro!

-Óptimo. Ás oito, na minha casa.

-Lá estaremos - falou Caroline.

Stefan e Elena entraram no carro dela e partiram.

-Damon, hoje vou ter treino de cheerleader. Podes ir levar-me?

-A que horas?

-Ás seis.

-OK. Mas enquanto isso não acontece, queres ir ao Mystic Grill?

-Pode ser! - disse ela, dando-me um beijo e entrando no lado do pendura.

POV Elena Gilbert

Eu e Stefan fomos até há minha casa. Fiz um pequeno lanche e equipei-me para o treino de cheerleader.

-Stefan, hoje levas-me ao treino?

-Claro que sim! – disse ele sorrindo e bebendo um pouco de sumo de manga.

-Sabes o que também seria bom? Integrares-te mais na vida escolar.

-Que queres dizer? – disse ele pegando numa fatia de fiambre e colocando dentro do pão de cereais.

-Por exemplo, podia entrar para a equipa de râguebi (N/A: também conhecido como futebol americano).

Ele pareceu pensativo e fitou-me.

-Não gosto muito da ideia, Elena.

-Por favor Stefan! – exclamei e peguei-lhe nas mãos. – Por mim?

-Vou pensar.

-O primeiro treino é hoje. Vê se pensas depressa.

-Vou pensar, já disse! – disse ele levantando as mãos em sinal de rendição e sorrindo para mim. Foi impossível também não sorrir.

-Sobre o trabalho de História, podíamos fazer este Sábado, que achas?

-Durante a parte da manhã? – completou ele.

-Sim. Mas deixa-me telefonar à Demi.

Peguei no meu telemóvel e disquei o número dela.

-Estou?

-Demi? – inquiri querendo ter a certeza que era ela. A sua voz estava apagada, não tinha vida.

-Oi Elena. Sim, sou mesmo eu. Mas estou doente.

-A sério?

-Sim. Estou cheia de febre e dores de garganta.

-Lamento imenso – disse de maneira sincera. Felizmente, que o meu sistema imunitário era muito forte e raramente ficava doente. – Queres que passe aí depois do treino para te dar os apontamentos?

-Sim, por favor.

-OK. Então até logo.

-Até logo, Elena – disse ela rouca.

Desliguei e falei para Stefan:

-Passamos em casa da Demi depois do treino, pode ser?

-Claro – disse e olhou para o relógio. – Por falar nisso, temos que ir andando.

-OK – falei desanimada.

POV Demi Adams

Elena veio depois do treino e falou-me do jantar.

-Eu adoraria ir, Elena – falei para ela. – Já estou melhor e tudo, só me dói a garganta, portanto, desde que não faças algo muito frio, acho que consigo ultrapassar.

-Óptimo! Então até já! – disse ela, dando-me um beijo e entrou no carro de Stefan, donde ele me acenou. Retribuí o aceno.

Subi as escadas e escolhi um vestido roxo, uns sapatos de salto alto rosas, umas pulseiras prateadas e uma roxa, um colar que tinha indícios de roxo e prata, uns brincos em argola e tirei do joalheiro da minha mãe um anel com uma ametista (http://www.bymk.com.br/looks/782443). Escolhi um casaco de malha preto longo e corri para o chuveiro. Tomei um banho bastante quente para aquecer o meu corpo e troquei-me rapidamente. Coloquei rímel e um gloss rosa claro e base (especialmente no sítio da cicatriz no pescoço), peguei numa bolsa rosa e parei na cozinha para deixar um recado á minha tia.

Tia,

Fui jantar a casa da Elena mais uns amigos.

Não te preocupes, já não tenho febre, só um pouquinho de dores de garganta, mas vou bem agasalhada.

Prometo que não volto tarde, antes da meia-noite estarei cá de certeza.

Bjs.

Deixei o recado em cima da bancada da cozinha e saí do carro. Dirigi calmamente até casa da Elena e estacionei mesmo à porta. Toquei há campainha e Elena apareceu.

-Oi! – exclamou ela e abraçou-me. – Estás melhor?

-Bem melhor, obrigada.

-Entra! A Bonnie, a Caroline e o Damon já chegaram. Estávamos a meter a mesa.

-Vou ajudar! – disse e deixei a mala e o casaco no cabide ao pé da porta. – Olá!

-Demi! – exclamou Caroline e veio abraçar-me. – A Elena disse-me que estavas doente. Estás melhor?

-Bem, melhor, obrigada!

-A minha avó sabe fazer remédios santos! Se um dia precisares, estás à vontade! – disse Bonnie colocando as facas em cima da mesa e sorrindo para mim.

-Obrigada, Bonnie, mas acho que isto foi só porque eu mudei de clima.

-Esperemos bem que sim! – disse Stefan apagando o fogão e virando-se para mim. – O tempo em Mystic Falls é muito incerto.

-Já percebi isso! – retorqui.

-Está linda, nesse vestido! – observou Caroline. – Onde é que o compraste?

-Na Marc Jacobs em Nova Iorque. É um dos meus vestidos favoritos.

-Uau! Impressionante!

-Fica-te muito bem – disse Damon abraçando Caroline por trás.

-Damon! – disse Caroline.

-Só estou a falar a verdade! – defendeu-se Damon e eu sorri.

-Tem calma, Caroline! – disse dando uma ajuda a Damon. – Também estás muito bonita hoje!

-Obrigada, Demi – agradeceu ela sorrindo, mostrando as suas covinhas. – És um doce.

-Vamos comer? – disse Elena colocando uma travessa de esparguete á bolonhesa em cima da mesa, com a ajuda de Stefan que colocou o queijo ralado e mais algumas especiarias.

Sentámo-nos e do meu lado esquerdo ficou Bonnie e do lado direito ficou Elena. Há minha frente ficaram Damon e Caroline.

Comemos e conversámos bastante. Caroline falou do quão entusiasmada estava para o jogo e ficámos todos surpreendidos quando Stefan disse que iria entrar para a equipa de râguebi.

A sobremesa foi bolo brigadeiro com recheio de chantilly. Estava maravilhoso. Bonnie ajudou Elena a fazer o chá enquanto que eu, Stefan, Caroline e Damon fomos para os sofás. Caroline sentou-se no colo de Damon e fitou-me com os olhos que ela tinha (bem bonitos, por acaso).

-Conta coisas sobre NY, Demi. Já fiz a minha lista!

-Óptimo! – falei com falso entusiasmo. – Mas por favor, as mais longas podem ficar para outro dia? Com a minha voz assim, não vou chegar nem a metade das perguntas de desenvolvimento!

Todos rimos e Caroline retorquiu:

-Na verdade, até são bastante pequenas!

-O chá está pronto! Tem mel para a tua garganta, Demi – falou Elena pousando o grande bule de chá na mesa e colocando chá em cada uma das canecas. O chá deitava fumo. Foi entregando uma a uma e depois Caroline foi começando com as perguntas dela, enquanto bebericávamos o chá escaldante.

-Nome completo e registos familiares – disse ela.

-Demitria Adams, 16 anos, 11º ano na High School de Mystic Falls, Tiara e Cameron Adams são os pais e Kellan é o irmão mais novo.

Caroline deu um pequeno guinchinho e Bonnie perguntou:

-Que foi?

-É estranho ela empregar o “é” e “são”, sendo que eles já não estão vivos.

Pela primeira vez, as lágrimas começaram a vir-me aos olhos sem pensar nelas. Todos na sala enrijeceram e o clima ficou rapidamente mais frio.

-Está frio – disse gélida. – Vou buscar o meu casaco. –  E onde é a casa de banho, Elena?

-Sobes as escadas e é logo em frente.

-OK.

Pousei a caneca na mesa e saí de lá. Caraças, isto é horrível! Será que as lágrimas nunca mais iram parar? Eu sei que temos 20 litros de lágrimas, e uma pessoa poderia ficar dias a chorar que esses vinte litros demorariam muito a desaparecer, mas, por favor! Isto um dia tem que parar!

Peguei no casaco, que estava ao pé da mala e pensei duas vezes se não valeria a pena pegar na mala e sair dali. Vesti o casaco e subi as escadas. Quando cheguei à casa de banho, permiti-me chorar, com soluços incluídos. Sentei-me no chão e uma porta abriu-se de rompante.

-Demi! – disse Elena ajoelhando-se á minha frente. – Eu sei que dói.

-Mais do que eu pensava – confirmei e abracei-a. Ela também me abraçou e deixou-me chorar no seu ombro. Quando o choro começou finalmente a deixar de escorrer tanto, levantei-me e limpei as lágrimas. Ainda bem que o rímel era á prova de água, senão estaria toda borrada.

-A Caroline não tem um travão entre o cérebro e a boca. Tudo o que ela diz, sai-lhe instintivamente.

-Eu sei, já compreendi isso, e até estava preparada. Ou achava que estava.

Ela colocou os meus cabelos atrás das costas e disse:

-Neste momento, vamos buscar forças aonde pensávamos que elas não existiam. É por isso que estamos aqui.

-Obrigada, Elena.

-De nada.

Saímos as duas eu forcei um sorriso. Quando desci as escadas, o meu sorriso ainda estava na minha cara, mas eu sei que quem me olhasse nos olhos, saberia que não era verdadeiro.

-Lamento ter dito aquilo, Demi. Não te queria magoar – disse Caroline.

-Está tudo bem, não te preocupes – descansei-a. – Tens mais perguntas?

-Sim, tenho! Média de namorados por ano.

Pensei um bocado e perguntei:

-Estás a referir-te a flerts ou a namoro a sério?

Ela sorriu ainda mais.

-Todos.

-Trinta.

-Uau! – disse Bonnie. – Eras assim tão popular?

-Sim, era. A minha escola era de elite. Assim como todos nós que andávamos lá.

-Isso é espantoso! Conta mais coisas! – exclamou Caroline e eu falei-lhe de um pouco de tudo: as festas, as noitadas, as discotecas, as secas de «stôres» que tínhamos, as zangas, os amigos, as amigas, os embaraços, tudo. Quando acabei, ela tinha os olhinhos a brilhar.

-Adoro-te! Já sou tua fã!

Rimos todos na sala.

-Está a ficar tarde – disse Bonnie. – Acho que vou andando.

-Eu também – disse Damon. – Vamos Caroline?

-Sim, vamos.

-Também vou – disse e despedimo-nos de todos.

Voltei para casa e já estava quase no limite da meia-noite. A TV ainda estava ligada e a minha tia estava lá, a ver um programa qualquer.

-Boa noite, tia – disse dando-lhe um beijo.

-A noite foi bem longa, hã?

-Sim, foi. A Caroline queria um relatório da minha vida detalhada quando eu ainda vivia em Nova Iorque.

-Aquela Caroline…

-Não sejas assim. Ela é boa pessoa! – exclamei. – Estou cansada, vou para a cama, está bem?

-OK. Ah, é verdade, suponho que já estás melhor, por isso, amanhã vais à escola, está bem? – disse ela, num tom acusatório e em jeito de ameaça.

-Nem eu pensava noutra coisa. Até amanhã, tia.

-Até amanhã.

Despi-me, coloquei o meu pijama e peguei no meu diário.

Querido diário,

Hoje estive doente o dia todo, mas depois fui jantar com a Elena, o Stefan, a Caroline, o Damon e a Bonnie. Eles são muito queridos.

Mas Caroline teve uma saída feia, falou na maneira como eu colocava os tempos verbais; em vez de serem no passado, eram no presente. Aquilo chocou-me de uma certa forma, e eu comecei a chorar. Na verdade, ela até nem tem razão. Eles continuam a ser os meus pais e o Kellan continua a ser meu irmão, o pormenor é que já não estão aqui comigo. Mas isso não muda nada. Serão sempre a minha família.

Vou dormir.

Arrumei o diário e apaguei a luz. Tive o sonho mais estranho da minha vida. Sonhei que estava num cemitério e que o tal corvo estava lá, mas depois veio uma névoa e apareceu Damon, no lugar do corvo. Sério, o sonho era assustador!

Quando acordei, tomei um banho rápido, disfarcei a cicatriz do meu pescoço, vesti-me, peguei na minha mala e saí de casa.

Peguei no carro e fui andando até à escola. Quando cheguei lá, sentei-me ao lado de Stefan e Elena.

-Oi!

-Oi, Demi! – exclamou Elena. – Estás melhor?

-Sim, estou – falei e sorri.

-OK, sou oficialmente uma bruxa! – exclamou Bonnie e sentou-se ao meu lado. – Falei com a minha avó e ela deu-me um livro cheio de feitiços e poções e todas as coisas que as bruxas fazem! Acho que ela está a enlouquecer!

-Porque dizes isso? – indagou Stefan sorrindo.

-Sei lá! Ela já não está muito bem da cabeça, já não diz coisa com coisa e enfim, está a envelhecer!

-Não digas isso! – falei. – Velhice é sabedoria!

-Nisso tens razão. Mas já não se aplica ao caso da minha avó.

-Bom dia, bom dia, bom dia! – cantarolou Caroline. – Vamos para a aula? Está quase a tocar!

-Sim, vamos – disse eu e levantei-me. Fomos todos andando para a aula, mas infelizmente, agora só iria ter Matemática e com o Stefan.

Entrámos os dois e sentámo-nos ao lado um do outro.

-Deve de ter sido uma virose, não? – disse ele enquanto eu tirava os livros.

-Sim, deve de ter sido – menti. Céus, eu odiava mentir!

-O Damon contou-me tudo, Demi. Não precisas de mentir.

Olhei para ele aterrorizada. Como?

-Estou preocupado contigo, Demi. Talvez o mais seguro seria afastares-te dele – aconselhou ele.

-Que estás para aí a falar? – disse em pânico. Isto não me estava a acontecer!

-O Damon é… imprevisível, Demi.

-Não estou a perceber – disse.

-Bom dia, a todos! – disse o professor e a aula começou.

Depois das aulas, tinha que ir falar com o Damon. Ele não podia ter contado aquilo a ninguém!

A campainha tocou e saímos. O resto das aulas foi normal e depois delas fomos todos ao Mystic Grill jogar. Quando Damon apareceu, e vi ele a beijar Caroline, o meu estômago revirou-se e eu tive que correr para a casa de banho vomitar o almoço. Mas que raios se passava comigo? Será que ainda não tinha recuperado da virose?

Quando regressei junto de todos, estavam todos com caras preocupadas e eu apenas fui ao balcão pedir uma coca-cola e uma sandes com fiambre. Comi rapidamente e voltei a jogar snooker.

-Está tudo bem? – indagou Damon ao meu lado, num tom muito baixo que apenas eu ouvia.

-Não, não está. Vem ter comigo á casa de banho dentro de três minutos.

Saí do jogo com a justificação que não me estava outra vez a sentir bem e três minutos depois a porta abriu-se e ele entrou com o rosto preocupado.

Empurrei-o contra a porta, com uma mão no seu peito e acusei-o.

-Tu contaste.

-Sim. Mas foi só ao meu irmão! – confirmou ele, parecendo surpreendido com o meu ataque de fúria.

-Damon… eu estou a falar a sério. Conta-me, o que realmente aconteceu?

Decidi ser directa. Eu sentia algo (um sexto sentido) que ele sabia o que tinha acontecido no dia anterior. E eu achava que contar ao irmão, parecia que ele estava a desvalorizar a situação. E só se desvalorizava em duas situações: ou se sabia claramente o que tinha acontecido e sabia-se que não era nada de importante ou então não era mesmo nada de importante (ex: ter medo do escuro). E eu tinha um palpite que era a primeira hipótese.

-Demi, eu não sei do que estás a falar! – exclamou ele tirando a minha mão do seu peito e virando a situação. Agora, quem estava encostada á porta era eu. – Olha-me nos olhos.

-Não – disse baixando-os propositadamente. Se eu o olhasse, de certeza que ele se assustaria, eu estava furiosa, o meu corpo queimava e os meus olhos ardiam de fúria.

-Por favor – pediu ele, num tom que mostrava desespero.

-Não! – exclamei e tentei afastá-lo, mas as suas mãos prenderam-me os pulsos, não me deixando mover. OK, só tinha uma solução: levantei o joelho e bati-lhe com a maior força que tinha no meio das pernas.

Ele sufocou e falou num tom mais grave:

-Mesmo para um vampiro, nesse sítio dói na mesma.

-O quê? – indaguei e levantei a cabeça.

O que eu vi, foi a imagem mais aterrorizante da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Acaba com grande suspense, não é? Para a semana (ou talvez Sábado) há mais!

Bjs



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