Quando em 1918... escrita por Leh Cullen


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!
Que tal recomendações hein?

Boa leitura!



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Capítulo 6

Era hoje o dia a tal quermesse e eu estava me remoendo em ansiedade, quero dizer uma quermesse não era um grande evento. Minha ansiedade era devida à companhia que eu teria na quermesse, Edward, e não ao evento. Se fosse no século XXI o convite para acompanha-lo em algo, por mais singelo que fosse, como uma quermesse, seria um encontro, e não um simples passeio, como era o caso de hoje a noite.

Então logo Edward veio me buscar para as aulas de piano. Ele estava mais lindo do que eu podia sequer começar a imaginar. Ele tinha uma barba rala por fazer e aquilo mexeu comigo, pois em meus pensamentos mais profundos sempre imaginei como seria um Edward com barba, e não me decepcionei, mas me obriguei a segurar um suspiro de apreciação.

-Olá! –ele disse animado assim que me viu.

-Olá! –respondi igualmente animada.

Minha mãe ainda conversou um pouco sobre a hora que ele viria me trazer e buscar de novo para a quermesse, e logo nós seguíamos para a casa dos Mansen de braços dados.

-É impressão minha ou você não dormiu muito bem? –perguntei delicadamente.

-Não é impressão, não dormi mesmo. –ele disse sorrindo.

-Por quê? –perguntei.

-Ansiedade acho e eu andei pensando sobre alguns conceitos meus. –ele disse sorrindo torto. –Nem tive tempo de fazer a barba. –ele disse passando a mãos pela sua barba fazendo uma cara de desgosto em seguida.

-Eu gostei, barba fica bem em você. –eu disse corando e então sua expressão de desgosto sumiu.

Logo estávamos em sua casa, fui recebida animadamente pela senhora Mansen e depois às duas horas seguintes foram dedicadas as minhas aulas.

-Você está indo muito bem Bella. –disse ele animado.

-Obrigada. –eu corei e comecei a dedilhar uma musiquinha que eu havia aprendido com a Reneé do futuro. –Do ré mi fa, fafa, do ré do ré réré, do sol, la si, sisi do ré mi fa, fafa! –eu cantarolei alegre e então ouvi Edward rindo e olhei corada para ele.

-Onde você aprendeu isso? –ele apontou para o piano e dei de ombros. –Me ensina. –ele disse ficando ereto esperando e então foi a minha vez de rir.

-A aluna ensinando o professor hein! –eu disse erguendo uma sobrancelha e ele riu.

Então eu ensinei a musiquinha para ele e ele logo cantava animado tocando em seu piano.

-Oh mais que graça! –ouvi à senhora Mansen parada na porta da sala nos encarando, nós ainda riamos e tocávamos no piano a musiquinha infantil. –Queridos deixem as aulas um pouco de lado, tem um sol lindo lá fora, porque não vão aproveitar um pouco no jardim? –ela disse apontando para fora.

-Se eu não for incomodar. –eu disse.

-De jeito nenhum. –disse Edward se levantando e estendendo seu braço para que eu o segurasse.

Edward me levou até a porta dos fundos da casa e me deparei com um balanço no jardim da casa. Estava um dia ensolarado e muito agradável, não pude deixar de reparar na falta do brilho na pele de Edward enquanto ele andava pelo sol.

Nós nos sentamos no balanço e conversamos algumas banalidades.

-... E então que faculdade o senhor pretende cursar? –perguntei.

-Hmmm... Antes de me interessar em ser um soldado, pretendia seguir os passos de meu pai na advocacia. –ele disse.

-Não consigo te enxergar como um advogado. –declarei.

-Não? –ele questionou. –Então em que profissão a senhorita me vê? –disse divertido.

-Mais como... –eu fingi pensar. –Como um médico. –falei, lembrando de uma conversa que tive com um Edward vampiro no futuro.

-Médico? –ele tinha uma ruga pensativa entre a testa, e por algum motivo tive vontade de tocá-la, mas me controlei. –É uma coisa a se pensar. –e então ele se virou para mim sorrindo lindamente.

-Então o senhor não tem mais a intenção de ir para a guerra? –perguntei curiosa.

-Não mais. –foi só o que ele disse. –E você? –perguntou depois de um tempo.

-Eu o que?

-Se você fosse à faculdade o que cursaria?

-Literatura acho. –eu disse pensativa. –Eu sempre brinquei com a idéia de ser uma escritora de romances. –ele sorriu.

-Eu compraria seus livros. –ele disse. –Seria seu ã numero 1. –e então eu corei.

Ficamos divagando um pouco pelas idéias dele se tornar um médico muito importante e eu uma escritora consagrada, mas em algum ponto nossa conversa mudou e foi parar em nossos gostos.

-Macarronada? Por quê? –perguntei depois de lhe perguntar sobre sua comida favorita.

-Não sei muito bem por que gosto tanto de macarronada. –disse ele pensativo. –Tem algo nos almoços de domingo que me agradam e não sei porque domingo é dia de macarronada. –ele disse rindo brincalhão.

-Também não entendo isso. –eu disse. –Quando eu tiver minha própria casa, farei macarronada sempre que der vontade. –eu disse sorridente.

-Então a senhorita também gosta de macarronada? –ele perguntou.

-Tudo que envolva massas, sim. –eu disse. –E a sua sobremesa favorita?

-Pudim de leite. –ele falou com uma cara sonhadora. –E a sua?

-Não sei bem... Sendo doce pra mim é o que vale. –eu disse.

-Não, tem que ter algo que você prefira mais. –ele sorriu.

-Hmm... Ok. Não ria. –eu disse e ele se empertigou todo fazendo sinal de juramento. –Acho que bolo de chocolate, com recheio de chocolate e cobertura de chocolate. –não deu outra ele riu.

-Fico até imaginando a cena... –ele disse. –Seus filhos comendo macarronada todo dia e depois comendo bolo de chocolate.

-Ah não quero que meus filhos se pareçam comigo. –eu disse. –Já pensou um bando de criancinhas desengonçadas correndo pela casa? –eu falei e ele riu ficando serio logo depois.

-Eu gostaria que meus filhos se parecessem com a senhorita. –ele disse me olhando nos olhos e então eu corei absurdamente abaixando a cabeça. –Me desculpe, eu fui indecoroso. –ele disse.

-Não há porque se desculpar. –eu disse levantando a cabeça e rindo. –Eu gosto que você seja assim... Espontâneo, espero que isso não mude nunca. –eu falei e ele mais uma vez sorriu torto.

-Não vou mudar prometo. –ele me olhou serio mais uma vez e então colocou sua mão sobre a minha que estava em meu colo, virei a minha palma para cima fazendo com que nossos dedos se entrelaçassem, tanto eu quanto ele ficamos olhando para nossas mãos juntas por um bom tempo.

-Queridos. –ouvi à senhora Mansen nos chamar da porta dos fundos e automaticamente nossas mãos se separaram, o que me fez sentir uma sensação de perda. –Está na hora da senhorita Swan ir para casa, se vocês quiserem ir à quermesse ainda hoje. –ela disse.

-Muito bem. –disse Edward se colocando de pé com um sorriso imenso no rosto. –Vamos? –ele mais uma vez estendeu seu braço para que eu o segurasse em um gesto muito cavalheiresco.


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Notas finais do capítulo

N/A: Aine sse Ed é tão fofo gente! Eu quero um desses pra mim!

Deixem muitos comentarios e recomendações ok!

Bjus