Quando em 1918... escrita por Leh Cullen


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Hey gente voltei com um capitulo novinho!Boa leitura!



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Eu estava decidida a ir ver Carlisle, só tinha que arrumar alguma desculpa. Eu sabia que ele trabalhava a noite, e iria ser meio que difícil sair de casa durante a noite, mas daria meu jeito, nem que fosse sair escondida, apesar de saber que isso seria um tanto quanto arriscado.

Eu teria aulas novamente com Edward hoje depois do almoço e estava ansiosa para que ele viesse logo me buscar. Minha mãe a todo o momento ficava me lançando sorrisinhos maliciosos, e me dando aquele olhar que diz sei de uma coisa que você não sabe. Eu bufava e continuava a olhar pela janela. Então subi para o meu quarto para me arrumar, sentei em frente ao espelho e tentei fazer alguma coisa com o cabelo, mas não deu muito certo, então eu o penteei e os deixei solto mesmo. Nesse instante eu ouvi conversas no andar de baixo e meu coração disparou loucamente em meu peito e desci para ver quem era.

–Bella querida, Edward já esta aqui. –minha mãe disse no pé da escada.

–Olá. –eu disse meio afobada pela rápida corrida.

–Olá. –ele sorriu o meu sorriso torto favorito. –Vamos?

–Vamos. –eu disse seguindo-o até a porta, e quando já estávamos do lado de fora ele deu o braço para que eu o segurasse e caminhamos em direção a sua casa, pelo caminho não pude deixar de notar olhares em nossas direções.

–Estão todos curiosos. –disse Edward quando percebeu que eu estava ficando envergonhada com os olhares.

–Pelo que?

–Para saber o que esta acontecendo entre o jovem senhor Masen e a linda senhorita Swan. –ele disse sorrindo de lado e não pude deixar de corar com o elogio que ele havia me feito.

–Bom... O jovem senhor Masen, está dando aulas particulares de piano a senhorita Swan. –eu disse.

–Sim e os pais de ambos tem expectativas pelo casamento. –ele comentou com a voz divertida.

–Mas são somente aulas de piano não é? –perguntei e o olhei esperando por uma resposta divertida ele suspirou pesado e o sorriso não estava mais ali.

–Sim. –disse ele e percebi que já chegávamos em sua casa.

A aula foi a mesma coisa da anterior, ele havia me ensinado alguns arranjos que eu poderia fazer com as notas básicas que eu havia aprendido e no final da aula ele tocou uma musica, lenta e harmoniosa.

–É linda essa musica, de quem é? –perguntei.

–Minha. –ele disse sorrindo de lado o olhei surpresa, pois eu sempre imaginei o Edward vampiro compondo musicas, nunca me passou pela cabeça que Edward humano também o fazia.

–É muito linda meus parabéns.

–Não tão linda quanto à senhorita. –ele disse com uma expressão séria, me fazendo corar.

–Obrigada. –eu disse olhando em seus olhos. –O você também é muito bonito.

Ficamos assim, por um bom tempo nos encarando quando eu o ouvi suspirar e olhar no relógio na parede.

–Acho que esta na hora de levá-la de volta. –disse.

–É. –falei pesarosa.

Edward me levou até a sala de leitura da casa para que eu pudesse me despedir de sua mãe e depois caminhou comigo até minha casa.

–Senhorita. –ele me chamou pelo caminho e me virei para ele.

–Sim?

–Amanhã terá uma quermesse para arrecadar fundos para a igreja, gostaria de me fazer companhia? –ele perguntou e notei um leve rubor se espalhando em suas bochechas.

–Eu adoraria. –respondi sorrindo e então ele sorriu largo.

–Então amanhã teremos as aulas de piano mais cedo, te trago até a sua casa e venho te buscar as sete para podermos ir juntos. –ele disse sorrindo animado, fazendo com que meu coração acelerasse no peito, as reações de Edward como himano eram fascinantes!

–Tudo bem. –respondi. Já estávamos em frente a minha casa e então Edward pegou em minha mão beijando-a e se despedindo de mim.

Foi à mesma coisa de ontem, minha mãe me encheu de perguntas e respondi a todas, quando comentei que Edward havia me convidado para a quermesse do dia seguinte ela quase explodiu de tanta alegria, comentando que me deixaria linda para amanhã e começando a pensar no vestido que eu usaria e em qual penteado deveria fazer.

Durante o jantar ela ficou toda cheia de sorrisinhos para mim e comentando que não demoraria muito e teria um casamento acontecendo, eu só corava e olhava para o meu pai pedindo para que ele a acalmasse, ele sorria, aquele sorriso que o deixava mais jovem, e balançava a cabeça, cheio de diversão, meu pai era um traidor, mas não pude deixar de notar uma pequena coisa. Meus pais do século XX eram muito mais felizes do que os do século XXI, meu pai sorria mais e minha mãe também, eu sempre notava olhares apaixonados de um para o outro e secretamente eu me sentia muito feliz, eu não gostava muito da condição de separados de meus pais, esse era o sonho secreto de todo filho de pais separados, vê-los juntos novamente. Talvez seja o sol aqui de Chicago que fez com que minha mãe não o abandonasse, ou então as condições da época, mulheres não costumavam se separar de seus maridos nesse século, mas eu não achava que era nada disso. No fundo, no fundo, eu sabia que meus pais se amavam, mas ambos eram turrões e cabeças duras demais para admitir pedir perdão e voltar atrás, e isso não era um problema para os meus pais no passado.

Aguardei ansiosamente a noite chegar e quando todo mundo dormia me levantei silenciosamente e coloquei um vestido, vesti um xale que encontrei no pequeno guarda-roupa por cima. Desci as escadas pé ante pé, fazendo o mínimo de barulho que me foi possível. Quando cheguei no hall de entrada olhei para os lado conferindo se alguém me seguia, não tinha ninguém. Abri a porta silenciosamente e sai. Na mesma hora um vento frio arrepiou os cabelos de minha nuca, olhando para os lados vi as ruas completamente vazias, a não ser por um gato e um bêbado caído na sarjeta do outro lado da rua, eu evitaria aquele caminho.

Quando eu já havia andado um bom caminho foi que me toquei de uma coisa: eu não sabia onde era o hospital. Fiquei com medo de ter me perdido, mas continuei andando, eu já havia começado então terminaria. Apertei o xale em volta dos ombros e apressei os passos, eu não era muito fã do escuro, sempre tinha a sensação de que havia algo pelas minhas costas, me vigiando e me perseguindo
à espreita, então não parava de olhar por cima do ombro a todo segundo. E quando eu virei uma esquina suspirei aliviada em ver o hospital iluminado à minha frente, praticamente corri até lá. Não era grande e muito meno modernoscomo os hospitais a que eu estava habituada, era simples, porém funcional para aquela época. Entrei pela pequena recepção e fui até uma mesinha, onde estava uma senhora de meia idade ali.

–Gostaria de ver o Dr. Cullen. –pedi meio incerta, e se ele não existisse nessa época? Se a minha viajem no tempo tivesse alterado o rumo de Carlisle também, já que eu havia transportado comigo todo mundo que eu conhecia?

A enfermeira me encarou por cima dos óculos.

–2° piso, sala 17. –ela disse e agradeci, segui pelas escadas conforme a enfermeira havia orientado e quando cheguei ao segundo piso comecei a procurar pela sala que a senhora da recepção havia me indicado e quando vi a sala 17 meu coração começou a acelerar muito rápido.

Bati de leve na porta e ouvi um entre abafado pela porta.

–Carlisle. –eu disse assim que estava dentro da sala e ele me olhou especulativamente.

–Quem é a senhorita?

–Meu nome é Isabella Swan. –falei e então eu suspirei. –Eu sei o que você é. –ele arregalou os olhos, mas então deu um sorrisinho fraco para mim.

–O que eu sou? –ele perguntou.

–Vampiro. –falei e ele agora estava muito surpreso, eu estava esperando que ele gritasse por socorro e pedisse uma camisa de forças para mim, apesar de saber muito bem que eu falava a mais pura verdade, por fim ele suspirou e indicou a cadeira para que eu me sentasse.

–Como você soube disso? –ele perguntou, notei que ele não tinha aquele mesmo olhar de contentamento do Carlisle que conheci, o olhar desse Carlisle era meio amargurado.

–Eu sou meio que hã... Er... Do futuro. –eu disse corando muito e ouvi uma risadinha dele. –Não sou louca está bem! –disse meio irritada. –Eu realmente o conheci e a sua família também Dr. Cullen, eu namorei com seu filho e...

–Meu o que? –ele me interrompeu.

–Seu filho. –falei. –Quer dizer não de sangue, você o transformou.

–Me explique isso direito, por favor. –ele pediu e eu vi algo brilhar em seu olhar, algo como esperança.

Contei tudo a ele. De como conheci a sua família até como eu vim parar aqui e de como estava tudo tão confuso para minha cabeça.

–Então... Você realmente veio do... Futuro? –ele perguntou hesitante.

–Sim, do próximo século..

–E eu vou ter uma família? –seus olhos brilharam ao dizer isso.

–Uma linda família. –eu disse sorrindo para o sorriso brilhante que ele deu.

–E você saiu no meio da noite sozinha para me contar isso? –ele perguntou, agora ele estava meio alarmado.

–Eu não sabia como te encontrar durante o dia. –falei.

–E porque você veio me contar essas coisas? –ele perguntou.

–Daqui a algum tempo, não sei lhe dizer com precisão, uma epidemia de gripe se espalhará pelo país matando milhares de pessoas. –disse, agora eu senti uma dor terrível no peito só de imaginar ver Edward passando pela gripe. –Achei melhor te contar sobre isso, existem algumas maneiras de evitar o contagio, mas não de erradicar a doença, já que aqui no século XX não temos a tecnologia necessária para se descobrir a cura.

–E quais são essas maneiras de evitar contagio? –ele perguntou, agora assumindo um papel profissional.

–Essa gripe se pega principalmente pela respiração, então evitar lugares aglomerados de pessoas e lavar bem as mãos é uma boa maneira de evitar. –eu falei, ficamos em silencio por um bom tempo.

–E como você vai voltar para o seu tempo? –ele perguntou.

–É um caminho sem volta. –eu falei. –Quando escolhi ter Edward de volta assumi todos os riscos.

–Então a senhorita também corre o risco de contrair essa doença e morrer. –ele disse e então eu entrei em choque, eu ainda não havia pensado sobre essa parte.

–Sim. –eu disse por fim, não daria muitos detalhes a mais para ele, por que se realmente Edward fosse pegar a Gripe Espanhola, Carlisle tinha que salvá-lo, e eu estava disposta a tudo para que Edward ficasse bem.

–Como a senhorita pretende voltar para casa? –ele perguntou depois de um tempo em silencio.

–Da mesma forma que vim. –respondi.

–É muito perigoso uma senhorita andar pela noite sozinha. –ele disse se levantando. –Venha eu te levarei em segurança para a sua casa.

–Como assim? –perguntei.

–Você desce normalmente como se tivesse indo embora. –ele falou. –E me espere na esquina ao lado do hospital. –ele falou e eu concordei.

Fiz como ele havia pedido. Eu estava esperando ele na esquina quando senti sua aproximação, eu sabia que ele fez aquilo para me alertar de sua presença e não me assutar, pois um vampiro era muito silencioso e não fazia barulho algum ao caminhar.

–Vamos? –ele perguntou.

Carlisle me acompanhou até a minha casa, fizemos todo o caminho de volta em silencio, eu havia lhe dado muito em que pensar. Quando estávamos em minha casa olhei para a porta, e se alguém me ouvisse entrando?

–Quer que eu te leve lá para cima? –ele perguntou.

–Como assim?

–Eu te carrego até a janela do seu quarto, se você realmente sabe que eu sou um vampiro sabe que eu posso fazer isso. –disse e então me lembrei de Edward pulando a janela do meu quarto durante a noite e senti meu coração se apertar com a lembrança.

–Tudo bem. –falei. Demos a volta pela casa e Carlisle pediu para me pegar no colo e me carregar para cima, sorri afirmando que estava tudo bem.

–Obrigada. –ele disse enquanto saia pela janela.

–Pelo que? –perguntei confusa.

–Por me dar um motivo para continuar tendo esperanças. –ele disse e então senti meus olhos marejarem e sorri para o vampiro a minha frente.

–Não há de que. –respondi e então Carlisle se foi e me preparei para ir dormir.

Eu sabia que ter ido falar com ele havia sido uma boa idéia, pois Carlisle tinha o dom de com poucas palavras acalmar até mesmo um leão e a felicidade ardente que vi em seus olhos quando disse que ele teria uma família fez com que eu sentisse que valeu a pena ter saído pela rua à noitecompletamente sozinha. Com essa parte resolvida eu tinha outras coisas muito preocupantes para pensar agora, mas eu deixaria esses assuntos para outra hora.

Estava deitada em minha cama esprando pelo sono chegar, olhando para o teto e imaginando se eu teria coragem de contar a Edward a verdade sobre mim e que se eu o fizesse, o que ele pensaria.


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Notas finais do capítulo

N/A: ain Esse Edward humano é tão fofo! Vcs nem imaginam as coisas q ele vai falar pra Bella no proximo cap!E o que vc acharam da conversa da Bella e do Carlisle!Espero q tenham gostado!Deixem seus comentarios e rola mais recomendações?bjus da Leh ^^PS: Pra quem lê, amanhã tem post em Aurores Academy -Crossover Crepúsculo e Harry Potter =http://www.fanfiction.com.br/historia/132977/Aurores_Academy