Entrelaçadas pelo Amor escrita por Kaah_CSR


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Aí vai mais um! Espero que gostem!



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Após trancar a porta do porão onde Sara estava, Hank colocou um tapete e em seguida uma mesa por cima. Dando alguns passos para trás, ele observou cautelosamente o lugar e sorriu. Não havia como ninguém nem ao menos desconfiar que havia alguém ali. Era impossível ouvir algum barulho vindo do porão, contando que ninguém sabia que existia um ali. E o melhor de tudo, pensou Hank, ninguém pensaria em procura-la na casa de alguém que mora... no meio do deserto de Nevada.

    - Sara está perdida em seus sentimentos, havia muitas pessoas em volta dela, influenciando em sua vida... Aqui ela terá tempo suficiente para descobrir que me ama. Eu sei que ela me ama, mas ela só precisa de um tempo para descobrir isso. Eu sou paciente, eu vou esperar o tempo que ela quiser. Eu espero – Hank olhou na direção do agora completamente coberto porão. – Eu te espero, meu amor. Aquelas pessoas te prejudicaram, então eu vou dar um jeito nelas.

    Retirando um celular do bolso, Hank começou a discar um número.

    - Departamento de Criminalística de Las Vegas – disse uma voz feminina do outro lado da linha. – Em que posso ajudá-lo?

    Hank colocou um aparelho na boca – um que mudaria sua voz e um pano por cima do celular.

    - Eu gostaria de dar um recado para os investigadores do turno da noite...

    Catherine sentiu seu mundo desabar. O que antes era suspeita, agora ela tinha certeza absoluta. Sara fora sequestrada. E ela estava precisando de ajuda. Desligando seu celular, Catherine disparou até a sala de Grissom novamente.

    - Grissom, Sara foi sequestrada – disse uma voz, e Catherine teve que se segurar numa das paredes ao ouvir a notícia.

    - O que? – Grissom perguntou.

    - Alguém ligou para o laboratório e disse que estava com ela e que não precisávamos nos preocupar, que cuidaria muito bem dela – contou Sofia.

    - Como é que é? – Catherine sussurrou.

    Sofia olhou cuidadosamente para Catherine, medindo as palavras para não assustá-la, mas Catherine já tinha ouvido.

    - Foi o que você ouviu, Catherine. Sara...

    - Eu sei o que eu ouvi – interrompeu ela. – Você sabe quem ligou?

    - A pessoa usou alguma coisa para mudar o tom de voz e de algum modo bloqueou o rastreamento. Nós não conseguimos descobrir de onde veio. Talvez fosse um celular descartável.

    - Nós? – perguntou Catherine, sem entender.

    - A pessoa que ligou disse que estava mandando um recado para todos que trabalhavam no turno da noite. Brass está tentando descobrir de onde veio a ligação, mas não teve sucesso com isso.

    - Há quanto tempo foi feita essa ligação?

    - Uns cinco minutos atrás.

    - Droga – murmurou Catherine e virou-se na direção de Grissom. – Gil, eu fui lá fora e achei o celular da Sara no chão.

    - Você o pegou? – perguntou ele, cauteloso.

    - Não – respondeu Catherine, sentindo que aquela era uma resposta óbvia. – Talvez... Talvez ela... Talvez o celular sirva para alguma coisa.

    - Pessoal, o que ouvi foi verdade? – Nick parou ofegante ao lado de Catherine. – É verdade? A Sara foi sequestrada?

    Sofia assentiu. Alguns segundos depois, Warrick chegou acompanhado de Greg.

    - Gente, ouvi o que aconteceu e tenho algo que pode ajudar – Catherine olhou instintivamente para Warrick. – Depois de a Sara falar com o Grissom, eu a encontrei no meio do corredor e a acompanhei até a saída, ela estava me dizendo algo sobre os casos quando alguém ligou para ela, eu me despedi e ela ficou falando ao telefone.

    - E depois? – perguntou Grissom, agora já de pé.

    - Eu voltei para o laboratório. Talvez a pessoa que a sequestrou tenha sido a mesma que ligou.

    - Temos que fazer alguma coisa! – exaltou-se Greg.

    - Voltar ao trabalho, por exemplo – a voz de Ecklie fez todos se sobressaltarem.

    - Quando eu achei que a situação já estava ruim... – murmurou Catherine e Ecklie a fuzilou com o olhar.

    - Muito bem – disse ele. – Qual é o motivo da festa? Não deveriam estar trabalhando?

    Catherine o olhou como se fosse jogar o banco em que estava sentada na cabeça de Ecklie, e pensando bem era o que ela estava prestes a fazer, mas Grissom a impediu, ficando um passo à sua frente e encarando Ecklie.

    - Temos um problema, Ecklie. Sara foi...

    - Ah, Sara. De novo. O que foi dessa vez? Ela bateu o carro ao dirigir bêbada novamente?

    Catherine fechou os olhos tentando controlar a raiva que estava sentindo, mas não tendo muito sucesso com isso.

    - Pelo menos ela ainda é a Sara quando bêbada, diferente de você, que parece mais um porco a cada copo de cerveja que toma! – rebateu Catherine, completamente fora de si. Catherine não era dada a provocar os outros, muito menos alguém como Ecklie, sabendo que se fizesse isso colocaria seu emprego em risco. Mas naquele momento tudo o que ela queria era ter Sara em seus braços novamente, e não seria o imprestável do Ecklie que a impediria disso.

    - Olha o jeito que fala comigo, Willows – alertou Ecklie.

    Catherine ia começar a discutir, mas Grissom a interrompeu novamente.

    - A questão é que Sara foi sequestrada.

    Ecklie não pareceu se abater.

    - Tem certeza disso?

    - Absoluta – respondeu Catherine, agora numa voz mais controlada. – Já faz muito tempo que o turno dela acabou e ela ainda não voltou para casa. Tentei ligar para o celular dela e o encontrei lá fora.

    - Já procurou ela pelo laboratório?

    - Já – respondeu Greg. – E também tomei a iniciativa de ligar para as poucas pessoas que a conheciam fora do trabalho. Ninguém sabe de nada.

    - Isso não prova que ela foi sequestrada – contestou Ecklie, com uma cara de entediado.

    - Na verdade, alguém ligou para o laboratório dizendo que estava com ela e que não precisaríamos nos preocupar, que cuidaria muito bem de Sara.

    Ecklie agora parecia nervoso, e Catherine observou satisfeita enquanto ele admitia para si mesmo que estava errado. Por fim, ele suspirou.

    - O turno do dia já começou o trabalho. Vocês só tem um caso nesse momento – ele repetiu as palavras que dissera algum tempo para trás, quando Nick fora sequestrado por um homem. – Eu vou voltar ao trabalho, qualquer novidade me avise – e saiu.

    Catherine suspirou e se sentou novamente, com uma expressão de profunda dor e desesperança no rosto. Ela e Sara haviam estabelecido uma relação sólida há quase dois anos, e tiveram seus problemas, mas nenhum se comparava com o daquele momento. Aquilo não podia estar acontecendo. Catherine fechou os olhos e em seguida os abriu, desejando que aquilo tudo fosse apenas um pesadelo e que ela acordaria em qualquer segundo, olhando para Sara e vendo que ela estava segura ao seu lado.

    Mas não era um sonho. E ela não estava segura.

    Catherine ergueu os olhos para os outros investigadores.

    Grissom estava com uma cara impassível, mas Catherine sabia que ele estava preocupado por dentro – passara tanto tempo com seu amigo que sabia desvendar aqueles olhos azuis misteriosos. Nick e Greg também pareciam seriamente preocupados. E até mesmo Sofia, que nunca fora uma grande amiga de Sara, estava abalada.

    Mas ninguém sentia a dor e preocupação que Catherine estava sentindo. Sara estava desaparecida. E sabe se lá onde ela poderia estar, e com quem. Catherine tentou repassar mentalmente as pessoas que Sara conhecia fora do laboratório, mas sua memória não a estava ajudando naquele momento.

    Sara estava desaparecida. E Catherine era uma investigadora muito bem treinada e competente.

    Ela encontraria Sara.

    De qualquer maneira.

    Nem que para isso precisasse arriscar sua vida.


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Notas finais do capítulo

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