Entrelaçadas pelo Amor escrita por Kaah_CSR


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

É a minha primeira fanfic, deem um desconto, por favor.
Espero que gostem.
Lady Jeh, sou sua fã!



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Depois de quase duas horas desacordada, Sara Sidle começava a recobrar os sentidos. Embora ainda não fosse capaz de abrir seus olhos, o latejar em sua cabeça começava a ficar cada vez mais dolorido. Ela gemeu quando seus olhos receberam a forte luz de uma lâmpada no teto. Suas mãos instintivamente se ergueram para proteger seus olhos. As coisas começavam a voltar à sua mente e Sara se lembrou brevemente do que aconteceu. O turno acabara... Ela estava indo para casa... Um carro preto... Uma forte pancada na cabeça... E a pergunta que agora tinha grande necessidade de ser respondida: Onde eu estou?

    Sentindo que seus olhos já haviam se acostumado com a súbita luminosidade, Sara retirou as mãos de cima da cabeça e deu uma breve olhada em volta. O teto era de madeira e havia uma forte luz no meio dele. O tecido embaixo de seu corpo era confortável; uma cama. Sara achou estranho, tentou olhar para os lados, mas o mínimo movimento que fez para se levantar fez a pancada em sua cabeça latejar.

    - Ai! – gemeu ela e caiu de volta no travesseiro.

    - Estava esperando você acordar – disse uma voz grossa ao lado dela na cama. Sara sentiu-se desperta de imediato quando olhou nos olhos da pessoa que havia falado; nos olhos da última pessoa que ela gostaria de ver naquele momento; nos olhos dele...

    - Hank – foi só o que ela conseguiu dizer.

    - Minha querida – ele sussurrou. – Que bom que acordou. Como se sente?

    Sara recuou quando a mão de Hank encostou-se a seu ombro.

    - O que você quer? Onde eu estou? Que lugar é esse?

    - Calma, querida. Já vou responder a todas suas dúvidas, mas antes...

    - Antes o q... – a fala de Sara foi interrompida quando os lábios de Hank encostaram-se furiosamente nos seus. Ela tentou se esquivar, mas ele era mais rápido. E mais forte. Naquele momento, tudo o que Sara queria era ficar o mais longe possível dele, o mais longe possível de seus lábios nojentos. Hank continuou insistindo, até que Sara cravou as unhas na nuca dele e tentou feri-lo.

    - Meu amor, o que foi? – perguntou ele, parecendo confuso.

    Sara ignorou a forte dor em sua cabeça e se levantou, dando alguns passos para trás.

    - Fique longe de mim. O que você quer? – Sara olhou em volta, tentando reconhecer o lugar, mas não teve muito sucesso com isso. Aquele lugar era completamente desconhecido para ela. Parecia ser um porão, devido a cor escura do local, mas fora organizado para se parecer com um quarto: havia uma cama, um armário – Sara se perguntava o porque dele estar ali –, uma mesinha e em uma das paredes havia uma porta, que pela fresta Sara pode perceber que era um banheiro. A realidade veio como um raio. Ela sabia onde estava. Um cativeiro.

    - Quero te dar uma chance, meu amor – respondeu Hank, tirando Sara de seus pensamentos e fazendo ela voltar à realidade.

    Sara olhou confusa para ele.

    - Chance? Chance do que? – ela perguntou, temendo pela resposta.

    - De me amar, Sara. De me amar! – Hank respondeu com um sorriso insano.

    Meu Deus, estou presa com um louco.

    - Hank, pára com isso. Me deixa ir embora.

    - Não posso, Sara, não posso – ele se levantou e deu a volta na cama, se aproximando cada vez mais de Sara. – Esta é uma chance, meu amor, é uma chance que estou te dando de me amar.

    - Você está louco. Está louco – sussurrou ela. Sara suspirou, medindo as palavras com cuidado para não deixar ele irritado. Pior do que falar algo para provoca-lo, era falar algo errado quando ele estava parecendo tão fora de si assim. – Hank, entenda isso, acabou. Nossa relação... Acabou... Eu não amo você...

    - Ama sim! – ele rebateu. – Ama sim, Sara. Só que você não quer admitir, querida. Eu vou te dar um tempo, aí você vai ver que me ama.

    - Eu amo outra pessoa, Hank – Sara tentou convencê-lo. – Eu amo...

    - Não, Sara. Você acha que gosta dela, querida, mas não gosta. É por que ela está o tempo todo com você. É porque ela te infectou, meu amor. Mas eu vou corrigir esse erro. Eu vou fazer você gostar de mim, você vai lembrar que me ama. Fique... Fique um tempinho aqui. Eu volto mais tarde, amor.

    Hank tentou acariciar o rosto de Sara, mas ela desviou. Ele sorriu e subiu as escadas, abriu a porta e depois de mandar um beijo, fechou-a atrás de si. Sara nem se deu ao trabalho de tentar abrir a porta, era óbvio que ele a havia trancado. Em vez disso, Sara suspirou e se sentou na cama enterrando o rosto nas mãos, tentando pensar em uma maneira de sair dali. E rápido.

    Catherine saiu da banheira e se enrolou numa toalha, aliviada por ter tirado o cansaço do corpo. Catherine se espreguiçou e passou uma mão pelos cabelos sedosos e meticulosamente arrumados, que agora estavam molhados. O turno de hoje havia sido um dos mais pesados de sua vida. Cinco casos só para ela e para Warrick, três homicídios e dois sequestros. Mas Catherine realmente estava com pena de seu supervisor, Grissom, pelo trabalho que iria ter com os relatórios. Ela sorriu, lembrando-se de como ele era viciado no seu trabalho. E como o fazia bem.

    Falando em viciados em trabalho, Catherine se lembrou de sua amada. Sara Sidle. Viciada era pouco para resumir o que ela era. Não havia caso que ela não resolvesse, não importava quanto tempo precisasse. Revezando-se entre litros e litros de café e uma infinita disposição para trabalhar, Sara poderia passar dias no laboratório até resolver o enigma. E não era só a disposição, o trabalho era sempre bem-feito. E Catherine admirava isso. Como admirava seu sorriso, como admirava seu jeito de agir, se ser. Como admirava sentir seu perfume todos os dias, como admirava senti-la em seus braços e como adorava acordar todos os dias olhando para sua amada.

    Lembrar de Sara fez seu coração se apertar. A última vez que Catherine a viu foi na saída do laboratório, Sara disse que iria voltar para falar com Grissom sobre um dos casos daquela noite e que logo após isso iria para casa. Mas já havia passado quase três horas desde que o turno acabara e ainda não havia nenhum sinal da presença de Sara. Catherine estava começando a ficar preocupada, ou melhor, estava muito preocupada. Sara nunca se atrasava para nada. Muito menos para voltar para casa. Devia ter acontecido alguma coisa.

    Decidida a ir atrás dela, Catherine se vestiu o mais rápido que pode, deu uma arrumada por cima no cabelo e pegou sua bolsa. Quando estava prestes a abrir a porta, Lindsay a chamou.

    - Mãe? Já vai sair? – perguntou Lindsay com uma voz de incredulidade.

    - Lindsay, eu acho que aconteceu alguma coisa com a Sara.

    A expressão reprovadora de Lindsay mudou automaticamente para preocupada ao ouvir as palavras de sua mãe. 

    - Como assim?

    - Ela ainda não chegou. E faz mais de três horas que saímos do trabalho.

    - Relaxa, mãe. Talvez ela deve estar trabalhando ainda, ou talvez parou para tomar um cerveja.

    Catherine mordeu o lábio inferior, embora a sugestão de Lindsay fosse boa, ela não tinha tanta certeza disso assim. Sara estava decidida a voltar para casa, e ela nunca mais bebeu fora de casa sozinha.

    - Não sei... – disse Catherine. – Eu sinto que aconteceu alguma coisa com ela. É... eu não sei explicar, mas... Eu sinto que ela precisa de mim.

    Lindsay girou os olhos, quando Catherine ficava dramática, ela realmente ficava.

    - Filha, pode ficar longe de problemas por...     

    - Relaxa, mãe. Eu tenho quinze anos, sei me cuidar.

    Com um beijo na testa de sua filha, Catherine saiu, sem fazer ideia de onde ir primeiro. Laboratório? Bar? Biblioteca? Bom, do jeito que Sara era... Provavelmente ainda estaria no laboratório. Mas se ela tivesse ficado para dar uma ajuda para os outros, ela teria ligado, disso Catherine tinha certeza.

    Sem pensar duas vezes, Catherine entrou em seu carro e acelerou na direção do LVPD. Chegando lá, estacionou no mesmo lugar que estacionara da última vez e praticamente correu até a sala de Grissom, torcendo para que ele a tivesse visto, e torcendo para ela ainda estar lá.

    - Grissom! – Catherine o chamou assim que entrou em sua sala.

    - Catherine? – perguntou ele, surpreso. – O seu turno já não acabou?

    - Sim, sim, já acabou. Mas eu vim aqui por outro motivo.

    - E qual seria?

    Catherine se sentou em uma cadeira e olhou nos fundos dos olhos azuis de Grissom.

    - Gil, depois do turno a Sara chegou a falar com você?

    - Sim, ela veio sugerir a ideia de que dois casos estariam relacionados e em seguida foi embora... Por quê? Não concordou com essa ideia?

    Catherine deu um leve gemido.

    - Eu nem cheguei a ouvir essa ideia. Gil, eu acho que algo muito ruim está acontecendo com Sara.

    Aquele comentário atraiu a total atenção do supervisor.  

    - E por que você está dizendo isso?

    - Porque ela não voltou para casa.

    - Vai ver ela se atrasou...

    - Ela nunca se atrasa! – a voz de Catherine se elevou. – Gil, ela não se atrasa para nada. Sara disse que ia vir aqui falar com você e em seguida iria para casa. Ela falou com você, mas não chegou a voltar para casa.

    - Já tentou procurá-la em algum outro lugar? – sugeriu Grissom.

    - Não... Eu não vejo onde ela gastaria duas horas e meia para ir e enrolar tanto tempo. Gil, embora você não acredite em suspeitas sem evidências... Eu sinto que aconteceu algo com ela.

    - Catherine, você já tentou olhar nas outras salas, no estacionamento?

    - Vou fazer isso. Greg ainda está aqui?

    - Sim.

    - Ótimo – Catherine disse e se levantou, caminhando na direção do corredor. Quando estava na terceira sala depois da de Grissom, esbarrou em alguém, mas para seu desgosto, não era Sara. – Greg? Que bom que o encontrei. Você precisa me ajudar.

    - Fale, minha cara supervisora – disse Greg.

    - Greg, sem brincadeiras. Você viu a Sara por aí?

    - Não... Ela não foi embora com você?

    - Foi, há algumas horas atrás, mas ainda não voltou para casa. Greg, estou preocupada, aconteceu algo com ela. Eu sei disso.

    Greg ergueu as sobrancelhas em surpresa e assentiu, já entendendo o recado.

    - Vou olhar nas salas.

    - E eu vou conferir o estacionamento.

    Cada um foi para seu lado. Chegando ao estacionamento, Catherine andou até onde se lembrava de ter visto Sara pela última vez. Quando estava na metade do caminho, decidiu ligar para ela. Discou o número e colocou o aparelho no ouvido, torcendo para que ela atendesse. A boa notícia era que estava chamando. A má notícia foi que ela ouviu um barulho terrivelmente familiar ao seu lado. Ela olhou para baixo e gemeu ao descobrir de onde vinha o som.

    Um objeto vibrava e tocava ao seu lado.

    O celular de Sara.


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem um review!!!!



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