Meu Querido Cunhado escrita por Janine Moraes


Capítulo 28
Capítulo 28 - Esclarecimentos


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, estou aqui de fugitiva. Mas disse que ia postar se recebesse reviews, então corri aqui pra postar. Eu fiquei triste e feliz ao mesmo tempo com esse capítulo. Espero que gostem.Adorei os revieews. E peço desculpas novamente por demorar tanto a postar. Desculpaaaa. KK



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Desde ontem a noite eu não saída do meu quarto. Minha mãe várias vezes tentou vir conversar comigo, mas eu estou adiando a conversa. Alexandre está vindo aqui em casa de 30 em 30 minutos desde as 8 da manhã. E agora já são cinco horas. Eu o ignorei. Não queria olhar pra ele, não ainda. Eu estava me preparando para decidir o que fazer. Minha vida estava virada de cabeça para baixo, por coisas bem ridículas. Eu ia consertar tudo, ou pelo menos tentar.

Eu estava aqui, ruminando tudo que acontecera sem parar, e realmente odeio isso, mas normalmente é isso que costumo fazer. E protelar conversar com Alexandre era quase a mesma coisa. Eu sabia onde ele estava sentado, no outro lado da porta do meu quarto. Podia ouvir seus dedos batendo na madeira da porta, no ritmo de sua musica favorita. Mordi o lábio, sentindo as lágrimas voltarem aos meus olhos. Abracei o travesseiro, me sentindo pequena e sozinha. Eu sentia falta do meu amigo. O que tínhamos feito? Afundei a cabeça com força no travesseiro, tentando controlar o choro.

Me acalmei depois de alguns minutos, limpando as lágrimas e torcendo para que meu rosto estivesse decente. Me levantei da cama, indo para o banheiro. Jogando água gelada no rosto e dando leves batidinhas para que eu acordasse. Olhei concentradamente para meu reflexo no espelho. Eu sabia o que devia fazer. Estava óbvio. Não havia muito o que pensar, desde o começo era meio óbvio.

Caminhei até a porta do meu quarto, a abrindo. Alexandre quase caiu, pois estava encostado na mesma. Ele levantou, avaliando minha expressão e caminhou para a cama sem dizer uma palavra. Se sentou e bateu na casa para que eu me sentasse também. Fechei a porta, controlando um suspiro, típico, tão típico. Me sentei ao seu lado, olhando para seus olhos e me sentindo relaxada. Não parecia tão difícil agora.

– Eu sinto muito pelo que eu fiz. – Ele começou.

– O que você fez exatamente?

– Ter te deixado sozinha.

– Relaxa. Não foi nada. – dei de ombros.

– Vocês brigaram por causa de Igor, não é?

– É um ponto de vista, se você estiver procurando ver sob os olhos de Ceci. – bufei, abraçando um travesseiro.

– Então é verdade. Outra briga por culpa dele.

– Está mais pra culpa dela, na real. Quer dizer, quem veio toda enlouquecida pra cima de mim?

– Por quê? Quer dizer... Só o que eu sei, é que eles terminaram.


– Yupi. – murmurei uma comemoração falsa, ele sorriu de leve.

– Então... Ela brigou com você por que...? – ele insistiu. Preferi ser sincera novamente, deixando todo meu lado doce aflorar:

– Porque ela é uma hipócrita e achou que eu estava roubando o namorado dela. E eu não estou fazendo isso.

– Se alguém está roubando alguém é ele. Ele está roubando a irmã da Ceci.

– Não. Não é isso.  Ele não está acabando com nosso relacionamento irmãzinhas felizes. Eu e Ceci nunca nos demos bem, a gente só tentava. Ela queria que eu fosse como ela esperava que eu fossa. Foi ela quem começou com essa palhaçada de forçar minha amizade com ele. Ela deve ter forçado com ele também, então... Ceci culpada.

– Ele não é um bom cara, Malu, pare de agir como se ele fosse. Ele mentiu pra você, enganou e iludiu Ceci.

– Seria hipocrisia se eu o julgasse, novamente. Quer dizer, olha pra mim... Eu também não sou uma boa garota. Na verdade, virei a irmã vadia.

– Você é maravilhosa! – Ele me defendeu de mim mesma. Sacudi a cabeça, rindo disso. Definitivamente, eu não era maravilhosa.

– Eu deixei que ele me beijasse. Ele me beijou e eu poderia ter parado, mas eu não parei. Eu comecei a namorar com você pra esquecê-lo. Eu menti pra minha irmã, eu ajudei o namorado dela a ‘traí-la’. Minha irmã! Eu fui hipócrita também. Então... Como posso ser maravilhosa? Eu fiz tanto mal quanto ele. Menti pra várias pessoas. Eu fui estúpida igual a ele.

– Não é a mesma coisa.

– É sim. Você só não quer admitir.

– Ele não te merece. – Ele bufou. – Não merece sua irmã.

– Se você ver todos os defeitos. Ninguém merece ninguém nessa história. Todos somos mentirosos e iludimos um ao outro por aí. Todos. Eu, você, Igor e Ceci. Começamos a viver essa história e complicá-la ainda mais, antes de sentarmos e conversarmos. Fomos imaturos.

– Eu pensei que você soubesse o que estava fazendo quando começamos a namorar.

– Não estou falando só disso. Estou falando de tudo. Tudo envolvido nos últimos meses. Principalmente aquela maldita festa. – estremeci ao lembrar do que acontecera.

– Foi nessa festa que ele te beijou não é?

– E foi nessa que você brigou com a Ceci. E não me disse o motivo.

– Ah festa... – Ele coçou a cabeça. Olhei desconfiada para ele.

– Ainda estou esperando que me conte.

– Certo... Eu a beijei. E ela correspondeu. E bem... depois me beijou de novo. E de novo. Três beijos. E ficou sem falar comigo depois disso. – escancarei a boca, surpresa. – Me explica porque vocês garotas fazem isso? Porque dizem logo o que pensam! Qual é a graça de nos confundir?

– Está contando a vida de uma garota de 13 anos, sabia? ‘Ah ele me beijou, mas não gosta de mim. Fica me ignorando, aquele idiota! Mas ah... Eu amo tanto ele! ‘– fiz uma voizinha infantil, fazendo Alexandre rir de leve.

– Só garotas de treze anos pensam assim? Pensei que fossem de todas as idades.

– Ai! Cala a boca! Não é esse o ponto... – Me calei, juntando as peças.

– E qual é?

– Você não vê? Ela traiu Igor... também. E ainda fala mal dele. Quer dizer, fala de mim também! Ela estava dando em cima do meu futuro ex-namorado. – Eu queria pegar Ceci e esganá-la.– Eu não acredito! O quão hipócrita aquela garota pode ser?

– Eu sinto muito por você estar pensando isso da sua irmã. Mas eu que a beijei primeiro, lembra? Tecnicamente a culpa é minha.

– Pare com isso. Pare de defender ela, estou de saco cheio disso. Ela foi uma vadia! – Ainda não conseguia engolir a hipocrisia de Ceci, me acusando, quando tinha feito pior. – Beijou você na mesma festa em que levou o namorado!  E céus, eu aqui me culpando por ela. Me culpando porque magoei você. Por ter magoado minha irmã, não intencionalmente. E ela chifrando o Igor!

– Tecnicamente foi só um beijo. – olhei irritada para Alexandre, querendo dar uns tapas nele também.

– Só um beijo o escambau. Três beijos! – Ele riu baixo de minha indignação. – E ainda por cima Igor me magoou e ela também. Caramba! Eu sou muito azarada.

– Nem todos os caras são como Igor. Nem todos saem por aí pegando as irmãs de suas ex-namoradas. Quando anteriormente mentiram para elas.

– Espera aí, Alexandre. O que você está dizendo? Quem está culpando? Olhe pra si mesmo por um segundo. Igual eu fiz comigo mesma e vi meus defeitos. Você beijou a minha irmã e depois veio tentar algo comigo. – Fazia toda nossa história parecer ainda pior. – E enquanto esteve comigo, nunca se esforçou realmente. Sempre pude ver isso, só que estava me enganando. Porque estar com você, faria com que eu me sentisse normal. Mas foi outra grande mentira! E agora... Como espera que eu possa confiar nos homens? Ou em irmãs?  Eu devia comprar 17 gatos e desistir de ter uma vida amorosa saudável!

Vi Alexandre prendendo o riso. Bufei. Eu e minha grande mania de exagerar. Ainda não estava creditando em tudo. Eu não me sentia mais culpada. Só me sentia... Enganada. Surpresa, em choque. Era muita coisa pra absorver. Mas vendo que Ceci também fez coisas erradas, me fazia sentir... melhor. E eu não estava nem aí pros sentimentos de Igor. Tecnicamente, ele mereceu.

– Eu sinto muito pelas coisas erradas que eu fiz com você. Está muito magoada?

– Sinceramente... Não. Quer dizer, eu me acostumei isso. Nem estou tão surpresa. Mas meu ego sim foi ferido... Preferia que você tivesse me contado isso, caramba. – Fui me acalmando, abraçando com mais força. – Que tivesse contado que tinha beijado Ceci quando ela ainda estava com Igor. Ia ser bom me deixar à parte do assunto. Eu sou sua melhor amiga, não sou?

– Tecnicamente você é minha namorada... ou não é mais? – mordi o lábio, confusa. Ele esperou minha resposta.

– Não sei. Você sente como se eu fosse sua namorada, ou mais uma das garotas que você usou para esquecer Ceci?

– Parece que você está me julgando falando assim. – Ele disse, parcialmente irritado.

– Desculpe. É só, a verdade.

– Você também fez isso. – ele bufou.

– Tem razão, e esse é o problema. Não deveríamos ter feito isso.

– Eu não me arrependo. Foi ótimo ficar com você. – Ele disse sério, mas logo sorriu. – Você beija melhor do que eu já tinha pensando.

– Obrigada! – ri junto com ele. Nos olhamos, cúmplices. E eu soube que a tempestade havia passado entre nós. Mordi o lábio, já decidida. – Alexandre... Eu gosto de você... Mas.

– Não somos namorados.

– Você ama Ceci. – Eu disse o óbvio, ele fez uma careta, quando falou foi a minha vez de fazer careta:

– E você ama Igor.

– Fomos imaturos em fazer isso.

– Eu não quero te perder, Malu.–  O jeito como ele disse isso causou um aperto desconfortável no meu coração. Sorri docemente.

– Não vai. Só que... Está obvio que você vai ir atrás de Ceci. E é obvio que eu não tenho paciência em ver meus ex-namorados com minha irmã. Sabe como é... Costuma ser meio estranho. – sorri para ele, que balançou a cabeça sorrindo também. – Pois bem, acho que devemos dar um tempo.


– Um tempo é só uma desculpa pra não terminar o namoro agora... Experiência própria.

– Assim você dificulta a nossa vida. – revirei os olhos. Ele riu, mas a expressão ficando séria novamente em seguida.

– Terminar tudo ou só um tempo? Melhor acabar de uma vez não acha?

– Acho que você ta certo...

– Mas... Malu?

– Sim?

– Você está dando um tempo ao Alexandre namorado, ou melhor amigo? – sorri abertamente para ele.

– Ao namorado.

– Então o amigo tem chances de voltar?

– Pode-se dizer que eu não daria o prazer de vê-lo se safar de mim.

– Isso me deixa aliviado. – sorri de leve, e fui abraçar Alexandre. Eu sabia que as coisas não seriam mais as mesmas, e isso me magoou. Pelo menos eu ainda o tinha não é mesmo? Mas eu ainda tinha outras coisas a resolver. Como Igor. Devíamos ter ‘a’ conversa, definitivamente. Sobre Ceci... Eu preferia nem pensar.



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Notas finais do capítulo

Bem, espero que não tenham ficado tristes com esse término. Quando comecei a escrever a fic o Alexandre seria apenas o melhor amigo, nada de namorado. Mas as coisas evoluiram e vocês me fizeram enxergar uma possível quimica. Que admito, adorei escrever. Mas não acho q eles estejam prontos pra ficar juntos, ooou que tenham que ficar juntos. Particularmente, eu amo o Alexandre, e queria um amigo desses pra mim. KK Mas confesso que tenho uma power/hiper/duper queda pela Igor. KK Confesso, não faço ideia de como terminar essa fic e nem com quem a Malu vai ficar. No próximo capítulo vai ter A conversa Malu e Igor. K eu quero postar só pra ver a reação de vcs. Mas antes... Quero reviews. *0* #pidona.Bjs, até breve.