Meu nome é Helena e até os meus 14 anos de idade, eu não sabia que era uma meio-sangue. Eu tive uma vida normal até os 7 anos. Quando isso aconteceu.

Eu havia acabado de acordar e estava na cama, olhando pro teto, quando a minha tia,Sophie, entra no meu quarto:

-Bom dia, querida! Dormiu bem?

-Bom dia, tia! Dormi sim.

Minha tia era uma mulher muito amável e tambem muito bonita. Era loira com cabelos que iam até o meio das costas, e tinha olhos azuis.

-Venha, vamos tomar café! Eu tenho uma surpresa pra você depois!

-O que é? - perguntei.

-É uma surpresa, eu não posso contar.

Eu fiz uma cara emburrada e ela riu. Depois de um tempo, eu ri tambem, era impossível não se sentir feliz com alguem como a minha tia por perto.

Assim que ela saiu do meu quarto eu fui me vestir, sai do quarto e fui pra cozinha.

A caminho da cozinha, comecei a sentir cheiro de panquecas e calda de chocolate. Meu favorito!!!

-Eba, panquecas!!!

Eu me sentei a mesa, coloquei duas panquecas no meu prato, enchi de calda de chocolate e comi como se nunca tivesse visto comida na minha vida.

-Helena!!! - disse minha tia rindo.

-O que? - eu perguntei com a boca cheia de panqueca

-Você está se sujando toda!!

-Desculpe.

- Tudo bem, mas coma mais devagar, a comida não vai fugir do seu prato!

-Tudo bem.

Depois de eu terminar de comer e me limpar, minha tia me levou ao quintal, aonde tinham dois tripés com alvos como os de desenho animado, dois arcos, um maior e outro menor como se fosse infantil e estavam junto com duas aljavas cheias de flechas, também de tamanhos diferentes.

-SURPRESA!!

Então essa era a surpresa. Ela ia me ensinar arco e flecha.

-Legal!

-Então vamos, pegue o arco menor e uma flecha e tente acertar no alvo.

Eu peguei o arco, posicionei a flecha nele, mirei no alvo e soltei.

A flecha acertou o alvo exatamente o centro.

Enquanto eu olhava incrédula do alvo pra minha tia, que estava sorrindo e provavelmente se segurando pra não dar pulinhos, ela disse:

-Eu sabia que você iria puxar a sua mãe, ela era ótima em arco e flecha, melhor até do que eu!

Quando ela disse isso, foi como se a minha mãe estivesse ali, comerando a minha vitória e dizendoque estava orgulhosa de mim.

-Agora, vamos tentar um pouco mais longe. Dê um passo pra trás.

Eu dei o maior passo que eu podia para trás e atirei. Eu acertei de novo. Nós duas continuamos treinandoaté a hora do almoço, às vezes minha tia atirava no outro alvo e , assim como eu, acertava todas as flechas no centro do alvo.

-Então, o que você acha de pedirmos uma pizza?

-Perfeito!!

Depois de comermos, nós estávamos assistindo TV e começou a passar um filme sobre a guerra de Tróia, acho que o nome era "300", eles usavam armaduras o tempo todo e lutavam com espadas.

-Tive uma ideia! - minha tia disse derepente.

-O que é? - perguntei me recuperando do susto.

-Você vai começar a treinar esgrima!!

-Tipo, com espada e tudo?

-Claro que sim!!

-Como? Eu não tenho uma espada, muito menos uma armadura e com quem eu vou treinar esgrima? Você é muito alta, vai conseguir me derrubar de primeira!!

-Não se preocupe com isso Helena, Eu vou arranjar tudo o que você precisa.

Dois dias depois ela me deu um presente. Ele estava numa caixa pequena e preta com um laço verde pomposo e que ocupava toda a tampa da caixa. Eu a abri e ali tinha um prendedor de cabelo de prata com uma flor de ouro e alguns detalhes em bronze. Por mais pesado que parecesse ele era leve como uma pena.

-Que lindo! - eu disse admirando como quantos detalhes poderia ter uma coisa tão pequena.

-Foi um presente do seu pai. Ele estava guardado desde que você nasceu e eu achei que estava na hora de da-lo a você.

-Pode coloca-lo no meu cabelo?

-Claro!

Ela colocou o enfeite no meu cabelo com a maior delicadeza do mundo e disse:

-Helena, me prometa que você vai sempre estar com ele e não vai perde-lo, pois quando você mais precisar, ele vai ajuda-la.

-Eu prometo.

Por mais estranho que aquilo fosse, minha tia estava séria, portanto era melhor fazer o que ela pediu. Então ela sorriu e disse:

-Que tal darmos um passeio no Central Park?

-Eba!!

Nós arrumamos uma cesta de piquenique e fomos para o Central Park. Colocamos a toalha de piquenique na sombra de uma árvore perto do lago e ficamos olhando os patinhos nadando. Depois de um tempo eu ouvi um barulho, como o sibilado de uma cobra e minha tia disse:

-Eu já volto, querida.

Eu queria protestar e dizer a ela para não me deixar sozinha, mas ela já tinha se levantado e estava andando na direção de um carro vermelho na rua.

Então eu escutei o barulho de cobra outra vez, só que agora estava mais alto e com certeza, mais perto. Eu olhei pra trás e vi uma coisa muito estranha: uma mulher, bem, não exatamente uma mulher, porque da cintura pra baixo ela era uma cobra, mas era uma mulher muito feia.

-Vocccê é a dessscendente!Morra!

Do que essa coisa tá falando? Que papo é esse de "descendente"? E por que ela quer que eu morra?Ah, é. Esqueci que ela é um monstro nojento.

-Morra você!!

E eu fiz a coisa mais doida da minha vida. Eu peguei meu prendedor de cabelo e ele se transformou em uma espada! Isso mesmo! Uma espada! E eu fiz a coisa que eu pensei ser mais sensata no momento. Eu ataquei a mulher cobra. Eu sei. Eu fiz uma burrice. Eu podia só correr e gritar pela minha tia e pronto, mas eu não sei o que me deu. Eu a ataquei mas ela se defendeu com uma espada de aço com um líquido verde. Veneno. Ela queria mesmo me matar!!

Então, eu fiz uma coisa completamente impossível pra mim até aquela hora. Eu comecei a brandir a espada tão rápido que ela não conseguia se defender e no final eu enfiei a minha espada no peito da coisa, e ela simplesmente se transformou em pó e foi levada pela brisa.

Só agora eu notei como era a espada: ela era toda de prata, com um único fio de bronze no meio e as lâminas, uma de cada lado da espada, eram de ouro. E ela era extremamente leve. Exatamente como o prendedor de cebelo que eu ganhara aquela manhã.

Finalmente, eu me lembrei da minha tia. Eu olhei para onde estava o carro vermelho e ela estava parada ao lado de homem muito parecido com ela, os mesmos olhos azuis e os mesmos cabelos loiros, só parecia mais jovem do que ela, e eles estavam sorrindo pra mim. Minha tia de alívio e o cara estranhocomo se estivesse orgulhoso. Mas eu nem conhecia ele!! Como ele pode estar orgulhoso de mim?

Eu fui até eles e disse:

-Tia, você viu aquela coisa? E essa espada? Como o meu prendedor de cabelo virou ela? E quem é esse cara?

-Eu vi sim querida. Eu vou contar sobre a espada quando for a hora certa e esse homem é Apolo.

-Olá Helena! - disse o tal Apolo. Afinal, que nome mais estranho é esse?

-Oi. - Eu respondi seca.

-Helena, não fale assim com seu av... primo!!

-Ele é meu primo? Mas nós não somos nada parecidos! Ele é mais parecido com você do que comigo!

Ela ficou quieta e olhou pra mim com um olhar magoado por eu estar gritando. Apolo apenas olhava enquanto nós meio que brigávamos. Então eu fiquei com vontade de chorar por tê-la magoado e disse:

-Desculpe.

-Tudo bem querida. - disse ela com a voz embargada. Ela se ajoelhou no chão e me abraçou, eu retribui o abraço e ficamos assim até que Apolo falou:

-Desculpe estragar esse momento lindo, mas eu tenho que ir Sophie, e foi ótimo te conhecer Helena.

-Desculpe por antes Apolo, e foi ótimo te conhecer também.

Então ele sorriu e entrou no carro, quando perdemos ele de vista, resolvemos ir pra casa, aquela mulher cobra tirou todo o meu apetite.

Quando estávamos no carro eu perguntei:

-Tia, e quanto as minhas aulas de esgrima?

-Eu arrumei alguém pra treinar com você. Um amigo meu vai traze-la a nossa casa amanhã.

-Qual o nome dela?

-Annabeth Chase.

Essa foi a minha primeira aventura como meio-sangue, mesmo não sabendo que era uma. E também como conheci o deus Apolo e também Annabeth Chase.