Casamento? não se Eu Puder Impedir! escrita por Yumenaya, mia-y


Capítulo 2
Capítulo 1




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CAPÍTULO 1

Edward nunca mencionou sobre aquele beijo e eu também fingi que estava bêbada o suficiente para não me lembrar, principalmente toda vez que ele vinha falar comigo cercado de garotas dando mole para ele.

No começo foi meio complicado, já que eu tinha certeza que estava apaixonada por ele e ele só me via como amiga, mas depois foi bem mais fácil, porque eu comecei a sair com outras pessoas também e... Bem, não vou dizer que eu me acostumei, mas não ligava mais para aquilo, porque eu conhecia o Edward e sabia que ele iria ficar com todas, mas era comigo que ele voltava para casa, era eu que conhecia a família dele e tudo mais.

Mas então Edward começou a ficar estranho, começou a sair escondido e não me contava mais nada. Achava estranho, mas estávamos terminando a faculdade, então eu não tinha tempo para me preocupar com ele. Até o dia que ele me ligou no meio da tarde, todo nervoso, me dizendo que precisava encontrar comigo naquela hora. Eu fui encontrá-lo no lugar onde ele me disse que estaria e, chegando lá, estava ele e uma garota tomando café. Pensei seriamente em voltar e fingir que algo de muito importante tinha acontecido para que eu não fosse, mas algo me dizia que eu não poderia fugir daquele encontro.

Entrei na cafeteria e o sorriso dele ficou enorme quando me viu, me encorajando a ir até a mesa deles. Se eu estranhei o fato de a garota nem virar a cabeça para saber para quem ele estava sorrindo? Não, eu não estranhei, mas eu devia, porque ela deveria pelo menos demonstrar consideração com a melhor amiga dele. Eu fui até ele, que me abraçou e me apresentou a Tanya, a namorada dele. Foi assim que eu recebi a notícia, que eu achei ser a pior da minha vida. Eu não consegui fazer nada além de olhar para ela, que sorriu sem graça para mim. PUTA, VADIA. No mínimo ela estava pensando ‘Loser, perdeu ele para mim’ porque estava estampado na minha cara que eu era apaixonada por aquele imbecil.

Se antes ele se escondia, depois desse dia ele simplesmente passou a exibir a Tanya para toda a faculdade, me fazendo ter vontade de morrer cada vez que ele acenava para mim com ela do lado. Meus amigos, que sabiam o quanto eu gostava dele, ficaram possessos, já que eles esperavam que a pessoa que ele fosse escolher para algo sério seria eu.

Exatos 18 meses depois, às 2h15min da manhã, eu fui acordada por aquele toque histérico que o Edward colocou para ele no meu celular.

- Edward Cullen, se isso não for importante o suficiente para me acordar às 2 horas da manhã, você sabe que eu vou te tornar incapaz de ter filhos, não sabe? - Eu disse assim que eu atendi ao telefone, ainda sem abrir os olhos e bufando. - Eu tenho uma apresentação para fazer amanhã cedo e a culpa é sua se eu dormir no meio dela porque você me... - Ele me interrompeu, como sempre, e como eu estava grogue de sono, nem protestei.

- Eu pedi a Tanya em casamento e ela aceitou. Bella, eu vou casar! - Ele berrou e tirou todo o sono que eu tinha. - Não é maravilhoso? A Tanya vai ser a próxima Sra. Cullen. - Parecia que eu tinha tomado um choque elétrico de uns duzentos volts, porque eu senti uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo.

- É sim, Ed. É ótimo mesmo, estou tão orgulhosa de você! - Eu disse numa voz nada convincente, mas ele deve ter atribuído ao sono.

- Eu sei que você está com sono, mas tenho que te pedir uma coisa, por mim e pela Tanya. Você aceita ser a nossa madrinha de casamento?

A única resposta que eu queria dar era: NÃO, É CLARO QUE NÃO. Mas eu não poderia dizer uma coisa dessas ao meu melhor amigo.

- Aceito, é óbvio que sim, Ed. – disse sem animo algum.

E foi com essa simples frase que eu tornei meus dias insuportáveis. Parte porque eu não consigo fazer a minha consciência parar de gritar o quanto eu tinha sido burra desde que eu conheci o Edward e a outra parte porque, como madrinha, eu tenho que seguir aquela egoísta da Tanya e ajudá-la com essas coisas de casamento, o que foi um pedido daquele imbecil do Edward.

Agora aqui estou eu, sentada nessa cama super confortável na casa de praia dos pais da Tanya, esperando para morrer ou até que algum terrorista do bem jogue uma bomba na cabeça da mesma, o que eu sei que não vai acontecer, porque o ego enorme dela absorveria o impacto e mataria todos nós, menos a própria.

Minha vontade de levantar é nula, mas eu sei que daqui a pouco meu celular vai começar a tocar, porque a madame vai notar que uma das idiotas madrinhas não está lá e o Edward também vai me ligar, porque ele tem preguiça de me procurar. Eu acho que o melhor que faço é deixar esse casamento idiota acontecer mesmo, já que eu não ligo mais para esses dois. Senti meu celular vibrando do meu lado e atendi sem nem ver quem era.

- Já estou descendo, só estou terminando a maquiagem. - Eu disse já me levantando e indo lentamente até o vestido que eu tinha escolhido para usar nesse jantar de ensaio ridículo.

- É melhor descer mesmo, essa festa está um porre sem você. - Ouvi a voz rouca do Jacob no telefone.

- Jake! Não acredito que você está aqui! Meu amor, você pode, por favor, subir aqui? Meu quarto é o último à direita no corredor principal. - Eu disse, segurando o telefone com o ombro e procurando o meu sapato.

- Mas a festa acabou de começar, primeiro você tem que me embebedar, esqueceu? - Ele disse, rindo.

- Vem logo, idiota. - Eu desliguei o celular e fui caçar o outro pé do meu sapato, que estava no banheiro.

- Você ainda está assim? - Ele disse assim que abriu a porta do meu quarto, me vendo de roupão, calçando os sapatos. - Não me diga que você está assim há horas, pensando em como você foi idiota por não ter dado pro Cullen quando vocês se conheceram?

- O que você quer que eu diga? Você me conhece tão bem quanto a minha consciência. - Ele riu, sentando-se ao meu lado na cama, passando a mão em meu braço.

- Como você está, minha pequena? - Ele perguntou, me fazendo dar de ombros.

- Está tudo bem. Vamos, me ajuda a terminar de me arrumar, se não eu nem chego a tempo da sobremesa. - Ele riu, dando um beijo no meu rosto e olhou o meu vestido.

- Você vai vestida desse jeito? É assim que você quer que ele largue a noivinha dele e fique com você? - Disse, horrorizado, levantando e pegando meu vestido como se ele fosse algo sujo.

- Eu não quero que ele largue ninguém, não quero que ele fique infeliz, Jake. - Eu respondi, tomando o vestido da mão dele e olhando. Tudo bem que não era, nem de perto, o meu melhor vestido, mas eu não queria impressionar ninguém naquela festa.

- Então você devia fazer alguma coisa. - Odeio quando ele começa a falar assim, porque ele sempre está certo.

- Você sabe de alguma coisa que eu não sei? - Eu disse, procurando um vestido entre os que eu trouxe na mala e prestando atenção ao que ele estava me falando.

- Não, mas eu sei que ela é muito santinha e geralmente quem é assim esconde algum podre. Eu só preciso descobrir qual é. Enquanto isso vista algo melhor, ok?

- Tá bom, você que manda. - Eu disse, pegando um vestido e me trocando em um segundo. - Então, melhor assim? - Ele me olhou de cima a baixo, sorrindo de canto.

- Se eu fosse hétero, eu juro que eu pegava você para mim. - Ele disse rindo e me arrastando para fora do quarto.

- Gay.

Nós descemos e começamos a ouvir o burburinho das conversas, enquanto nós mesmos conversávamos sobre coisas aleatórias que iam me distraindo. Jacob me parou, ajeitando meu cabelo e fazendo carinho no meu rosto antes de entrarmos, sussurrando um ‘você consegue’ e segurando a minha mão. Tinha que ser meu melhor amigo, não?

Nós entramos na sala de estar, onde estava havendo um coquetel antes do jantar, e eu vi todos aqueles rostos detestáveis das outras madrinhas, os pais muito simpáticos da Tanya, os pais do Edward conversando com a Tanya, que pararam de falar com ela para acenar para mim. Todos, menos o Edward.

- Eu acho que eu escolhi a noiva errada. - Senti aquele hálito de menta batendo no meu pescoço e soube que ele estava me abraçando. Contei até cinco mentalmente e sabia que o Jake estava por um fio de cair na gargalhada. Virei um pouco meu rosto, sorrindo como se nada tivesse acontecido.

- Ou não, né? A Tanya está linda. - Eu sorri falsamente olhando aquela cobra usando aquele pedaço de pano laranja. Ele riu de novo, me dando um beijo no rosto.

- As duas estão lindas. - Ele disse me soltando, me deixando respirar de novo, falando com o Jake e ainda falou antes de se virar e sair. - Só não ofusque o brilho, a noiva é ela.

Eu ri, mordendo a boca.

- Você está completamente caída por ele, esse jantar vai ser muito divertido. - Jake disse, passando o braço pela minha cintura e entrando comigo.

- Você devia estar aqui para me apoiar, sabia? - Eu disse, me fazendo de ofendida, enquanto ele ria ainda mais.

Pegamos dois drinks no bar, bebendo aos poucos e olhando em volta para saber com quem eu falaria. Primeiro fui até Carlisle e Esme, que me abraçaram forte, enquanto Jake ia andar pela festa.

- Bella, minha filha, como você está bonita. - Eu sorri sinceramente, enquanto Esme acariciava meu rosto, antes de me abraçar de novo. - Você sabe que nós sempre quisemos que fosse você no lugar da Tanya, não sabe? - Ela disse no meu ouvido e eu só concordei com a cabeça, me afastando um pouco dela. - Um dia, quem sabe. Lembre-se que nós te amamos muito, você é sempre bem vinda na nossa casa.

- Muito bem vinda, não sei por que você parou de nos visitar. - Eu ri fraco quando Carlisle falou, passando a mão no meu braço. - Você é como uma filha para nós, não importa quem o Edward escolha.

- Muito obrigada, vocês sabem que são muito importantes para mim também.  Eu disse sorrindo. - Se vocês me dão licença, vou procurar o Jake. Ele deve estar meio deslocado.

- Aquele Jacob tem que tomar jeito! Leve ele com você quando for lá em casa. – Esme disse, rindo. Eu concordei com a cabeça e fui até o bar, procurar o Jake, que sumiu da festa.

Novidade.” Pensei, logo me virando para o barman e pedindo um Martini, que durou até o jantar ser anunciado.

Levantei-me e andei até a sala de jantar, que estava apinhada de gente. Felizmente, os lugares eram marcados, então eu só tive que esperar alguns segundos e me dirigir para onde Jake estava, já que nossos lugares eram juntos. Ele sorriu quando me viu, me pedindo para contar como fora com os Cullen. Eu me limitei a dizer que foi bom, porque não queria que ele começasse a me analisar ali.

Eu disse ‘felizmente’? Porque ou destino ou o Edward ou a Tanya, ou provavelmente os três me odeiam, já que eu fiquei entre os pais da vadia e, Jacob e uma prima da Tanya. Na minha frente estava o Jake, os pais de Tanya de um lado, e de frente para os pais de Edward, e a própria Tanya e seu irmão do outro lado, de frente para Jake e a prima deles.

Passei todo o jantar evitando Edward e Jake, que não paravam de me olhar, com certeza querendo saber o que eu achava tão interessante no meu prato, e a Tanya, que olhava constantemente do Edward para mim. Finalmente chegou a sobremesa e eu pude, enfim, dar uma desculpa para poder ir para a varanda e respirar em paz.

Porque mesmo eu estava ali? Para acabar com aquela palhaçada de casamento, muito obrigada por me lembrar, consciência. Eu tenho que fazer alguma coisa, isso sim. Esse vento gelado podia refrescar a minha mente, né?

- Porque a cara feia? - Embry disse, encostando do meu lado, olhando para mim. Dei de ombros. - Qual é, Aya, me conta no que está pensando.

- Já tentou esconder alguma coisa muito importante de alguém que você gosta muito e que te conhece muito bem? Então, esse é o meu problema. - Eu disse, olhando para ele, que sorriu de canto para mim.

- Eu sou gay e meus pais não tem noção disso. - Eu engoli seco, mordendo a boca com força. - Eu sei que eu sou irmão da Tanya e tudo mais, mas você tem que contar pro Edward que você gosta dele, não pode deixá-lo casar com ela sem ele saber disso.

- Não é como se fosse muito fácil para mim, eu tive três anos para fazer isso e olha onde eu estou. - Ele suspirou exatamente como o Jake faz quando quer me falar alguma coisa séria. - Fala, Mark.

- A Tanya não merece um cara como o Edward, não merece mesmo. Eu a conheço e eu sei que ela vai fazê-lo sofrer, você não pode deixar isso acontecer, ok? - Eu fiz que sim com a cabeça e ele sorriu, passando o braço sobre meus ombros. - Agora vamos entrar e nos esquentar, porque eu preciso que você me apresente aquele seu amigo. - Ele disse a última parte baixo no meu ouvido, me fazendo rir baixo e passar pela Tanya e pelo Edward abraçada com ele.

- E depois disso a gente passou a sair juntos, ficamos muito amigos e tudo mais. O resto vocês já sabem. - Eu terminei de contar a minha história para a Alice, que eu descobri que era a prima que mais detestava a Tanya, e para o Embry, que só fingia prestar atenção, junto com o Jake, todos deitados na minha cama.

- É, você deu mole mesmo. Se fosse a Tanya, iria ter tirado a blusa e mandando ele lamber. - Nós caímos na gargalhada quando a Alice falou isso.

- Ela já fez isso, vocês não tem noção da cara que o garoto fez! - Embry completou, rindo muito. - A Tanya teve a cara de pau de me pedir para te dar mole, Bella, porque ela morre de ciúmes de você com ele.

- COMO ASSIM ELA PEDIU PARA VOCÊ ME DAR MOLE? - Eu gritei, quase explodindo de ódio.

- Relax, take it easy. Eu te disse que ela era muito santinha, eu sabia que ela não prestava. O problema é que se a gente contar, o Edward nunca vai acreditar, mas se você falar... - Eu ponderei a situação por alguns segundos. É óbvio que eu não ia fazer nada para magoar o Edward, mesmo que fosse para poder deixar ele livre para mim.

- Eu não vou falar nada, ok? Ele gosta dela, ele que se vire com os problemas que arranjar. Agora todo mundo para fora, eu preciso dormir. - Eu disse, esticando as pernas na cama. Alice e Embry levantaram logo, mas Jacob ainda pegou uns chocolates que tinha trazido.

- Dorme bem, chatinha. - Ele disse, me dando um selinho e saindo com os outros dois.

Tchau gente.

Óbvio que eu fiquei rolando na cama por mais ou menos uma hora, mas peguei meu I-pod e comecei a ouvir música, então logo eu adormeci, pensando no Edward, na Tanya, no Embry e no Jacob. 


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