Glowing escrita por LarSoares13


Capítulo 6
Capítulo 5 - The Notebook




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Meu Deus. Estava prestes a gritar, realmente me assustei.

— Quem é você? – Liam colocou a mão sobre minha boca, me impedindo de berrar.

Olhou aflito para os dois lados do corredor e voltou o olhar para mim. Ainda não tinha retirado as mãos da minha boca. Ouvimos passos, passos altos que fizeram Liam arregalar os olhos. Ele me empurrou para dentro do banheiro e trancou a porta. Puxou-me em direção ao chão e fez sinal para que eu ficasse sentada e em silêncio. Minha respiração estava alta, eu estava assustada e ele nem sequer tinha olhado direito para mim.

Enquanto estávamos sentados, ouvindo passos e vozes do lado de fora, ficamos em silêncio e evitando qualquer tipo de movimento.

— Onde está Liam? – as vozes repetiam a todo segundo.

— Os meninos têm que estar no palco daqui uma hora! – frisavam.

Olhei para Liam e sua expressão era tensa. Pura tensão. Não estava entendendo absolutamente nada. Ele estava se escondendo?

Dois segundos. Alguém forçava a fechadura da porta, levantamos assustados, mas em silêncio. Liam se agachou novamente e abriu a porta que dava para os tubos de ventilação.

— Você precisa entrar. – sussurrou, em meio ao desespero, as investidas para abrir a porta se intensificaram.

— Não, tá louco? – perguntei assustada.

—Ou você entra ou vai se encrencar, porque não devia estar aqui.

Não tive escolha. Eu não queria encrenca. Eram muitas batidas e gritos na porta.

Entrei com certa rapidez no tubo de ventilação, Liam entrou em seguida e fechou a entrada com a grade novamente. Quase me esqueci, eu estava de vestido, num lugar apertado, que tinha que andar agachado e estava na frente de uma pessoa que usava cuecas.

— Ande rápido. – Liam falava.

Eu estava agoniada, aquela situação não podia ser real. Qual o motivo dele estar fugindo? Eu só me meto em confusão.

Tentava engatinhar só com uma das mãos, pois a outra ficava puxando o vestido a todo momento.

—Calma. – a voz de Liam quebrou o silêncio do percurso – Eu não consigo enxergar seus fundos, está escuro se você não percebeu, mas consigo sentir sua mão batendo na minha cara.

— Desculpa. – corei, ao menos estava escuro e ele não pôde ver.

Que situação. Cinco minutos depois chegamos ao final da tubulação. Ele empurrou a grade e saímos cautelosamente. Era um beco escuro, que devia ser a parte de trás da boate, tinha um fedor terrível e era úmido.

— Droga. – resmungou Liam, olhando para a entrada do beco.

Eu olhei e conseguia ver alguns clarões. Mas que diabos era aquilo?

— Paparazzis. – obrigada Liam, por responder minha pergunta.

— Eu preciso ir. – comecei a caminhar em direção à calçada.

— Não! – falou desesperado e me segurou pelo braço. – Você tem que vir comigo, os paparazzis vão te ver, eles estão vindo para cá e se verem você comigo aqui vão inventar histórias.

— O que vamos fazer então? – perguntei um tanto quanto desesperada.

— Olha, você tem um carro? – seus olhos não paravam em um só lugar.

Aquela situação estava fora da realidade, o que viria depois? Eu não sabia mais o que iria acontecer. Minha viagem mal tinha começado e já estava com problemas gigantes.

— Tenho, mas não é meu. – respondi nervosa – É de uma amiga, ela tá na festa.

—Ótimo. Você tem as chaves?

— Tenho, mas não posso pegar o carro e desaparecer. – comecei a tremer, que tenso.

— Por favor, você precisa me ajudar. – apertou meus ombros com certa força e olhou em meus olhos – Prometo que em uma hora vamos voltar.

— O que está acontecendo afinal? Pode me explicar? – ele desviou o olhar e soltou-me.

— Te explico no carro. Me ajude, por favor! – fiquei com pena, aqueles olhos me convenceram.

Não respondi mais nada, apenas fiz sinal para que ele me seguisse. Chegamos na calçada e atravessamos cautelosamente a rua, tomando todas as precauções para que aqueles flashes não nos encontrassem.

Entramos no carro. Dei a partida e até o momento nenhuma palavra tinha sido dita.

[...]

Foram quinze minutos de percurso até a minha casa. Sim, minha casa. Sorte que os pais de Molly tinham saído para uma festa de família.

Liam deu a oportunidade de eu contar a minha história, até me reconheceu do dia da cafeteria. Me explicou que estava fugindo dos seguranças, porque se meteu numa confusão ao chegar atrasado na boate. Confesso que achei aquela perseguição toda ridícula.

— Ainda não entendi o motivo da perseguição. Foi apenas pelo atraso? – perguntei enquanto fechava as cortinas do meu quarto.

Nunca imaginei ter Liam Payne sentado em minha cama.

— Na verdade, não foi pelo atraso. – suspirou e olhou para mim.

Fiquei confusa.  Ele mentiu para mim e agora estava tentando me contar a verdade.

— Qual o real motivo? – cruzei os braços e fitei o chão.

— Nem sei como explicar... – riu sem graça e passou a mão pelos cabelos.

Tive receio em me aproximar, mas decidi sentar ao lado dele, claro que com certa distância.

—Minha ex-namorada apareceu na boate – homens, pensei – Ela entrou no camarim e quis me matar, sei lá. Eu saí correndo e ela atrás de mim, tive que me esconder no banheiro. Malditos seguranças,  não perceberam a confusão que me meti.

Não agüentei, eu ri. Ele me olhou sério, mas eu não consegui parar de rir. Fiquei com falta de ar, quando ele percebeu começou a rir junto.

— Então aquelas vozes másculas eram de mulheres? – continuava a rir.

— Eram. – ele já estava rindo loucamente.

Só conseguimos parar de rir três minutos depois. Então voltei à realidade e lembrei que em quarenta minutos tinha que “devolver” Liam Payne para a boate.

— Obrigado, Giulia. – virou-se para mim e deu um sorriso fofo.

Sorri sem graça e não respondi nada. Mas ele retornou a falar.

— Acho que o Zayn foi cantar a garota certa. – riu e quando percebeu o que tinha falado tratou de puxar outro assunto.

Arregalei os olhos. Como assim? Zayn falou que me abordou na porta do banheiro da cafeteria?

O que é isso? – perguntou, puxando meu caderno de composições que estava em cima da cabeceira.

— Algumas composições. – respondi, ainda pensando no que ele tinha dito sobre Zayn.

Então começou a folhear e fitou os olhos em uma das páginas.

— Você pode cantar essa? – perguntou.

Abaixei a cabeça, nossa. Aquilo não podia estar acontecendo, não mesmo.

— Por favor. – pediu.

Levantei e peguei meu violão que estava perto do armário. Novamente sentei na cama, respirei e comecei.

[…]


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