O que mais Temia escrita por MiraftMaryFH


Capítulo 30
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Mensagenzinha nas notas finais...
Boa Leitura, gente :D



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10 Anos Depois

BREA 

Quem diria que as coisas seriam assim. Quer dizer, normalmente, os namoros de adolescência são quase como amores de Verão, não duram mais do que 2 ou 3 meses, são raros os casos à excepção. No entanto aqui estou eu, com 26 anos e com o homem que amo desde os 16… curioso, não? Então, a pergunta que se devem estar a fazer é sobre o que aconteceu há 10 anos atrás, depois de eu ter perdido os sentidos… Bem, eu não morri… Naquele dia, o Josh levou-me de volta para o hospital, onde completei o internato até estar totalmente recuperada do acidente. Sim, lembro-me perfeitamente que passei dias a ouvir um sermão do meu pai, mas no fim tudo se resolveu. Os meus pais não voltaram a ficar juntos; Por mais que fosse difícil a separação, eles decidiram que era o melhor e eu e o John, com o tempo, acostumamo-nos com a ideia; A minha mãe voltou a casar, com Arthur Black, um juiz que conheceu num tribunal, muito simpático e engraçado; já o meu pai… esse não tinha jeito, casou-se mesmo foi com o trabalho, mas eu e o John vivíamos com ele. O John? Ah… bem, digamos que ele e a Molly sempre entraram nos eixos e, por incrível que pareça, estão casados e têm uma filha linda como a mãe, mas com o génio do pai… então, imaginem só…; Mas, o mais surpreendente é que o John é agora neurocirurgião, acreditam? Eu é que não me arrisco numa cirurgia com ele, é melhor deixar como está; Já a Molly, formou-se em advocacia; o Eric sempre conseguiu o tal título importante, e teve inúmeras vitórias na equitação; o Jake, como era de esperar ou não, tornou-se cientista; a Mellanie já gravou dois CD’s que lhe deram um sucesso enorme; o Jasper licenciou-se em engenharia biomédica e, actualmente, está a escrever um livro sobre como “Não é preciso tomar banho, e isto não é porque eu tenho medo de água!”, título grande, não? Devia ser mais o prólogo; a Kate e o Brian que eram os mais vaidosos da zona, tornaram-se estilista e modelo, respectivamente, deve ser de genética; o David teve que assumir os negócios do pai, mas não deixou o seu sonho e formou-se em clínica geral.

Quanto a mim e ao Josh? Bem, eu segui pediatria e ele engenharia biomédica. Casamo-nos há 5 anos e bem, ainda não cometemos nenhum suicídio como pensamos… Se há 10 anos atrás me tivessem dito que eu estaria hoje com ele, provavelmente eu teria mandado internar essa pessoa de urgência com sérios danos mentais extensivos e, talvez, irreversíveis, mas hoje sei que não é bem assim.

E tudo está na mais perfeita paz…

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Eu gritei desesperada.

Quer dizer… nem tudo… Ah, não vos contei… é um pequeno detalhe… ESTOU NUMA SALA DE PARTO! Vou dar à luz… GÉMEOS!

JOSH

Ok, eu admito! Estou muito nervoso! Não… nervoso é eufemismo… Eu estou simplesmente aos pulos e preocupado e ansioso e Ai Meu Deus! Onde é que ela arranja estas forças todas?

- Josh, porque é que estás com essa careta? – Ela perguntou-me no meio de uma contracção, o que me rendeu outra careta.

- Porque eu não sinto mais a minha mão… - Ela estava a segurar na minha mão e sempre que vinha uma contracção, apertava-me com força.

- Ah, deixa de te queixar. Quem está a sofrer as dores do parto sou eu! – Ela disse fazendo mais força; As contracções estavam cada vez mais constantes.

- Amor, tem calma… - Eu disse suavemente.

- TEM CALMA O ESCAMBAL! A CULPA DISTO É TODA TUA! – Ela berrou.

- Minha!? – Eu perguntei confuso.

- É TUA! AHHHHHH! – Ela gritou, outra vez – E LOGO GÉMEOS? NÃO DAVA PARA COMEÇAR COM UMA COISA MAIS LEVE? – Éramos pais de primeira viagem, mas eu vou lá ter culpa de serem gémeos.

- Que eu saiba, eles não se fazem sozinhos, então a culpa não é inteiramente minha! – Eu disse.

- Mas é parte!

- Eles são sempre assim? – O médico perguntou à Molly, que acompanhava o parto.

- Costuma ser pior… tinha que os ver quando tinham 16, pareciam dois… - Ela calou-se quando viu a nossa cara. – Dois amores apaixonados.

A Brea sorriu cepticamente – Oh, que fofo, Molly… AGORA, TIRE-OS AÍ DE DENTRO, SENÃO ARRACO-LHE A CABEÇA, DR.!

- Não os posso tirar, muito menos já… - O médico disse como se explicasse que 2+2 são 4.

Ela arregalou os olhos de surpresa e perguntou – Molly, quanto tempo é que ficaste de trabalho de parto?

- 11 horas, porquê?

Ela arregalou ainda mais os olhos como se fosse possível e deixou-se cair para trás. E eu? Eu fiquei a olhar para a Molly como se ela tivesse acabado dizer que era uma marciana. Oh, ainda por cima eram dois…

Tivemos que esperar mais uma eternidade, e eu asseguro-vos de que a minha mão, com certeza, deve estar roxa! De repente, os gritos da Brea e a força que ela fazia intensificaram-se mais e, nesse momento, até eu sabia que estava na hora.

- Agora, quando eu disser, a menina faz força – O médico disse.

- E VOCÊ ACHA QUE EU ESTIVE A FAZER O QUÊ ATÉ AGORA? – Ela perguntou.

- Sim, mas agora tem que fazer mais, para os bebés descerem.

- MAIS FORÇA? ACHA QUE SOU O QUÊ? – Ela perguntou nervosa.

- Vá lá, faça força.

Depois de muitos berros e preocupações e da minha certeza absoluta de que ia ficar sem mão, um choro muito alto apoderou-se da sala de parto.

- É o menino – O médico disse, passando o bebé à Molly, enquanto a Brea estava indecisa entre a dor de ter o próximo e o desejo de ver o primeiro.

- Vais ter tempo para ele – Eu sussurrei, mas também estava com uma vontade enorme de ver o pequeno… Como será que ele era? - De certeza, que é lindo como o pai.

- JOSH! PÁRA DE SER CONVENCIDO! – Ela gritou aos meus ouvidos.

- Brea, eu não estou na China, posso-te ouvir bem.

- Eu sei que sim. AHHHHHHHHHHHHHH! Ela gritou, outra vez.

Sem mão e surdo… o que mais pode acontecer? E, de repente, mais um choro se ouviu na sala…

- A menina – O médico disse olhando para nós. E eu não pude deixar de conter as lágrimas. Dois pequenos; EU SOU PAI! E com a pessoa mais chata, resmungona e mandona do mundo, mas… fazer o quê? Eu amo-a…

Demorou um pouco, mas depois de limparem, trouxeram os dois bebés para perto de nós e mais lágrimas escorreram pelos meus olhos, mas não eram só dos meus.

Olhei nos olhos dela, com os pequenos entre nós e ela também, como se estivéssemos a fazer as nossas juras através do olhar, palavras silenciosas de amor que nós entendíamos, só precisei de dizer uma coisa…

- Para sempre… - Falei nos seus ouvidos.

- Para sempre. – Ela murmurou.

Fim


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Notas finais do capítulo

Oi... bom... eu nem sei o que dizer!
É o fim...
Esto muito feliz por ter gente acompanhando e gente que posta sempre um review, obrigada por isso :) Obrigada também pela recomendação, se alguém ainda quiser recomendar, eu agradeço!
E bom, gostava que vocês escrevessem um review, o último do último capítulo, para eu ter uma noção se vocês gostaram da história.
Eu já estou escrevendo uma nova fic... se isso interessar a vocês... bom, como eu ainda não a postei no nyah, quem quiser depois saber o endereço, deixe um review ou uma MP, para eu mandar o endereço quando postar no nyah...
Bom, eu acho que é tudo... Obrigada, mais uma vez por tudo... Espero ver vocês em breve, noutra história :D
Beijossssssssss :)



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