O que mais Temia escrita por MiraftMaryFH


Capítulo 17
Molly & John ??




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O fim-de-semana passou tão rápido, que eu nem notei! Passei-o praticamente todo com a Molly e o David, eles eram fantásticos! Estivemos a passear na praia, a falar no msn, enfim… típico.

Josh era um assunto que não me havia atormentado, pelo menos por enquanto. Também, era uma questão de tempo até que eu descesse do autocarro na segunda e me deparasse com ele e a “piriguete do momento”.

O primeiro a encontrar na paragem de autocarro foi o Thiago e (eu espero que seja impressão minha) não parece que ele esteja com muito boa cara. Que estranho! Ele costuma estar sempre muito animado, a não ser, é claro, quando alguém lhe dá com os pés… o que , não sei porquê… duvido que tenha acontecido.

- Oi, Thiago. – Disse animada.

- Olá – Por favor, que eu esteja a ouvir muito mal. Ele está estranho.

- Thiago, está tudo bem? – Perguntei desconfiada.

- Porque não haveria de estar? – Perguntou-me vago.

- Oh… sei lá, porque estás a agir como se não estivesses aqui.

- E preferia não estar. – Respondeu, mais uma vez, a 10000000 km de distância.

- Thiago, o que foi? – Perguntei séria… daí vinha coisa muito má.

- Queres saber o que foi? – Ele virou-se para mim, de repente, e pude ver que ele estava mesmo furioso. – Há quanto não me diriges a palavra?

- Eu… Eu… não… - Disse como se tivesse apanhado um choque.

- Pois, tu nem sequer sabes… - Ele disse sarcástico – E tu sabes que dia foi ontem? – Perguntou-me, encarando-me, novamente.

- Domingo!? – Não estava a perceber onde ele queria chegar.

- Ainda bem que sabes. Então também te deves lembrar que  tínhamos combinado passar o dia juntos, ontem?

Oh, boa! M****! Esqueci-me! – Ai, desculpa Thiago…

- Pois, é sempre isso que eu tenho que ouvir.

- O que é que querias ouvir, então?: “Olha que pena que eu tenho disso”? – Perguntei sarcástica.

- Não. Queria ao menos que tivesses consciência de que não estás a agir como “amiga”.

- O QUÊ? Tu sabes que eu tenho estado mal e…

- E NADA! É TUDO SEMPRE SOBRE TI JÁ REPARASTE? O JOSH, OS TEUS PAIS, AS COISAS SÃO SEMPRE SOBRE TI. HÁ QUANTO TEMPO É QUE TU ME HOUVES QUEIXAR? É SEMPRE JOSH PARA AQUI, JOSH PARA ALI. SABES QUANTO TEMPO FIQUEI À TUA ESPERA ONTEM? 2 HORAS!, SENTADO À SECA, À ESPERA AO MENOS DE UMA MENSAGEM, AINDA QUE SÓ DISSESSE: “Não vou poder ir”.

- Eu… não sabia.

- Claro, mas se fosse por ti, continuarias a não querer saber. Nem sequer te passou pela cabeça que faltava alguma coisa, pois não? Claro que não… Estiveste muito ocupada durante o fim-de-semana.

E foi aqui que entraram as fotos que tinham sido tirados com a Molly e o David e o resto do grupo… - Thiago… tu tens noção que esses ciúmes são paranóicos, certo?

- Seriam, Brea! Seriam paranóicos, se eu não falasse contigo há dias e se não me tivesses deixado plantado 2 horas sem nem te teres lembrado do quer que fosse.

- Já pedi desculpa.

- Não vai adiantar.

- Como assim, não vai adiantar? – Perguntei, subitamente com medo.

- Adeus, Brea.

- Mas… Thiago… - E ele foi-se. E foi assim que vi o meu melhor amigo ir embora.

Chegando à escola, o dia não foi melhor. Não, não encontrei o Josh com uma piriguete nova. Pior, foi com a mesma da semana passada, Keira… sim, aquela rapariga que tinha sido a minha melhor amiga, em tempos. Dói… muito. Por mais que eu diga que aquele idiota não presta, é nele que eu penso e… m****, eu gosto dele, por mais que tenha estas desavenças e tudo mais… E vê-lo com uma pessoa que foi-me, anteriormente, próxima e que agora, não suporto… magoa tanto. Do outro lado da escola, pude ver o Andrew andar acompanhado por uma das “amiguinhas” do Josh, que tinha ido com ele ao cinema. E por fim, vi o Thiago com um grupo de rapazes, que reconheci sendo do clube de futebol do meu irmão. Estava tudo errado! Ou será que era assim que as coisas deveriam ser, do modo certo?

- Magoa, não é? – Virei-me para ver uma das poucas pessoas que me restavam.

- Eu… - Olhava em todas as direcções dos 3 rapazes que outrora começavam a ser importantes.

- Não precisas explicar. Posso ver os 3… Bem, não há muito que eu possa fazer, lamento.

- Não lamentes. Porque eu também não me vou lamentar mais. Passado ficou para trás, para recordar; o presente está agora, para viver.

Ela deu um sorriso fraco e triste, pois sabia como eu me sentia. – Sabes que não precisas de usar essa “máscara”, eu conheço-te e sei que não é assim que te sentes.

- Tens razão. Não é assim que me sinto, mas é assim que me deveria sentir, Molly.

Molly era uma rapariga linda, do seu modo. Tinha longos cabelos ondulados, tão escuros que eu podia jurar serem pretos. Os seus olhos eram de um verde tão engraçado, que eu chegava a confundir com azul, e a cobri-los, haviam uns óculos que deviam ter uma grande graduação, por serem de “garrafa”. Devia medir o mesmo que eu, alguns centímetros a menos, talvez.

O dia de aulas seguiu normalmente. Tentava ao máximo não prestar atenção no Thiago. Havia falado com o Andrew e esclarecemos a “cena” que eu protagonizei com o Josh no cinema e ele falou-me da Margaret, a rapariga que estava com ele mais cedo; estava encantado. Quanto ao Josh, bem… continuamos a discutir, como duas crianças birrentas, mais pela parte dele, claro… quanto a isso não havia muita coisa que pudesse mudar.

No final das aulas, levei a Molly a minha casa e passamos lá a tarde. Tudo estava muito bom, calmo e, acima de tudo, LIMPO! Até que um certo troglodita que acha que pode andar por aí, entra no meu quarto e estraga a paz!

- Maninha! Só por acaso, viste o meu carregador de bateria? – Perguntou ele, olhando para um monte de fios e depois, levantando o olhar e encontrando-me a mim e à Molly. – Ah, tu deves ser a Molly. – Ele aproximou-se e cumprimentou-a.

- E tu deves ser o John! A Brea falou-me muito de ti. – Ela disse sorrindo… ESPERA! Quem é que conhece o meu irmão, “sorrindo”. Só se estiverem bêbados.

- A sério!? – Ele perguntou surpreso.

- Sim, principalmente do chantilli, do paintball no jardim, das corridas com os boxers e…

- Ahh… já percebi! – Ele olhou para mim furioso – Que tipo de descrições é que dás sobre mim?

- Ahh, queres mesmo saber?

- Ahh, não!

- JOHN! Tu estás sem bateria desde sábado e ainda não o carregaste?

- Desde sábado? Pensei que só tivesse acabado hoje. – Ele disse confuso.

- Tu tens noção que no sábado não estavas a falar com a Andrea porque o telemóvel já estava sem carga, não tens?

- Ahhh, então foi por isso que ela não respondeu! Bem me parecia, ela costumava dizer: “Aiii John, amor! Porque é que demoraste tanto a ligar fofinho?”… e com aquela voz irritante fica até enjoativo…

- Tudo o que tu escolhes É enjoativo… - Disse desinteressada.

- Não, não é!

- Ai não? Então e aquele prato de “omeleta recheada de calabresa, com cebola frita e repolho”?

- Aquilo parecia apetitoso na imagem do menu! – Ele disse na defensiva.

- Isso era porque era uma imagem de lasanha, tosco!

- Ah, eu lá ia adivinhar Brea?

- Talvez por que dizia em letras grandes LASANHA e tinha uma seta apontada para a imagem!

A Molly e eu só nos ríamos, e por incrível que pareça o John ficava cada vez mais vermelho, mas era de vergonha!

- Ahahaha, muito engraçadinho, maninha. – Ele disse.

- O carregador… está… na … mesinha… da… sala. – eu disse em meio a gargalhadas.

E ele saiu todo envergonhado.

- Ai, o teu irmão é uma peça…

- Que peça que quê? Eu ando a tentar convencer a minha mãe, desde que nasci, que ela trocou este indivíduo pelo meu verdadeiro irmão! – e rimo-nos de novo. – Se bem que ele ficou meio estranho.

- Estranho?

- Sim, ele ficou vermelho, envergonhado e meio nervoso… e tu também… ficaste a sorrir, toda abobadada… se eu não vos conhecesse diria que… ESPERA! Vocês não… Molly, tu…

- Eu só o achei bonito… - Ela disse corada e olhando as mãos – e engraçado.

- Não voltes a dizer essas palavras na mesma frase. O John não é bonito, ele é um enfeite… e, ele não é engraçado… ele tem mesmo falta de inteligência, se bem que eu gostava de ter o 20 dele a Biologia…

- E ainda é inteligente?

- Molly, tu tens noção da desgraça que o meu irmão é?

- Ei, calma Brea… Até parece que ele ia gostar de mim. – Ela disse distante.

- Não só parece, como gosta! Tu viste como ele ficou… Parecia um idiota, não que ele já não seja.

- Vamos parar de falar nisso? – Ela sorriu corada…

- Imagina só… o idiota do meu irmão e a minha melhor amiga… Meu Deus que desastre. Quando me fosses falar de rapazes, ias falar do meu irmão comigo e isso é tão… Ohhh, para de pensar nisso Brea!

- Brea, estás a fantasiar demais…  - Ela riu-se.

- Quero ver se é isso que me vais dizer no sábado…

- No sábado?

- Sim, vou chamar o Eric, o David, a Melanie, a Kate, o Brian, o Jake e o Jasper para vir cá no sábado, o que achas?

- Acho uma óptima ideia.

Quando ela me respondeu pude notar que ela ficou um pouco intimidada, como se tivesse medo de algo… Deve ser impressão minha, deveria… mas, tenho a certeza que não é. Apesar de ter um monte de qualidades, há algo na Molly que ela não quer demonstrar a ninguém. Parte da insegurança dela e passa pelo medo, talvez. Há algo mais aqui… e eu vou descobrir o que é…


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