Na cidade de Air era só correria. As pessoas tentando fugir, pois souberam que ocorreria um ataque naquele local. Mas, todos pararam quando na praça central da capital apareceu quatro exércitos em cada lado da mesma. No norte os soldados estavam vestidos de aramaduras azuis, representando a água; no oeste os homens estavam de marrom, representando a terra; no leste, estavam vestidos de verde, representando o ar e por último no sul tinham homens de vermelho, representando o fogo.

Cada líder acenou para o outro. Mas, Rhapyr fez um aceno chamando-os para a direção leste, onde se encontravam os portões de saída da cidade. Juntos, formaram um exército nomeado Serdin, saíram da cidade e se dirigindo para frente, aé o Vale das Sete Montanhas, onde esperariam o inimigo. Havia soldados de todos os tipos: montados ou não em cavalos, espadas, escudos, lanças, sabres, arcos, bestas, máquinas de guerra...

Eles não sabiam, mas aqueles equipamentos não seriam necessários.

Todos se colocaram de pé e prepararam as armas, pois a marcha de inimigos já se aproximava. Eles pararam alguns metros adiante. Tinha cerca de vinte e cinco mil homens.

Tuhanny, que estava montado em um córcel, se dirigiu até o centro da distância entre os dois exércitos. Carey, o líder dos chamas fez o mesmo.

Quando ambos se encontraram, se olharam com desprezo, até que Tuhanny quebrou o silêncio:

---Como você tem coragem de desonrar o nosso elemento com tamanha traição?---perguntou o representante do fogo no Serdin.

---O fogo é o nosso elemento, não o de vocês! Traição é você se juntarem a esses deserdados! Como você pode ver, estamos em vantagem, então sugiro que rendam-se e deixem-nos passar!---respondeu Carey em tom autoritário.

---Nunca! Não iremos deixar vocês tirarem a paz e a liberdade de pessoas inocentes! Nó iremos ganhar essa guerra! Sabe por quê? Não pela quantidade de homens, mas pela fé que todos nós temos em Rhipez! Se quiserem passar, então tentem!---disse Tuhanny no mesmo tom de voz do inimigo.

E então ambos seguiram pelo caminho que vieram. Tuhanny chegou sério. Ninguém ousou pergunta-lhe nada, pois já sabiam o que iria acontecer. Carey chegou sorrindo, pois o que Serdin não sabia era que o seu ataque- surpresa estava chegando em Air pelo outro lado da cidade.

Então Tuhanny, Athor, Tipton e Raphyr levantarm as mãos, indicando ínicio da guerra, mandando seus homens seguirem em frente. Carey fez o mesmo. Mandou seus arqueiros atirarem uma chuva de flechas.

Mas aconteceu o impossível, as flechas pararam no meio do caminho e ficaram submersas no ar. Como se o tempo estivesse congelado.

E foi exatamente o que aconteceu com os chamas. Todos ficaram paralisados, não conseguiam se mexer. Os serdinos ficaram chocados, mas não perderam os movimentos do corpo.

De repente, apareceu bem no meio do campo de batalha uma neblina cristalizada, que se materializou em um ser que nenhum elementar jamais tinha visto no mundo elementar, mas acreditava na sua existêcia: Um dragão.

---Tariko tulv hanarim olsher a kelv tif ouprin tulv--- pronunciou o dragão na língua crowl, apontando para os chamas.

Então depois disso, ele respirou fundo e abriu a boca e, de dentro dela saiu um jato com partículas de cristal em direção aos inimigos. Os mesmos ficaram congelados. Em seguida, fora preparado outro ataque e, dessa vez, todos os chamas ruins forão queimados. Sem deixarem cinzas.

E então o dragão virou novamente neblina e se dissipou no ar. Rhipez, o deus todo poderoso havia aparecido pela primeira vez, para as suas criações, no mundo elementar.

O exército de Serdin demorou para sair do transe e compreender o que havia ocorrido ali. Até que um soldado começou a chorar e, gritou:

---Rhipez existe de verdade!

Todo ficaram felizes, com sorrisos estampados nos rostos e lágrimas nos olhos. Mas, essa alegria durou pouco, pois um homem apareceu correndo, vindo da direção de Air, para o exército. Estava todo ferido e cortado e, possuía uma flecha cravada no coração, por isso tinha poucos minutos de vida. Este desabou no chão, deixando uma poça de sangue no mesmo. Tipton correu para ajudá-lo, mas chegou tarde demais, o homem faleceu em seus braços e, suas últimas palavras forão:

---Eles chegaram...os...chamas...eles estão destruindo a cidade...

Tipton ficou zangado e com raiva, pois todos haviam sidos enganados!               Avisou a todos e partiram depressa de volta para Air.

Enquanto isso, no destino de Serdin, acontecia um exterminação de pessoas: crianças, jovens, adultos e idosos. Havia centenas de corpos espalhados pela capital, parecia que está era vermelha de tanto sangue. Alguns conseguiram sobreviver, pois haviam fugido e se escondido, mas esse número fora pequeno.

Então os serdinos chegaram em Air e ficaram abismados com tamanha destruição. Partiram para a verdadeira guerra. Caçaram e dizimaram todos os chamas inimigos, não sobrou nenhum naquela cidade.

Dias depois, enterraram os corpos nas cerimônias e limparam a cidade, já haviam começado a reconstrução dos edifícios destruídos. Escribas escreveram livros sobre os fatos ocorridos naqueles últimos dias.

Depois das cerimônias, todo o continente fora dividido em: Àgua, Terra, Fogo, Ar e Serdin. O sistema político em todos os continentes seria a monarquia. Os reis escolhidos forão os mesmos representantes dos elementos no exército: Tuhanny, do fogo; Athor, da terra; Tipton, da água, Raphyr, do ar e, Eyo, de Serdin, rei escolhido pela votação popular.

Os chamas trocaram seus nomes para foguinos, pois o outro nome seria usado para as pessoas más do fogo. E Serdin, fora criado em homenagem ao exército, nele viveria qualquer elementar e as pessoas sobreviventes de Air, a capital seria novamente povoada. O mundo iria recomeçar do ínicio.

E foi assim que a Era Antiga terminou e a Era Nova começou.