Hahaha, eu comprei uma revista muito legal hoje quando voltava do estúdio para casa. Era como se fosse uma Capricho, mas só que na versão americana.

A capa dela era a nossa cara, sério, tinha a nossa foto mesmo, e falava assim: ‘Descubra tudo o que deve saber sobre as ‘The Half Devils. ’. Eu olhei com a melhor das caras, mas acabei ficando curiosa e levando umas 4 cópias, pra ajudar a banca.

Aqui estou eu, to no meu quarto preparada para começar a ler a revista, mas o Bill resolveu trazer o Scott aqui e fica rolando com o cachorro pelo quarto. Só espero que não quebrem nem a mínima porcaria, senão eu mato. Ele do nada dispensou o cão.

-Vamos lá Scott, vai dormir, preciso ficar um tempinho pra cuidar do que é meu. –ele disse para o cachorro. O mesmo saiu obediente do quarto.

-Cuidar do que é seu, Bill? E o Scott não é?

-Também, mas eu quero outra coisa agora...

-Mas vai ter que esperar eu acabar de ler a revista!

-E quem disse que eu tava falando de você? –ele me perguntou cruzando os braços. Já falei que eu adoro jogar almofadas nas pessoas, não? Pois falo agora, é muito legal!

-Não olha mais na minha cara. –falei tentando parecer o mais séria possível.

A cara que ele fez deu a maior dó, mas ele viu que eu tava brincando e veio me abraçar.

-Que é isso, preciso dizer mais quantas vezes que eu te amo?

-Não precisa, eu já te amo, isso é o bastante. –falei.

Ele me beijou novamente, toda vez que eu o beijo é como se fosse a primeira vez, com o estômago dando voltas e minha cabeça vai as nuvens, mas pelo menos nas nuvens tem ar.

-Eu ainda vou ler a revista. –falei

-Então eu vou ler junto com você.

A coisa folgada se jogou na minha cama, até aí tudo bem, se ele não tivesse me puxado junto. Recostei a cabeça em seu tórax e abri a revista. Tinha umas coisinhas bem ‘normais’ numa revista de adolescentes, tudo sobre moda, garotos e aqueles testes. Na hora dos micos em que as meninas pagavam, nós dois quase enfartamos de tanto rir.

Então chegou a hora em que falava sobre nós.

As 16 coisas que devem obrigatoriamente saber sobre as meninas:

1-      Não tem medo de ser quem são;

2-      Expressam os seus sentimentos sempre de alguma forma;

3-      Não levam ofensas para casa;

4-      Não têm tempo de namorar muito;

5-      Tem a vida completamente corrida;

6-      Todas tem 16 anos, menos Marina;

7-      Seguem seu estilos de qualquer maneira;

8-      São muito alegres;

9-      Gastam muito energia;

10-   Adoram tirar com a cara das pessoas;

11-   Desenham seu próprio estilo;

12-   O nome da banda foi escolhido pelas pessoas que conheciam elas muito bem;

13-   Nunca foram santinhas;

14-   Fazem tudo que passa na mente;

15-   Nunca deixam de ajudar ninguém;

16-   São loucas pelas fãs que têm e as consideram muito como parte de sua vida na qual mais gostam.

-Viu, eu sou um amooor! –falei

-Não, você é o meu amor. –ele falou.

Se eu pudesse eu ficaria o beijando para o resto da minha vida, mas infelizmente, alguém lá em cima não vai muito com a minha cara, certamente.

Em seguida tinham as fichas de cada uma, a minha ia primeiro.

Nome: Marina Lizercutt Minenza

Idade: 15 anos.

Nascimento: 29/04/1996

País: Brasil

Cidade: São Paulo.

Animais de estimação: Cachorro(em SP)

Pais: Alexandra e Lúcio Minenza

Bandas: Tokio Hotel, Black Eyed Pears, Coldplay, 30 Seconds to Mars, Panic at the Disco.

Cantores: Bruno Mars, Chris Brown, Cody Simpson, Usher, Madonna, Beyoncé, Taylor Swift.

Animais  preferidos: Cavalo, Golfinho, Cachorro, Gato, Coelho.

Altura: 1,63.

Peso: 50 kg.

Estilo: Pop/Rock

Cabelo: Castanho escuro, comprido e ondulado.

Olhos: Quase negros.

Defeitos: Teimosa, meio egoísta, sem muita paciência, não muito educada.

Qualidades: muita energia, super alegre, não tem medo de dizer o que pensa, faz qualquer um mudar de idéia.

Namoros: 5 sérios.

Amigos: Infinitos.

Matérias preferidas: Arte, história, geografia e educação física.

Matérias odiadas: Português e Ciências.

Papel na banda: Vocalista.

Instrumentos que toca: teclado, guitarra e violão.

Outra profissão que gostaria de ter: Nenhuma, sempre sonhou em ser cantora.

Destaques: observações de tudo, facilidade de percepção.

Não suporta: traições, suposições sobre ela, falsidade.

Não gosta nem um pouco: Insetos e bichos rastejantes.

Lugares que freqüenta: Shoppings, casa de campo, quadras de esportes, aras.

 Homem dos sonhos: confiante, que gostasse de si mesmo e não mudaria seu jeito de ser por nada. Mas tem que ser mais alto e mais velho.

Curte: Animais de pelúcia, aparelhos tecnológicos, danças, estilos diferentes.

Não vive sem: I Pod e uma pulseira de prata, seu amuleto da sorte.

-Wow, o que mais falta falar, número de CPF ou RG por acaso? –falei olhando aquilo tudo incrédula.

-Você se acostuma. –Bill disse mexendo em meus cabelos.

-Espero que sim.

Os das outras eu não vou dizer porque é praticamente a mesma coisa, tipo, tem muito mais coisa sobre mim que nem estava lá, e algumas outras completamente desnecessárias. De quê que vai ajudar as pessoas a saber o que eu não gosto de matérias escolares? Eu já acho que não.

Fiquei folheando aquele monte de asneiras até que cansei e joguei a revista longe. Virei pra encaram Bill, mas o mesmo se encontrava de olhos fechados.

-Ai, que fofo! –murmurei, eu estava completamente encantada com aquele rosto de anjo.

A peste resolve abrir o olho do nada, me dando o maior susto do mundo.

-Eu sei! –ele disse.

-Nem é convencido!

-Sou não, sou um anjo, aposto que tava pensando isso.

-Se  não parar você vai conhecer o capeta daqui a pouco.

-Nossa que brava! – sério, já estava me irritando isso.

-E não sou bipolar, só tenho sentimentos.

-Claro, você me ama mesmo.

-Por que não vai brincar de ser essa humilde pessoa na frente do Scott, aposto que você vai ganhar mais, quem sabe uma mordida ou duas...

-Eu já disse o porquê. –ele começou. –Eu já falei que tenho que cuidar do que é meu!

-Own, você pode ser convencido até demais, mas eu te amo mesmo...

Bem, o resto da noite foi simples, só alguns beijos e amassos, nada demais, assim como os outros dias, tudo correu no padrão perfeito, até o dia 26/4, quando as pessoas começaram a chegar.