The Half Devils. escrita por AmyKMtt


Capítulo 13
Cold water!


Notas iniciais do capítulo

Oii, eu consegui milagrosamente postar hj, boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/135767/chapter/13

Hoje era um dia feliiiiz! Eu já disse que não sou louca, eu sou feliz! Deixe-me explicar melhor, nós estávamos dentro do meu carrinho, meu nada, mas como eu gostei tanto da limusine, essa agora é chamada de A Limu Da Marina, fantástico não? Quase, eu sei que por minhas costas chamam de Limu Da Louca, mas eu finjo que eu nem sei disso, melhor viver contente.

Voltando a explicação que eu já deveria ter feito há muito tempo, agente ia gravar um clipe hoje! Sabe, eu já havia gravado dois, mas esse seria mais legal, gravaríamos ele numa fazenda muito linda que ficava poço afastada de LA, eu sempre gostei de ver a natureza e passar um tempo nela, sempre me ajudou a pensar na vida e escrever canções.

De novo acontece o mesmo enquanto andamos na limusine, nós meninas ficamos como sempre, conversando num canto e os meninos noutro, mas dessa vez agente estava quase explodindo de ansiedade enquanto eles tampavam os ouvidos com a maior cara de sono. Eu sei por que, é que eles ficaram pensando n’agente a noite toda... Sei lá, podia ser né?!

Pedi para parar o carro em frente a umas lojinhas na rua, ninguém entendeu nada quando eu desci, só a Laura se tocou do que eu queria, então ela veio junto, arrastada mas veio.

Eu resolvi colocar meus óculos escuros, eram  Ray Ban com bordas brancas, tão grandes que mal conseguiam ver parte do meu rosto, o que poderia ser um bom disfarce, eu acho.

Fui em direção a uma loja de ‘porcarias sem fim’, como as meninas costumam chamar, mas a verdade é que eu não vivia sem elas. Eu não olhei para ninguém que estava dentro da loja, assim eu não chamaria tanta atenção,quase, quando eu morava com os meus pais e eu colocava esse óculos pra sair, eles falavam que eu parecia uma mosca, de tão grande que o negócio era, mas eu gostava.

-Vamos logo Marina, o Artur não vai gostar se agente atrasar! – Laura me dizia, mas acho que era só o que achava certo falar, porque ela já estava perdida no mundo das balinhas...

Eu perdi ela de vista, só espero que eu não tenha que usar meu cartão pra pagar. Uma menina de uns 15 anos usando um cartão de crédito ilimitado quase não chama atenção!

Peguei uma cesta e pegava tudo que eu gostava principalmente os chicletes de menta e hortelã, eu não gostava daqueles doces porque eles acabavam com a minha voz, e não era o que eu gostava.

Uma nota, antes dos shows eu sempre mastigava chicletes ardidos, parece besteira mas alivia muito a voz na hora de cantar.

Eu enchi a minha cesta só até a metade dela e fui a procura de Laura, a mesma se encontrava decidindo se levava um pacote de balas de chocolate ou de café (eca!).

-Laura, leva as duas!- falei.

-Mas eu não posso levar muita coisa.

-Você só está segurando dois pacotes de balas, se visse o quanto eu peguei... –eu ia continuar a frase mas minha voz não me deixou fazê-lo. Eu me engasguei legal quando a mesma apontou pra trás, onde havia um funcionário segurando duas cestas cheias até a boca de balas.

-Viu? Eu não posso levar mais muita coisa!

-Leva as duas balas mais as cestas Laura, e vê se não pega mais nada. –eu disse já pegando o meu cartão na carteira, não ia ter jeito mesmo.

Levamos para o caixa, a mulherzinha parecia estar dividida entre passar as coisas e olhar para agente, não teria me irritado tanto se ela ao menos tivesse feito os dois rápido. Meia hora depois ela terminou e nós pegamos as pequenas sacolas e fomos para a limusine. Ao redor dela tinham se aglomerado multidões, bando de curiosos querendo ver quem que estava lá.

Entramos nela voando e assim que fechamos a porta, o motorista acelerou.

-O que é tudo isso? –Tom perguntou meio que incrédulo.

-Coisas para a nossa sobrevivência. –respondi simplesmente.

As outras duas já sentavam mais perto, afim de espiar nas sacolas..

-Querem o que? –perguntei.

-O que vocês trouxeram? –Vivian me perguntou.

-De tudo, é só falar.

Elas começaram a fuçar nas sacolas e pegaram alguns pacotes de mentos, tic-tac e etc. Os meninos ficaram olhando sem nem acreditar, parecia que o sono deles já havia acabado.

-Sobrou  algum produto na loja? –perguntou Gustav.

Reviramos os olhos todas juntas, podia até ter sido engraçado, mas era sempre assim mesmo. Lancei uma sacola em direção a eles, para que pegassem o que quisessem, e foi o que fizeram. Pareciam mais é crianças vendo a luz pela primeira vez...

Enquanto não chegava na fazenda, nós íamos cantando músicas em português mesmo, como NX Zero, restart e aquelas milhares de bandas lá, obviamente eles não entendiam nada.

Chegamos finalmente á fazenda. A mesma já estava cercada por policiais e seguranças. Além de ter helicópteros prontos para sobrevoar o local de gravação, para que outras pessoas não possam se aproximar com suas câmeras.

Saímos do carro já cercados por 20 seguranças, pude escutar uma gritaria estridente mais ao longe, obviamente não estávamos sozinhos mesmo.

Fomos andando através do campo e das pequenas colinas que se estendiam no local e fomos parar numa área com alguns trailers de produção e da equipe de filmagem. Parecia ser um local muito bonito, mas quase não dava para ver nada, de tanta gente circulando. Perto da área dos trailer tinha a equipe de dedetização o que era bom, eu era um pouquinho alérgica a picadas de inseto, quando levo uma o local incha demais.

-Até que enfim! –Adivinha quem era? Se você falou O Macaco, parabéns, era quase isso, era o Artur mesmo.

Por que macaco? Simples, se olhasse pra cima ia ver. Ele estava com aquelas roupas de filhote de cruz credo e ainda em cima de uma árvore, com a idéia frustrada de tentar fixar uma câmera lá.

-Bom dia Tarzan! –Gritei acenando pra cima.

A pessoa infeliz foi acenar e acabou esquecendo do fato que segurava uma câmera, deixando ela quase cair na minha cabeça.

-Você tá bem? –dessa vez quem se preocupou comigo foi o desesperado do Bill.

-Tô sim, não me acertou.

Ele assentiu com a cabeça, mas me tirando de perto da árvore. Nós tínhamos decidido não falar nada a nosso respeito a imprensa, senão a coisa podia sair ainda mais dos limites. Obviamente os outros casaizinhos felizes fizeram o mesmo, Minha única preocupação era a múmia do Tom, que ontem quase conseguiu dar um jeito nisso tudo  só com uma frase. Nem se eu quisesse declarar ao mundo sobre isso teria saído tão perfeito assim.

-Vamos lá, como vamos trabalhar com vocês temos que nos adiantar para que não precise ser gravado amanhã também. –Disse o macaco caindo da árvore bem na minha frente. Novamente, Bill me puxou para mais longe do Artur.

-Como vai ser, pelo menos nisso você pensou? –Perguntou Laura, esta já estava impaciente.

-Ah, sim. O roteiro todo já está pronto tem duas semanas. Vai ser assim: vocês vão começar como meninas comuns moradoras de uma fazenda que estão entediadas, aí vão começar a escutar o ritmo de uma música ao longe, então vão a procura do som montadas a cavalo.

-Ah, eu adoro montar a cavalo! –comemorei.

-Continuando, vocês vão chegar a um rio, onde sobre a água terá montado uma bateria, uma guitarra, um baixo e um microfone. Então, seguindo o ritmo vocês vão começar a cantar, utilizando os equipamentos. Só que enquanto cantam, o local em que estão vai subir como um palco, e quando tocarem a última nota, tudo vai desaparecer e vocês simplesmente cairão na água, como se tudo fosse só um sonho.

-Que profundo! –comentou Carol. –Pode até ser que dê certo, mas como que o negócio no meio do rio vai simplesmente subir?

-Nós instalamos um aparelho aí, então quando forem pisar sobre a água, estarão pisando num chão transparente, então esse sobe. Instalamos uma fonte sobre esse chão, assim fica caindo água toda a hora, cobrindo o chão.

-Interessante, mas e a parte em que caímos sobre a água? Não me pareceu muito agradável. –falei.

-Depois é só vocês correrem pra trocar de roupa, não vai ter  jeito de não se molharem. Vão para os trailers trocar de roupa e vão para aquela clareira.- ele apontou para uma clareira onde havia sido montado um estábulo, tinham quatro cavalos nas aras, todos de cores diferentes. O que Vivian ia montar era malhado, marrom e branco; o da Laura era de todo branco; o meu era inteirinho preto e o da Carol era cinza e preto. Nunca tinha visto um cavalo cinza tão bonito antes. Todos eles eram lindos, eram muito grandes e musculosos pelo que pude ver,pareciam correr rápido.

Fui para um dos trailers que tinha o nosso nome na porta, lá dentro tinham blusas xadrez e listradas, calças jeans em tons diferentes e as botas eram referentes as cores dos cavalos.

Coloquei uma blusa branca por baixo de uma xadrez azul, na qual eu dei um nó na frente, ao invés de fechá-la. A calça que coloquei era clara, quase branca e as botas de cowboy pretas foram por cima da calça. Duas mulheres entraram para arrumar nossos cabelos. O meu ficou em um rabo alto, o da Vi ficou em Maria Chiquinha, assim como o da Carol, porque eram mais curtos. O da Laura ficou em duas longas tranças.

Terminaram de nos maquiar e nós fomos de encontro á clareira. A equipe de produção e filmagem já estava toda posicionada. Podia-se ver os meninos junto com Artur naquelas cadeiras de produtores de cinema mais aos fundos, junto a uma TV em que iria mostrar o que seria falado. Todos eles tinham auto-falantes nas mãos e aquelas coisas que eu não sei o nome, aquelas que se usam nas gravações de filmes estavam lá também.

-Muito bem meninas, lembrem-se que ainda vão trocar de roupa para fazer a parte em que cantam sobre as águas-dizia ele no aparelho. – Vocês vão estar jogando baralho e as falas de vocês vão estar no papel que vão entregar agora. Por favor, nem que seja pelo menos dessa vez, tentem seguir as instruções, o.k?

Eu fiz sinal de positivo e uma mulher veio entregar os papéis com as falas e o jogo de baralho.

Tiramos as cartas da embalagem e eu decorei rapidamente as falas.

-Vamos lá, primeiro ensaio, só até que comecem a ouvir a música. Vai!

Então começamos com as cartas divididas entre nós,sentadas aos pés do estábulo.

-Ah, eu cansei!  -Eu falei lançando as cartas diretamente no chão, assim como estava no script.

-Agente já está jogando isso o dia todo, ninguém merece! – Carol disse e, assim como as outras, tacara as cartas no chão com força.

-Como eu queria algo pra fazer...mas não, agente tem que ficar pastando aqui! –reclamava Laura.

Eu e a Carol deitamos na grama, fechando os olhos enquanto as outras apenas se recostavam nos montes de palha.

Foi então que a música começou a tocar nos fundos, contando três segundos que a música tinha começado, eu abri os olhos fitando o céu.

Uma buzina tocou ao longe, nos dizendo que era hora de parar.

-Muito bem, ficou perfeito! –disse Artur vindo até nós. Os produtores vieram verificar nosso estado, pois agora gravaríamos realmente. –Vamos voltar para os lugares, vamos gravar de verdade agora.

Ele falou algo com as câmeras e o sinal soou ao longe. Repetimos tudo dos ensaios parando na mesma parte. Tinha dado tudo certo e passamos para a próxima parte, onde subimos nos cavalos para ir em direção a música. Nessa parte, os câmeras estavam em cima das árvores para filmar nossa passagem na cavalgada, deu tudo certo novamente. Filmemos até a parte em que andamos sobre a água, numa espécie de passarela transparente que eu mal consegui ver, dei sorte é de não cair, então quando era a parte em que eu começava a cantar na música, tocamos no instrumento e parou por aí. Pelo que me disseram, na hora de editar, iam colocar um efeito de água nessa ultima hora em nosso corpo, pois quando aparecêssemos novamente com os instrumentos a postos, estaríamos com outras roupas.

Deu o sinal do almoço e nos juntamos numa tenda para comer, tinha lasanha, lasanha e mais lasanha. Não é minha comida preferida mas eu realmente estava com fome. Tiramos aquelas roupas para que não sujassem pois iríamos usá-las novamente.

Nos sentamos junto aos meninos em uma grande mesa de pedra.

-E aí? Estão se divertindo? –perguntei ao me sentar.

-Super, é muito legal ver como funcionam os aparelhos de filmagem! –disse Tom empolgadamente.

-Nossa, super legal, ao invés de olharem para a nossa gravação, ficam mais preocupados no funcionamento da câmera!Olha só o namorado que eu fui arrumar! –Disse Laura.

-Claro que não, agente tava mesmo é vendo a hora em que iam cair na água mesmo, eu quero até filmar. –disse Georg.

-Tenta, aí você vai achar sua câmera dentro da privada, mesmo lugar onde vai parar a sua cabeça em pouquíssimo tempo! –ameaçou Carol, o outro se calou e abaixou a cabeça, fazendo com que ríssemos.

Ficamos lá fazendo piadas, como sempre, e rindo mesmo quando era a coisa mais sem graça do mundo, até que deu o sinal de volta e nós fomos nos trocar. Foi imposto pra mim um vestido azul e preto, com uma faixa preta na cintura, meu cabelo foi solto em cachos e calçava uma outra bota, não mais de cowboy, mas sim, era preta.

Saímos do trailer e fomos levadas num carrinho para o rio, para que não sujássemos a roupa. Quando Bill me viu, só faltou ele babar, o que me fez corar fortemente. Quando ele foi tentar me beijar o Artur quase teve um surto, pois eu não podia manchar a maquiagem.

Fomos andando até o palquinho e recomeçamos a gravar. O negócio foi subindo de vagar, mas quando eu vi a altura engoli seco eu não tenho medo de altura, mas não é você que vai cair dela em direção a água que, esta só para me ajudar, não estava tão aquecida assim.

Gravamos até a última nota, o negócio abaixou rapidamente nos fazendo assustar. Segundo Artur foi de propósito, pois agora íamos cair, só que no meio da queda, nossa roupa de antes ia aparecer, e era com ela que íamos cair na água.

Fomos nos trocar novamente, agora não ira poder ter falhas, mas antes que voltássemos, como já era pôr-do-sol, não sei porque mas inventaram de colocar senas d’agente correndo com os cavalos enquanto cantamos no palquinho de água. Essa parte foi  uma das mais legais, eu adorava cavalgar desde que me entendia por gente, mas pena que teve de ser gravada rápido, tínhamos que aproveitar o pôr-do-sol  para cair na água.

Para começar, o palco havia sido desmontado e pude ver que o rio era realmente fundo. Na margem dele estavam as câmeras e na de trás, estavam os guindastes que iam nos segurar lá em cima, estes eram cobertos por um fundo verde, para que facilitasse a edição depois.

Já estávamos penduradas quando Artur gritou pelo alto-falante:

-Quando mergulharem, vocês vão nadar até a margem do rio onde estamos e se deitar na grama e fechar o olho para acabar, sei que o clima não está tão quente e a temperatura da água não vai ser muito agradável, então façam tudo certo pra acabar logo, vai!

Então foi tudo muito rápido, eu me senti sendo solta e caindo em total queda livre em direção a água. Esta, assim que toquei nela, parecia que eu caía na neve com roupa de banho, mas me contive e nadei até a margem junto com as outras me jogando na grama e fechando os olhos.

A buzina da liberdade tocou e um toalha veio parar em cima de mim. Eu me sentei congelando e me sentindo incomodada pela grama e alguma coisa me agarrou fortemente. Nem precisei pergunta pra saber quem era.

-Tá com muito frio?- ele me perguntou.

-Magina, eu só acabei de cair no gelo, mas to até suando!

-Vem!

Ele me estendeu a mão e quando eu levante, me pegou no colo e me levando até meu trailer. Entrei no mesmo e fui me trocar. Lá estava com o aquecedor ligado e tinha mais um pilha de toalhas felizes, me sequei e saí de lá sem mais tanto frio, mas o meu corpo ainda estava gelado.

Bill me esperava na porta e quando me viu fez o favor de me levar ao carro para esperar os outros. Fiquei lá deitada no colo dele, sabia que eu ia dormir a qualquer minuto, ele também não demorou a perceber e me deu um beijo demorado antes que eu apagasse por completo. A última coisa que eu ouvi foi ele sussurrando em meu ouvido:

-Foi perfeita hoje.

Me disse isso e depois eu simplesmente acabei dormindo no colo dele, o que aconteceu depois eu não sabia, dormi pensando em como eu amava aquele cara, amava mesmo.

Ele ainda me fez o favor de me colocar na minha cama como já havia feito diversas vezes, eu queria estar em sã consciência para beijá-lo de novo, mas eu não me encontrava bem o bastante para isso.

Dormi e nem sei com que sonhei ou se o fiz, mas acordei cedo com a m**** do despertador que eu tanto odiava. Sabe o que eu mais odeio nos despertadores, eles irritantemente nunca quebram quando agente mais quer que isso  aconteça, eles só o fazem quando nós raramente precisamos dele. Me levantei com a maior preguiça, afinal, hoje voltava ao trabalho cansativo nos estúdios, mas quanto mais rápido terminássemos esse álbum, mais cedo poderíamos ficar livres de tudo isso. Pensando nisso, desci as escadas respirando fundo, estava pronta para mais uma semana de trabalho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olha só que milagre, eu estou no fim do mundo em um hotel fazenda e consegui ter acesso a internet! Assim eu não vou ter que esperar até domingo pra postar novamente!
Obrigada pelos reviews, de verdade, bjkas,
Amy.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Half Devils." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.