Pietra

Imagina, você, na boa com seus amigos, na praia. Ai chegam meia dúzia de adolescentes mais velhos (que faziam parte da sua enorme família) e falavam que você tinha que salvar o mundo.

Foi literalmente assim que eu me sentia.

-Como assim salvar o mundo? – perguntei

-Salvar o mundo. – disse Thalia

-Vai haver outra guerra? – perguntou Isa

-É provável. – disse Nico

-Mas o que exatamente esta acontecendo? – perguntou Bia

-Não sabemos... – disse Percy

-Sabemos sim! – disse Annabeth dando um cutucão em Percy – Só não podemos contar.

Olhei suplicante para Silena. Eu esperava que ela me falasse. Acho que prevendo o que eu faria, ela começou a mexer nas unhas, de modo que não tinha que olhar para mim.

-Mas... – disse Pedro

-Teve uma profecia, verão passado. – disse Thalia

-Que dizia: Um meio-sangue, dos deuses antigos filho,

Chegará aos dezesseis apesar de empecilhos

Num sono sem fim o mundo estará

E a alma do herói, a lâmina maldita ceifará

Uma escolha seus dias vai encerrar

O Olimpo preservar ou arrasar.  – disse Chris

-E esse meio-sangue era eu. – disse Percy

Ninguém disse nada.

-Se vocês quiserem, podem ficar, mas a gente vai indo. – disse Annabeth indicando que todos fossem.

Eu não agüentava mais aquela pressão. Precisava falar com Silena e pintar as unhas. E chapinha!

Não vi quem saiu, atrás de mim. Sai correndo e fui pro meu chalé.

Sisi

Vi Pietra, André, Bruno, Bia e Dantas saírem. Pietra foi para o chalé, Bia, Isa e André para a área de arco e flecha e Dantas e Bruno saíram conversando não sei para onde.

Eu fiquei na praia, junto com meus outros amigos. Todos estávamos calados. Ninguém tinha coragem de dizer uma palavra.

Eu fiquei com muito tédio e fui para a água.

-Aonde você vai? – perguntou Isa

-Água. – eu disse

Ela riu e sentou perto do Lucas.

Essa eu não entendi. Eles são irmãos!

Continuei andando até a água. Comecei a sentir frio, a água estava gelada, mas não me importei segui em frente. Não sei porque, mas eu me sentia mal. Acho que triste. Grande parte dos meus amigos já tinham namorados(as), mas eu estava sozinha ainda.

Entrei completamente na água e fiquei pensando.

Quando sai, não tinha mais ninguém e já estava anoitecendo.

Por que eles não me chamaram?  Pensei

Sai correndo procurar alguém.

Isa

Estávamos na praia. Sentei perto do Lucas. Tudo bem que somos irmãos, mas antes mesmo de descobrir isso, eu já gostava dele e umas ‘’fontes’’ me falaram que ele gostava de mim.

Sentei perto dele e deitei minha cabeça no ombro dele. Ele sorriu.

-Te adoro maninha. – disse ele

-Maninha uma porra! Eu sou mais velha ta? – eu disse

Todos riram.

-E ai? O que vamos fazer? – perguntou Pedro

-Salvar o mundo...eu acho. – disse Duda

Ela se levantou e sentou perto do Thiago.

Todos rimos.

-Vou treinar. Tchau gente. – disse Ana B. se levantando

Monteiro levantou  e ajudou ela a se levantar.

Eles deram a mão e foram andando.

Ana B. olhou pra gente e ‘’acenou’’ com a cabeça,  depois continuou andando.

Eu continuei com Lucas.

-Também vou indo. – disse Pedro

Ele levantou e foi embora.

-Vou também. – disse Duda

-E eu vou com ela. – disse Thiago

Eles se levantaram e foram embora.

Só sobrou eu e Lucas na praia. E Sisi, mas ela estava no mar.

O sol já estava se pondo.

Quando se pôs totalmente, eu me levantei.

-Vou indo. – eu disse

-Vou com você. – disse ele e se levantou.

Fomos andando de mãos dadas.

Eu tinha a sensação de estar esquecendo alguma coisa, mas não sabia o que.

Duda

Fui andando com Thiago.

-Vou tomar banho amor. – eu disse dando um beijo nele

-Tudo bem. Eu vou também. – ele disse

Eu e ele sorrimos, demos um beijo rápido e ele foi para o chalé dele.

Que merda! Esqueci minha chave

-Castor! Pollux! Abrem a porta pra mim? Esqueci a chave! – eu disse

-Ta aberta. – disse Castor

Eu entrei.

-Obrigada meninos. – eu disse

Os dois estavam em um dos beliches, seguravam uma revista, não vi do que e riam muito.

-Que revista é essa? – perguntei

-Nenhuma. – disse Pollux.

-Me da. – eu disse

-Não. – disse ele

-Me da! – eu disse

-Não. – disse Castor

Eu corri e me pendurei no beliche, pronta pra pegar.

Eles desceram em um pulo.

Eu desci e sai correndo atrás deles.

-Me da! – eu disse

Eles entraram no banheiro.

Eu entrei atrás.

Eles estavam encurralados.

-Me da e ninguém se machuca. – eu disse

Eles bufaram e me deram. Antes que eu visse, eles saíram correndo.

Foi quando eu vi do que era a porra da revista.

-Castor! Pollux! Vocês estavam vendo revista de mulher pelada?! – perguntei gritando maluca

Voltei para o quarto, mas não encontrei eles.

A porta estava entre aberta.

Sai correndo atrás daqueles pestes.

Eles gritavam e todos olhavam para nós.

-Castor! – eu gritei – Pollux!

Vi eles correndo em direção á casa grande

Me dei bem. Pensei

Eles entraram e ficaram na varanda.

Quiron e papai estavam lá e jogavam pinochle.

Eles se encolheram atrás de papai.

-Pai! Pai! Ela quer matar a gente! – disse Castor

-O que foi Maria? – perguntou

-Olha o que eu achei! Eles estavam lendo ISSO! – eu disse mostrando a revista pro papai

-Castor! Pollux! Vocês estavam vendo isso? – perguntou ele histérico

-É...meio que sim.... – disse Castor

-Estavam mesmo? – perguntou Quiron.

-Sim estávamos! – disse Pollux de uma vez.

-Durante duas semanas, vocês vão ter que fazer as tarefas do chalé! Duda, você ta liberada. – disse papai

-Obrigada, preciso de um banho – eu disse – E pai, porque o banheiro não tem porta?

-Estamos providenciando... – disse Quiron – Agora toma logo esse banho que da que a pouco tem jantar.

Eu assenti e voltei para o chalé.

Thiago me esperava do lado de fora.

-Você não tomou banho. –disse ele

-Não, quando estava indo, encontrei meu irmãos vendo revista de mulher pelada, ai tive que correr atrás deles, falar com papai...

Ele riu.

-Vai logo não temos a vida inteira. – disse ele

-Não deixa aqueles pestes entrarem. – eu disse e não esperei resposta

Entrei e tranquei a porta.

Tomei um delicioso banho, e me vesti.

Já ia sair quando resolvi anh...mexer nas coisas dos meu irmãos pra ver o que mais eles escondem de mim.

Procurei no armário. Encontrei refrigerante, umas revistas (graças a Zeus, não de mulher pelada) e um violão.

Guardei as coisas, mas peguei o violão. Guardei na MINHA parte do armário, e sai.

Encontrei Thiago sentado na ‘’varanda’’ do chalé. Ele olhava impaciente para o relógio.

-Finalmente! – disse ele – Já fiquei sabendo que meninas demoram pra se arrumar, mas não imaginei que fosse tanto!

-Também te amo morto-vivo. – eu disse dando um beijo nele

-Que bom uvinha. – disse ele

Eu estranhei

-Ué! Você me chama de morto-vivo e eu te chamo de uvinha! – disse ele

Eu ri.

-Vamos logo. – eu disse

Ele riu.

Fomos para o refeitório.

Encontrei os moleques-meus-irmãos na mesa. Eles olhavam para baixo, com medo de olhar para mim eu acho.

Me sentei ao lado deles, não sei porque.

Nico

Fui pra minha mesa. Me sentei e esperei meus irmãos.

Thiago chegou, mas Bruno não.

-Você viu o Bruno? – perguntei

-Não. – ele disse

-Onde ele esta? – perguntei

-Já disse que não sei. – ele disse

-Por que ele ainda não chegou? – perguntei tentando irritar ele

-Você acha que eu sei? – perguntou ele irritado

-Acho... – eu disse

-Vai pro Tártaro. – ele disse

-Vamos juntos. – eu disse

-Esta me estranhando é? – perguntou ele

Eu ri.

-Ta me estranhando? – perguntou ele

-Vai se fuder. – eu disse

Ele revirou os olhos.

Thalia

Que ironia. Ganhei uma irmã, mas ainda faço as refeições sozinha... Mas também, que garota burra! Deveria saber que não podia entrar na água até ELA falar com Poseidon e tratar disso com ele.

Jantei sozinha na mesa de Zeus novamente e fui para o chalé.

Tomei um banho e me deitei. Como não estava com sono, peguei meu laptop e fiquei jogando God of War.

Gabriel Dantas

Depois de jantar com meus MUITOS irmãos, fui para o chalé. Consegui arrumar um beliche, não sei como.

-Ei! Dantas! – chamou Travis

-Oi. – eu disse

-Vamos roubar umas ‘’cocas’’ quando todo mundo estiver dormindo. – disse Connor – Você vem?

-Só nós? – perguntei

Eles assentiram.

-Vejo vocês lá fora. – eu disse

Eles riram e assentiram.

Isa

Eu estava na mesa, no refeitório.

-Isa. – chamou Lucas

-Oi. – eu disse

-A noite, quando todos estiverem dormindo, vamos dar uma passadinha na praia? – perguntou ele

-Claro – eu assenti

Ana B.

Eu estava indo para o chalé, quando Monteiro me puxou e pediu pra falar comigo.

-Vamos na praia quando todos dormirem? – perguntou ele

Eu assenti.

-Te espero na porta do seu chalé. – disse ele

Eu assenti novamente e continuei a andar.

Duda

Eu estava ainda na mesa do refeitório, quando Thiago me puxou.

-Vamos dar uma passadinha na praia á noite? – perguntou ele

-Claro. – eu disse

Ele sorriu e voltou a jantar.

Sisi

Eu estava no refeitório, quando Duda me chamou.

-Oi. – ela disse

-Oi. – eu disse

-Er...A noite, eu e Thiago, vamos na praia, porque você não vem? – perguntou ela

-Tudo bem. Nos vemos lá. – eu disse

Pietra

Eu estava quietinha jantando, quando ouvi, Thiago falar pra Duda, que eles iam se encontrar na praia, hoje á noite. Resolvi ir ver o que eles iam aprontar...

Duda

Depois que eu marquei direitinho, de ir á praia, com Thiago e de ter chamado Sisi para ir, fui para o meu chalé esperar Castor e Pollux dormirem.

Eles ainda estavam meio envergonhados, nem falaram comigo.

-Quem toma banho primeiro? – perguntei

-Tanto faz. – disse Pollux de cabeça baixa.

-Eu sou a última. – eu disse procurando meu laptop na minha mochila.

-Eu vou. – disse Castor

Ele entrou no banheiro

-Vocês sabem tocar violão? – perguntei á Pollux.

-Sim. Mas como você sabe? – perguntou ele

-Achei o violão por aqui e guardei. – eu disse descendo do beliche. – Me ensina a tocar?

Ele assentiu. Eu abri o armário e peguei o violão.

-Não se consigo te ensinar... – disse ele

-Tudo bem. – eu disse

Nessa hora Castor saiu do banho e Pollux entrou.

Castor deitou na cama e dormiu.

Uns 10 minutos depois, Pollux voltou e eu fui tomar meu banho.

Quando sai do banho, Castor e Pollux já dormiam.

Fiquei com pena deles, e dei um beijo no rosto de cada um. Depois sai e fui procurar Thiago.

Thiago

Nico e Bruno já tinham tomado banho, só faltava eu. Nico já dormia, e Bruno estava lendo um livro (não sabia que ele lia!). Quando eu sai do banho deitei na cama e fingi dormir. Quando vi que finalmente Bruno dormiu, sai de fininho.

Bruno

Eu dormi um pouco, mas acordei com o barulho da porta abrindo, e vi Thiago saindo do quarto. Resolvi ir atrás dele. Ele estava indo para a praia. O segui cuidadosamente.

Bia

Grande parte dos meus irmãos, já tinham dormido. Eu já tinha tomado banho, e estava na cama, lendo um livro sobre arquitetura ( eu e Annabeth somos viciadas em arquitetura!), que Annabeth me emprestou.

Mi Monteiro sair do banheiro. Ele olhou, e achou que todos no chalé já tinham dormido, ai saiu de fininho. Não sei porque, mas fui atrás. Desci do beliche, e fui atrás dele.

Pedro

Eu estava no chalé. Percy dormia profundamente, eu jogava God of War, no laptop que roubei de Percy e Sisi tomava banho.

Eu deitei na cama, e fingi estar dormindo. Ela quando viu a gente, saiu do quarto. Eu desci do beliche e fui atrás.

Isa

Alguns de meus irmãos tomavam banho (meu chalé tem mais banheiros que alguns dos outros). Todos que estava no quarto, estavam dormindo. Menos Lucas é claro.

Cutuquei ele e saímos de fininho.

Ana B.

Eu fui a última do chalé a tomar banho. Quando sai, todos estavam dormindo. Pelo menos eu achava que estavam.

Sai de fininho, para que ninguém me visse.

André

Eu estava na boa, no chalé, quando vi Ana B., sair. Eu, intrometido, fui atrás, e vi que Isa e Lucas também não estavam no chalé.

Gabriel Dantas

Segundo meus irmãos, íamos roubar cocas na loja do Acampamento.

Quando sai do banho, não vi eles no chalé, ai achei que já tivessem saído e sai também. Mas não os encontrei.

Duda

Chegando na praia, encontrei Thiago já sentado.

O negócio é que ele não estava sozinho. TODOS os meus amigos estavam juntos.

Menos Cacá que coitada, estava desmaiada (ainda).

-O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei

-Nada. – disse alguém, como estava escuro, não sei quem.

-O que vamos fazer? – perguntou Ana B.

-Anh...antes de vir pra cá, eu roubei umas cocas na loja do acampamento. Vocês querem? – perguntou Dantas

Todos assentimos e ele deu uma lata de coca-cola para cada um de nós.

Ficamos bebendo (as cocas gente! Não cerveja ou coisa assim!) e conversando, fitando o mar.

Quando aconteceu o que não podia acontecer.

Quiron viu a gente.

-Vocês estão fritos!  - disse ele

Todos bufamos.

-Vocês poderiam estar mortos! – disse ele – Voltem agora para o chalé, e ah, como castigo, depois do baile, vocês vão arrumar TUDO.

Ele deu uma enorme ênfase no ‘tudo’.

Bufamos e voltamos para o chalé.

Minha noite graças a Zeus, foi beeem calma. Calma até demais para uma meio-sangue.

Ana B.

Depois que voltei ao chalé, desabei na cama. Eu estava morrendo de sono e não agüentava mais ficar acordada.

O único problema, foi que do mesmo jeito que dormi rápido, sonhei rápido.

Meu sonho foi mais ou menos assim.

Eu podia ver o Olimpo. Mas especificamente, uma sala, com 14 tronos. Deviam ser para os deuses, pois em um deles, estava meu pai.

Todos os deuses reclamavam, discutiam, brigavam...

Depois, vi uma névoa prata, e tudo mudou.

Era um palácio. Grande, mas eu tinha a sensação, de que era pequeno, comparado aos outros. Ele era enfeitado por troféus, muitos e tênis de corrida. Vi sentado em um trono, alguém. Me parecia ser um deus, mas noa reconheci, de costas. Quando ele se virou que eu vi. Era Gabriel Dantas. Ele conversava com alguém, ou alguma coisa que estava dentro de um baú marrom. Essa pessoa, parecia que não estava ali, como uma ilusão.

-Tem certeza? – perguntou Dantas

-Sim. – disse a pessoa

Pela voz, era uma mulher. Sua voz era sombria, porém doce.

-Se não der certo você vai sofrer conseqüências. – disse Gabriel

-E o que eu te pedi? Aonde esta? – perguntou a mulher

-Ainda não tenho, mas quando eu conseguir, te darei. – garantiu Dantas

-Não sei não...Queria agora. – disse ela

-Não tenho como te dar agora. – disse Gabriel

-Tudo bem. Mas você tem três  semanas. Isso é o máximo que eu te dou. Três semanas e não se esqueça. – disse a mulher

Depois sumiu em uma poeira azul escuro brilhante.

-Anh... – eu acordei.

Me sentei na cama, por um momento sem me lembrar de nada.

-O que foi? – perguntou André ao meu lado.

-Nada. – eu disse

-Tudo bem. Venha, café da manhã. – disse ele

Eu sorri e assenti.

-Tenho tempo para um banho? – perguntei

-Acho que sim. – disse ele

Eu sorri e entrei no banho.