POV Joane

Andar pelo campo que ficava perto do chalé que minha família morava me dava uma paz indescritível. Geralmente, falo muito pouco, conseqüência da época em que nasci, então sempre foi muito complicado eu ter uma conversa com meu pai, ou mesmo minha tia. Não somos muito próximos, passei muito pouco tempo de minha vida humana com eles e mesmo sabendo que foi por um bem maior, ainda tenho muitos ressentimentos a isso. Senti falta de minha mãe, apesar de não me lembrar muito dela.

Seu nome era Jane Di Angelo, que virou Jane Condelli depois que se casou e por fim, Jane Volturi, depois que se transformou em uma vampira e se juntou a família real do mundo das sombras.  Todos dizem que ela é cruel e impiedosa, mas eu não acredito nisso, mamãe sempre foi e sempre será uma pessoa boa, ela só está perdida e confusa no momento, como papai diz.

Meu pai se chama Alfonso Condelli, é o líder de nossa família. Foi por causa dele e de sua irmã Elena, minha tia, que eu sobrevivi a um ataque aconteceu pouco antes de minha transformação, eu estava sendo acusada de bruxaria e conspiração com vampiros. A última até que era verdade. É somente esse motivo que me prende aqui, porque a esperança de papai fazer a mamãe souber de nossa existência já se foi há muito tempo.

Só mais uma pessoa forma nossa família: William Di Angelo, filho único de Elena e meu tio Alec. E meu amor secreto.

Sei que é errado eu me apaixonar por meu primo, errado agora nesse século antes isso era perfeitamente comum e aceitável, mas não posso evitar a atração que sinto por ele e ele por mim. Sim, nós já assumimos nosso amor, desde então saímos escondidos. Will pode ser mais novo do que eu, mas isso não importa, nós nos amamos e queremos passar o resto de nossas eternidades juntos, não importa o que nossos pais achem. É só esperar a hora certa para contar.

Sabem, eu sempre rio quando penso no que minha mãe falaria se descobrisse que odeio papai. Era capaz de ela ter um infarto, se não fosse uma vampira. Mamãe sempre quis que nossa fosse unida e perfeita, sem brigas ou discussões. Ah, se ela nos visse!

- Tem um sorriso no seu rosto e não sou eu que estou causando – disse William me abraçando por trás – sou digno de saber o que te causa tanta felicidade?

Coloquei minhas mãos em cima das suas, querendo sentir seu toque. Uma corrente elétrica percorreu meu corpo, fazendo-me estremecer.

- Meu caro cavalheiro, tu és tão digno de saber o que sinto quando um vampiro é digno de beber sangue humano – falei dando uma risadinha – estava pensando em minha mãe – suspirei, virando-me para poder olhar em seus olhos – sinto tanta falta dela, Will, e ficar tendo visões sobre ela e o seu pai não ajuda muito a esquecê-la.

Will segurou meu queixo em sua mão, me fazendo olhar para seus lindos olhos vermelho-sangue. Mesmo depois de tanto tempo, eu ainda me perdia naquela imensidão vermelha e me arrepiava com sua voz de veludo. Ah, meu William, o que eu seria sem você?

Sem agüentar mais, juntei nossos lábios, começando um beijo ardente. Suas mãos passeavam por meu corpo, enquanto eu puxava seus cabelos. Fizemos amor ali mesmo, na campina. Nossa campina.

- Eu te amo Jo.

- Também te amo Will.