Angels Cry escrita por SnakeBite


Capítulo 17
Capítulo 17: Não Tão Mal


Notas iniciais do capítulo

desculpem-me novamente pela demora, e me perdooes pelos erros gramaticais u_u culpem a Fátima -QQQQQQQQQQ



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Não tão mal

  Ok, convenhamos que a minha resposta não fora muito boa.

  Ele continuou me encarando, com aquele olhar que dizia “sei, e eu sou a rainha da Inglaterra”.

-Por que é tão errado você gostar de mim?

-Não é errado, é...

  E então, eu comecei a ficar tonta. Dei um passo para trás, colocando a mão na cabeça. Esfreguei os olhos.

-Liss? Lisa, você está se sentindo em?

-Estou, eu só...

  Meus joelhos cederam, e Syn me agarrou antes que eu atingisse o chão. De testa franzida, ele encarou meu rosto.

-Você está branca. Merda!

-Hm... Acho que eu vou...

  E eu simplesmente apaguei.

  Acordei.

  Abri os olhos lentamente, e me coloquei sentada. Aonde diabos eu estava?

  Cocei a cabeça, franzindo a testa, tentando reconhecer o local. Não era-me familiar nem um pouco. Estava quente aqui dentro, pelo menos, em comparação com o frio lá de fora.

  Engoli a seco quando senti outra tontura bater na minha cabeça.

  Sentia cheiro de comida. Comida cheirosa igual á fome.

-Já acordou, Bela Adormecida?

  Syn?

-Brian?
  chamei-o, me levantando e saindo correndo em busca dele. Não sei, fiquei nervosa por estar em um lugar que não conhecesse, ou somente por reflexo. Sem entender, minhas pernas ficaram bambas e eu cai, Syn segurando-me novamente.

  Por que minha cabeça não parava de girar?

-Calma aí, garota.

  Ele me pegou no colo e me sentou novamente na cama. Se eu não estivesse tão mole eu poderia acertar um tapa nele.

-Estamos na minha casa, antes que você pergunte aquela frase épica.

-O que eu estou fazendo na sua casa?

-Você desmaiou. E a sua chave caiu no bueiro.

  Mesmo grogue, eu ainda sabia que ele estava mentindo.

-Ta, eu a joguei no bueiro, mas e daí? 

  Eu incrivelmente não conseguia ficar brava com ele agora. Não sei por que. Acho que bati com a cabeça quando desmaiei.

-Há quanto tempo você não come ou dorme direito, Lisa?

  Ele me perguntou, se sentando á minha frente. Só agora fui perceber que ele estava sem camisa. Fique vermelha, abrindo a boca mas não saiu nada alem de vento.

-Você... Han... Pode por uma camisa?

-O que? A casa é minha, eu ando como eu quiser.

-Não precisa ser rude.

-Agora você está sensível?

  Ele sorriu, achando graça, e ergueu uma sobrancelha.

-Bom, responda a minha pergunta.

  Ele cruzou os braços, as feições sérias.

  Tentei pensar com clareza.

-Há uns... Dias.

-Não pode fazer isso.

-Agora você é o meu nutricionista e psicólogo?

-Se for preciso, pode apostar que sou.

 Ele se levantou, com um sorriso malicioso na cara, andando em direção da cozinha.

-Sou o que você quiser, baby.

  Ele disse alto, se espriguiçando ainda a andar.

-Você mora sozinho?

-Sim.

  Perguntei-me por ora aonde os pais dele estavam, mas achei melhor não colocar me palavras a ele. Talvez intuição de não ser uma historia agradável de se contar, levando em conta a atitude de Syn.

  Mas eu não o estou julgando.

  Ele era perturbado das idéias, mas fraco eu sabia que ele não era.

  Quando em fim senti minhas pernas, ainda tonta, me levantei com dificuldade e me sentei na cadeira da cozinha.

-O que você está fazendo?

-A única coisa que um cara que mora sozinho sabe fazer: macarrão instantâneo.

  Eu ri, encarando-o.

-Estou brincando, não sou tão idiota a esse ponto. Você é minha convidada especial, tinha que fazer algo melhor.

-E o que você fez, chef?

  Perguntei, sorrindo.

-MACARRÃO!

  Ele disse, apresentando uma travessa com macarrão e salsichas dentro. Ri novamente, dessa vez junto com ele.

-Meus dotes culinários não são muito bom, mas o resto...

-Não preciso saber disso, Brian.

  Eu disse, erguendo as mãos em um gesto de inocente. Ele sorriu novamente malicioso.

-Hm, sei.

  Revirei os olhos.

  Em seguida, nós jantamos. Eu precisava admitir, Brian sabia fazer macarrão divinamente!

  Quando eu finalmente me toquei que minha mãe deveria estar arrancando os cabelos por minha causa, eu respirei fundo.

-Tenho que ir para casa, Syn!

  Eu disse, passando as mãos nos cabelos, me levantando em rumo aos sapatos.

-Sua mãe sabe aonde você está.

-Sabe?

-Eu disse á ela que você tinha ido á casa de Avril fazer um trabalho.

  Encarei-o boquiaberta.

-Você mentiu pra minha mãe?

-Ela acreditou!

  Ele disse, como se fosse algo épico.

  Nós conversamos a noite toda. Sério, e por mais que eu odiasse admitir, ele era legal. Tem noção da gravidade de que isso é? Isso quer dizer que eu teria que dar o braço a torcer.

-Está com sono?

-Um pouco. E você?

-Não muito.

  Ele respondeu, sorrindo.

  Estávamos no quarto de hospedes, aonde eu iria dormir hoje para ir embora amanha.

-Você deixá-la sozinha para poder dormir.

  Assenti, dando um sorriso

  Ele saiu, fechando a porta atrás dele.

  Me virei para o lado, ajeitando-me na cama. Respirei fundo.

  Por que realmente eu o odiava tanto? Ele nunca tinha feito nada, para ser franca. Sei lá, talvez o meu santo não tenha batido com o dele. Mas agora eu me sentia tão culpada por tê-lo julgado tão mal.

-Cala a boca e jure que não vai falar pra ninguém isso.

  Eu disse, sentando-me do lado de Syn em sua cama.

-Tá... mas o que diabos você está fazendo? Você não me achava, sei lá, “galinha” e “idiota”?

-Shhh.

  Eu disse, encostando a cabeça sem eu braço e fechando os olhos.

  Eu sabia que estava cedendo.

  E eu sabia que ele sabia disso.

  E eu não estava nem aí.


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