-OI MÃE! era incrivel como uma semana parecia ser dois anos sem vê-la. Eu a amava tanto. Mamãe riu, me abraçando. Joguei a mochila no chão de qualquer jeito, e a abracei também. Me despedi de papai e entrei dentro de casa. -Como está Chad? -Ah, aquele imprestável? Tá bem, sim. Mamãe revirou os olhos para mim, ao pronunciar “imprestável”. Ela abriu a geladeira, tagalerando sobre o novo bolo que ela tinha feito. Mamãe era uma confeiteira de mão cheia, embora fosse professora. Ela ergueu uma torta alemã, minha predileta, olhando para mim com os olhos brilhando. -Nossa, mãe! Está linda. Ela franziu a testa por uma fração de segundo, e a pousou em cima da mesa, á minha frente. -Quer um pedaço? Fiz para você. -Agora não, obrigada. Ela me olhou novamente, com um ar de “o que?!”. -O que está acontecendo, Lisa? -Hãn? Nada, ué. -Como “nada”? Você está recusando torta, menina! Sorri, sem graça. Não queria ter desapontado e estragado a felicidade da minha mãe. -Só não estou com fome, mãe. -Sabe que pode falar comigo, não é? Assenti com a cabeça. Tá, o que está acontecendo com você, Liss? Está recusando torta! Você nunca recsa torta. Especialmente quando a sua mãe que as faz. Será que eu estou maluca? Com febre? Balancei a cabeça, tentando voltar á realidade e excluir aquelas pergutas da minha mente, enquanto mamãe colocava a mesa. Nem de jantar eu tinha fome. Estava maluca, mesmo. -É algum problema na escola? Eu sabia que ela não ia desistir assim tão fácil. -Não, não é nada. -Hm... Foi só o que ela disse. Colocou o arroz e os talheres na mesa, e se virou para pegar o frango. -É algumas das meninas? Avril, Carol ou June? Já sei, é o Jake! Droga, o Jake! Tinha me esquecido completamente do Jake e daquele dia! Quando cruzei com Brian novamente, e vi ele naquele estado, esqueci desse outro problema. -Uma parte é do Jake. -AHÁ! -Mas não é tudo, oras. Completei, me encolhendo na cadeira. Não queria ter que falar disso com a minha mãe, nem com inguem, ate ter certeza. -Tem um garoto... -Ah, garotos. Seria o meu próximo chute. Disse, secando um prato e se sentando á minha frente na mesa. -Não é nada, eu só... Respirei fundo. -Ok, ele é um chato, esnobe, convencido, galinha, perturbado das idéias e vive atazanando o meu juízo... -Está apaixonada, awn, que lindo! -...e sempre... O QUE?! Interrompi-me, olhando de olhos arregalados para minha mãe; os dela brilhavam, e ela dava uma de gatinho do Sherek agora. -É tão bunitinho! -NÃO, POR QUE NÃO É VERDADE! -Claro que está, Liss. Encare os fatos.