Angels Cry escrita por SnakeBite
Notas iniciais do capítulo
mais um cap
e eu nunca sei oq escrever aki . D:
Sinto muito
O filme em fim acabou, e eu já estava quase dormindo no sofá.
-Liss, o filme acabou.
-Ah, meu deus...
Disse, pondo os meus pensamentos em palavras. E agora como eu vou dormir?
-Você vai dormir nesse sofá, não vai?
-Humhum.
Ele assentiu. Balancei a cabeça positivamente comigo mesma, e andei até meu quarto. Peguei o travesseiro e voltei para a sala, me deitando no outro sofá, debaixo da janela. Ele ficou me encarando um um ar meio de “WTF?!”, e depois perguntoy:
-Vai dormir aqui?
-O que você acha?
-Está com medo então?
-Não, de jeito nenhu,.
-Tá, então se vai dormir aqui, confia em mim.
-Cala a boca e dorme, Brian.
-O QUE?
Avril perguntou, de olhos arregalados. Respirei fundo, dizendo a mim mesma que sabia que não deveria ter contado para elas. Sim, elas. June estava apenas rindo da minha cara, vermelha já.
-COMO ASSIM, LISA?! ELE DORMIU COM VOCÊ?!
-NÂO, sua idiota! Deus me livre, e pare de gritar, ele está vindo aqui.
Eu disse, olhando para Brian que vinha de cabeça abaixa.
-Promete que não vai falar nada.
Pedi.
-Olha, eu...
-Promete logo, Avril!
Pedi, batendo as mãos na mesa agitada. Ela riu e assentiu com a cabeça.
-Tá, eu prometo.
Ele chegou até agente e passou direito, sem nem falar oi, ainda de cabeça abaixa. Mas eu consegui ver seu rosto, e a expressão me fez arrepiar.
-Ele não nos viu?
Carol perguntou, se manifestando só agora.
-Não sei.
-Calem a boca vocês, quem tem que saber é a Liss.
-Por que eu?
-Por que você é a mais próxima de conseguir algo com ele, dããã!
-HEY!
-Droga, eu sabia que tinha que escutar mais rock...
Carol comentou, em meio ao falatório.
-Vai lá dizer que a nossa mesa ta aqui, garota.
June disse, tomando um gole da Pepsi.
-Eu? Por que eu tenho que ir? Mande a Carol, que está toda animadinha aí.
-Vai logo, Liss!
June disse, quase gritando. Fingi uma cara de magoada e me levantei da cadeira, ajeitando a blusa.
-Tá, tá, já to indo, cruzes...
Andei até ele, me perguntando o que iria dizer a ele. Sei lá, ao contrário das outras, ele não me pareceu muito feliz hoje. Mas eu não sei, e não queria dizer isso para elas se não elas iam ter mais um motivo para achar que eu tenho chances com ele. E sou “eu que tenho que ter chances com ele”, e sim o contrário.
Quando cheguei perto dele, ele estava de costas pra mim.
-Brian?
chamei-o, cutucando seu ombro.
-Que é?
-Ai, olha a grosseria!
Eu disse, erguendo as sobrancelhas. Ele suspirou, e depois disse, se virando para mim de olhos fechados:
-Agora não é uma boa hora.
Franzi a testa.
-Como assim?
-Não é uma boa hora. Que parte você não entendeu?
Por que ele estava sendo tão grosso?
-Tá, er... Quer conversar sobre isso, então?
-Não, obrigada.
-Você parece preocupado. Brian, se...
-EU NÃO QUERO, ESTÁ BEM?
E saiu andando.
O que deu nele? Por que ele estava tão nervoso assim, gritando comigo? Eu só queria ajudar. E o pior de tudo: por que eu estava chocada com isso?
-O que aconteceu?
June perguntou, indo encher a garrafa no bebedouro onde Brian estava.
Voltei a mim e pisquei varias vezes, tentando disfarçar agora o meu nervosismo.
-Nada. Ele só está cansado.
-Hum... E vocês não fizeram nada ontem mesmo?
-Não.
Eu estava preocupada para me irritar com isso. Preocupada demais com ele.
Misteriosamente, eu senti uma vontade incontrolável de gritar.
Entrei no meu quarto, e me joguei na cama. Por que tudo parecia estar me empurrando para baixo? Me sentia tão cansada...
Tinha chegado a sexta feira, e durante a semana inteira Brian não foi a escola. Eu também não tinha visto-o aqui no prédio, e dizer que isso me surtava era mentira. EU NÃO ESTAVA SURTANDO.
Enfiei todas as roupas na mochila velha e cheia de button, e apenas troquei de roupa. Hoje papai ia me levar para a casa de mamãe, já que amanhã seria sábado. Eu tentava me convencer de que seria melhor para eu relaxar, aliviar a tensão da primeira semana como representante sem Brian.
Saímos de casa em silêncio.
-Droga, esqueci a carteira. Vai descendo, Liss.
Papai disse, e eu assenti.
Quando as portas do elevador abriram, vi Brian encostado na parede, com uma mochila nas costas. Ele ergueu a cabeça e piscou três vezes.
-Onde você estava? Sabia que eu tive que fazer todo o trabalho de representante sozinha e um garoto vomitou...
-Minha namorada morreu.
Disse, me calando na hora.
Fiquei com vergonha, por estar gritando com ele. Mas a pergunta “ele tinha namorada?” teve que passar pela minha cabeça.
-Ahn... Desculpe, eu não sabia.
-O enterro foi ontem, desculpe por deixá-la sozinha.
-Tá.
Eu não sabia o que fazer. Ele estava um caco, e estávamos sozinhos. Não sabia como consolá-lo, não sabia o que dizer; apenas suspirei, me encostando no elevador ao seu lado.
-Sabe, se eu fosse com a sua cara, poderia te abraçar agora.
Ele sorriu meio sem humor, e declarou, enfiando as mãos nos bolsos da jaqueta de couro.
-Se eu fosse com a sua cara, eu poderia me sentir confortável com isso.
Ficamos mais segundos em silêncio. Era angustiante, e me matava.
Encarei ele mais uma vez, tendo eu olhar um pouco para cima por ser baixinha demais, e me desencostei.
-Vem cá.
Ele me encarou por segundos, mas depois amoleceu, vindo me abraçar. Abracei Brian com força, tentando consolá-lo ao máximo. Fechei os olhos, apertando-o. quando em fim o larguei, disse:
-Isso morre aqui.
-Com certeza. Vamos continuar nos odiando.
-É.
Sorri, saindo do elevador.
-Sinto muito, Syn.
Ele ergueu a cabeça assim que pronunciei seu nome, e pareceu tentar vir em minha direção, mas o elevador fechou.
O que diabos estava acontecendo aqui?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!