The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 32
Nova vida ou nova mentira?


Notas iniciais do capítulo

Gente,peço desculpas pela demora,sei que deveria ter postado mais antes,só que com a faculdade e tudo o mais eu estou meio perdida e sobrecarregada,mais prometo me organizar melhor pra poder postar os capítulos de modo mais regular.Esse capítulo é um tipo de introdução a próximos acontecimentos,e me desculpem pelo sentimentalismo talvez até exagerado dele,mais acredito que uma história tem que refletir os sentimentos de quem a escreve.



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Depois de horas a fio eu resolvi parar num bar de estrada pra respirar um pouco. Quando percebi, eu estava na frente do primeiro local onde eles pararam comigo, e mais uma vez meu peito apertou e me fez sair dali.

Chorei incontrolavelmente deixando a dor queimar tudo o que restava, lembranças, sentimentos, eu já não queria mais nenhum deles comigo.

Rodei por dois dias seguidos até parar em Yale pra descansar a contragosto. Estacionei o carro em frente ao hotel e saí lentamente até encontrar a pequena recepção.

-Olá senhorita, como posso ajudá-la?- o recepcionista perguntou se aproximando com o antigo livro de registros.

-Quero um quarto.

-Por quanto tempo?

-Pelo tempo que for necessário, o preço não me faz diferença-eu respondi terminando a conversa.

-Certo, temos o quarto 502, ele é praticamente uma casa completa, com cozinha, banheiro privativo, sala com TV e DVD, cama de casal e sacada que dá direto na entrada de Yale- ele apresentou.

-Certo, então vou ficar com este

-Pagamento adiantado senhorita, só alugamos este quarto por pelo menos uma semana, o que dá duzentos e cinqüenta dólares, isso sem incluir serviço de quarto- ele explicou.

-Eu aceito, não quero ninguém me incomodando por motivo algum e quero as chaves está entendido?- eu disse pagando e assinando o livro de registros do hotel.

-Ah, senhorita, nós temos estacionamento para os hóspedes, pode estacionar ou um dos manobristas pode fazê-lo para você- ele informou.

-Então vou estacionar meu carro e já volto, eu mesma carrego minhas malas quando vir aqui pegar as chaves do quarto está bem?

O recepcionista assentiu e eu saí até a entrada e estacionei meu carro na vaga correspondente ao meu quarto. Quando saí dele com a mala e o travei eu senti olhos fixos em minhas costas.

-Oi, nova residente aqui?Sou Nora.

Virei-me e dei de cara com uma garota pequena e ruiva de olhos castanhos com o cabelo repicado em todas as direções como se ela tivesse sido eletrocutada. Em seus olhos curiosidade e apreensão se misturavam enquanto ela se aproximava de mim.

-Ah, oi - eu respondi saindo em direção ao elevador.

A garota seguiu atrás de mim alegremente e entrou no elevador comigo. Notei que sua energia não era normal, tinha algo de sobrenatural nela, ela era muito mais do que uma baixinha louca e irritante.

-Tá legal, o que você é?- eu perguntei fitando seus olhos que entenderam imediatamente o que eu queria dizer.

-Talvez alguém que um dia foi como você, mais isso não vem ao caso, não quero me envolver nessa bagunça- ela respondeu firme saindo do elevador.

Peguei a mala e saí do elevador pegando as chaves e indo em direção ao quarto 502. Entrei e tirei uma camisola fina da mala e três comprimidos de analgésico e me deitei tentando afastar os pensamentos inutilmente. Minha alma dilacerada enquanto eu afundava na inconsciência.

E na ala Winchester...

Todos estavam confusos, procurando por respostas enquanto, por respostas que não encontrariam em livros sobrenaturais, que não encontrariam enquanto Annice não estivesse por perto.

Dean estava fora de si, insanamente perturbado enquanto andava pela casa. A culpa invadindo-o como fumaça lenta, porém torturante e letal. Jennifer sentia a dor do tapa deferido por sua irmã, mais a dor da culpa suplantava qualquer pensamento, qualquer outra coisa além dos olhos marejados de sua irmã e de sua acusações que ela sabia que era verdade, nada passava por sua mente, além disso, nada acalmava seu coração que se sentia traidor.

O dia passou e eu acordei lentamente em função dos comprimidos desnecessários que tomei. Olhei em volta analisando a padrão frio do móveis e das paredes daquele quarto, era frio, era solitário, parecia triste, cada detalhe parecia feito por alguém desiludido e prestes a morrer. No momento era o que eu precisava.

Levantei-me abrindo minha mala e retirando uma caixa com pequenas divisórias que continham ervas de variados os tipos e separei verbena, erva de lobo, lavanda, arnica e pétalas de rosas negras juntando-as dentro de um pequeno saquinho de feltro que amarrei em um cordão e coloquei no pescoço. Ao menos por enquanto eu estaria livre de rastreamentos de anjos e outras criaturas e pessoas que eu queria esquecer-me da existência.

Entrei debaixo do chuveiro devagar em meio a lágrimas de dor e até de saudade, meus sentimentos espiralando em um redemoinho de confusão em meu peito. Comecei a pensar no que faria e não encontrei nada mais que me interessasse, queria mudar, teria que mudar. Teria que fazer isso por mim; teria que começar uma vida pacata e humana longe de todas as lembranças que agora de doces tornaram-se sórdidas, sujas e torturantes. Eu precisava me esquecer dos Winchesters, precisava ser algo além, mais depois de tudo o que passei o que mais eu seria?


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Notas finais do capítulo

E aí,o que acharam?O que será que vem daqui pra frente hein?Bjos e não se esqueçam de comentar suas opiniões sobre o capítulo,elas são muito importantes pra mim.



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