The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 30
isso não pode estar acontecendo


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos,espero que gostem do capítulo!



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Subi silenciosa até meu quarto com o coração apertado por não conseguir chorar, simplesmente nem uma lágrima, nenhum soluço saía dali.

Levantei a pulseira na altura dos olhos e fitei a pedra que jazia ali. Nataniel, os olhos dele me encaravam por aquela pedra, sentia sua falta duramente.

Adormeci abraçada a pedra querendo que aquilo tivesse sido um pesadelo e que Nataniel estivesse comigo quando eu acordasse.

Tive um sonho indistinto. Eu me lembro que eu sentia calor e algo mais, que sentia mãos percorrendo meu corpo e ouvia alguém arfar pesadamente em meu pescoço.

O sonho começou a ficar mais claro. Eu estava sem roupa nenhuma e estava gemendo de excitação. Mais por quê?Por quem?

Mãos envolveram meu corpo por trás prendendo-me e pegando meu cabelo como rédeas. Sexo selvagem.

O homem uivava de prazer loucamente, suas estocadas eram rápidas e fortes, uma mistura perfeita entre brutalidade e carinho.

-Quero ouvir você gozar ouvindo meu nome!- ele gritou.

A voz não me era estranha.

-Vem Anny, goza pra mim!- o homem gritou de novo.

Congelei ali, eu reconhecia aquela voz, e reconhecia muito bem o que mais ou menos hora ia acontecer ali.

-Quero você gritando meu nome irmãzinha!- ele gritou.

-Dean!

Acordei desesperada despertada pelo meu próprio grito. Ouvi passos rápidos e o avistei na porta. Senti-me quase como se aquilo tivesse sido real.

-Annice?Anny, tá tudo bem?-Dean perguntou olhando pros lados.

-S... S. sai daqui!- eu murmurei com dificuldade.

-Anny o que aconteceu?- ele perguntou chegando mais perto.

-Sai daqui!- eu gritei agoniada.

Dean me encarou e saiu rápido, corri pro banheiro e entrei debaixo da água fria vestida como estava. Chorei descompensada lembrando-me das cenas que corriam em minha mente e que eu estava desesperada pra esquecer. Sentia-me suja.

Saí do banheiro e me troquei jogando um vestido preto de veludo de mangas todo aberto nas costas e que ia até o começo de minhas coxas, uma meia calça roxa rendada e uma ankle e sai penteando meus cabelos com as chaves na mão.

-Aonde você pensa que vai Annice?- Jennifer perguntou.

-Não sei, até amanhã Jeh- eu respondi saindo da casa.

Entrei no carro e dei a partida alucinadamente, meu carro era um borrão nas estradas desertas. Rodei a cidade por um bom tempo parando num posto de gasolina.

-Hey!Aqui nessa cidade tem boate?- eu perguntei para o frentista.

-Tem uma sim, é nova e fica nas 115 com a Rivers- o frentista me disse.

Dei novamente a partida e acelerei. Em frente ao lugar eu já pude ver a boate, no mínimo era vip. Perfeito.

Peguei minha bolsa de mão e saí guardando dinheiro dentro dela, o segurança me barrou quando cheguei mais perto.

-Isso é uma boate privada meu bem, só pra convidados- o segurança imenso disse sorrindo malvado.

-E quem disse que ela não é minha convidada?Entre.

Olhei pra sacada do prédio e em frente a um “OZ” imenso de neon um homem pálido e me parecendo muito mais do que sensual me encarava.

-Não vai entrar?- ele perguntou com a voz incrive4lmente aveludada.

Assenti batendo a mão na coxa, minha bereta de mão estava dobrada ali pra qualquer eventualidade.

Entrei num lugar mágico e exótico. As luzes que o contornavam eram maravilhosas e davam um efeito maravilhosamente colorido ao lugar que era praticamente todo preto. Dei mais alguns passos e bem no meio da festa tinha um espaço protegido por vários seguranças, e era todo branco contrastando totalmente com o resto do lugar, todos os convidados que estavam dentro do círculo todos vestidos de preto, o contraste no contraste. O belo homem que me convidou a entrar estava ali e me chamava com o dedo. Cheguei mais perto.

-O que faz tão bela dama aqui que ainda não dançou comigo?- ele perguntou muito sensual.

Seu cabelo era retinto como a noite, seu rosto perfeitamente másculo e anguloso, o nariz fino e bem delineado dava a ele um ara arrogante, o mais impressionante eram seus olhos cor de ouro, tão inimaginavelmente dourados quanto eu julgava possível.

Ele puxou-me delicadamente pelo braço e colocou-me no centro da pista. Dançamos com nossos corpos colados por nem sei quanto tempo, suas mãos iam e vinham elegantemente por mim, seus olhos me prendiam.

-Sou Arturo, e a quem eu concedi a honra de adentrar em meu recinto?-ele perguntou enquanto parava meu giro.

-Hum... que tal me falar daqui?-eu perguntei desconversando.

-Você não respondeu a minha pergunta- ele disse me encarando.

-Nem você a minha, então que tal ser cavalheiro e começar?- eu perguntei dando mais uma volta e parando em suas costas.

- Aqui é um bom lugar e eu sempre quis ter uma casa de shows que fosse muito reservada, que só entrasse quem eu selecionasse quem... Se destacasse na multidão- ele disse passando as mãos por minhas coxas.

-Certo, interessante, mais eu tenho que ir-eu disse livrando-me de suas mãos.

-Tem certeza que quer ir, e me deixar assim nesse estado?Que tal irmos pra um lugar mais... Reservado- ele disse conduzindo minha mão até seu volume.

-Acho que você não me entendeu, eu vou embora agora- eu disse abrindo espaço na pequena multidão.

Saí a passos largos dali só me restando tempo pra ver Arturo me encarar mal-humorado da sacada.

Acelerei o carro e parei na estrada pra ver o sol nascer. Minha cabeça não latejava a ponto de me incomodar muito, então não tinha bebido tanto.

O sol erguia-se iluminando o céu que de lilás ficava num tom de azul maravilhoso. O tom dos olhos de Nataniel.

Oito horas da manhã. Olhei no relógio me arrependendo por tê-lo feito.

Dei a volta pela cidade e parei numa cafeteria simples, mas ao mesmo tempo muito acolhedora. Sentei-me na mesa e coloquei as mãos na cabeça fechando os olhos.

-O que você vai querer hoje senhorita?

Olhei pra cima; e um rapaz de no máximo uns vinte anos me encarava parecendo gostar do que ele via, seus olhos eram um tipo de castanho claro que parecia reluzir, seu rosto era delicado e; ao mesmo tempo másculo e cachos macios caiam levemente sobre sua face, ele perecia um querubim. Por que parecia que eu conhecia essa carinha?

-O que você tem de bom aqui?- perguntei.

-Temos bacon e ovos, torta, cheesecake, bolinhos, ah, é mais fácil perguntar o que não temos. Espera aí, você trabalha no hospital?-ele disse parecendo se lembrar de alguma coisa- Mãe é ela, ela está aqui!

Levantei-me a guisa de sair, o garoto parecia eufórico enquanto gritava. A mulher que veio era uma senhora pequena e rechonchuda.

-Devon, o que foi meu filho?- a mulher perguntou.

Os olhos do garoto estavam marejados e aquela sensação de conhecê-lo ainda estava em mim.

-Eu disse mãe!Eu te disse que o anjo é real!E ela está aqui!- ele gritava pra todos ouvirem- pra que todos vocês que disseram que eu fiquei louco, ela está aqui, o meu anjo está aqui!

Olhei assustada e fui saindo devagar pra que ele não me notasse enquanto apontava. Quem era aquele e que papo de anjo era esse?

Acelerei e vi o rapaz praticamente querer correr atrás do carro. Olhei pra casa de Bob, e, depois daquela loucura toda eu achei aquela velha casa um ótimo refúgio.

Entrei na casa e Joanne me encarava com um sorriso sínico ao lado de Dean que me fulminava com os olhos.

-Acho que não te ouvi perguntar ao Dean se você poderia sair com essa roupa Annice- ela disse tentando parecer séria.

-Eu não preciso pedir autorização de ninguém pra sair faz muito tempo Joanne- eu rebati seca, indo em direção as escadas.

-Você tem um ataque comigo, sai à noite sem dizer pra onde e agora me aparece às onze horas da manhã, e com esse pedaço de pano. Ah sim mocinha, você precisa sim me dar algumas explicações- Dean disse agarrando meu braço.

-Chega!Eu agüentei toda essa merda por tempo demais!Eu estive a ponto de destruir minha carreira contra minha vontade, aliás, e agora só por que saí à noite tenho que dar explicações, eu vou contar uma novidade bem velha pra você: eu não sou uma criança, e você não manda em mim, e quer saber de uma nova?Já cansei de ficar aqui. - eu esbravejei puxando meu braço.

-Anny, não e diga que... – Jennifer começou.

-Digo e repito Jennifer, eu vou ir embora daqui Jennifer, e quer saber o melhor de tudo isso?Vocês, nenhum de vocês pode me impedir!

Subi as escadas batendo o salto duramente, no quarto peguei as poucas coisas que estavam fora da mala e comecei a descer as escadas.

-Você não vai sair daqui!- Dean e Sam gritaram.

-Lamento por isso.

Movi minha mão pra frente e os fixei na parede, Jennifer me olhava sem nem mover-se.

-Cuide bem deles Jennifer- eu disse beijando-a.

-Anny, por favor, repense isso com cuidado.

-Olá Zacharias.

Olhei prá trás e ele estava ali com sua capa marinho como de costume.

-Veio se despedir de mim?

-Não vá embora, você não entende a gravidade do que está fazendo, e, além disso, você conhece sua família, eles não vão parar até te encontrar- ele disse angustiado.

-Não se eu sair do país; ficaria muito bem na Índia, por exemplo- eu disse fitando-o.

-Você sonhou não é?Então vê que é inevitável não é?Ele é o representante dos céus Annice, não tem como fugir, mesmo que tenham outros motivos, na verdade é por isso que você quer fugir- Zacharias disse quase triunfante.

-Como você sabe disso?- eu perguntei perturbada.

-Sou o guardião do tempo Annice, nada me escapa.

-Foi você!Você colocou aquilo na minha cabeça!- eu acusei e ele assentiu.

-Você está com pouco tempo pra fugir,não importa o que você faça,vai acontecer, você terá um filho dele!

-Isso se eu escolher ficar com ele, e se isso for verdade está fora de questão- eu rebati.

-Você teria então um filho do representante das trevas Annice, e quer saber?Ambos eles são sues irmãos- ele acusou.

Soltei os dois e encarei-os sem expressão, eles sabiam.

-Então estou sem saída?- perguntei fitando o vazio.

Zacharias assentiu e tudo começou a girar violentamente ao meu redor, aquilo não poderia estar acontecendo. Eu nunca transaria com meu próprio irmão. Por nada nesse mundo!


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Notas finais do capítulo

E ai,o que acharam?
Vejo vocês no próximo capítulo O/



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