The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 29
Bye


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores,bem,demorei todo esse tempo por 2 motivos,primeiro:eu estou atolada de coisas na faculdade pra terminar,e segundo:eu estava sem inspiração nenhuma esses dias,e hoje me veio um pequeno capítulo na cabeça e resolvi escrevê-lo,então,espero que gostem e que tentem ser compreensivos quanto a demora.



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Minha cabeça doía imensamente enquanto eu descia as escadas, eu tinha medo, e ao mesmo tempo vontade de que tudo aquilo fosse um tipo de sonho extremamente realista.

Desci as escadas num misto de esperança e medo, aquilo já começava a me perturbar.

No sofá Dean estava ressonando quase imóvel, queria eu ter uma tranqüilidade assim pra dormir, mesmo sendo um caçador meu irmão dormia como uma criança, e essa era a única hora em que eu o via sem a paranóia de sempre, sem a intenção obsessiva de proteger a Sam e eu.

Passei as mãos por seus cabelos delicadamente pra que ele não acordasse, na esperança de aquela tranqüilidade passasse pra mim nem que fosse um único resquício.

-Bom dia meu bebê – Dean disse.

-Ah!Não te vi acordar Dean- eu disse sentando-me ao seu lado.

-Você estava pensando no que Gabriel te mostrou não é?- ele perguntou afagando meus cabelos.

Assenti lentamente, eu era um misto de alívio e tristeza enquanto eu fitava a imensidão verde dos olhos de Dean. Por nenhum momento eu pensei em Nataniel, percebi que o que sinto por ele nada mais é do que amor fraterno e talvez desejo.

Dean envolveu-me em seus braços protetoramente, ali eu me sentia firme, bem, mas ao mesmo tempo, frágil e indefesa, eu sentia um misto de segurança e raiva que eu sentia ali.

Fui até a varanda e comecei a lembrar de quando cheguei aqui, de minha rebeldia e de tudo mais, eu realmente precisava de distração, sair e encher a cara a ponto de nem lembrar o meu próprio nome.

Entrei novamente na velha casa sentindo-me deslocada, e, com os olhos de Dean postos em mim eu somente fui capaz de pensar em uma coisa: eu preciso de uma casa.

Subi as escadas dando de cara com Emmet só de cueca e ainda sonolento, fitei seu corpo discretamente enquanto ele abria os olhos e me olhava tristonho.

-Hey!O que foi Emmet?- eu perguntei curiosa e preocupada.

-Deixa pra lá Anny, acho que eu não quero falar disso por enquanto- ele disse.

-Emmet, fala comigo- eu murmurei apertando de leve seu ombro.

-Sinto sua falta- ele murmurou.

Seus braços fortes envolveram meu corpo dificultando minha respiração, a dele era lenta e compassada deixando-me arrepiada.

-Emm, isso não é certo você gosta da minha irmã e não de mim- eu sussurrei com o resto de bom senso que eu tinha.

-Já não sei se sou exatamente assim, que eu me lembre eu me envolvi com você, botei meus desejos acima da minha missão e olha no que deu Annice, sua irmã foi pra mim o que Nataniel foi pra você, algo eu compensasse a falta, e eu sei que você sente minha, senão você não estaria desse jeito- ele sussurrou rouco em meu ouvido.

Suas mãos me travavam na parede, meus seios iam e vinham frenéticos junto com minha respiração, eu tentava me agarrar ao que me restava de sanidade no momento.

-J... Ehnnifer – eu sussurrei.

O nome de minha irmã foi como uma bofetada que me despertou.

Soltei-me de seu aperto correndo até meu quarto, sentei na cama sentindo vergonha e confusão, estaria Emmet certo?

-Mãe, eu to precisando de uma luz aqui, me ajuda- eu sussurrei passando as mãos pelos cabelos.

Em meio a pensamentos meus escuto alguém batendo em minha porta, Nataniel estava ali.

-Posso entrar?- ele perguntou pondo a cabeça dentro do quarto.

-Entra Nate- eu respondi levantando a cabeça.

Os lindos olhos azuis de Nate pareciam tristes, resignados, e eu já sabia o porquê, já sentia que uma hora ou outra ele teria que dizer adeus.

-Quando você vai?-perguntei tristonha.

-Anny, eu... E... – ele tentava dizer enquanto lagrimas caiam de seus olhos.

Era hoje, hoje Nate me deixaria sem previsão de volta, isso machucava demais. Fechei meus olhos e o abracei afagando delicadamente seus cabelos.

-Um dia e vou te ver de novo?- sussurrei em meio a soluços.

-Provavelmente não meu amor, mas estarei sempre te guardando lá de cima, e, talvez um dia eu volte- ele sussurrou com a voz embargada.

-Nate,não vai,fica aqui comigo, por favor- eu implorei olhando fixo em seus olhos.

-Não posso, tenho coisas a resolver, mais eu prometo Annice, prometo que te guardarei e que farei o máximo ao meu alcance pra que você fique bem aqui.

Fechei meus olhos e o abracei trazendo-o pra mim na esperança de que ele não fosse pra longe, que ficasse aqui, comigo. Uma brisa leve com o cheiro almíscar de Nataniel me envolveu quente como num abraço, quando dei por mim eu estava sozinha no quarto segurando um tipo de bracelete,ele era prateado e com aspecto envelhecido, no centro jazia solitária uma pedra de um azul maravilhoso, límpido e inocente, como os olhos de Nataniel, virei à pedra pra vê-la melhor, ali uma mensagem gravada fez meu peito apertar.

“E a ela eu dou meu coração, e ela o guardará pela eternidade, pois é a ela que ele pertence.”

Chorei copiosamente ali,sozinha querendo,pedindo, rezando pra que aquilo fosse uma brincadeira de mau gosto de Nataniel, e, que quando descesse as escadas ele estaria ali e me tomaria num cálido beijo de boas vindas. Nada disso aconteceu.

Desci as escadas e dei de cara com todos me encarando, todos menos aquele que eu mais precisava que estivasse aqui, ele tinha partido. Abri a porta e disparei sem querer prestar atenção ao caminho que eu tomava, eu era um misto de desespero, dor e solidão, morreria agora se pudesse.

Eu não amava Nataniel como pensava que amava, esse era um amor diferente, carnal, o que eu realmente sentia por ele era um amor de irmão, um irmão que agora eu lamentava ter perdido sem ao menos poder lutar por ele. Eu tinha medo, eu tinha dor, eu tinha frio, mais nada disso importava, o que agora me assombrava era: eu nunca tinha me sentido tão sozinha.


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Notas finais do capítulo

E aí meus amores,o que acharam?Não se esqueçam de comentar!



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