Her Last Song escrita por Lully Cvic


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Awwwn,em alguém ansioso pro My Chem confirmar a vinda ao Brasil,além de mim?rsrs.

Vamos torcer!

Beijinhos!



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A segunda-feira foi um grande dia pra ele,assim como boa parte do mês.Mas não pra mim.Eu passei todos os dias de Agosto esperando telefonemas ou qualquer outro tipo de meio de comunicação chegar,me falando alguma coisa que fosse,sobre as entrevistas e nada.Eu já estava agoniada e havia perdido as esperanças.Eu não acreditava que fosse tão difícil ser professora naquela cidade que mais parecia um segundo país.

Eu estava bem incomodada com isso e Gerard logo percebeu.

-O que foi,Emy?Você tá estranha ultimamente.Calada...você não é assim.-ele comentou enquanto sentava no sofá e colocava minhas pernas em seu colo.

-Só estou tensa,nada demais.-respondi de uma forma seca,sem tirar os olhos da televisão.

-Só tensa?-ele disse de uma forma carregada de ironia.-Não sei por quê está tão preocupada...era pra você relaxar agora,pelo menos um pouco,já que as coisas estão melhorando.

-Eu estou feliz,de certa forma por tudo isso,mas eu não gosto dessa situação.Isso me incomoda.

-O que te incomoda?-ele perguntou,enquanto acariciava minhas pernas.

Olhei pra ele de jeito debochado,ele sabia bem o que me incomodava.

-Eu não gosto do fato de você ser o único a trabalhar,eu não gosto do fato de você ter que pagar todas as coisas,eu não gosto de me sentir dependente!

Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas,

Deixando um riso escapar.

-Não acredito que é por isso!Emy...isso é só uma fase.E todo mundo passa por isso um dia.Não vejo problema nenhum em pagar as coisas,em sustentar a gente...eu sou seu namorado,não sou?Fui eu quem te coloquei nessa e por isso não acho nada de errado.Eu até gosto,pra dizer a verdade.Me sinto mais responsável,o homem da casa!-ele riu.

Eu continuei séria.

-Pode ser bom pra você,sentir isso,amor...mas pra mim é desconfortável.Eu não gosto.Nós combinamos de nos ajudar,de dividir as coisas,seja lá o que fosse...

-Sim,mas estamos nos ajudando de certa forma.Eu te ajudo e você me ajuda.E agora,é a minha vez de cuidar da minha princesinha...-ele se aproximou de mim,esfregando o nariz dele no meu.

Eu não consegui segurar o riso,pela cosquinha que o gesto causou.Ele me beijou de uma forma doce e tranqüila,me passando segurança.Era uma das coisas em que eu amava nele.

A conversa com ele,tinha sido boa,porque eu desabafei e pus pra fora,o que estava me agoniando.Embora ele tenha dito as palavras certas pra me despreocupar,eu ainda me sentia desconfortável.

Mas isso logo passou.Na semana seguinte eu havia recebido um telefonema de uma das melhores instituições privadas de Manhattan.E justo essa,pra qual eu nem tinha feito entrevista.Eu fiquei sem entender,mas logo recebi um explicação.Quando contei à Gerard,ele agiu da mesma forma.

-Como assim?-ele perguntou,enquanto enxugava os cabelos,recém-lavados.

-Eu vou resumir,tá?Uma das primeiras escolas,pra qual eu tinha feito a entrevista,tinha escolhido a mim e à uma outra pessoa,mas eles ficaram na dúvida sobre quem escolher,por assim dizer e eles chamaram essa pessoa pra ficar com eles,porque ela mora mais perto,porém...essa instituição que me ligou,precisava de alguém pra substituir uma professora que vai se aposentar.Então,eles me indicaram pra lá,pelo meu ótimo currículo!-me gabei.

-Isso é ótimo,Emy!Você ainda se saiu melhor do que a outra,porque...você vai pra um dos melhores colégios privados da cidade,onde tudo é melhor.Nem se compara os colégios que vemos por aqui.

-Sim,e não é tão longe pra mim.Uma distância de 40 minutos,mais ou menos.-parei um pouco pra respirar e acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.

Gerard olhava pra mim admirado.

-Eu estou tão feliz,amor!-disse o abraçando apertado.

-Eu sei,posso ver no seu rosto.Estou contente por você e muito orgulhoso,também!-ele disse,segurando meu rosto entre suas mãos.

Eu sorri satisfeita e o beijei em seguida.Estava orgulhosa se mim mesma,por tê-lo feito se orgulhar de mim.

-Estou ansiosa pra começar.-disse à ele.

-Estou ansiosa pra ouvir você contar das travessuras dos pestinhas.-ele riu.

-Não fala assim deles...são só crianças.

-Então...pestinhas.Toda criança é.

Dei um tapa leve no braço dele,e puxei sua mão pra irmos deitar.

Antes de dormir,fiquei pensando em várias coisas.Estava ansiosa e por isso meu sono não vinha de jeito nenhum.E Gerard não me ajudava,falando que eu ia sofrer na mão deles.Eu não acreditava que seria assim.Bolinhas de papel atiradas da mão de crianças de 4 anos,não era algo que fazia parte da minha imaginação no meu dia-a-dia.

No fim de semana,eu contei à novidade aos meus pais,que ficaram radiantes e não paravam de desejar boa sorte.Na segunda,acordamos cedo e antes de Gerard ir pro trabalho dele,ele me levou até a entrada da escola.Minha mão estava um gelo e minha pele estava pálida.Puro nervoso.Ele em abraçou com carinho e me deu um beijo breve.Após me desejar mais um “boa sorte”,ele me esperou entrar,pra ir embora.

Ao contrário do que eu temia,meu primeiro dia,havia sido maravilhoso!Nada de travessuras,nem bolinhas de papel voadoras.Eu fui perfeitamente recebida por todos na escola,principalmente os alunos,que eram criancinhas extremamente educadas e fofas.Eu estava louca pra ir pra casa,pra contar tudo à Gerard.Mas não precisei,assim que saí,ele estava lá,me esperando pra irmos embora juntos.Foi uma surpresa vê-lo ali,porque ele não era de fazer aquele tipo de coisa.Senti meu coração acelerar,ao vê-lo de repente.Foi o mesmo que senti,quando o vi pela primeira vez.

Nós não fomos direto pra casa naquele dia.Ele me levou pra jantar,para brindarmos à nossa nova fase.Em casa,amostrei à ele,desenhos que eu alguns alunos tinham feito pra mim.Era um monte de rabiscos coloridos,mas cheio de sentimentos,que eu guardaria pra sempre.Ele achou os desenhos uma tragédia,mas achou bonitinho a intenção deles de demonstrar o carinho.

-Tragédia?Não se esqueça que antes de você se “achar” um Pablo Picasso,você também fez muitas dessas tragédias,tá?-eu o lembrei,saindo em defesa dos meus pequenos.

Ele só riu.

-Pelo menos as minha tragédias se transformaram em uma grande obra prima,que está a um passo de ir pra maior emissora de desenhos desse país.-ele se gabou.

-Aham,tá.Eu não vou mais discutir sobre isso com você.

-Ei,eu posso ir até lá e dar uma palestra pra eles!Dizer que no começo eu fazia desenhos tão feios quanto os deles,mas isso é superável.Posso até servir de exemplo pra alguns deles.Depois eu peço pra eles assistirem ao desenho,pra dar audiência e...

-Gerard,pára com isso!-taquei uma almofada na cabeça dele.

-Parar com o que?-ele perguntou,gargalhando.

-Já ouviu o que está dizendo?Pára de se auto elogiar,são só crianças!

-Amor,não fica brava.Estou só brincando...-ele disse,ao me abraçar por trás.

Olhei pra ele,o repreendendo.

-Hein...?Desculpa?

-Que o fato não se repita.-disse sorrindo pra ele.

-Tudo bem.E se repetir?

Eu não disse mais nada.Mas o meu olhar ameaçador fez ele entender o recado direitinho.


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