Her Last Song escrita por Lully Cvic


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Minhas doçuras! *--*

Postando o cap hojee,pq não vou postar no fds por causa do feriado...

Mas enfim...Eu posto quando voltar no começo da semana que vem! =)

Ah,tem algumas leitoras que já estão lendo a Summer,a fic nova,mas pra quem ainda eu não avisei(oops),tá aqui o link:

http://fanfiction.com.br/historia/146269/Summertime

Tô escrevendo com a Any_Cherry e tá ficando bem legal(modéstia a parte,hahahah) *--*

Beijokas,lindinhas e bom feriado para todas!



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Passei o dia seguinte com a minha família,conversamos e tentamos reconfortar uns aos outros.Era difícil de acreditar que ela não estava mais entre a gente.Enquanto eu partia com Mikey pra Nova York um dia depois,minha mãe foi ver o que fazer com as coisas e a casa da minha avó.

De N.Y,fomos para algumas cidades pra fazer pequenas entrevistas e sessões de fotos.Voltamos à noite pro hotel e assim que cheguei ao meu quarto,me sentei e comecei a escrever tudo o que eu pensava sobre a minha avó e o que a morte dela me causava.Eu pensei numa forma de falar com ela pela última vez e agradecê-la por tudo,mas como eu queria,eu não podia,então ia pôr em formas de palavras em uma canção.Passei a noite escrevendo,chorando e sentindo as mágoas voltarem pra dentro de mim.

Não percebi que já tinha amanhecido,até Frank me chamar porque estava na hora de irmos ao estúdio.Levei a folha em que escrevia comigo e tentei terminá-la no carro mesmo.Mas não deu tempo,logo chegamos à gravadora,pra finalizarmos o álbum.Enquanto o resto da banda falava com o produtor sobre a ordem das músicas,os singles...enquanto eu sentei na mesa de mixagem e termine a letra.

-O que está escrevendo?-Ray perguntou,se debruçando por cima do meu ombro,tentando ver o papel.

-Lê e vê o que você acha.-eu pedi.

Eu raramente fazia aquilo,mas realmente quis a opinião de alguém naquele momento.

-Porra!É uma letra ótima!Por quê não falou dela antes,pra colocarmos no álbum?-ele disse em voz alta,chamando a atenção dos outros.

-Deixa eu ver!-Matt roubou a folha das minhas mãos.

-Eu queria saber o que vocês acha,para...

-Joy,dá tempo de fazermos essa música e colocá-la no álbum?-Ray perguntou pro nosso produtor principal.

Ele revirou os olhos,torceu os lábios e olhou pro relógio.

-Dá.-ele disse logo depois.

Pegamos os instrumentos e ensaiei um pouco antes de fazer os testes pra gravar.Passamos a manhã e parte da tarde gravando a música e por incrível que parecesse,deu tudo certo e ela saiu mais perfeita do que como estava na minha cabeça.

-Vai mesmo colocar ela no álbum?-Joy me perguntou,assim que terminamos de gravá-la.

-Sim.Eu preciso fazer isso.É o mínimo que eu posso fazer pra uma pessoa que foi tudo pra mim.

Ele não sabia do que se tratava e também nem quis saber.Só assentiu e a pôs no álbum.Na primeira posição.Seria a faixa que abriria o álbum e seria o primeiro single.Eu já havia decidido.Todo mundo concordou,então estava tudo pronto.Logo lançamos o novo álbum e entramos em turnê de novo.Não paramos,não tiramos férias,apenas seguimos em frente.

Era ótimo cantar músicas novas,ver novas pessoas e até os antigos fãs,lá na primeira fileira de novo,como meses atrás.Eles pegaram fácil as novas canções,nos trouxeram novos fãs,as pessoas começaram a dizer que nossa música os ajudava...a banda estava crescendo a cada dia.Tínhamos tudo o que sempre quisemos.Todos estavam felizes.Menos eu.Não conseguia superar a morte da minha avó de jeito nenhum.Comecei a fazer terapia pra ajudar,mas nada me fazia deixar aquilo pra trás.

Emy...não tinha me lembrado dela por um monte de dias.Devia estar sofrendo,sentindo minha falta,talvez até melhorado.Ou não.Precisava falar com ela.Mas sempre me esquecia.

Sempre que saía dos shows,eu encontrava algumas pessoas e saímos pra beber.Bebíamos mesmo,até não agüentarmos mais.Passávamos mal e voltávamos a beber mesmo assim.

Emy me mataria se estivesse vendo aquela cena.Comecei a ficar enjoado e parei de beber.

Tentei me levantar e caí no chão.Estava tudo rodando muito rápido.Eu fechava os olhos e a tontura continuava.Eu estava muito mal.

-Gerard?Você tá bem,cara? –Travor me perguntou,enquanto me ajudava a levantar.

Ele era vocalista de uma outra banda que estava tocando na mesma cidade em que a gente e sempre saíamos com outros caras pra beber depois dos shows.

-Eu vou pro hotel...eu não to muito bem.

-Tá,pára de beber.E eu chamo alguém pra te levar,você não pode ir assim.

-Não,eu to bem pra isso.Posso ir sozinho...

Eu tentei dar dois passos e caí com tudo no chão.Ele me levantou novamente.

-Você está com problemas,não é?Fora da banda...-ele perguntou,me levando pra mesa atrás de nós.

Me perguntei como ele sabia se nem me conhecia direito.

-É o que?Namorada,família,groupie?

-É tudo!-eu cruzei os braços em cima da mesa e apoiei a cabeça neles.

-Cara...você precisa se animar.Não pode ficar assim.Olha...toma isso.Vai se sentir melhor.

Eu levantei o rosto pra ver o que ele estava me dando.Um comprimido.

Olhei pra ele e depois pro comprimido em sua mão.

-O que isso faz?-perguntei,receoso.

-Toma que você vai saber.-ele sorriu.

-Se eu morrer por causa dessa merda...

-Calma...ninguém morre por isso.Pelo contrário!Elas vão ao Paraíso por alguns segundos!Experimenta!

Olhei mais uma vez pro comprimido e o peguei de sua mão.O engoli sem tomar nada.De início continuava igual,minutos depois eu já me sentia completamente feliz.Era uma felicidade quase tocável,eu sentia meu corpo todo preenchido com ela e uma vontade de rir incontrolável.De repente,eu não tinha mais problemas.

Foi a melhor sensação que eu já tive.E era tão boa,que eu queria senti-la mais vezes,porque me fazia bem.Eu ficava alegre,cheio de energia e podia correr 30 vezes em volta do mesmo quarteirão que continuava bem.

Enquanto estávamos perto,Travor me dava as pílulas,ou melhor,me indicou uma pessoa que as vendia.E eu não viajava mais sem tomar ao menos 3 ao dia.Fiquei meses assim.

Precisava tomá-las antes dos shows,quando me sentia estressado ou até mesmo cansado e quando meus problemas apareciam pra me derrubar,eu os tomava de novo.

Ninguém na banda sabia,até que um dia Mikey me flagrou tomando vários de uma vez.

-Gerard,o que é isso?Está tomando remédios e nem me contou?

Senti um sarcasmo em sua voz.

-Não...

-Me dá isso!-ele pegou os comprimidos da minha mão com força.

-Me devolve,Michael!

-Tá usando drogas?-ele gritou.

-São relaxantes...

-Relaxantes?Acha que eu sou idiota?Pára com isso,Gerard!Vai acabar se matando!Olha quantos está tomando!

-Mikey,eu tô muito bem assim.Eu sei me cuidar,solta isso!

-Você não vai tomar mais isso!

Ele tentou abrir minha mão,eu não deixei e começamos a brigar.

-Pára!!!Você é meu irmão,olha o que estamos fazendo!-ele disse,segurando meus pulsos.

Eu parei pra pensar no que estava acontecendo e me dei conta do quanto aquilo estava sendo ridículo.

-Me desculpa...-eu pedi,totalmente sem graça.

-Gee...por quê?O que está acontecendo?

Eu demorei,mas contei pra Mikey todas as coisas pelas quais eu estava passando e não deixava ninguém saber.Era a minha avó,a Emy...eram assuntos que martelavam na minha cabeça e não me deixavam em paz.Eles só sumiam quando eu tomava aqueles comprimidos.

-Isso não é motivo!Você acha que a Emy e a vovó ficariam felizes vendo você tomar essa atitude?Gerard,você não é mais criança pra correr e se esconder dos seus problemas.Tem que encará-los de frente.E se não pode fazer isso,você vai se tornar uma bela decepção pra mim.Eu te tenho como ídolo e você me apronta uma dessas?É bom que seja só uma escolha mal feita da sua parte,um mal entendido.Olha pra você,olhe ao seu redor!Você tem tudo o que você sempre quis e agora vai estragar porque não consegue superar problemas?Achei que você fosse um homem de verdade!

Eu fiquei tão surpreso com a declaração de Mikey que nem tive resposta.

Ele saiu do quarto,me deixando sozinho com os meus pensamentos.E ele estava certo.Eu estava arranjando desculpas pra não encarar os meus problemas de frente.Mas eu não sabia como resolvê-los,como encará-los e sentia que ninguém podia me ajudar.

Passei a noite em claro,pensando em soluções.Não achei,mas decidi começar do jeito certo.Tomei um banho frio demorado,comi alguma coisa e liguei o laptop.Precisava falar com a Emy,saber notícias dela.A mãe dela,tinha se comprometido a me informar pelo e-mail,já que por telefone era muito mais complicado.

Quando abri minha caixa de entrada haviam três e-mails não lidos,do e-mail da Emy e um que havia acabado de chegar.No assunto,não tinha nada escrito.Respirei fundo antes de abrir,me preparando para o que eu iria ler logo depois.


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