Jesse:

Deixei Rachel em casa e peguei meu celular ligando para Shelby.

- Alô Shelby?

- Jesse?

- Você está em casa?

- Sim por que?

- Estou indo para sua casa agora

- Está bem – ela desligou o celular

Continuei dirigindo e liguei o rádio , começou a tocar  Highway to Hell do AC/DC  lembrei do Vocal Adrenaline , essa foi minha última música que cantei naquele palco antes de vir para o New Directions , sinceramente ainda acho os ensaios do Vocal Adrenaline bem melhores, quando cheguei na rua da casa de Shelby procurei a enorme casa branca , parei meu carro em  frente e desci, quando toquei a campainha a empregada atendeu , ela me deu passagem e eu entrei.

- A senhora está na sala – ela disse me levando até a sala onde Shelby estava sentada no sofá com Bethy ao seu colo, quando me viu colocou Bethy no chão onde ela começou a brincar com os brinquedos a sua volta a empregada saiu nos deixando sozinhos.

- Shelby ,precisamos conversar

- Sobre a Rachel?

- Você vai contar a verdade a ela amanha não?

- Quero me aproximar mais dela Jesse

- Quanto mais você se aproximar dela será pior , ela vai pensar que você mentiu, se bem que você está mentindo

- Você não pode falar de mim Jesse , você também mentiu para ela

- Eu não menti

- Mentiu, você não gostava dela tudo isso era um plano lembra?

- Um plano no qual eu fiz, e me apaixonei, um plano que você não esta colaborando pois não quer falar a verdade, falta apenas três dias para eu voltar para o Vocal Adrenaline lembra? Era esse o combinado, mais parece que combinado não serve para você né? Cadê a verdade Shelby? Porque eu sou capaz de largar o Vocal Adrenaline pela Rachel.

- Nossa parece que você realmente gosta dela , fico feliz que ela tenha achado alguém como você

- Obrigado, você vai falar a verdade?

- É o certo não é?

- Sempre foi

- Só que eu não sei o que dizer, não posso virar e falar do nada que sou a mãe dela, eu não sei – ela abaixou a cabeça e colocou as mãos no cabelo.

- Não deixe essa chance escapar Shelby , pode ser sua última chance de ficar ao lado da sua filha.

- Você está certo, Rachel é minha filha e eu não posso deixá-la sozinha, por mais que eu não tenha visto ela crescer eu a amo, quando ela nasceu não pude segura-la nos braços , nunca a segurei , só a vi por um segundo quando a estavam limpando , havia muitas enfermeiras mais ela virou a cabeça e me olhou – ela olhou para Bethy  - e sorriu , ela sorriu para mim, foi um erro ter dado ela, só que meu sonho falava mais alto, fracassei como atriz. – ela secou a lágrima que estava caindo em seu rosto e sorriu para mim – eu quero minha filha de volta Jesse.

- Se conheço Rachel ela com o tempo vai amar a idéia de ter uma mãe, ela sempre esta fantasiando como você seria – sorri ao lembrar de Rachel dando palpites de como seria sua mãe – ela me lembra você as vezes, dramática , talentosa  e tem a mesma mania com estrelas de ouro – Shelby sorriu.

- Amanha contarei a verdade, você ainda quer voltar para o Vocal Adrenaline?

- Não quero deixar Rachel

- A escolha é sua , mais saiba que estaremos de braços abertos.

- Sou o melhor deles – disse sorrindo – obrigado por ter me escutado

- Não obrigada você Jesse, será um ótimo namorado para Rachel

Sorri e ela me levou até a porta, entrei no carro e fui para casa.

Rachel:    

Quando cheguei em casa coloquei os papéis que a médica me deu em cima da mesa e peguei alguns morangos que estava dentro da geladeira, me sentei no sofá e peguei o telefone ligando para Mercedes.

- Oi M.

- Oi Rachel tudo bem? Como foi na consulta?

- Tudo ocorreu maravilhosamente bem, eu ouvi o coração do meu bebê – por um impulso passei a mão na barriga a acariciando- mais eu liguei para te chamar para vir dormir aqui em casa hoje a noite, preciso de uma reunião de meninas.

- Claro você vai chamar as outras?

- Sim vou chamar a Quiin , a Tina e se o Kurt quiser vir também

- Está bem mais tarde estarei ai

- Ok tchau

Desliguei e disquei o número de Quiin

- Alô?

- Quiin ? É  Rachel

- Ah oi Rachel como foi a consulta?

- Depois eu falo, estou chamando as meninas para virem dormir aqui  hoje você pode vir?

- Claro

- Você sabe onde moro né?

- Sei

- Ótimo depois nos vemos tchau

Desliguei o telefone e liguei para os outros, Tina não podia vir mais Kurt viria, quando desliguei o telefone meu pai Jonathan entrou pela porta deixando a maleta de trabalho em cima da mesa.

- Pai chegou cedo- disse me levantando e desligando a televisão

- AI querida como foi na consulta?- ele perguntou se sentando no sofá

- Foi tudo bem , no próximo mês tem outra

- Mais está tudo bem né? – eu sempre achei que meu pai Jonathan fosse a mulher na relação

- Sim claro, a papai – disse do modo mais carinhoso que podia.

- O que você quer?

- Hoje as meninas e o Kurt vão vir dormir aqui pode?

- Claro, adoro quando suas amigas vêem aqui

- Eba , obrigada- o abracei e me levantei subindo pro meu quarto, quando cheguei deitei na cama com o livrinho que a médica havia me dado e comecei a ler, lá tinha tudo, dês de os sintomas de quando o bebê tinha cólica até quando ele estava doente, ensinava a dar banho e a trocar.

Ouvi alguém batendo na porta e olhei em direção a ela, Jesse abriu a porta e entrou se sentando ao meu lado

- Meu pai deixou você entrar?

- Sim

- É meu pai Jonathan gosta de você

- Que bom – ele sorriu

- O que foi?

- Por que?

- Você está aqui

- Rachel Shelby pediu para eu avisar que amanhã vocês vão almoçar na casa dela, é para você ir lá

- Mais eu não sei onde ela mora

- Eu te levo – eu me levantei e sentei em seu colo – o que foi? – ele me perguntou

- Você é real?

Ele soltou uma gargalhada e eu o abracei apoiando minha cabeça em seu peito

- Fico tão feliz pelos outros estarem errados ao seu respeito

- Como assim?

- Quando começamos a namorar, eles falaram que era tudo uma armação , mais não é – sorri e levantei a cabeça para encará-lo.

Ele ficou me olhando por um tempo e me beijou

- Você e seu pai voltaram a se falar depois do ocorrido?

- Não – ele falou enquanto me sentava na cama e colocava um travesseiro no meu colo – não o vi mais, minha mãe falou que ele anda trabalhando muito e que eu passo  dia todo aqui agora – ele sorriu e deitou no meu colo encostando a cabeça no travesseiro, levei minha mão até seu cabelo e comecei a massagear sua cabeça ele fechou os olhos e sorriu.

- Como que sua mãe esta?

- Bem, ela quer vim te ver, disse que quer ver como o netinho dela está – ele sorriu novamente e abriu os olhos- implorou para que na próxima consulta é para pedirmos uma fita a médica.

Sorri, com certeza a mãe de Jesse e meu pai iriam ser os avôs corujas.

Ficamos por um longo tempo conversando, Jesse deitado no meu colo e eu acariciando sua cabeça, de vês em quando ele acariciava minha perna.

 - Tenho que ir – ele disse se levantando

- Já?

- Não posso dormir aqui hoje posso?

- Infelizmente não – disse sorrindo e ele me beijou

Descemos as escadas e meus pais estavam na sala , Jesse desceu em silencio , sabia que ele estava se escondendo de Eduard , ele parou em frente a porta e eu a abri.

- Rachel? – meu pai me chamou

- Acho bom você ir lá cumprimentá-los

Jesse resmungou algo e eu o levei até a sala

- Tchau senhor Jonathan , senhor Eduard

- Já vai?

- Sim

- Que bom – meu pai Eduard resmungou do outro lado da sala

Comecei a rir e puxei Jesse para a porta, quando a abri Jesse saiu e eu também.

- Amanha veio aqui para te pegar ok?

- Está bem

- Durma bem , qualquer coisa me ligue- ele me beijou e sorriu

Vi um carro parando e Quiin e Mercedes desceram , ele se virou e Mercedes acenou para ele.

- O que elas fazem aqui?

- Festa do pijama – respondi sorrindo

- Só você mesmo – ele sorriu

- Oi gente – Mercedes disse parando ao lado de Jesse com uma mala nas mãos

- Oi – Jesse disse a encarando

- Rachel , Jesse tudo bem? – Quiin perguntou parando ao lado de Mercedes

- Tenho que ir , tchau amor - ele me deu um beijo e me abraçou – me avise quando elas forem embora – ele cochichou no meu ouvido e eu ri – tchau – ele se despediu de Mercedes e Quiin e entrou no carro indo embora.

As meninas entraram e subimos para meu quarto.

- Rachel é tão fofo ver você e o Jesse juntos – Mercedes disse colocando a mala no chão

- Ele é incrível – disse me sentando na cama e abraçando meu elefante de pelúcia

- Rachel – ouvi alguém me chamando e desci as escadas deixando as meninas no quarto, quando cheguei Kurt estava na porta com meu pai Eduard todo feliz ao seu lado

- Querida olha quem chegou – ele disse e Kurt entrou

Dei um sorriso e subi com Kurt para meu quarto e ele entrou, assim que as meninas o viu elas começaram a pular e ele as acompanhou, me sentei na cama com Quiin ao meu lado, Mercedes e Kurt estavam sentados no chão a nossa frente.

Kurt tirou seu iphone do bolso e colocou em uma música.

Kurt:

We are young, heartache to heartache we stand

No promises, no demands

Love is a battlefield

We are strong, no one can tell us we're wrong

Mercedes se levantou e puxou eu e Quiin

Mercedes:

Searchin' our hearts for so long, both of us knowing

Love is a battlefield

You're beggin' me to go, you're makin' me stay

Rachel:

Why do you hurt me so bad?

It would help me to know do I stand in your way

Or am I the best thing you've had?

Believe me, believe me, I can't tell you why

But I'm trapped by your love, and I'm chained to your side

Quiin / Rachel:

We're losing control will you turn me away

Or touch me deep inside?

And before this gets old, will it still feel the same?

Todos:

There's no way this will die

But if we get much closer, I could lose control

And if your heart surrenders, you'll need me to hold

Mercedes/ Kurt:

We are young, heartache to heartache we stand

Quando acabamos de cantar começamos a rir, só Kurt mesmo para colocar essas músicas, nos sentamos na minha cama e ficamos em silencio

- Rachel embora eu odeie admitir, e eu odeio você tem uma voz incrível Rachel, um grande futuro mais sei que você já tomou sua decisão , só que essa criança vai impedir que você os realize – Kurt disse pegando meu ursinho de pelúcia.

- Você está errado Kurt – Quiin disse e todos olhamos para ela- eu me arrependo por ter dado a Bethy, minha vida iria mudar, mais eu não sei se seria para melhor ou pior, Puck não estava nem ai , mais Jesse é diferente dele.

- Eu sei Quiin só estou tentando abrir os olhos de Rachel, eu só quero o bem dela , não vai ser como brincar de casinha , será uma criança de verdade

- Eu sei de tudo isso Kurt, você acha que eu as vezes não penso se será o certo, tudo aquilo que sonhei para mim pode não acontecer , mais eu sei a dor que é não ter uma mãe para lhe criar, você todos tiveram a sorte de ter uma mãe por perto , não estou reclamando dos meus pais mais só que ... – abaixei a cabeça e senti alguém me abraçando

- Eu não falei por mal – Kurt disse e eu o abracei , senti sendo abraçada por Quiin e Mercedes e sorri.

- Vamos esquecer essa história? – Quiin disse passando o dedo indicador por baixo do olho retirando uma lágrima

Ficamos o resto da noite conversamos até que cai no sono e deixei eles acordados , quando acordamos tomamos café e eles foram embora , subi me arrumei e liguei para Jesse falando que ele podia ir me buscar, meus pais iriam ficar em casa o dia todo, quando Jesse chegou entrei no carro e ele e levou até a casa de Shelby, quando ele parou o carro olhei para o lado, havia uma grande casa branca, era enorme, ele abriu a porta e eu desci do carro, toquei a campainha e a empregada abriu.

- Amor eu vou ir embora , me liga para vir te buscar ok? – Jesse me deu um beijo e saiu entrando no carro.

Segui a empregada e ela me levou a uma enorme sala de jantar, Shelby estava sentada em uma cadeira com Bethy toda lambuzada de papinha a sua frente

- Rachel, que bom que chegou – ela disse colocando o prato onde havia a comida de Bethy  em cima da mesa e me dando um abraço

- Cheguei cedo? – perguntei encarando Bethy que começou a bater as mãozinhas na mesa

- Não, vou dar um banho em Bethy quer me ajudar?

- Claro

Ela andou até a cadeirinha e pegou Bethy no colo, começou a subir as escadas e eu a segui, entrei no quarto de Bethy junto com ela , era lindo, as paredes rosa claro, um berço branco no meio do quarto com uma poltrona ao seu lado, o armário branco com detalhes rosa e o chão com alguns brinquedos no canto, no teto um céu azul e sobre o berço percebi uma almofada em formato de estrela de ouro, andei até o berço e peguei a almofada.

 - Estrelas douradas- Shelby falou ao meu lado – uma mania minha

Sorri, era uma das minhas manias também

- Pode segurar Bethy?

- Claro – estendi os braços e peguei Bethy enquanto ela separava a roupinha dela, Bethy levantou os bracinhos e passou a mão no meu cabelo sorrindo, ela me lembrava alguém, sentei na poltrona e coloquei ela em pé no meu colo, ela começou a pular enquanto segurava seus bracinhos para ela não cair.

- Pronto você descobriu a brincadeira favorita dela – Shelby disse rindo e pegou Bethy a levando até o banheiro, quando chegamos ela tirou a roupa de Bethy e colocou ela na banheira, fiquei olhando ela dar banho em Bethy, parecia algo tão fácil, Bethy batia os pezinhos espalhando água pelo banheiro, ela tirou Bethy da água e a trocou.

- Ela deve parecer com o pai – disse olhando Bethy toda arrumadinha

- Na verdade Bethy é adotada

- Me desculpe eu não sabia- disse meio constrangida

- Tudo bem

- Cadê sua outra filha? Jesse me disse que você tinha duas

- Rachel sente-se aqui – ela disse apontando para o espaço que havia ao lado dela no sofá – eu não criei minha outra filha, quando fiquei grávida era muito nova , ainda tinha muito o que viver, não sabia se queria ficar com minha filha ou não, a carreguei por nove meses na barriga, e a dei para uma família que parecia ser boa, os pais pareciam ser atenciosos e carinhosos, algo que sabia que não seria, corri atrás dos meus sonhos e os perdi...

- Você deu sua filha? – perguntei sentindo um aperto no coração

- E me arrependi, Rachel venha quero lhe mostrar uma coisa – ela se levantou pegou uma caixa a abrindo , de lá ela tirou um papel – reconhece essa assinatura? – ela perguntou apontando para a assinatura que estava no papel, sabia de quem era , era do meu pai, de um deles, comecei a chorar. – Você é minha filha Rachel – ela  disse me abraçando com força – Me perdoe por tudo – ela sussurrou no meu ouvido.