A Lenda de Jamie Carter escrita por Live Gabriela


Capítulo 9
A notícia


Notas iniciais do capítulo

Capítulo escrito por: Live Gabriela Woiciekoski ^^ e narrado por Jamie Carter



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Acordei sozinha no dia seguinte, e quando me virei Campbell estava me olhando. Como se tentasse ler minha mente. 

- Levanta. É o seu último dia de descanso, partiremos na manhã seguinte.

Fiz que sim com a cabeça. Hum, ele parecia "normal". Não estava mais tão irritado comigo e também não parecia ter visto nada ontem, o que quer dizer que tenho mais um dia de vida.

Esperei Campbell sair da barraca para eu procurar algo para disfarçar meu corpo antes que alguém notasse. Achei umas ataduras velhas que Campbell usava nas mãos. Algumas estavam meio manchadas de sangue, mas eu não tinha escolha.

- Carter! - ouvi Campbell gritar.

Enrolei as ataduras pelo meu busto de um jeito desengonçado por causa da pressa. Logo ele abriu a entrada da barraca.

- Que está fazendo? - disse ele me inspecionando. Ele viu uma ponta da atadura. - O que tem aí?

- Me cortei num galho ontem.

- Num galho?

- Na verdade um espinho, vários deles. De um arbusto.

- Han... Ande logo então.

Fiz que sim com a cabeça e quando ele saiu soltei um grande suspiro de alívio. Escondi as pontas antes visíveis da atadura e arrumei minhas roupas e capa de um modo que cobrissem um pouco mais meu corpo.

Quando saí da barraca Smith e Jhonson estavam "a postos" e fizeram sinal para eu fazer o mesmo. Obviamente obedeci. Vi Mark, Campbell e Hammel com a mesma pose mas um pouco mais à frente de nós. Steve conversava com um outro cavaleiro, não conhecido por mim. Quando estes terminaram a conversa, o cavaleiro se foi e Steve veio à falar conosco.

- Senhores. Acabo de receber a notícia de que um outro grupo de cavaleiros e recrutas foi atacado, e todos, com exceção de um recruta, morreram. Este foi à cidade mais próxima informar o ataque e de lá a notícia se espalhou. O rapaz que sobreviveu não soube dizer quais eram os inimigos, mas disse que eles estavam a caminho da cidade do Rei, ou seja, nosso destino. 

Coração acelerando...

- Os cavaleiros foram atacados em Portsmouth . - continuou.

- Não é muito longe daqui. - disse Mark.

- Exato, e é por isso temos de ir o mais depressa possível. Então arrumem as barracas, peguem a comida e se preparem rapidamente, pois se formos à noite corremos grandes riscos. - disse Steve, que parecia muito tenso.

Enquanto eu desmontava a barraca pude ouvir a conversa de Hammel, Mark e Steve.

- Quantos homens morreram no ataque? - perguntou Mark.

- Ao que sei, dezessete. - respondeu Steve, num tom preocupante e bem mais baixo que o normal.

- E em quantos estavam os inimigos? - perguntou Hammel.

- O garoto não sabia ao certo. Disse que havia mais de vinte quando chegaram, mas que eles conseguiram matar pelo menos uns oito.

- Ainda assim estariam em maior número que nós. - disse Mark.

- Não teríamos chance. - interferiu Campbell que ao que notei também ouvia a conversa. - Olhem para eles - disse apontando com a cabeça para nós, novatos - são patéticos, inúteis numa luta. 

- Não os subestime Campbell. Já fizeram isso com você... se lembra?! - disse Steve.

Campbell não respondeu, apenas o encarou meio cabisbaixo.

- Você acha que eles podem nos alcançar? - perguntou Hammel.

- Eu não sei. O ataque foi há dois dias. Se ficarmos é possível que nos alcancem esta noite. Ou mais cedo até. - respondeu o capitão preocupado.

- Melhor nos mexermos então. Assim arrumaremos tudo mais rápido e saímos bem antes antes do anoitecer. - sugeriu Mark.

Eles se separam e começaram a nos ajudar a arrumar tudo.

- Vão nos alcançar. 

- O que? - me virei e vi que era o Smith que estava agachado do meu lado desprendendo as pontas das barracas.

- Você os ouviu falando. Se estavam em Portsmouth há dois dias, já devem estar chegando aqui. Questão de algumas horas. - disse ele.

- Falem menos e trabalhem mais, ou preferem enrolar aqui e morrer? - disse Campbell sério.

Continuamos desmontando as barracas e  dentro de duas horas estávamos prontos para ir. Colocamos tudo na carroça. Cada um dos cavaleiros tinha seu próprio cavalo. Smith foi guiando a carroça e eu fui ao seu lado. Jhonson foi a pé, armado e "preparado" para qualquer emboscada que poderia aparecer.


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Notas finais do capítulo

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