(No último capítulo):

Edward POV

Depois que Alice saiu do quarto, eu esperei uma hora e saí. Eu peguei o meu carro e fui para o apartamento de Tânia. Assim que cheguei, eu desci do carro.

- Abre para mim aí. – Falei para o porteiro. Eu entrei.

- Boa noite, a Tânia não está.

- Como não está?

- Ela saiu e ainda não voltou. O senhor quer esperar? – Apontou para o banco.

- Não... – Falei bravo. Eu me aproximei do portão e peguei meu celular, eu disquei o número dela, mais não atendeu. – Eu não acredito... Eu não acredito... – Falei sorrindo mais ainda bravo.

Depois de levar um fora da Tânia eu voltei para a casa e fui dormir. No dia seguinte eu fui nervoso para a agência, assim que entrei na sala eu perguntei para ela onde estava mais não me respondeu.

- E então? – Perguntei bravo, ela virou as costas para mim. – Com quem você passou a noite Tânia? – Perguntei puxando o braço dela para virar ela para mim.

- Com o James. – Respondeu, ele trabalhava na agência.

- O quê?

- Não precisa fazer uma cena por causa disso não tá? Nós só saímos para jantar e depois demos uma esticadinha no clube A.

- Foi só isso mesmo?

- Eu já estou fazendo muito em te dar satisfações. Qual é a tua? Eu não estou te entendendo hein Edward. – Falou. - Por que pelo que me consta, nós não temos nenhum trato de fidelidade. – Disse sorrindo.

- Ok, mais custava me avisar? Não é você que adora mandar torpedo? O que custava mandar uma mensagem para mim? Enquanto você estava se divertindo com o James, eu estava tentando me livrar dos meus pais, me livrar da Alice e morrendo de dó de deixar você sozinha no dia do nosso aniversário. – Ela começou a rir. – E no fim a Tânia na gandaia.

- Você sabe muito bem que eu não mulher de ficar desfolhando margaridas enquanto o telefone não toca.

- Eu nem te pediria isso. Mais realmente passou pela minha por um momento... Deixa para lá Tânia. – Falei indo em direção a porta.

- Edward. – Me chamou.

- Tudo bem, eu não vou te encher o saco, tá? Eu só quero ficar na minha.

- A gente tem que tocar a reunião. – Disse alto.

- Toca com o James. – Falei dando um sorriso cínico.

- Opa! Alguém tocou meu santo nome em vão? – Disse aparecendo na porta.

- A Tânia está te esperando. – Falei batendo em seu peito. Depois disso eu saí da sala e fui embora da agência.

Bella POV

Eu estava no quarto de Julius conversando sobre o Edward.

-... Eu vi Julius. Eu vi o Edward saindo de carro, ontem de madrugada para ir atrás da Tânia. – Falei brava andando pelo quarto. – Mais não tem cabimento um negócio desses.  Ele deixar a noiva dele em casa para ir encontrar a amante. Eu vou te contar um negócio, eu me inconformo com um negócio desse cada vez menos com essa história. Eu não aguento! – Falei brava enquanto ele ficava quieto a conversa inteira. – Eu não aguento!

- Bella, o que o Edward fez ou que o Edward deixou de fazer da vida sinceramente não me interessa. – Disse falando pela primeira vez. – Mais eu quero saber o seguinte: por que é que você armou essa situação ridícula de dizer para a Alice que o Edward estava doente Edward? – Perguntou bravo se levantando da cadeira. – Eu não entendo isso.

- Por quê? – Quase gritei.

- É por quê?

- Porque, porque, eu sabia que ele ia sair com a Tânia. – Falei gritando e ele me olhou assustado. – E eu acho um absurdo o que ele está fazendo, por isso que eu fiz isso. – Ele balançou a cabeça. – Aliás, eu não sei o que a Alice e o Edward estão fazendo juntos. Eu não sei, porque eles não se gostam. Ontem a Alice falou para mim, na maior cara de pau, ela olhou para mim e falou assim: que o casamento é mais importante que o noivo, ou seja, se fosse o Edward que ela fosse casar ou o Zé das couves estava ótimo para ela. – Falei brava. – Ela ia colocar o vestidinho dela lindo, ela só quer isso. Ia colocar o vestidinho dela lindo entrar pela igreja e desfilar pela festa e só. Só isso que ela quer. Sabe, não que isso livre a cara do Edward, aliás, isso não vai livrar a cara dele. Só que eu pensava, eu achava que ela era apaixonada pelo Edward. – Falei andando pelo quarto. – Mais nem isso! Nem isso! – Falei rindo.

- O Bella, essa bronca toda que você tem do Edward, sabe a forma como você se refere a ele, como ele te incomoda...

- Julius. – Tentei falar.

- Sabe, o tempo que você perde falando dele, pensando nele. O jeito que você fica o tempo todo, tentando atingir. – Ele começou a estalar os dedos. – Bella, acorda. Acorda! Você está afim do Edward.  – Eu me virei chocada para ele.

- Você tem noção do absurdo que acabou de dizer?

- Não, eu não vejo nenhum absurdo Bella. A forma como fala do Edward, o tanto que você se preocupa com a vida dele...

- Julius, o último homem no mundo por quem eu me interessaria seria o Edward! Eu tenho horror dele.

- Horror! Horror Bella! Sabe que muitas paixões Bella começam com esse horror Bella! – Disse destacando a palavra “horror”. – Duas pessoas se agridem, duas pessoas se detestam e aí minha filha...

- E aí... Que você não sabe o que está falando. Porque mesmo que existisse um sentimento entre nós dois... Olha para mim. Você está olhando para mim? – Perguntei apontando para mim.

- Sim, eu estou. – Respondeu rindo.

- Eu estou grávida.

- Sim, está grávida mais não deixou de ser mulher Bella.

- Olha para a minha situação! Olhe para mim! Eu estou grávida de um homem que eu amava, eu estou vivendo na casa que me obrigam a dizer que o pai de meu filho é outro homem. – Falei brava. – Eu estou fazendo isso tudo para eu proteger o meu filho para não perder ele. Como é que eu vou me interessar por alguém com toda essa pressão? Só se eu estiver louca!

- Bella, foi justamente essa pressão e essa tensão que te deixou mais carente minha amiga, mais vulnerável.

- Para com isso Julius! – Gritei.

- Mais eu estou errado porque que você está tão alterada Bella? – Disse gritando junto comigo.

- Porque eu não admito que você me fale um troço desses.

- Eu acho que você está com medo de falar o que sente.

- Para mim já deu essa conversa. Tá? Já deu. Eu que você está ficando... Que você está ficando... Louco. – Disse ainda brava e apontando para ele. Eu virei as costas para não olha-lo, senti ele pegando minha mão e me puxando até o sofá.

- Eu não estou ficando louco.

- Hmmm...

- Inclusive você acabou uma coisa interessantíssima Bella. Você se referiu ao Jacob como o homem que você amava. Amava. Amava é o passado.

- Claro! Mais é claro que eu falei! O Jacob... É lógico que o Jacob faz parte do meu passado. É lógico. Depois de tudo o que ele fez você queria que eu falasse o quê? Que ele é presente?

- Bella, é mais do que isso. – Disse rindo. – Você está começando a apagar o Jacob do seu coração. – Falou feliz e eu o olhei indignado. – E sinceramente minha amiga eu acho que o Edward está ligado a isso.

- Julius para mim já chega desse assunto. Deu. – Ele olhou para mim e levantou os braços como se estivesse se rendendo. – Olha aqui ó, você não está falando coisa com coisa. – Falei me levantando para ir para o meu quarto. – Coisa com coisa, você simplesmente está ficando louco. – Eu fui para o meu quarto e peguei umas fotos que eu tinha, estava eu e o Jacob em Forks, nós dois felizes. Depois de um longo tempo vendo e revendo essas fotos senti Julius se aproximando e se sentando no chão comigo.

- Bella... – Eu olhei rapidamente para ele mais logo voltei para as fotos. Eu estava brava demais para falar com Julius nesse momento. - Desculpa... Eu não quero que você fique chateada comigo. Sei, eu exagerei, peguei pesado. Desculpa-me. – Disse com lágrima nos olhos, eu olhei para ele e comecei a sorrir. Eu peguei sua mão e dei um rápido beijo.

- Em uma coisa você tem razão... – Falei olhando para as fotos novamente. – Eu estou começando a me esquecer do Jacob. Tão estranho sabe? Tão estranho. Eu olho para essas fotos e é como... Ela estivesse se apagando, entendeu? Tem que fazer um esforço imenso para lembrar-se das feições dele. Você entende? – Falei com muitas lágrimas nos meus olhos.

- Bella isso quer dizer que as lembranças do Jacob agora estão na sua cabeça e não está mais no seu coração.

- Mais uma parte de mim não quer esquecer Julius. Sabe uma parte... – Tentei continuar. – Depois de tudo que ele fez comigo, mesmo que ele tem feito muita coisa comigo é o pai do meu filho. Sabe que foi gerado um momento de amor, é uma parte que quer e a outra não.

- Você ainda está magoado com o Jacob Bella? – Eu larguei as fotos em cima da cama e olhei para Julius.

- Não. Agora eu só tenho raiva, eu não queria sentir isso Julius. – Falei passando as mãos em meus cabelos e chorando. – Mais eu tenho tanta raiva, tanto ódio sabe? É tanta emoção junta... É tão confuso... Eu me sinto tão perdida... Eu tenho medo... – Solucei, Julius pegou minha mão para me acalmar.

- Bella olha, aconteceu coisa demais em tão pouco tempo. Mas você vai superar porque você é forte. – Eu balancei minha cabeça concordando. – A tempestade vai passar e a gente vai sobreviver juntos minha amiga. – Disse sorrindo.

-          Ai Julius que bom que você está aqui. – Falei ainda chorando e indo para o seu colo. Ele deitou minha cabeça em seu peito e beijou minha bochecha. Nós ficamos mais um tempo juntos quando eu resolvi descer e fazer o tricô. Eu estava fazendo quando Edward chegou bravo.

-         Melhorou da gripe? – Perguntei rindo.

-         Realmente teu cinismo não tem limite, não é?

-         Falou o especialista no assunto.

-         Vem cá... – Disse jogando a blusa no meio da escada e vindo para ficar na minha frente. – Você não tem vergonha de ficar se metendo na vida dos outros? E quem te deu o direito de mexer no meu celular? – Eu me virei brava para ele.

-         Quem disse que eu mexi no seu celular?

-         Vamos fazer o seguinte Bella... Jogo aberto, ta bom? – Falou sentando-se à mesa que estava na minha frente. – Eu sei que é difícil para você, mas vamos tentar. – Disse. – Você não chamou a Alice aqui pra fazer uma brincadeirinha. Você sabia eu estava fazendo.

-         Ah é? Por quê? – Perguntei me levantando do sofá.

-         Você sabe que eu tenho um caso com a Tânia. – Falou se levantando também e ficando novamente de frente para mim. – Não sabe Bella?

-         O quê? Você tem um caso com a Tânia? – Falei colocando a mão na boca fingindo estar indignada e saindo de perto dele. – Ahhh...

-         Bella para ser sonsa! – Disse me interrompendo o que eu ia dizer. – Você leu a mensagem, sabia que eu ia sair daqui para me encontrar com ela. A pergunta é: a quanto tempo você está sabendo?

-         Digamos que nem você e nem ela são muito discretos.

-         Ah, então é por isso que você está me tratando assim?

-         Você acha pouco Edward? Enganar a Alice? Uma mulher tão legal desse jeito. – Falei brava. – Eu não consigo te entender. Não consigo te entender... Se você gosta tanto da Tânia, por que você não casa com ela? Sabe, por quê enganar a sua noiva desse jeito?

-         Era só o que me faltava... Eu dando satisfação pra você. – Disse rindo e saindo da sala. Mas eu coloquei minha mão em seu peito para impedir que saísse.

-         Eu só estou querendo entender. É só isso. – Falei. – Por quê você faz isso? Para poder alimentar sua vaidade? É isso que te move?

-         E que te move? Fala pra mim. O que te trás nessa casa? – Disse bravo. – E por quê você aceitou a dizer que esse filho é do meu irmão?

-         A gente não está falando de mim.

-         - A situação é a mesma.

-         Ah, mas não é mesmo! Não é mesmo. Se eu estou nessa casa... Se eu topei essa mentira é porque eu tinha motivos muito fortes para isso. E você? Que motivos você tem para enganar a Alice? Nenhum.

-          Vamos fazer o seguinte... Você cuida da sua vida e eu cuido da minha, ok?

-          Você não sente remorso de fazer isso com a sua noiva? Não é possível!

-          Você nunca se importou com Alice! Seu negócio é ver o circo pegar fogo! – Gritou. – Pelo o amor de Deus. – Falou se virando. – E fique esperta, se você me arrumar um... – Disse fazendo o número com o dedo. – Um. Eu arrumo um monte para você. – Disse perto de meu rosto. Ele se virou e começou a subir as escadas quando falei:

-          Você não gosta da Alice! Aliás, nem da Tânia. Você não gosta de ninguém Edward. – Falei e ele começou a rir. Ele se virou e suspirou.

-          Você acha que sabe tudo sobre mim, não é? – Eu balancei os ombros. – Mas de mim você sabe tanto quanto eu sei de você. Ou seja: nada. Cada um fica na sua. – Disse. Ele pegou a blusa e saiu me deixando sozinha.

-          E o Julius ainda acha que eu gosto desse menino. – Sussurrei.

Depois de um tempo Esme me chamou até o quarto do bebê para ver o bercinho do bebê

-          Eu não acredito dona Esme. – Falei sorrindo. – Esse era o bercinho do Osman? – Perguntei sorrindo.

-          É. Ah se você entrar naquele depósito vai encontrar toda a infância do Osman e do Edward lá. Ai eu lembro do bercinho e pensei em mandar reformar para o seu filho. – Disse feliz. – O que você acha?

-          Eu acho... Ótimo. – Falei. – Eu vi umas fotos do Osman quando ele era criança, uma belezinha. – Falei rindo. – Tem até uma foto dele nesse bercinho. – Falei apontando.

-          Sabe, que ele adorava dançar quando era bebê? – Eu sorri surpresa e vi Edward entrando no quarto. – É, ele segurava assim no bercinho e ficava mexendo o corpinho de um lado para o outro. Foi daí que surgiu o apelido dele. Ah, mas ele ficava furioso quando nós o chamávamos ele pelo o apelido de infância.

-  Que você naturalmente sabe qual é. – Disse Edward de repente. – Não sabe Bella.

-  O que? – Fiz de desentendida.

- O apelido do Osman. Todo mundo sabe. – Falou balançando os ombros.- Quer dizer que você não sabe qual é?