As Katsuras ainda permaneciam no café em frente às três novas empregadas.

Sendo Frizu Luna a empregada baixinha e albina, Shintani Yuki a empregada que parecia bastante com um homem, ou melhor, chegava a ser duvidável a aparência dela, e por fim a aluna Jackeline Robert, aluna do Ouran e conhecida das trigêmeas.

Ambas já se mantinham preparadas em seus postos para abrir o café Heart Latte. Yuki percebeu certa agitação em Kuki e chegou perto dela sorrateiramente.

            Yuki: Kuki.

            Kuki: KYAHH!!! – Fica azul de espanto – Ah-h! Y-Yuki-chan?!

            Yuki: Desculpe o susto.

            Kuki: “Susto”? C-Claro que não!! – Com uma das mãos no coração para deter as palpitações – O que quer?

            Yuki: Bem... Eu iria dizer para que relaxasse, mas com esse susto que eu te dei você não irá relaxar mesmo – Riso – Perdoe!

Kuki corou um pouco e riu junto da outra, vendo a face da garota de perto até que Yuki era realmente uma garota, tinha cílios longos, um cabelo mais curto do que as outras, mas não deixava de ser um cabelo penteado, até mesmo seus olhos eram grandes e negros, se fosse contar pelo tamanho os olhos da garota se assemelhavam muito com os de Haruhi, com exceção da cor mais escura.

            Kanjo: Certo garotas, vamos abrir! Lembrem-se dos cuidados com os clientes!

            Todas: CERTO!

Yuki se ocupava com a entrega de pedidos, indo direto da cozinha (onde Moumi e Kanjo cozinhavam) até o balcão, Luna e Jackeline atendiam os clientes e também eram quem arrumavam todos os produtos que os fornecedores traziam, as trigêmeas apenas atendiam os clientes, mas Keki era quem cuidava de limpar o café alguns minutos antes do encerramento dos turnos.

O sino que alertava a entrada de algum cliente soou e todas as garçonetes se alertaram com automáticos sorrisos no rosto.

            Todas: Irasshaimasen!

Eram um grupo de jovens garotos, todos carregaram os olhos com um brilho intenso e olharam para as garçonetes, os novatos cobriam o nariz para não terem alguma hemorragia nasal, os outros apenas sorriram de forma apaixonada para as garçonetes.

            ?????: Olá garotas! Trouxe uns amigos hoje se não se importarem!

            Luna: Oh, claro que não nos importaríamos!! ~~ Por favor, sentem-se.

Luna teve todo o seu aspecto frio e calculista quebrado naquele instante. Era outra pessoa! Só podia ser! Parecia uma criancinha de dois anos ou até mesmo o Honey.

            Kuri: Desejam alguma coisa?

Kuri sorriu para os clientes com aquela sua personalidade calma, não é que fosse uma garota bipolar ou nervosa, ela apenas era... Calma quando conseguia algo para fazer sem interrupção de Kyoya, suas irmãs, Tamaki ou Kaoru.

Mais clientes vieram e depois desses mais vários, o café estava lotado agora e as trigêmeas já estavam se acostumando com tudo aquilo.

            Moumi: Viu Kanjo-san? – Observando as Katsuras por uma janelinha da cozinha – Elas aprendem rápido!

            Kanjo: Sim, sim, peço mil perdões por ter pensado que eram incapazes... Talvez fosse apenas inveja.

            Moumi: Ah! Vamos lá Kanjo-san! Você é nossa amiga, não deve sentir inveja de novas empregadas  =3

            Kanjo: ... Okay. Elas... Me parecem boas pessoas.

Moumi riu com aquele seu sorriso confortante, seu uniforme era o mesmo das garçonetes, mas com todos os detalhes em branco.

Yuki entrou na cozinha pronta para pegar novos pedidos e com um sorriso esboçado nos lábios.

            Yuki: Hoje vai ser um dia daqueles! – Pega três milkshakes de uma só vez.

            Moumi: As vezes me pergunto como você consegue pegar tanta coisa... O_O

            Yuki: Sou forte ;)

Moumi refletiu um pouco consigo mesma, Yuki era uma garota, claro, nunca se vira homem com um tamanho de seios como aqueles, mas seu rosto era muito diferente de uma garota, talvez ao longe parecesse até algum integrante de bandas de Rock. Era uma impressão bastante diferente.

            Kanjo: Yuki-san não é homem?

            Moumi: Não seja tola Kanjo-san! Ela se troca no vestiário feminino XD

            Kanjo: ... Oh... Certo, certo e_e

A dona do café riu como louca e logo voltou à atenção ao forno que apitava para retirar alguns bolos. O café não era um dos piores lugares do mundo no fim das contas, era um bom trabalho extra.

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            No Host a situação era diferente. Todos os hosts ainda estavam no colégio para arrumar os preparativos para o baile do Dia das Bruxas. O evento aconteceria no próximo dia e infelizmente as Katsuras não poderiam comparecer a ele.

Hikaru, Kaoru e Kyoya pensavam direto no assunto e não paravam de se distrair com o que quer que fosse para pensar nas trigêmeas. Seria algum assunto importante de família que elas deveriam tratar? Será que estavam namorando com algum menino de outro colégio? Não era possível que fossem visitar os pais no Dia das Bruxas, elas mesmas disseram que iam visitá-los apenas em eventos importantes, e seriamente, o Dia das Bruxas era um festival, não algum evento animador.

            Tamaki: Hum... – Chega perto de Haruhi e coloca o queixo apoiado em seu ombro – Filhinha, você sabe alguma coisa das três?

            Haruhi: E-Eu posso confirmar que não sei o que as fez faltar no Host hoje. É realmente muito estranho que queiram visitar os pais no Dia das Bruxas.

            Tamaki: Se até você está suspeitando do assunto então há algo de errado.

            Honey: S-Será que elas estão sendo ameaçadas por algum maníaco tarado?!?!?

            Hikaru: H-Honey-senpai!! N-Não diga coisas tolas!

            Kaoru: I-ISSO AÍ! N-Não deve ser nada!! – Sorriso falso.

            Honey: Mas e se for verdade?

            Tamaki: ELAS ESTARIAM SENDO LEVADAS PARA ALGUM CATIVEIRO AGORA MESMO!!!
            Hitachiins: E TORTURADAS POR ALGUM LUTADOR DE SUMÔ!!! D:

            Haruhi: Deus... – Facepalm – Não comecem a dizer bobagens. Acham mesmo que trigêmeas treinadas em artes marciais e loucas do jeito que são iriam ser rendidas enquanto vinham pelo caminho seguro do Ouran? ¬¬

            Todos: ...

            Haruhi: Então não inventem historinhas.

            Mori: Hun – Acena positivamente com a cabeça – Haruhi-san está certa.

(N/A: Ele falou ;A;)

            Kyoya: Eu suspeito ser algum tipo de evento em família, talvez algum jantar com alguém importante.

            Kaoru: Você está supondo que elas estão em outro baile...

            Hikaru: E estão dançando...

            Hitachiins: Com outros caras? +__+

Kyoya refletiu e seus olhos faiscaram, o caderninho foi fechado com violência em sua mão ao ponto de todos se afastaram um metro da aura negra que ele expandia de si. Haruhi não sabia o que fazer, ou se enforcava todos os Hosts, ou se dava um grito e matava todos, ou se simplesmente ligava para as Katsuras. Escolheu decentemente a última opção. Tirou do bolso seu celular de marca humilde e discou o número da mansão dos avôs delas.

            Haruhi: Hum... – Atende – Moshi moshi, aqui é Haruhi.

            Avô: Haruhi? Oh, sim! Haruhi-san há quanto tempo!

            Haruhi: Há quanto tempo mesmo Katsura-san, pode me responder onde estão as três?

Silêncio.

            Haruhi: Katsura-san?

            Avô: Elas estão na... Casa da prima delas (isso!), elas estão lá mesmo!

            Haruhi: Qual prima?  

            Avô: Ahm... V-Você não conhece.

            Haruhi: Katsura-san.

            Avô: Hai.

            Haruhi: Diga-me logo onde elas estão.

            Avô: ... Eu já disse.

            Haruhi: Mas senho-...! – Sua voz foi cortada pelos incessantes “bips” do fim da chamada – Droga!

            Tamaki: Algo errado?

            Haruhi: O avô delas disse que elas estão com uma prima delas.

            Kyoya: Não vejo problema nisso.

            Haruhi: A prima delas morreu antes mesmo delas nascerem ¬¬

Todo o Host se espantou e pulou para mais perto de Haruhi para ouvir explicações mais claras.

            Kaoru: Mas elas disseram que iam visitar os pais!!

            Tamaki: Tem algo de errado aqui!

            Mori: Muito errado.

            Tamaki: Temos que vê-las!

            Hikaru: ISSO! Não podemos deixar que integrantes do Host caiam em perigo!

            Honey: Hai! É nosso dever ajudá-las.

            Kyoya: Esperem para amanhã então.

            Todos: O quê?!?

            Kyoya: Temos um baile. Esqueceram?

            Honey: M-Mas e se elas estiverem presas?!? – Choramingando enquanto Mori acaricia-lhe a cabeça.

            Kyoya: Não estão presas coisa alguma. Amanhã vocês comprovam com elas.

            Honey: Mas...!

            Kyoya: SEM “MAS”!

Honey começou a chorar e Mori o colocou em seu ombro esquerdo enquanto mandava energias de culpa para Kyoya, mas este estava muito concentrado nos seus deveres para notar certas energias.

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            Todos os alunos do primeiro ano já estavam na classe. Que agora mais parecia um quarto enorme e decorado ou alguma balada temática. A sala ainda estava dividida em dois e as Katsuras chegaram bem na hora em que o professor começava a chamada.

            Hikaru (sussurro): Onde vocês estavam?

            Keki (sussurro): Primeiro fomos nos desculpar com Tamaki-senpai, então fomos correndo até a classe.           

            Kaoru (sussurro): E ontem?

            Kuki (sussurro): Foi um jantar em família.

            Hikaru (sussurro): Bem que eu sabia.

            Hitachiins: Menos preocupação. ^^

            Kuri: “Preocupação”? O que vocês querem dizer com isso?

            Hitachiins: Nada~~~

            Kuri: Não me digam que achavam que havíamos sido sequestradas, colocadas em cativeiro e sendo espancadas por lutadores de sumo.

            Hitachiins: ... Sim.

            Kuri: Jesus... – Facepalm.

O professor logo começou a dar as instruções para os alunos que haviam faltado na aula passada e logo os dois grupos se dividiram novamente, o primeiro grupo já estava terminando de forrar as paredes de preto e pintar pequenas “assombrações”. Haruhi dava as instruções certas para cada grupo e Kuri, percebendo que sua amiga de infância havia se saído bem no papel de representante de classe, foi checar o segundo grupo.

            Kuki: Nee-chan? Não vai ajudar seu grupo? – Perguntou calma enquanto arrumava alguns figurinos junto de Kaoru.

            Kuri: Não, não. Hum... Vocês estão precisando de alguma ajuda?

            Kuki: Bem... – Vaga os olhos pela classe – Acho que... Não.

            Kuri: Ah, okay. Vou andar pelos corredores então.

            Kaoru: O professor vai brigar com você ¬¬

            Kuri: Eu tenho a desculpa de que estava buscando cola quente ^^

            Kaoru: Mas já temos cola quente.

            Kuki: Não temos mais... – Mostra tubo de cola quebrado.

            Kaoru: Eh?! Kuki! Como quebrou?

            Kuki: Eu sentei em cima T0T - Correndo em círculos enquanto sai fumaça do traseiro.

Kuri observou a cena muito tensa entre sua irmã e o... “Amigo” dela.

Não demorou para que abrisse a porta da classe e fosse passear pelos enormes corredores e escadarias, apenas por diversão.

            Kuri: Ahh~~ Ar puro!

A garota respirou fundo e soltou o ar com vontade. Fitou os olhos em cada detalhe da escadaria e acabou cansada, sentando no último degrau que ficava de frente ao banheiro feminino.

A jovem esticou o corpo e ficou deitada na escada, a luz dos lustres atrapalhava sua visão e sua mão direita cobriu seus olhos para impedir a claridade. Não dera muito resultado, mas era apenas um pequeno descanso depois de ontem ter sido o primeiro dia de trabalho e parecia que seria o mais cansativo de todos.

            Kuri: Por que eu não morro logo? – Suspiro.

A claridade que batia fortemente nos olhos da Katsura diminuiu repentinamente, ela estranhou e retirou sua mão direita de seu rosto dando de cara com Jackeline, a estudante estrangeira do Ouran e a colega de trabalho das trigêmeas Katsuras.

            Jackeline: Kuri-san?

            Kuri: Ah... Ah! – Levanta o corpo e continua sentada no degrau – Jacke-san! – Sorriso.

            Jackeline: Olá! O que está fazendo aqui por acaso?

            Kuri: O que VOCÊ está fazendo aqui. Você não é do colegial! É do último ano não?

            Jackeline: Oh, sim... É que é recuperação e eu não fiquei em nenhuma matéria.

            Kuri: NENHUMA? Você é inteligente! Eu achava que só eu não ficava de recuperação! ;D

            Jackeline: Haha! Pensou errado.

Jackeline olhou em volta para verificar que nenhum professor estava ouvindo a conversa e sentou-se no mesmo degrau onde Kuri estava, ficando ao lado direito da jovem.

            Jackeline: Por que está aqui?

            Kuri: O primeiro ano fará um “teatrinho” de Halloween.

A estrangeira segurou o riso.

            Jackeline: V-Você será a bruxa?

            Kuri: EI! – Olhar feroz.

E logo as duas caíram na gargalhada. Ambas olharam em volta e nenhum professor parecia ter ouvido.

            Kuri: Sinto saudades da escola. Você entendeu não é? Saudades dos anos de escola...

            Jackeline: Oh sim. Deve ser difícil o colegial.         

            Kuri: Hum... Talvez. Não senti ainda a mudança sabe? – Riso.

            Jackeline: ...

            Kuri: Jacke-san.

            Jackeline: Sim?

            Kuri: Algum problema?

Jackeline soltou um suspiro preocupante e refletiu por segundos antes de dar uma resposta.

            Jackeline: Você é amiga dos Hitachiins, não é?

            Kuri: DEUS ME LIVRE!

As duas riram juntas novamente e Kuri limpou algumas lágrimas de riso.

            Kuri: Ah. Pode-se dizer que sim.

            Jackeline: Então... Posso te contar um segredo?

            Kuri: “Segredo”? Claro.

            Jackeline: Não é um segredo... Talvez seja apenas uma lembrança.

Kuri tomou mais atenção à conversa e ouviu cada palavra que a estrangeira contava, Jacke parecia apreensiva, sempre olhando de um canto ao outro para ver se ninguém estava escutando e às vezes chegava a falar em murmúrios.

Começou com uma história calma de como havia conhecido o Ouran, de como sua vida era um mar de rosas, seus pais eram ricos e nunca tinham problemas em família, Jacke sempre fora feliz, mas o seu sonho era o de viver um romance no colégio. Nunca parava de ler livros de romance das quais o amor sempre triunfava no final, principalmente porque era americana e sempre sonhava alto.

A história foi boa e cheia de emoção, Jackeline não parava de contar os inúmeros sonhos que tivera com um rapaz de cabelos ruivos, porém nunca conseguia ver o rosto do garoto.

Foi há aproximadamente dois anos atrás, ela havia entrado no Ouran por tempo limitado até seu pai conseguir resolver os problemas em seu país. Foi nessa parte da história que Jacke suou frio e cobriu o rosto vermelho com as duas mãos. Kuri não precisava ser nenhuma vidente para saber que o assunto perturbava a garota.

            Kuri: Pode dizer. Não contarei a ninguém.

            Jackeline: Eu confio em você. Só não consigo... Falar.

Kuri fitou a jovem e encorajou-a. Jacke deu um suspiro derrotado e começou a contar de onde parara. Contou que havia conhecido o tal rapaz que sonhava, ele era dois anos mais velho que ela, chegou a detalhar todas as características dele e por fim chegou ao objetivo.

Estava lá, uma garota do 7º Ano de aparência bastante jovem, disse até que seus cabelos eram menores na época e então detalhou cada segundo do seu pesadelo, de como o garoto havia enganado ela com seu irmão gêmeo, de como sua carta de amor havia se tornado migalhas, tudo em detalhes. Chegou até o ponto que teve que terminar a história para dizer por fim os tais nomes.

            Kuri: O-O quê?! JACKE! I-Isso é verdade...?

Jackeline assentiu.

            Kuri: Aqueles dois...! – Rangeu os dentes com fúria – Eu mato aqueles dois!!!

            Jackeline: Não! Por favor, não conte a eles!

            Kuri: Eles não sabem que você está aqui?

            Jackeline: Me mudei de escola depois de duas semanas. Nem se quer lembram-se do meu rosto, eu mudei muito!

            Kuri: Está bem, mas eles ainda vão pagar caro!

Jacke não sabia se chorava, gritava ou saia correndo. Não era fácil contar um episódio tão secreto de sua vida para uma garota que conheceu a menos de uma semana após seu retorno na antiga escola.

            Kuri: Vamos.

Jackeline acordou de um sono profundo em uma viagem em suas memórias e encarou a garota de cabelos castanho-escuros com curiosidade. Só depois percebeu que ainda estava sentada no degrau da escadaria. Levantou em um salto exagerado, se despediu e saiu correndo até sua classe antes que o professor chamasse a policia para procurá-la.

A Katsura ficou por lá. Afundada em memórias e sentindo um nojo gigante daqueles dois gêmeos. Nunca fora com a cara deles, mas agora sentia nojo, ou talvez eles fossem arrogantes apenas na adolescência? Era impossível saber naquela situação.

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            O primeiro ano já havia terminado todo o seu trabalho e aquele era o grande dia do festival de Halloween, no dia seguinte iria ser o baile do Host, mas por ora era apenas um trabalho colegial.

Kuri estava vestida com uma longa capa preta e um livro com um símbolo de bruxaria na mão direita, usava lentes vermelhas e uma vassoura na mão esquerda para realçar a realidade de ser uma bruxa, Keki estava vestida de vampiro, com lentes vermelhas mais intensas e cabelos presos em uma peruca negra com detalhes, Kuki estava mais solta, seu vestido de noiva cadáver parecia ter sido destruído por leões selvagens e sua maquiagem parecia borrada por lágrimas. Os gêmeos se vestiam iguais, ambos de múmia, e Haruhi estava igualmente como Kuri, só que sem o livro de bruxaria na mão, e por fim, Nekozawa estava com sua mesma aparência assombrosa.

            Haruhi: Vamos pessoal! Tudo está pronto? Então vamos abrir nossa apresentação!

E a classe exaltou-se com um “grito de guerra”.

A apresentação foi totalmente como o planejado, ou melhor, chegou a corresponder mais do que o esperado! Haruhi sorria consigo mesma vendo os garotos e garotas tão divertidos no trabalho de assustar os penúltimos anos e o segundo e terceiro ano colegial. Até mesmo as trigêmeas se divertiam com o ato de espantar as garotinhas! Haruhi apenas estava coordenando tudo, mesmo que estivesse vestida para a ocasião.

O cenário era bem clássico. O primeiro grupo, da entrada, fez uma espécie de castelo mal assombrado, tinha os fantasmas, quadros com pessoas se mexendo ao fundo de forma artificial e tudo quanto é material. O segundo grupo fez um enorme túnel que dava a uma sala de tortura, com direito a guilhotina de vidro, mas era apenas para decoração, tinha até um aviso alertando para que não tocassem. Tudo estava indo muito bem.

                     Kuki: É tão bom ver que todos estão se divertindo! ;3

                     Kaoru: Sim, sim!

                     Kuki: Será que faremos algo assim no ano que vem?

                     Kaoru: Depende da criatividade de Haruhi-kun XD

                     Kuki: HAHAHA! É mesmo!

A conversa dos dois foi um pouco mais longa do que o esperado. Kuki ouviu alguns barulhinhos de sussurros do outro grupo, parecia que algumas visitantes estavam querendo soltar a guilhotina devagar para ver como ficaria. Kuki, vendo que ninguém havia ouvido, foi até o outro grupo e viu que uma garota segurava a corda da guilhotina enquanto outra tentava tirar uma foto.

A mais nova das trigêmeas saiu em disparada para tomar a corda das mãos da garota e não fazer com que o vidro da guilhotina se espatifasse por acidente, porém antes que ela conseguisse fazer isso, uma das mãos da garota que estava segurando a corda escapou, a guilhotina de vidro (frágil) desceu violentamente contra o toco de madeira e causou um forte estrondo lançando inúmeros cacos de vidros para todos os lados e como consequência em Kuki também.

                     Haruhi: KUKI!