Nem acreditava que fazia seis meses que estava com Bill, estava amando a cada momento, a cada segundo ao seu lado, era como estar em um sonho apesar de nesses últimos dois meses estarmos um longe do outro por causa das tunes, conversávamos todos os dias, mesmo que seja para dar bom dia ou boa noite ou palavras rápidas.

Hoje é o dia mais esperado, Bill está voltando da turnê, só de pensar que eu vou vê lo meu coração dispara de alegria, andava pela casa ansiosa mais um pouco Carol ficava atônita comigo, isso se já não estava.

A cada minuto Cah olhava para o relógio parecia que ia sair, acho que ela vai buscar o Ge, apesar de serem “amigos” davam uns beijos de vez em quando ainda acho que Georg está enrolando – a

—Ann, seu celular tá tocando— Cah gritou da sala sem desviar o olhar da TV

—Alô?

—Oi meu amor.

—Bill, já está voltando?— disse entusiasmada.

—Hã... — ouvi uma voz no fundo parecia ser de uma mulher apressando Bill no telefone— Está bem

—O que foi?

—Não vou poder voltar hoje, tenho uns assuntos a resolver, talvez eu chegue amanhã de noite.

—Serio?— disse desapontada— Tudo bem então. A gente se amanhã, se você quiser que eu vá te buscar no aeroporto é claro.

— Me desculpa Ann. Tenho de desligar

—Ok— desliguei o celular e me joguei no sofá com a cara triste— Cah, sinto muito, mas tu não vai ver Ge hoje.

—Quem disse? To indo buscar ele no aeroporto, se não me engano Nathy também.

Hã como assim Ge e Gust estão chegando e Bill não? Ele disse que chegaria na noite do dia seguinte, o que está havendo por que Bill iria mentir para mim ou se é que está mentindo. Aposto que Tom deve estar no meio disso tudo, por mais que seja irmão do Bill não confio nele.

Passava das oito da noite e Cah nem tinha voltado.

—Boa noite meu amor— Bill dizia alegre.

—Boa noite— disse seca.

—O que foi Ann aconteceu algo? Ou ainda está chateada?

—Bill se eu fosse contar as coisas tu terias de ficar horas me ouvindo.

—Ann esta tudo bem com você?

—Claro que estou bem.  Georg e Gustav já chegaram suponho que os seus “assuntos” não são da banda.

— Assuntos pessoais Ann eu sinto muito se você não confia em mim. Preciso desligar.

Ótimo agora ele pensa que não confio nele, mas foi o que deu a entender. Como pode existir tanta burrice e idiotice em uma unica pessoa?! 

Georg

Enfim de volta á Hamburgo não via a hora de chegar em casa e tirar essa roupa e colocar uma mais confortável. Carol foi me buscar no aeroporto e estava linda como sempre, na verdade ela é linda ao menos para mim. Ela me recebeu com um beijo na boca, é para quem é só “amigo” receber beijo na boca nem parece. Mas eu gosto disso apenas com ela. No caminho de casa colocamos algumas conversas em dias que não dava para falar na viagem.

—Ge posso lhe fazer uma pergunta?

—Claro— continuei olhando para á frente só de vez em quando a olhava.

—Por que Bill e Tom não voltaram?

—Bill teve uma pequena intoxicação e depois teve alergia, era pra eles terem vindo, mas o medico não o liberou. Ele chegou a comentar que voltaria amanhã á noite— me encarou quando parou no sinal— Por quê?

—Nada, curiosidade.

Parei em frente de casa abri a garagem e coloquei o carro para dentro, depois peguei as mala e com a ajuda da Cah levamos as malas ate o meu quarto, voltamos para a sala e ficamos conversando, há tantas coisa que eu gostaria de falar a ela, mas que eu tenho medo de dizer e depois me arrepender.

—Carol.

—Sim.

—O que eu sou para você?

—Uma pergunta estranha de se dizer, mas você é meu amigo.

—Apenas um amigo?

—Não se á aonde quer chegar Georg!

—Acho que sabe sim.

Fui chegando cada vez mais perto e a fiz me encarar, olhei em seus olhos acariciando seus cabelos sedosos e macios com cheiro de rosas.  Aproximei meu rosto e a beijei.

—Você gosta de mim?

—É claro que não, somos amigos, não poderia ser mais que a sua amiga isso é impossível. Quer o dizer é claro que eu gosto de você!

—Namora comigo?—falei em seu ouvido, então ela me beijou como um sim.

—Sim— enlaçou os seus braços e nos beijamos e logo foi interrompido com meu celular tocando.

—Desculpa— disse a Carol— Alô.

—Georg é o Bill.

—Ah, oi Bill como você tá?

—Agora melhor, amanhã cedo eu saio do hospital. Será que poderia conversar com a Ann?

—Por quê?

— Queria que descobrisse o que ela tem, ela ta chateada comigo por não ter voltado hoje e tem algo a mais só que não sei o que é.

—Não contou a ela que estava no hospital?

—Não! Ela iria ficar preocupada.

—Ok.  Só isso?

—É sim, vou desligar, as enfermeiras estão me irritando para desligar o celular— Riu— Tchau.

—Georg preciso ir, está ficando tarde.

—Eu vou junto preciso falar com a Ann, Bill acha que ela tem algo e que não quer contar.

Carol

Em casa estava tudo escuro, Ann deveria estar dormindo ou algo assim, abri a porta e dei espaço para o Ge para entrar.

—Ann?— disse enquanto acendia as luzes— Acho que está dormindo, vou lá em cima. Fica a vontade.

—Ok.

—Ann?— entrei no quarto e acendo a luz.

—O que foi Carol— disse com a voz sonolenta.

—Está com muito sono?

—Não muito, por quê?

—Georg quer falar com você

—Já desço em um minuto.

Desci as escadas e fui me encontrar com Georg na sala, não demorou muito e Ann já estava presente. Realmente ela estava dormindo com os olhos vermelhos quase não abriam o rosto marcado e bocejando a todo o momento. Que droga bocejo passa.

—Então?— sentou no sofá e nos encarou.

—Ann, você confia no Bill?

—Confio, mas por quê?

—Não é o que parece pelo que me contaram você estava desconfiada e não acreditou em suas palavras. Por quê? Tem medo de quê Ann? De que ele te traia?— Ge riu de deboche e pelo visto Ann não gostou— Bill não seria capaz disso. Se for o que pensa. Acho que nesses seis meses de namoro deveria saber. Se ele está com você é porque ele gosta de ti, se não nem te teria “dado bola”. Ah estava esquecendo, Bill estava no hospital, teve uma pequena intoxicação e alergia por isso não veio hoje.

—E por que ele não me disse?

—Não queria te deixar preocupada e depois você se mostrou insegura com ele.

— Ah não tive culpa, Tom estava apressando ele... Ah esquece.

—Eu preciso ir. Tchau.

—Eu te acompanho até a porta— sorri.