Medal Of Honor escrita por mah_veh


Capítulo 1
Prólogo




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Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

“Guerra será sempre a escolha de quem não precisará lutar.” Bono Vox.

O primeiro dia de julho nasceu bonito, o céu estava aberto e claro, sem nenhuma nuvem, e mesmo sendo 8:00 da manhã, o dia já estava quente.

Depois de tomar uma caneca de café preto e amargo, fumar meu cigarro do dejejum e brincar com o cachorro, resolvi parar de enrolar.

Peguei o a chave da Range Rover e meu livro, que estava em cima da mesa da cozinha. Respirei fundo, sabendo que eu precisava mesmo fazer aquilo e me dirigi para a garagem.

Ao ligar o carro, o som do mesmo ligou automaticamente, e uma antiga música sobre a guerra começou a tocar. Meu sorriso saiu nervoso, vendo a ironia daquilo, e de novo precisei respirar fundo para seguir caminho.

Quando parei o carro no estacionamento e encarei o lugar, pensei seriamente em dar o fora dali, mas minhas pernas pareceram criar vida própria e quando dei por mim, eu já estava lá.

Fiquei por um tempo paralisado ao ver aquela imagem que eu não via a exatos dois anos.

Da ultima vez que a vi, o dia também estava bonito, o céu também estava aberto e claro e o sol estava de escaldar.

Tinha plena certeza que poderia viver mais cem anos, e mesmo assim eu jamais me esqueceria do dia em que vi aqueles olhos verdes abertos, pela ultima vez.

- Olá capitão. - Murmurei me aproximando. - Me desculpe por só ter vindo hoje, é que é tão difícil fazer isso. - Fechei os olhos e respirei fundo, engolindo o choro.

- Vim aqui cumprir o que eu prometi a senhora. Eu escrevi meu livro, ele vai ser publicado.

Como a senhora me fez prometer que seria a primeira a ler, vim ler a primeira copia para a senhora.

A principio, quando comentei sobre ele com a senhora, eu pretendia escrever sobre a destruição que uma guerra causa.

Sobre as vidas que ela rouba, sobre os traumas que ela deixa, sobre os sonhos que ela interrompe. Mas a história que eu presenciei e de uma certa forma fiz parte, me fez mudar de ideia e eu resolvi escrever sobre um amor, um amor que ressurgiu na guerra.

Um amor triste, por ambos saberem as chaces que tinham, mas ao mesmo tempo feliz, por terem encontrado um significado para vida.

Um amor urgente, por ambos saber que não tinham muito tempo, mas ao mesmo tempo tranquilo, por terem certeza que ali não seria o fim.

Um amor complicado por feridas do passado, mas ao mesmo tempo simples, quando seus olhos se encontravam.

Ela era teimosa, mandona, as vezes durona e protetora. Odiava ser contrariada e cuidada.

Ele era insistente, sonhador, galanteador e corajoso. Odiava a guerra e odiava quando a capitão dava mais atenção aos mapas do que a ele.

Eles não tinham muitas coisas em comum, discordavam em muitas coisas e discutiam por muitas coisas, mas ambos compartilhavam um sentimento forte um pelo outro.

Um sentimento que não foi destruído nem pelos anos que eles estiveram afastados.

Um amor bobo de criança, em que o tempo quis fazê-los esquecer, mas que a guerra os ajudou a reviver.

Meu livro fala sobre a história de amor entre Isabella Swan e Edward Cullen.

Uma capitão da base americana Red Dawn e um soldado desaparecido, da base americana Stell Curtain.

É assim que a história começa, quando a capitão Swan, recebe como missão, resgatar o soldado Cullen...


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