Um Conto de Inverno escrita por apocalypticGhoul


Capítulo 2
Unul


Notas iniciais do capítulo

Caso queiram recorrer ao Google Tradutor, a língua utilizada na hisória é o romeno.



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     Ao extremo norte do planeta, numa pequena vila de um país dominado pela neve e pelo frio, o sol brilhava com força, como fazia em poucas ocasiões do ano, e os moradores aproveitavam a luz e calor da estrela pra adiantar seus afazeres. Alguns homens cortavam lenha e salgavam enormes peças de carne ao sol, enquanto suas mulheres afiavam lanças e secavam roupas.

    Devido ao isolamento geográfico da região, havia pouca variação na aparência dos camponeses. Sua altura variava, mas eram fortes, de pele clara e traços marcantes; e cabelos muito claros ou muito escuros.

Em meio à cena bucólica, duas crianças correm de mãos dadas.

Ambos têm olhos azuis, como a maior parte da vila. O menino tem cabelos negros, ondulados e volumosos; deve ter cerca de 16 anos e logo vai atingir a maturidade. Suas mãos hábeis o ajudarão quando ele for à caça do leopardo da montanha com os outros rapazes, fera da qual eles utilizarão os ossos pra fazer seus amuletos, a prova de que se tornaram adultos. A menina que ele puxa pela mão precisa apertar o passo para acompanhá-lo. Seus cabelos são iguais ao do irmão; ela sequer chegou à maturidade, e se ela conseguir compensar com outros talentos o fato de ter uma perna coxa, talvez se torne no futuro uma das mulheres mais disputadas da vila.

– Devagar, frate mai mare! Sabes que não posso correr!

– Mas sora mai tinere, se formos mais devagar do que isso, terá anoitecido antes que cheguemos à floresta!

– Maldição, frate – A pequena suspirou. Sua perna esquerda já começava a reclamar por ter que fazer força pra acompanhar o ritmo do rapazola – Realmente estás levando aquela história a sério?

– Obviamente – Ele virou a cabeça por um momento pra olhar para a irmã – Ou por acaso achas que a avó mentiria?

    Ela abriu a boca por um momento, mas logo tornou a fechá-la, vencida. A avó nunca mentia, por mais bizarras que suas histórias parecessem.

Suspirou mais uma vez e resignou-se a seguir o irmão. Quando antes ele acabasse com aquela baboseira, melhor, afinal precisavam estar em casa antes de o sol se por.


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