Uma Luz no Fim do Túnel escrita por Clarissa Cullen Potter Mellark


Capítulo 20
Capítulo 20 - Wedding


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus amores! Eu demorei, mas postei! E esse capítulo está do jeito que vocês gostam: meloso e cheio de momentos inesquecíveis do nosso casal preferido. Não vou me enrolar mais, nos vemos nas notas finais, não deixem de lê-las. Beijos e boa leitura.



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Capítulo 20 – Wedding (Casamento)

"O amor não se vê com os olhos, mas com o coração." (William Shakespeare)

2 de julho de 2011 – Dia do Casamento

— Bellinha! Está na hora de acordar! – me chamou Alice. Estávamos todas as mulheres dormindo na casa da família de Edward em Londres, enquanto todos os homens estavam dormindo na casa da minha família. Esme e Alice estavam dormindo em seus próprios quartos, Rose e minha mãe nos quartos de hóspedes e eu dormindo no de Edward. – Você tem que tomar café que hoje teremos um dia cheio.

— Está bem, Alice, deixe-me só fazer minha higiene pessoal. – falei, me sentando na cama.

— Te espero lá na cozinha em dez minutos. – falou, saindo do quarto.

Fui até o banheiro tentando não pensar que aquele era o dia do meu casamento para que eu não ficasse nervosa. Lavei meu rosto e escovei meus dentes, depois fui até a pequena bolsa onde eu tinha uma troca de roupa. Devidamente acordada, desci e fui até a cozinha dos Cullen, onde Esme e minha mãe faziam alguma coisa no fogão e Alice tagarelava sobre alguma coisa.

— Bom dia! – falei, me sentando no balcão em frente a pia, ao lado de Alice. – Onde está Rose?

— Já deve estar descendo, chamei-a antes de você. – respondeu Alice. – Tome seu café que hoje você terá um dia de princesa! Daqui a meia hora vai chegar uma equipe de beleza para nos deixar lindas e maravilhosas. – quando ela acabou de falar a campainha tocou. – Devem ser a Tanya, Irina, Kate e tia Carmem. – disse se levantando para atender a porta.

Tanya era prima de Edward e Alice, filha da irmã de Esme, Carmem. Ela tinha duas irmãs, Irina e Kate e todas as três eram adotadas, mas eram irmãs de sangue, pois na hora da adoção nem Carmem nem Eleazar, marido dela, queriam separar as irmãs. As três eram um pouco mais velhas que Edward e Alice, só Irina que tinha a mesma idade que ele. Quando as conheci no primeiro aniversário de Edward que passei com ele eu senti duas coisas: ciúmes e tristeza. Ciúmes porque elas pareciam ser muito íntimas dele e tristeza porque as três eram simplesmente deslumbrantes. Mas depois me tranquilizei, pois as três tinham namorado e eram muito simpáticas, principalmente Tanya e Irina.

— Bom dia família! – gritou Tanya. – Onde está minha noiva preferida? Ah! Bella! – disse ela, vindo me abraçar. – Estou tão feliz por estar casando com meu primo. Assim que pus os olhos em você vi que você era a mulher ideal para ele.

— Obrigada Tanya, sua opinião importa muito pra mim. – disse a ela sinceramente.

— Eu tenho uma coisa para você. – começou ela. – Eu não acredito muito em superstições, mas há algumas que são mais tradicionais. Uma delas é a de usar algo emprestado e azul. Eu tenho aqui algo que está na família Platt (N/A: para quem não sabe, o nome de solteira de Esme é Platt.) há séculos e eu pedi para tia Esme para que eu te entregasse. Como Edward é o primeiro dessa geração a se casar, nada mais justo que a noiva dele use essa relíquia de família.

— É lindo, Tanya! – falei, admirada. Era uma linda presilha, com muitos brilhantes e quatro flores pequenininhas de safira. – Eu nem sei como agradecer.

— É só ficar ainda mais bonita, se é que isso é possível. – falou tranquilamente.

— Essa presilha vai ficar perfeita no penteado que estou pensando para o seu cabelo, Bella. – disse Alice.

— Mas você não contratou uma equipe de beleza? – perguntei.

— Contratei, mas isso não impede que eu dê meus pitacos. – falou ela simplesmente. – Acabe logo de tomar seu café!

Tomei o resto do meu café da manhã e fui para o meu quarto esperar a equipe que Alice contratou. Dez minutos depois ela entrou com um maquiador, uma cabelereira, uma manicure, uma pedicure e uma massagista.

— Para que essas pessoas todas? – perguntei, pasma.

— Essas pessoas vão cuidar de você. Tem mais lá fora para cuidar do resto de nós, meras mortais. Hoje, essas pessoas vão fazer você ficar divina! – disse Alice empolgada.

— Ok, se você diz. – concordei.

— Bom dia, minha querida, meu nome é Catherine e sou sua cabelereira e chefe da equipe. – falou uma mulher deslumbrante. Ela tinha olhos castanhos expressivos e longos e lisos cabelos negros.

— Você deveria ser modelo! – eu falei, boba com sua beleza.

— Gentileza sua. Eu prefiro deixar as pessoas bonitas ou, como no seu caso, ainda mais bonitas. Você está de banho tomado? – afirmei com a cabeça. – Maravilha! Você vai ficar apenas enrolada numa toalha e vai deitar nessa maca de costas pra cima. Uma massagista vai fazer massagens calmantes em você enquanto a manicure faz suas unhas. Enquanto tratam de você eu vou preparando o material que vou usar no seu cabelo, ok?

— Ok. – concordei. Fui até o banheiro, tirei toda a roupa e me enrolei na toalha. Sai e me deitei na bendita maca. Assim que a massagista começou, senti os músculos do meu corpo inteiro começarem a relaxar, mal senti quando a manicure começou a cuidar das minhas mãos. Acho que acabei tirando um cochilo, pois o que pareceram segundos a massagista e a manicure já tinham terminado do trabalho.

— Agora sou eu quem vai cuidar de você. – disse Catherine. Como se adivinhasse, Alice entrou no quarto no momento em que Catherine iria começar a mexer no meu cabelo.

— Cathy, querida, eu tenho uma sugestão para o cabelo dela. – disse ela que já estava quase pronta, estava apenas de roupão, mas sua maquiagem e seu cabelo já estavam prontos.

— Fale então, meu anjo. – disse Catherine.

— O que acha de um coque meio desfiado? – sugeriu Alice.

— Eu estava pensando em fazer uma trança com pequenas flores presas... – disse Catherine, pensativa.

— Posso dar uma sugestão? – disse Rosalie, surgindo não sei de aonde. Ela estava na mesma situação que Alice.

— Claro Rosinha! – disse Alice.

— Que tal misturar a ideia das duas? – disse ela se aproximando de mim e mexendo em meus cabelos para demonstrar sua ideia. – Pode fazer o coque desfiado de Alice, mas pegar uma mecha razoável da parte da frente do cabelo, fazer uma trança e amarrar junto ao coque. Para dar um charme na frente deixar duas mechas pequenas de cabelo, uma de cada lado do rosto. Com esse penteado pode usar até aquela joia que a Tanya mostrou. – terminou de explicar.

— Simplesmente perfeito! – disse Catherine, entusiasmada. – Você leva jeito para isso! Se quiser tem vaga garantida na minha equipe.

— Não, obrigada! Prefiro continuar mexendo nos meus carros. – agradeceu Rose.

— Não foi por falta de oportunidade. – disse Catherine. – Vamos mexer nesse seu lindo cabelo, nem vou colocar nada nele; o corte dele está em dia, está bem hidratado e com bastante brilho. Eu só vou dar uma umedecida nele para que ele fique mais arrumado e mais fácil de pentear.

Alice e Rose saíram do quarto para terminarem de se arrumar e me deixaram apenas com Catherine. Na hora surgiu outra moça que começou a cuidar dos meus pés. Ela pegou uma garrafinha com um esguicho e esguichou água por todo meu cabelo. Perdi as contas de quantas vezes ela passou a escova em meus cabelos, mas eu não reclamava, pois além de ser meu casamento, eu adorava quando penteavam meus cabelos. Depois de deixa-lo sem um nó sequer, ela lambuzou as mãos num creme e começou a espalhá-lo no meu cabelo, deixando-o ainda mais sedoso que antes. Ela pegou uma mecha do meu cabelo e fez uma trança simples e amarrou com um elástico preto fino, depois o jogou todo para trás, deixando apenas duas mechas fininhas de cabelo soltas na frente. Amarrou-o em um rabo de cavalo e logo em seguida fez um coque. Puxou alguns fiozinhos do penteado, deixando-o desfiado como Alice queria.

— Pronto! O que achou? – disse Catherine me virando de frente para o espelho e colocando outro atrás de mim para que eu visse o penteado.

— Está incrível! Você tem mãos mágicas! – elogiei.

— Você que é linda e qualquer coisa que coloque fica lindo. – elogiou de volta.

— Só falta o toque final! – disse Tanya, já pronta entrando no quarto. – A presilha da família Platt!

— É verdade, Alice me falou dessa presilha. Deixa que eu coloco nela. – disse Catherine, pegando a caixinha de veludo azul, tirando a presilha de dentro e colocando-a em meu penteado. – Pronto! Simples, bonito e elegante. Acho que você é a noiva mais bonita que eu já arrumei, Bella.

— Obrigada, Catherine. – falei, sinceramente. Ela tinha colocado um espelho atrás da minha cabeça para que eu olhasse como tinha ficado por trás.

— Acho que gostei o suficiente de você para deixa-la me chamar de Cathy. – falou, rindo.

— Ok, Cathy. – falei, rindo também.

— Bom, vou mandar o Mark vir aqui maquiar você e depois eu volto para te ajudar a colocar o vestido. Vou ajudar as outras cabelereiras, até daqui a pouco. – falou ela, saindo do quarto.

— Você está linda! Vou ver se a tia Esme precisa de mim, Bells, até a cerimônia. – disse Tanya, também saindo.

— Ok! Obrigada Tanya! – falei antes que ela saísse do quarto.

— Não é nada, meu anjo. – falou antes de sair.

Menos de quinze segundos depois o maquiador entrava no meu quarto.

— Olá minha querida. – disse o rapaz, um tanto afeminado. – Eu sou o Mark e vim deixar você ainda mais linda do que já é.

— Só não exagere, por favor! Eu não gosto de maquiagem muito forte. – pedi.

— Pode ficar tranquila, meu anjo, você ficará perfeita! – disse Mark, entusiasmado. Ele pegou uma loção esfoliante e passou em todo o meu rosto, depois o lavando. Depois de dezenas de cremes, bases, sombras etc., finalmente eu estava com a maquiagem pronta.

— O que você achou, minha querida? – disse ele, me virando para o espelho.

Eu estava simplesmente linda. De fato a maquiagem não estava muito carregada, nos meus olhos estavam sombras de leves tons de marrom para dar um realce, mas sem exagero. Meu rosto estava corado pelo blush, me dando uma cor saudável e na boca um gloss bem claro.

— Perfeito! Você é um gênio! – falei, agradecida.

— Não foi nada, minha querida, é fácil fazer um trabalho bem feito com uma matéria prima como a sua. Agora vou chamar sua cunhada e a Cathy para me ajudar a colocar o vestido em você, não queremos estragar nada, não é? – falou, saindo do quarto. Quinze segundos depois ele voltava com Catherine e Alice no seu encalço.

— Você está linda, Bells! – disse Alice, dando seus pulinhos.

— Obrigada, Allie! Agora só falta o vestido e as joias, não quero me atrasar para meu casamento. – falei, me levantando.

— Bellinha, minha cunhadinha quase irmã, é de praxe que toda noiva se atrase para seu casamento. – falou Alice enquanto tirava o vestido de dentro da capa protetora. O vestido era deslumbrante. Ele tinha mangas compridas em renda branca até a cintura como se fosse uma blusa, sendo o busto e os braços sem nenhum tecido por baixo e, como se fosse um tomara que caia, tinha um vestido todo em seda branca. Na cintura, para dar o toque final, tinha uma fita de cetim branca também. Era um modelo único, feito exatamente no meu tamanho.

— Allie, minha cunhadinha maravilhosa, apesar de não ser nascida na Inglaterra, tenho a pontualidade britânica. Acho um desrespeito com os convidados deixá-los esperando. – falei, enquanto tirava o roupão e ficava só de lingerie branco. Delicadamente Alice, Cathy e Mark me ajudaram a colocar o vestido. Enquanto eu colocava os sapatos, Alice tirava da caixa as joias que minha mãe tinha comprado para mim dizendo ser um dos presentes de casamento. Era um conjunto de brincos e colar, todo em diamantes e safiras. Não era extravagante, o que me alegrou demais, mas ainda assim era lindo e delicado.

— Sua mãe tem um gosto incrível para joias. – disse Alice enquanto prendia o fecho do colar.

— Tem mesmo. Eu fiquei pasma quando ela trouxe essas joias. – falei.

— Você sabe de qual grife é? – perguntou ela. – Não parece o estilo da Cartier* ou da Tiffany & Co.*.

— É H. Stern*, uma grife brasileira de joias. (N/A: eu não sei se é mesmo, só estou olhando pelo estilo e para dar uma valorizada na grife que é realmente brasileira.)

* São grifes de joias famosas no mundo inteiro.

— É realmente lindo esse conjunto. – disse ela, me passando os brincos. – Agora você está definitivamente pronta! Você está a noiva mais linda do mundo!

— Vamos que eu não quero deixar meu noivo esperando. – falei, ficando de pé.

— Então vamos, sua noiva apressada. – disse Alice, segurando a pequena cauda do meu vestido.

Saí do quarto o mais rápido que eu conseguia naqueles imensos saltos que estava usando. Logo Esme, minha mãe e Rose se juntaram a nós. Despedimo-nos da equipe de beleza e saímos da casa. Quando cruzei a porta de entrada me deparei com uma imensa limousine Rolls Royce (http://www.ballerride.com/wp-content/uploads/2008/02/phantom-limo.jpg) preta reluzente. Era simplesmente linda.

— Nossa! Quem colocou esse carro aqui? – perguntei, pasma.

— Você acha que seu noivo a deixaria ir para a igreja num carro qualquer? – perguntou Alice. – Edward alugou essa limousine para levar você para a igreja, leva-los da igreja para cá e para leva-los ao aeroporto. Quero que o Jazz faça o mesmo quando nos casarmos, Edward é tão romântico!

— Concordo plenamente. – falei, boba com a atitude do meu futuro marido. A cada dia que passava, apesar dos quase dois anos juntos, Edward arranjava uma maneira de me surpreender com seu romantismo e carinho. Definitivamente eu era a mulher mais sortuda do planeta.

— Vamos logo minha filha! Seu irmão já ligou dizendo que Edward está ficando impaciente, apesar de não estarmos atrasadas. – disse minha mãe, me empurrando delicadamente para o carro. Em pé ao lado do veículo tinha um motorista uniformizado que abriu a porta quando nos aproximamos. Com a ajuda de Alice, Esme, Rose e minha mãe, eu entrei no carro sem amassar meu vestido. Dentro do automóvel Rose me entregou meu buquê de rosas brancas, magnólias e hortênsias e o pequeno buquê de rosas brancas para Alice. Eu tinha decidido que seriam apenas duas damas: Allie e Rose. Os vestidos das duas tinham o mesmo tom de verde e os mesmos tipos de tecidos, a diferença era o corte de cada um. O de Alice era tomara que caia apertado na cintura com brilhos em baixo dos seios que ia até um pouco abaixo do meio das coxas. O de Rosalie era de um ombro só, justo na cintura e caído reto até os pés. Os buquês das duas eram iguais e um pouco menores que o meu.

Em menos de quinze minutos eu me encontrava em pé, de frente para a entrada da igreja, com o braço direito entrelaçado ao braço esquerdo do meu pai. Alice e Rosalie já estavam prontas a minha frente e esperando a música começar para que pudéssemos entrar na igreja. Logo a banda começou a tocar a música que tínhamos escolhido para a minha entrada: Cânone de Pachelbel, de Johann Sebastian Bach. Edward e eu decidimos sair do comum e não escolhemos a tradicional Marcha Nupcial, afinal, nós não éramos o casal mais normal. Tudo que tínhamos passado em apenas dois anos de namoro era mais do que a maioria dos casais ainda mais velhos tinham passado a vida inteira.

— Não me deixe cair, pai. – falei, tentando me acalmar.

— Nunca a deixaria cair, minha filha. Em todos os sentidos. – falou ele.

Lentamente caminhamos pelo corredor que nos levava ao altar. A igreja estava lindamente decorada com um tapete verde que levava até a frente do altar e, nos bancos, tinham arranjos de flores do campo e rosas brancas e, ligando cada arranjo, uma faixa de flores pequeninas. Assim que cruzei a porta da igreja encontrei os olhos do meu Edward, olhando-me com amor e devoção. Eu mal notei Jasper e Emmett ao seu lado e Carlisle com Esme um pouco mais atrás, naquele momento só existiam nós dois na igreja, nossos olhos não se desconectaram um momento sequer. Mal percebi e já estávamos à beira do altar, com meu pai me passando para meu noivo e minha mãe pegando meu buquê.

— Cuide da minha menina, rapaz. – pediu Charlie.

— Com a minha vida, Charlie. – respondeu Edward, sem desviar seus olhos dos meus.

Meu pai se afastou e foi ficar ao lado da minha mãe do lado esquerdo do altar.

— Você está mais do que linda. – sussurrou Edward.

— Você também. – sussurrei de volta. – Eu te amo.

— Eu também te amo. – disse ele antes de nos virarmos para o pastor, que sorriu para nós dois com ternura.

— Queridos irmãos! Estamos aqui reunidos para celebrar a união deste jovem casal, cujo amor nos tem comovido desde o início do relacionamento... – discursou Sr. Weber. Confesso que quase não ouvi nada o que o pastor falava, eu estava mais consciente da mão de Edward junto a minha e das minhas tentativas de não chorar de emoção.

— As alianças, por favor. – pediu o pastor quando eu voltei a prestar atenção em seu discurso.

Rapidamente Jasper enfiou a mão do bolso do smoking, tirou uma caixinha de veludo azul com as alianças e entregou ao pastor. Ele pegou a aliança menor e entregou na mão de Edward.

— Repita comigo: Eu, Edward Anthony Cullen, aceito você, Isabella Marie Swan, como minha legítima esposa, prometendo lhe amar, respeitar e ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe.

Edward repetiu as palavras do Sr. Weber enquanto colocava a aliança em meu dedo. O mesmo foi feito comigo e obedientemente eu fiz tudo que o pastor mandou.

— Se alguém tem algo contra esse casamento que fale ou cale-se para sempre. – disse ele e esperou alguns segundos. Como não teve nenhuma objeção, continuou. – Então, pelo poder a mim investido diante de Deus e dos homens, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Edward abriu um sorriso deslumbrante e me beijou ternamente. Sem conter mais, deixei que as lágrimas escorressem pelos meus olhos. Fiz uma nota mental de agradecer ao Mark por ter usado maquiagem à prova d’água.

— Minha esposa. – murmurou Edward por entre meus lábios.

— Meu marido. – murmurei de volta.

Viramo-nos em direção aos convidados, que nos aplaudiram. Minha mãe me devolveu o buquê e, com a mesma música com que entrei, saímos da igreja em direção a limousine que nos esperava na porta. Edward me ajudou a entrar e logo depois entrou, sentando ao meu lado.

— Finalmente casados. – disse ele, me puxando pela cintura para me abraçar. – Senti sua falta.

— Também senti muito sua falta, afinal, foram quase 24 horas longe um do outro. – falei, passando meus braços ao redor de seu pescoço.

— É verdade! Acho que nunca passamos tanto tempo longe, mas valeu a pena só por ver você desse jeito. Agora deixe eu te beijar decentemente. – falou. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa seus lábios já estavam sobre os meus e sua língua me pedindo passagem, que foi logo concedida. Era um beijo cheio de amor, saudades e desejo. Quando o ar nos faltou e nos separamos para respirar, Edward encostou sua testa na minha e tentou regularizar a respiração.

— Nesse momento não existe homem mais feliz do que eu. – disse ele, ofegante.

— Se você está feliz é o que me importa para eu ser a mulher mais feliz do mundo. – falei, igualmente sem ar.

Ficamos na nossa bolha particular, trocando carícias e beijos enquanto o motorista dava algumas voltas pela cidade para dar tempo de todos os convidados chegarem a casa de Esme. Depois de mais ou menos trinta minutos rodando pela cidade, o motorista estacionou em frente a grande casa dos Cullen.

Tinha um corredor que levava até o jardim da parte de trás da casa onde seria realizada a festa. Durante todo o caminho tinham vários arcos cobertos de flores pequenininhas, que pendiam sobre quem passava. O jardim estava lindamente enfeitado em tons de branco e verde claro. Foi montada uma tenda com teto transparente e sob ela tinham várias mesas com cerca de dez cadeiras cada. Sobre as mesas uma toalha verde, pratos de porcelana brancos, talheres de prata e lindos arranjos de flores. Estava simples, elegante e lindo, exatamente como eu queria.

Logo que entramos os convidados nos aplaudiram novamente, todos assentados em seus devidos lugares. Como o de praxe, passamos de mesa em mesa para cumprimentar cada um e agradecer pela presença. Vimos nossos professores Victoria e James, parentes meus que vieram de Forks e de Phoenix, parentes de Edward que vieram do interior da Inglaterra e os mais próximos como Tanya e seu namorado Ian, Irina e Laurent, Kate e Garrett e Carmem e Eleazar.

Pam! Aidan! – falei depois que terminamos de cumprimentar uns parentes de Edward.

— Bella! Edward! – disse Pam, rindo e vindo nos abraçar. Abracei minha amiga enquanto Edward dava aqueles abraços de homem em Aidan.

— Estou tão feliz por vocês terem vindo. – falei depois de abraçar Aidan.

— E eu estou tão feliz pelo casamento de vocês! – disse Pam. – Esse aí já me pediu em noivado, quero ver quanto tempo vai demorar pra marcar a data.

­ — Se você quiser podemos marcar a data amanhã. – disse Aidan, abraçando a namorada pela cintura.

— É sério? – perguntou Pam, pasma.

— Claro! Agora que eu vi que essa coisa de casamento é legal, quero casar logo com a mulher da minha vida. – respondeu Aidan.

— Edward! Ele aprendeu alguma coisa com você! – admirou-se Pam.

— Pelo visto sim. – disse Edward, sem segurar o riso.

— Agora infelizmente temos que ir, ainda temos que falar com os outros convidados. Depois nós voltamos a conversar. – falei.

— Vai amiga, depois a gente põe o papo em dia. – disse Pam.

Terminamos de cumprimentar o resto dos convidados e fomos para a tradicional dança dos noivos. Dançamos por cerca de cinco minutos, até que meu pai veio me tirar para dançar.

— Você está feliz, meu anjo? – perguntou Charlie.

— Estou mais que feliz, pai. Edward é o homem da minha vida e tenho certeza que seremos muito felizes juntos. – falei, sem tirar o sorriso do rosto.

— Isso é o que importa, então. – falou ele, com um sorriso feliz no rosto.

Depois do meu pai, vieram dançar comigo Carlisle, Jasper, Emmett e Aidan para eu finalmente voltar para os braços do meu lindo marido.

— Finalmente você está de volta aos meus braços. – disse Edward, me abraçando e nos rodopiando.

— Eu sempre vou voltar. – falei quando ele parou.

— Eu sei. É isso que me conforta. – disse ele, aproximando seu rosto do meu para me beijar. Sem paciência para esperar, ataquei seus lábios com os meus, beijando-o apaixonadamente, só largando-o quando nos faltou ar.

— Vamos acabar nossos deveres logo para partirmos para a lua-de-mel? – sugeriu Edward, respirando ofegante.

— Excelente ideia. – falei. Fomos até Alice, pedindo para que ela adiantasse logo a programação do casamento. Com um sorriso malicioso, ela foi ao palco e chamou as mulheres solteiras pra frente para pegar o buquê que eu iria jogar.

Cerca de vinte mulheres se juntaram em frente ao palco para disputar quem iria pegar o buquê, entre elas Rose, Alice, Pam, Tanya, Irina e Kate. Contei até três, joguei o buquê para trás e me virei para ver quem tinha pegado. Eu jurava que seria Alice ou Rosalie, mas para minha surpresa foi Pam que pegou. Perto da mesa dos meus pais, Edward, Emmett e Jasper cutucavam Aidan, que nem se importava. Pelo que parecia ele realmente queria marcar o casamento com Pam.

Corri até minha amiga e a abracei. – Parece que você será a próxima a casar! – falei, rindo.

— É, eu acho que sim… – disse ela, meio atordoada. – E você será uma das damas! – completou, com o entusiasmo de volta.

— Vai ser uma honra. – disse eu.

— Como será que o Aidan vai reagir? – questionou ela.

— Acho que ele ficou feliz, quando eu o vi depois que joguei o buquê era o que me parecia. – falei.

— Espero que ele fique feliz mesmo. – disse ela. – Vai lá que você tem que cortar o bolo e tirar mais fotos.

Juntei-me a Edward e fomos para uma sessão de fotos pela festa. Em seguida cada grupo de convidados foi tirar uma foto conosco atrás do bolo. Cortamos o bolo, tiramos fotos bebendo champanhe e entre tantas coisas que os noivos fazem.

— Acho que já podemos ir para nossa lua-de-mel... – disse Edward.

— Também acho. Vamos falar com Alice e nos despedir do pessoal. – falei.

Conversamos com Alice, que me puxou para dentro de casa para que eu pudesse trocar de roupa. Ela desfez o meu penteado e me ajudou a tirar o vestido. Coloquei outro vestido, preto na saia e cor de marfim da cintura para cima, sem mangas. Atentando contra meu equilíbrio, Alice mandou que eu usasse um imenso sapato de salto alto preto. Tirei as joias do casamento e coloquei umas mais discretas: um cordão com pingente de estrela, brincos de argola, um bracelete e um relógio de pulseira de couro, todos em ouro branco.

— Você está linda! Pronta para aproveitar a lua-de-mel? – disse Alice.

— Mais que pronta. Você tem alguma ideia para onde vamos? – perguntei, curiosa e ansiosa.

— Tenho, mas se eu contar Edward arranca minha pele e ela é muito bonita para ser arrancada. – respondeu ela. – Vamos que seu marido deve estar te esperando.

Saímos do quarto e, ao pé da escada, Edward nos esperava já de roupa trocada também. Estava com um jeans azul escuro, uma blusa social cinza claro com os primeiros botões abertos, sapatos sociais de couro marrom e um blazer preto. Simplesmente deslumbrante.

— Você está linda, meu amor. – disse ele, pegando uma de minhas mãos e beijando.

— Você também está muito sexy! – falei, puxando-o pela lapela do blazer para perto de mim.

— Sou todo seu, meu anjo. – disse ele, depositando um beijo leve em meus lábios.

— Quando você vai me contar para onde vamos? – perguntei.

— Daqui a pouco. Vamos nos despedir dos convidados enquanto colocam nossas malas na limousine. – disse ele, me puxando em direção à festa.

Chegamos ao jardim e subimos até o pequeno palco onde os músicos ficavam. Edward pediu que eles parassem um instante e pegou o microfone do suporte.

— Bom, Bella e eu gostaríamos de agradecer a presença de todos ao nosso casamento. Ficamos muito felizes com a presença de cada um ao dia mais importante de nossas vidas. Nós estamos partindo para nossa lua-de-mel, mas a festa continua. Aproveitem e curtam. Obrigado a todos.

Os convidados aplaudiram quando Edward terminou de falar, que fez um pequeno aceno com a cabeça. Sorri para todos e segui ao lado do meu marido até onde nossos pais, Jasper, Alice, Rose, Emm, Pam e Aidan nos esperavam. Despedimo-nos de cada um e fomos para a limousine já com nossas malas.

Quando já estávamos a caminho do Heathrow Airport quando novamente perguntei para Edward para onde iríamos.

— Vamos sair do frio, para variar. O que acha de irmos para o Rio de Janeiro? – perguntou ele.

— Rio? Brasil? – perguntei, admirada.

— A não ser que o Rio tenha mudado de país sim, é o Rio de Janeiro do Brasil. – fez piada.

Dei um tapa no seu peito, fazendo-o rir. — É sério!

— Desculpe, amor. – disse ele, contendo o riso.

— Nossa! Rio de Janeiro! É maravilhoso! – falei feliz.

— Você gostou, meu amor? – perguntou ele.

— Eu adorei! Sempre sonhei em conhecer o Rio. Podemos praticar nosso português! – disse eu, entusiasmada. – Podemos conhecer as praias mais lindas do mundo, ir ao Cristo Redentor, no Pão de Açúcar, fora os lugares históricos! Vai ser maravilhosa nossa lua-de-mel!

— Vai ser sim, meu amor. Será um mês de amor no Rio de Janeiro. – falou, me abraçando.

Chegamos ao aeroporto e, com a ajuda do motorista, colocamos nossas malas no carrinho. Cerca de meia hora depois nosso voo foi anunciado. Chegamos à primeira classe do avião e nos acomodamos confortavelmente. A aeromoça passava em cada fileira, perguntando se alguém precisava de alguma coisa. Quando ela chegou a nossa, notei que ela estava prestativa até demais.

— Posso servi-los em alguma coisa? Qualquer coisa? – perguntou ela, olhando apenas para Edward, maliciosamente.

— Você quer alguma coisa, esposa? – perguntou Edward pra mim e mostrando que ele tem dona.

— Não quero nada, meu marido lindo. – respondi, dando um selinho nele.

— Não queremos nada, senhorita. – falou ele, deixando-a decepcionada. – Aliás, queremos sim. Nós somos recém-casados entrando em lua-de-mel e não gostaríamos de ser interrompidos. Se precisarmos de alguma coisa nós chamamos.

— Tudo bem, senhor. – disse ela, constrangida.

Poucos minutos depois o piloto pediu que colocássemos os cintos porque iríamos decolar. No início da viagem ficamos namorando, mas depois chegou o sono e Edward pediu dois travesseiros e um cobertor grande para que pudéssemos dormir. Aconcheguei-me ao meu marido, que me abraçou e nos cobriu com o cobertor. Rapidamente adormeci junto ao corpo quente do meu amor.

— Acorde Bella Adormecida. – sussurrou Edward em meu ouvido.

— O que foi? – perguntei, sonolenta.

— Vamos pousar em menos de dez minutos. – disse ele.

Descobrimo-nos e nos ajeitamos na poltrona. Poucos minutos depois estávamos pousando em solo brasileiro. Quando nos foi autorizado, soltamos nossos cintos, pegamos nossa bagagem de mão e partimos para desembarcar do avião. Outra aeromoça estava na saída do avião, cumprimentando e se despedindo dos passageiros.

— Obrigada por escolher nossa companhia e bem vindos ao Rio de Janeiro. - disse ela, amavelmente.

— Obrigado. – disse Edward. Quando chegamos até a escada de saída do avião, nos deparamos com o sol da manhã nos iluminando e aquecendo. Com certeza seria uma viagem maravilhosa junto ao meu marido.



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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? O capítulo ficou bem grande, do jeito que vocês gostam. Eu gostaria de agradecer a todos que acompanham a fic, fico muito feliz com cada comentário que recebo. Nem sempre dá para responder os reviews que vocês mandam, mas saibam que eu leio cada um.
Eu gostaria de agradecer a minha amiga e leitora mais fiel Karine PotterCullen por me ajudar dando sua opinião e me ajudando nas escolhas.
Meus amores, eu tenho uma coisa para falar com vocês: a partir desse capítulo vai ficar ainda mais difícil postar frequentemente nas minhas histórias. Na próxima segunda eu começo na faculdade, que é federal, e por isso meu tempo vai ficar ainda mais escasso. Para ter ideia, eu tive que escrever esse capítulo nos intervalos do meu trabalho, que toma quase todo o meu tempo, fora problemas pessoais que tomam muito meu tempo. Onde eu quero chegar com isso: eu peço que vocês tenham paciência comigo e não abandonem minhas histórias e nem deixem de comentar. Prometo que todo tempo que tiver livre será dedicado para escrever nas minhas histórias. A próxima história em que irei postar será Predestined. Aguardem!
Espero que vocês me entendam.
Falando da nossa amada saga, estão ansiosos pela estreia no mês que vem? Eu já garanti meu ingresso para a estreia, que para a nossa sorte será no feriado, e vocês?
O que vocês acham do Rob e da Kristen terem voltado a namorar? Eu, sinceramente, não queria isso. Acho que se ela o traiu uma vez, pode muito bem fazer de novo. Acho que o Rob é bom demais para ela. Mas essa é a minha opinião, nada contra quem ache o contrário.
Espero que tenham gostado do capítulo, ele foi feito com muito carinho. Não deixem de comentar e se até o dia 24 não nos vermos, curtam bastante a vinda do Tay ao Brasil. Para quem mora no Rio, vamos mostrar uma boa imagem para o lobinho mais bonito do mundo, ok?
Beijinhos e até a próxima!



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