Somebody To Love escrita por Migabcd


Capítulo 58
Capítulo 58 - Casamentos namoros e amor de familia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/133640/chapter/58

                  Capítulo 58 – Casamentos, namoros e amor familiar

Uma breve recordação do que aconteceu em:

***GLEE – Somebody to love***

Rachel e Jesse estão juntos, assim como Artie e Brittany, mesmo Santana sendo apaixonada pela Brittany. Tina foi atropelada por uma moto e seu namorado, Mike, foi para a China, sua terra natal. Will também sofreu um acidente e sua mulher, Terry, que está grávida dele não foi visitá-lo. Terry tinha um amante e antes de fazer o teste de paternidade, Terry achava que seu bebê podia ser de Carl, o amante. Emma está de casamento marcado com Ken, mas ela é apaixonada por Will. Sue leu uma parte do diário de Emma para Rachel, onde a tia da garota xingava a mãe adotiva de Rachel. Rachel saiu da casa de Emma e está morando com Jesse. Kurt era apaixonado por Finn, mas Finn o ofendeu e agora os dois se odeiam. Jesse sugeriu que Rachel falasse com sua avó para descobrir o que aconteceu entre Emma e Clare, sua mãe adotiva. Sue demitiu Will enquanto ele estava no hospital e contratou Sandy como diretor do coral. Emma se demitiu após uma briga com Sue e ela contratou Terry em seu lugar. Emma pediu seu emprego de volta, mas Sue só deixou ela voltar como zeladora. Rachel ouviu por acidente uma conversa de Jesse no telefone em que ele disse que não ia traí-la, e ficou desconfiada.

E foi isso que você deveria se lembrar em

***GLEE – Somebody to Love***

            Rachel’s POV

- Jesse?!

- Rachel?! – Parecia assustado. – Há quanto tempo está aí?

- Cheguei agora. Com quem falava? – Estava curiosa. Será que ele escondia alguma coisa?

- Com um garoto do vocal adrenaline. – Sabia! – Ele queria que eu te enganasse e voltasse para o Carmel, mas eu te amo demais para te largar.

-Entendi. Já imaginava que seria algo assim. – Pelo menos ele estava sendo sincero, e isso é algo que eu valorizo muito em um homem.

Mais ou menos duas semanas depois...

            Tina’s POV

            Não estava entendo nada. As coisas aconteceram muito rápido. Eu fui atropelada por uma moto, fiquei cinco dias no hospital, saí de lá em uma cadeira de rodas e volto pra escola faltando menos de uma semana para as nacionais! Ah, e descubro que meu namorado não me traía, mas não posso pedir desculpas por tê-lo julgado, porque ele se mudou para o outro lado do país!

            - Tina! – Ouvi alguém me chamando e virei para trás com a cadeira. Era Artie.

            - Oi Artie, o que foi?

            Ele veio até mim com a cadeira de rodas e suas rodas acabaram batendo nas rodas da minha cadeira.

            - Esse não é o lugar por onde descemos.

            - Que?

            - Você está indo para as escadas, nós descemos pela rampa, atrás da escola. Você está indo para a quadra não é?

            - Sim.

            - Então me siga!

            Ele me levou até uma porta vermelha, que eu sabia que era para caso de incêndios. Ela nos levava até a parte de trás da escola em que havia uma rampa.

            - Cuidado, você tem que controlar sua cadeira muito bem. Acha que consegue? – Perguntou com um sorriso.

            - Ah, Claro!

            Eu levei minha cadeira até a rampa, quando me vi escorregando por ela.

            - Aah!- Comecei a berrar com os olhos fechados até que me senti parando. Abri os olhos, olhei para trás e vi que Artie segurava a minha cadeira.

            - Precisa de ajuda? – Perguntou com um sorriso sacana.

            - É, pelo visto, sim.

            Ele foi na minha frente me guiando até que chegamos na quadra. Educação Física era perda de tempo para nós, pois não precisávamos fazer.

            Estávamos um do lado outro na frente das arquibancadas, pois não tinha ninguém para sentar a gente.

            Eu estava morrendo de pena do Artie. Eu ia ficar na cadeira por três semanas, mas ele tem que passar por isso há tanto tempo. Aí estava uma coisa curiosa, eu e ninguém nunca paramos para pensar o que aconteceu com o Artie.

            - Artie. – Chamei-o e ele virou a cara para mim, que antes estava vidrada no jogo de futebol. – O que houve com você? Digo, porque você está na cadeira?

            - Aconteceu quando eu tinha sete anos. Eu fui visitar minha avó no asilo. Quando ela começou a dormir e minha mãe não vinha me buscar eu comecei a brincar com uma bolinha que eu havia trago. Uma hora a bola escorregou pela minha mao e começou a quicar pelo corredor. Eu corri atrás dela passando pelos idosos e seus acompanhantes. Até que vi ela indo em direção a escada. Ela bateu na cabeça de um senhor que passava pelo corredor com uma cadeira de rodas ele caiu no chão. Eu tentei parar, mas percebi que o chão estava encerado e eu estava escorregando por ele. Eu tropecei na cadeira de rodas do senhor e rolei dois lances de escada e ainda mais, passei por uma janela.

            Eu estava chocada e com lágrimas nos olhos por ele. Ele também estava chorando muito. Eu me lembrava dessa história estampando jornais, não acreditei que era Artie.

            - Artie, eu sinto muito!

            - Tudo bem. As vezes é preciso lembrarmos de coisas tristes para perceber nossa felicidade.

            - Artie, será que você não se importa de me ajudar nesses dias que eu vou estar de cadeira de rodas?

            - Claro que não! Eu vou adorar!

            Kurt’s POV

            Meu pai Burt, fez questão de me buscar na escola. Vi ele em frente a escola em sua caminhonete velha que em matava de vergonha. Entrei no veículo no banco do carona, que como o resto do carro, tinha cheiro de churrasco.

            - Oi Pai.

            - E aí, filho!

            - Pai, aonde a gente vai que você fez questão de me buscar hoje?

            - Eu não posso querer buscar meu filho querido na escola? – Eu olhei para ele com cara de descrente. - Ta bom! A gente vai jantar, eu você e mais dois convidados surpresa em um restaurante.

            -Aff.

            Suspirei, enquanto recostava meu corpo no banco do carro. As surpresas que o meu pai fazia, nunca eram boas.

            Chegamos em um restaurante chinês. Uma mulher gorda de cabelos castanhos acenava para mim e meu pai de uma das mesas. Nós fomos até ela.

            - Oi Burt! Oi Kurt! – Falou com uma voz fina, como se me conhecesse.

            - Oi. E você é...

            - Sou Carole!

            - Pai, você disse que seriam duas pessoas. Quem é a segunda?

            - Ele já está vindo! – Respondeu, petulantemente a mulher gorda, que depois virou para trás e deu tchauzinho para alguém atrás dela, que eu não consegui desgtinguir quem era.

            Abri minha mochila e comecei a ler uma das minhas revistas de moda.

            - Kurt?! – Ouvi alguém falar. Olhei para cima e vi...

            - Finn?!

            - Sente aqui querido. – Falou Carole, batendo na cadeira ao seu lado da sua e eu voltei a folhear minha revista.

            - Oi Finn. – Falou meu pai. Não estava entendendo nada, eles se conheciam? – Eu sou o pai do Kurt, Burt! – Meu pai estendeu a mao para Finn, que a apertou depois de a encará-la com pudor.

            - Alguém pode me dizer o que está acontecendo? – Exclamou Finn. Eu ainda estava olhando minha revista de moda.

            - Querido, eu e Burt – tirei pela primeira vez meus olhos da revista e vi que os dois estavam de mãos dadas, em cima da mesa – estamos juntos, já há algum tempo.

            - O que?! – Nós dois exclamamos.

            - Nós nunca pensamos em contar para vocês. – Começou meu pai. – Não que quiséssemos esconder nada de vocês, é que isso nunca passou por nossas cabeças.

            - Apenas ontem, - Carole retomou – quando eu me queixei para Burt que nossa casa – se virou para Finn – estava sendo invadida por cupins, e ele me disse que nós poderíamos morar com ele, que nós lembramos que tínhamos que avisar vocês.

            Eu estava perplexo.

            - Avisar? – Finn perguntou indignado. – Avisar que de um dia para noite nossas vidas mudariam completamente? Avisar que nós teríamos que viver no mesmo teto, como se isso fosse uma coisa qualquer?

            - Finn, escuta...

            - Não mãe! Isso é uma decisão importante! Vai mudar minha vida, vai mudar a vida de todos nós! E você acha que é só avisar e ta tudo ótimo? Como se nossa opinião não importasse? Se for isso, desculpa mãe, mas eu não quero fazer parte da família feliz!

            Finn saiu indignado do restaurante.

            Eu girei meus olhos por aquele local, assustado. Aliás, tanto meu pai quanto Carole também estavam muito assustados.

            - Desculpe por isso Burt, eu devia ter controlado aquele garoto! –Começou a ruiva.

            - Tudo bem Carole, ele tem razão. A gente devia ter conversado com os garotos antes. – Meu pai a consolou.

            Dito isso, senti os olhares dos dois adultos se virarem para mim e eu logo escondi minha cara na revista de moda.

            - Kurt. – Ouvi meu pai me chamando.

            - Que? – Falei ainda com a cara na revista, como se não tivesse presenciado nada do que acabara de acontecer.

            Vi minha revista ser abaixada, até que minha cara ficou completamente visível para o indesejável casal. Olhei para cima com a minha melhor cara de “você não fez isso” para Burt e ele tinha um sorriso sacana na cara.

            - Você concorda que nós moremos na mesma casa? – Sabia que ia acabar sobrando para mim.

            - Ah pai, (NÃO) – respondi em pensamento –não sei. Eu não tenho nada a ver com isso...

            - Então você não concorda com o que o Finn disse, que vocês também tinham que ser consultados? – Carole se intrometeu.

            - Ah Carole, (SIM) – Minha mente respondeu a pergunta de novo, saco – não sei.

            Os dois me olharam com cara de quem não acreditavam e eu acabei confessando tudo.

            - Ta! Eu concordo com o Finn! Vocês deveriam ter nos perguntando antes e tal. Mesmo sendo você sendo mãe do Finn e o Burt sendo meu pai, essa decisão mudará a vida de todos nós, e eu e Finn também temos nossas opiniões.

            - E a sua seria... – meu pai quis saber

            - Ah gente, isso é realmente necessário? Afinal, quem liga para as nossas opiniões? Você é meu pai e a Carole a mãe do Finn e os pais que tem que tomar as decisões independente do que os filhos pensam não é? E eu e o Finn nem temos opiniões sobre isso!

            - Kurt, se não quiser que moremos juntos, é só falar. – Amenizou a mulher, com a voz já rouca.

            - Sinto muito. – Falei com pena e abaixei a cabeça. Ouvi um choro e meu coração apertou.

            Emma’s POV

            Eu estava limpando o banheiro feminino. Estava abaixada de baixo da pia, com uma máscara médica e luvas de borracha, passando o esfregão debaixo da bancada da pia, quando ouço a porta abrir e começo a sentir passos pesados andando atrás de mim.

            A mulher deu a volta na imagem da mulher de bunda pra cima, esfregando o chão e ficou do meu lado direito se olhando no espelho. Olhei para cima e vi Terry, mexendo nos cabelos cor caramelo, em seus vestidos típicos, de seda e colados no corpo, desta vez, vinho e com uma sandália preta, de salto quadrado.

            - Perdeu alguma coisa, Ella! – Ela disse, e eu assustada, bati a cabeça na parte de baixo da bancada.

            - Ai. Oi Terry! – Falei me levantando, com a mão na cabeça. – Nem te vi.

            - Não foi o que pareceu. – A periguete falou fria. – Bom, - ela levantou o vestido pelo bumbum – vou indo. – Falou virando-se.

            - Tchau, periguete... – sussurrei.

            - Desculpe, o que disse? – Perguntou a mulher de cabelos caramelo, virando sua cara para mim.

            - Nada. – Falei me virando.

            - Eu perguntei o que você disse! – A mulher me puxou pelo pulso, fazendo eu ficar cara a cara com ela.

            - Me larga! – Tentei me soltar, em vão.

            - Não até você me dizer o que você falou de mim!

            - Quer saber o que eu falei de você? Foi algo tipo, isso! – Dei um soco na cara dela que a jogou no chão.

            - O que você fez, Bitch! – Terry me puxou pelo tornozelo e eu caí no chão também.

            Ela pulou em cima de mim e começou a puxar meu cabelo loucamente enquanto eu me debatia contra o chão e tentava afastá-la de mim. Até que eu consegui chutar sua barriga e ela voou para longe batendo na outra parede do banheiro.

            - Sua maluca. Você chutou meu bebê! – Disse e pôs a mão em sua barrigona.

            - Ai meu deus, me desculpe! – Falei preocupada com a criança e andei até ela, pondo a minha mão em sua barriga que já estava grande.

            - Larga a minha barriga. – A vaca exclamou e me deu um tapa, que me fez cair no chão.  – Eu sempre soube qual é a sua, Emma. Eu sei que você é completamente apaixonada pelo meu marido! E sempre tentou tirá-lo de mim!

            - Eu nunca tentei tirar seu marido de você, sua paranóica! – Falei me levantando. – Eu só achei que ele merece alguém muito melhor que você! Você o traiu, Terry! E depois veio com essa história de bebê...

            - O bebê é dele, está comprovado!

            - Você pode ter falsificado o teste!

            - Escuta aqui, - ela puxou meu cabelo pra perto dela – não mete o nariz onde não é chamada! – Após falar isso, me empurrou pro chão.

            - É claro que o bebê é do amante! Esse era o jeito de o Will voltar para você! – Exclamei ainda no chão.

            - Pois saiba querida, que o Will se declarou para mim antes de sabermos o resultado!

            - Ele não fez...

            - Fez, fez sim!

            - Mentirosa! – Pulei em cima dela com todas as minhas forças e nós caímos no chão. Eu puxava o cabelo dela com todas as minhas forças.

- Meu bebê! Você vai matá-lo! – Ouvi ela exclamar.

            Tirei as luvas e comecei a dar tapas e arranhões nela.

            - Para! Para, eu confesso! O meu filho não é do Will! – Ela se rendeu e eu parei de dar tapas e arranhões nela. Fiquei a encarando surpresa. – Sai de cima de mim!

            Eu me levantei e coloquei as luvas me recompondo.

            - Não acredito! Você confessou!

            - Feliz? Eu tenho que sair daqui! – Disse ela apressada, enquanto arrancava um colar de pérolas rosa que usava.

            Saiu correndo do banheiro com sua cara toda machucada, graças a mim.

            - E eu tenho que ir ver o Will! – Falei sozinha e também saí do banheiro.

            Rachel's POV

            Saltei do carro e dei uma longa inspirada. Estava com saudades do ar fresco.

            - Chegamos! - Exclamou Jesse, também saltando de seu peugeot 207.

            Olhei para aquele imenso casarão e fui até a porta, sendo seguida por Jesse.

            - Vovó? Sou eu! - Falei, batendo na porta.

            Poucos segundos depois a porta se abriu. Mas do outro lado, não estava minha avó e sim um alto garoto loiro.

            - Ah, oi. - Falei desconfortante. - A minha avó está aí?

            Assim que o garoto abrira a boca para me responder, uma senhora baixinha e gorda veio correndo.

            - Oh, minha fofurinha! - Exclamou minha avó, que estava parada em minha frente, puxando minhas bochechas.

            -Oi vovó. - Eu disse envergonhada pelo garoto loiro e desconhecido ter presenciado isso.

            - Bom, eu vou indo. - Falou o desconhecido, que também parecia envergonhado por ter visto isso.

            -Ok. Tchau!

            -Tchau, Dna. Glória. - Disse o menino saindo da varanda e sumindo pela neblina que tomou o gigantesco gramado em volta da mansão.

            Vovó me chamou para entrar sem notar Jesse, aparentemente.

            - O nome dele é Sam, se a memória não me falha. Meu vizinho. Pediu um emprego de jardineiro aqui para "descolar uma graninha". Educado o rapaz, devia namorá-lo.- Minha avó estava mesmo empurrando um garoto que eu nem conhecia, para cima de mim? Ri de nervoso com essas palavras.

            - Vovó, eu já estou namorando. - Ela estava de costas para mim, arrumando a toalha de mesa, que se encontrava no meio da sala.

            - Sério? E quem é o felizardo?

            - E o Jesse. - Puxei ele para perto de mim, pelo ombro.

            - Você fala como se eu conhecesse! - Virei a senhora para nós, pelo ombro.

            - Ah! - Ela olhou para o rapaz ao meu lado com alegria.

            - é um prazer conhecê-la, Dna. Glória. - Ele estendeu a mão para a senhora na sua frente.

            - Não seja tímido, querido. Venha cá! - Ela puxou ele pela sua mão estendida até ela e o esmagou em um abraço.

            - Há bastante tempo que eu não há vejo, estrelinha! - Disse ela terminando de ajeitar a toalha. - Veio me mostrar o namorado? - Perguntou ela indo até a cozinha. Esperei ela voltar para responder.

            Glória voltou com três xícaras e três pires na mão.

            - Quer que eu te ajude? - Jess perguntou, já tirando alguns objetos de sua mão.

            - Acho que vou gostar de ter Jesse por perto. - Falou e deu uma risada escandalosa.

            - Na verdade eu vim aqui porque quero te perguntar uma coisa. - Falei rápida e nervosamente.

            - Sei. - Ela parou de fazer o que estava fazendo e me encarou, séria. - Sempre tem que ter algum motivo, não é? - Perguntou retoricamente e voltou a colocar a ultima xícara em cima da mesa. Depois entrou na cozinha de novo. - A sua mãe também, a mesma coisa. E a sua tia então... - Continuo falando, de dentro do outro cômodo.

            Ela voltou para sala com uma chaleira e voltou a me encarar com desdêm. Eu estava morrendo de nervosismo. Então, Glória começou a rir escandalosamente.

            - Só estou brincando com você. -Disse a simpática senhora que enchia as três xícaras. - Sentem-se. - Disse ela que se sentou na ponta direita da mesa. Eu sentei na primeira cadeira do lado direito e Jess sentou de frente para mim.

            Glória passou a mão em seu cabelo castanho tingido, que ela jura ser natural e depois olhou para mim, indicando que era a hora de eu falar.

            - Bom, você não deve saber, mas eu saí da casa de Emma.

            - Não! Por quê?!

            - é que, eu descobri que, a Emma não gostava da minha mãe, e nem queria ficar comigo!

            - O que?! Querida escute, a relação de Clare e Emma nunca foi das melhores, eu sei. Nem eu me dava muito bem com sua tia, mas se uma coisa é certa, é que Emma te ama tanto quanto eu.

            - Mas ela escreveu no diário dela, na noite em que minha mãe morreu que...

            - Na noite em que sua mãe morreu os nervos de Emma estavam a flor da pele.

            - Chegamos no ponto em que eu queria chegar. - Disse eu. - O que você disse para minha tia aquele dia, que fez ela ligar para a mamãe esbravejando, que fez ela ficar tão atordoada que causou o acidente? - Vovó engoliu em seco essas palavras.

            - Em primeiro lugar, sua tia não foi a causa do acidente de seus pais. Quero deixar isso bem claro. E em segundo, você já está indo longe demais com essa história! - A senhora bateu na mesa e se levantou.

            - A senhora não respondeu minha pergunta!

            - E nem vou! Isto não é da sua conta!

            - Deve ter um motivo horrivel para você não querer me dizer. O que a mamãe disse? Em? Se você não me disser eu vou embora agora,  para nunca mais voltar. - A senhora continuava imóvel. Um... dois... três... quatro... cinco... - me levantei da cadeira. - Vamos Jesse. - Ele se levantou e nós fomos em direção a porta, quando uma voz começou a falar rapidamente.

            - Ela disse que o maior arrependimento da vida dela, foi ter pedido para mim e seu avô, um irmão!

            Parei no meio da sala. Minha mãe disse mesmo essas cruéis palavras?

            - Eu não falei para sua tia exatamente. Ela estava fazendo uma das suas raras visitas para cá e ouviu eu falando isso no telefone.

            - E o que ela fez?

            - Pegou o telefone da minha mão e ligou para sua mãe, para lavar a roupa suja. Depois eu a expulsei daqui e faz quase um ano que eu não há vejo.

            - Mas... você estava cuidando de mim no dia do acidente.

            - Você sabe que seu pai tinha muito dinheiro. Ele me mandou um jato particular naquele mesmo dia e eu fui para frança. No hospital sua mãe disse que pensou no que Emma disse para ela pelo resto do dia e que queria se redimir mandando seu bem mais valioso para ela, ou seja, você. Eu, assim como você, culpei Emma pela morte de Clare, mas me arrependo de tudo isso e faria de tudo para me redimir.

            - Mas pra quê essa rixa toda? Porque as duas nunca mantiveram uma boa relação?

            - Isso só as duas podem responder. Eu, em partes tive um pouco de culpa, pois sempre disse a Emma que ela tinha que ser mais como Clare, o que gerou ciúmes. A rixa delas era tão grande que dês de que a mais velha foi para frança, nunca mais voltou.

            - Mas...

            - Mas o que Rach? Não tem mas! Eu só tenho mais uma coisa pra te falar. Faça as pazes com a sua tia. Se não você vai perdê-la, como eu.

            - Obrigada vovó! - Abracei ela e a beijei na bochecha. Ela se despediu de Jesse e nós voltamos para o carro. Valeu muito a pena faltar a aula para ter essa conversa. Mesmo sendo curta.

            UMA SEMANA DEPOIS

            Santana's POV

            Matar aula tem suas vantagens. A primeira, você pode fazer o que quiser pelos corredores do colégio, sem ter ninguém para julgar você. A segunda, você pode arrombar o armário de seus inimigos e botar coisas nojentas e/ou perigosas lá dentro. Mas a melhor é, você pode acabar encontrando gente fazendo coisas erradas (sem ser matar aula junto com você) e chantageá-las com isso. Porque mesmo sem meu uniforme das cheerios, eu ainda mandava nessa escola (depois da vaca da treinadora Sue, claro.)

            Dês de que eu automaticamente saí das líderes de torcida por ter cantando um dueto com a Britt na frente da escola toda, minha vida só piorou. Britt brigou comigo, Mr. schue sofreu um acidente e um gorducho nojento veio substituí-lo, Britt voltou com o babaca do namorado dela e o pior, eu me peguei apaixonada por Britt.

            Lá estava eu, dando uma escapada da aula de geografia. Passeando casualmente pelo corredor com uma sacola que continha um animal nojento e perigoso, para se eu por acaso esbarrasse com a sala de Sandy. Acidentalmente eu fui parar na escada de incêndio, onde eu, sem me dar conta ia descer para o primeiro andar, onde ficava o escritório do novo diretor do ND, quando eu vi, em frente a escada, em pleno horário escolar, dois nerds se beijando fora de sala em pleno horário escolar. Antigamente eu poderia só chatagea-los e fazer com que eles fizessem meu dever de casa, mas eu posso muito mais agora, já que esses nerds eram Artie e Tina! Eu sorri com a cena dos dois cadeirantes se beijando. Me escondi atrás de uma parede, peguei meu celular e tirei a foto que ia acabar com Bartie de uma vez por todas.

            Artie's POV

            Sei que o que eu estava fazendo era muito errado. Brittany era uma fofa e muito carinhosa, sem falar que era impossível não notar sua beleza, mas eu me envolvi pela Tina de uma maneira que eu não consegui resistir. Dês de semana passada que nós mantemos um affair. Ela era mais parecida comigo do que a outra e eu sentia que era para ser. Com Britt, eu me sentia em uma fantasia, eu sempre me sentia por baixo quando nós trocávamos carinho em público. Ela era linda, poderia arranjar alguém no padrão dela o que não era o meu caso.

            - Artie. - Ofegou Tina, ao soltar seus lábios dos meus, em frente a escada de incêndio. - Isso não é certo. Nós dois temos namorados incríveis e não podemos mais enganá-los desse eito.

            - O que você quer dizer com isso? - Perguntei sem fôlego.

            - Ou a gente termina isso que a gente tem, ou contamos tudo a Mike e Brittany.

            - Eu também estava pensando nisso, mas fiquei com medo de se falar para você escoher entre mim e Mike, você o escolhesse.

            - Mike foi ótimo, mas eu sinto que se nós acabamos ficando juntos de alguma forma, é porque esse é o caminho que devo seguir. Sem falar que dois asiáticos juntos é bem clichê, não acha? - Eu ri com essa pergunta e ela me acompanhou.

            Brittany's POV

            Eu estava faltando a aula de países, porque tinha que entregar meu uniforme das cheerios de volta para a diretora Sue. Então fui no vestiário das líderes de torcida fazer isso. Então Sant chegou lá e jogou uma sacola no lixo do vestiário.

            - Britt, eu tenho que te falar  um negócio!

            - Como assim, você tem?

            - Hã?

            - Você vai morrer se não me contar o que você quer me contar?

            - Não...

            - Então você não tem que me contar.

            - Ta. Enfim... - nesse momento algumas cheerios entraram no vestiário e ela me puxou para fora de lá, onde o corredor estava vazio. - Eu quero que você veja uma coisa no meu celular. - Ela falou e tirou o telefone dela da bolsa que ela usava que em uma mochila.

            Nessa hora, meu fofuxo chegou arrastando sua cadeira pelo chão e eu corri para beijá-lo. Agora que eu descobri que ele não é um robô eu posso fazer isso, porque se ele fosse, eu iria levar um choque na boca.

            - Britt-Britt, eu tenho que te falar uma coisa.

            - Me desculpa Artie, mas eu cheguei primeiro. - Sant falou.

            - Isso é um jogo? Porque eu cheguei primeiro aqui, então eu ganhei. - Falei feliz da vida.

            - Não se preocupe Santana, o que eu tenho para falar com ela é rápido.

            - Artie, você tem duas opções,. Ou você fica aí sentadinho (como se você tivesse outra alternativa) - ela sussurrou dando risinhos - esperando a sua vez de abrir a boca ou você me desobedesse e acaba parando em uma caçamba de lixo eletrônico, robocop gay!

            Meu fofuxo olhou para o chão com medo. Ele não sabia que Santana só estava brincando.

            - Bom Britt, eu quero te mos...

            - Brittany, eu quero terminar! - Artie gritou antes que Sant terminasse de dizer o que ela queria.

            - Eu - avisei. - Disse Sant andando até Artie, que estava indo para trás com a cadeira. Meu fofuxo estava morrendo de medo, que nem todas as pessoas da escola tinham da Santana. Eu era a única que sabia que Sant era tão mansa quanto um dinossauro que come plantas.

            Eu pulei na frente de Santana antes que ela chegasse muito perto de Artie, para deixá-lo mais tranquilo.

            - Como assim terminar Artie? Terminar é uma palavra muito diversificada.

            - Você sabe essa palavra? - Perguntou meu fofuxo, surpreso.

            - Eu a ensinei. Não confia na inteligência da sua namorada, babaca? - Perguntou Santana.

            - Não, eu adoro a Britt.

            - Como assim terminar, fofuxo? Terminar um livro? Um filme? Aquela nossa rapidinha na sua casa?

            - Eu quero terminar... o nosso namoro. - Disse ele.

            - O que? Por que? - Perguntei quase chorando.

            - Porque ele é um babaca.

            - Cala a boca Santana! - Artie gritou. Eu também queria que ela ficasse quieta.

            - Por que você não quer mais namorar comigo? Você disse que me adorava!

            - Ele mentiu. - Sant voltou a falar.- Deixa eu te mostrar...

            - Eu não quero ver! - Gritei para ela. - Você mentiu Artie?

            - Não, eu realmente te adoro. E eu já te amei muito Britt, mas antes de você, eu já sentia algo pela Tina. Eu nunca pensei que esse sentimento dormisse dentro de mim, e muito menos que ele pudesse despertar algum dia.

            - Ti- Tina? - Perguntei, já chorando.

            - Ta vendo Britt? Esse desgraçado não te merece!

            - Para de falar Santana, eu não quero mais te ouvir! - Eu saiu correndo chorando.           

            Santana's POV

            Agora era só eu e Artie naquele corredor deserto, e eu podia me vingar de tudo que ele fez para Britt.

            - Você partiu o coração dela, - falei e aproximando dele lentamente, enquanto ele ia para trás com a cadeira, também lentamente - e agora... eu vou partir você! Ah!

            Eu pulei para cima dele, só que o desgraçado inclinou a cadeira para cima e eu bati com o queixo no objeto, caindo no chão.

            - Ah! - Gemi de dor ao sentir minha mão ser esmagada por uma das rodas da cadeira daquele babaca.

            - Ops, desculpa. - Disse ele, indo para trás e libertando minha mão.

            Eu me levantei e olhei para todos os lados, checando se alguém viu aquela deplorável cena. Por sorte o corredor continuava deserto. Me virei para trás do babaca e vi que minha bolsa tinha caído comigo e tudo que estava dentro dela estava espalhado pelos corredores. Me abaixei e catei tudo, só faltava meu celular. Me virei de volta para aquele babaca e vi que meu celular estava em suas mãos.

            - Me devolve isso, ou... - ele levantou os olhos que antes estavam vidrados na tela de meu celular e olhou para mim, gozadamente.

            - Ou você vai fazer uma dessas suas performances de novo? - Eu revirei os olhos ao ouvir isso. - Santana, o que é isso? - Ele perguntou, mostrando a foto do beijo "Artina" que estava no meu celular.

            - Porque eu deveria te dar satisfações, robocop gay?

            - Era isso não era? Era isso que você queria mostrar para a Britt. - Eu continuei parada feito uma pedra em sua frente. - Por que você faz isso Santana? Se você se diz amiga da Britt, porque está sempre a enganando ou...

            - Eu não há engano seu idiota! Me da meu celular! - Puxei o objeto com todas as minhas forças da mão dele e quando eu o obtive, Artie quase caiu para trás.

            - Você não respondeu minha pergunta. Por que você faz isso com a Britt?

            - Eu só estava tentando abrir os olhos dela. Porque eu me importo com ela, diferente de você! - Eu me virei para ir embora, quando ouvi  a voz dele soando atrás de mim.

            - Você ama ela não é? - Eu parei de repente, ao escutar estas palavras, mas não respondi. - Se quer uma dica, abra seu coração para ela. Eu sempre desconfiei que ela sentia algo por você. - Neste momento eu me virei para trás e vi ele de costas, saindo do corredor.

            - Hey Artie. - Eu falei e ele se virou para mim. - Acho bom você fazer todo o meu dever de casa até o ultimo dia de aula, ou os professores vão saber que você e sua namoradinha estavam dando umas escapulidas da aula, para ficar de namorico.

            - Tchau Santana. - Ele respondeu rindo, mas eu sabia que no fundo ele levou a sério, se virou e continuou seu caminho.

            O pior era que esse sujeitinho nojento tinha razão. Estava na hora de eu me abrir para a Britt, de novo.

            Eu me virei para seguir o meu caminho, quando "BUM". Um baque ecoou por todo o colégio. Mas veio exatamente do corredor atrás de mim, o deserto.  Vários gritos começaram a ecooar também. Virei para trás e vi uma fumaça verde, que estava tomando conta de todo o corredor, e várias cheerios saindo correndo do vestiário que eu estava com a Britt, minutos antes. Era exatamente o que eu pensava, quando eu vi um vulto preto correndo para fora do local, e todas as garotas berrarem ainda mais. Era o animal nojento e perigoso que eu ia jogar na sala de Sandy, mas acabei por deixar na lata de lixo do vestiário. Um cangambá que tem raiva, e eu ainda dei café para ele, deixando-o hiper ativo. Por isso que quando ele corria eu só via um vulto preto. Peguei uma máscara de oxigênio, que eu tinha na minha bolsa, exatamente por essa ocassião. Segui meu caminho com um sorriso estampado no rosto, pensando na hipótese do animal machucar alguma das cheerios e elas não poderem competir na competição das Cheerios que Sue continua a campeã invicta por sete anos.

            Logo a escola foi evacuada, além de ser tomada por inteiro pela fétida fumaça verde. Todos os alunos foram retirados e o estacionamento estava lotado de pessoas assustadas e ao mesmo tempo excitadas,pois não era todo dia que isso acontecia. Um murmúrio ja se  fazia presente, pelo estacionamento lotado. Os professores não eram os melhores do mundo, portanto, todos pegaram seus carros, taxis... e foram embora.  Os alunos que dirigiam (meu caso), não tiveram a mesma sorte, pois teriam que passar na revisão do vice-diretor Figgens (o único adulto que ficou, por falta de opção ). O objetivo dessa revisão, era a descontaminação dos que entraram em contato com a fumaça soltada pelo cangambá. Não que aquilo fosse tóxico, mas a equipe dedetização saberia como tirar o cheiro de uma forma mais eficiente do que banho com molho de tomate.

            Depois de dez minutos, a dedetização  chegou e Figgins foi falar com eles atônito. Aproveitei essa chance para fugir, mas antes, tive que procurar a Britt. Acabei por achá-la no muro esquerdo da escola, chorando sozinha.

            - Britt?

            - Oi Sant. Se não se importa, eu prefiro ficar sozinha.

            - Britt, eu sou sua amiga. Eu sirvo para te consolar quando você estiver triste.- Disse me sentando ao seu lado.

            - Mas eu não quero que você fale mal do Artie. Eu não estou com raiva dele.

            - Como não falar mal? Él es un maricón reprimido, ocultan su sexualidad a través de las chicas guapas como tú.  (Ele é um boiola reprimido, que esconde sua sexualidade através de garotas lindas como você.)

            - Mas Sant... - ela aprendeu espanhol por minha causa. Eu ensinei para ela, isso só serve para mostrar que eu sou muito melhor do que esses professores deste colégio que não conseguem ensinar nem uma palavra para Britt e ainda acham que ela é burra. - mesmo ele tendo quebrado meu coração, ele foi meu primeiro amor.

            - E daí?

            - E daí que a gente nunca esquece o primeiro amor. Você não me esqueceu!

            - Co-Como você sabe?

            - Você acha que eu sou burra.

            Realmente, Britt não era burra. Ela tinha a inocência e a inteligência de uma criança.  Fala um bando de verdades de forma natural e espôntanea, sem nem se dar conta.

            Apesar de Britt não ter sido a minha primeira relação, foi a primeira pessoa que eu amei de verdade. A primeira pessoa por quem eu senti algo alem de prazer.

            - Não. Mas o que eu vim falar foi exatamente sobre isso. Agora que você abriu seus olhos e se livrou daquele babaca, eu acho que é a hora certa de eu me abrir. Dês daquele dia em que nós cantamos o dueto na frente de todo o colégio, eu percebi uma coisa. Depois que você saiu da cabine atrás do auditório, eu fiquei com medo de te perder. Eu achava que ser popular era a única coisa que importava, mas você abriu meus olhos. No Glee eu fiz muitos amigos verdadeiros, e isso importa bem mais do que ser respeitada pelos corredores e que os olhares assustados dos underdogs. Mas o que mais importa para mim Britt, é você. Eu não queria te perder, por isso eu voltei atrás. A ração de eu agir como a bitch mor da escola, é porque eu tenho raiva de mim mesma por ter esses sentimentos por você.

            - Eu acho que eu me perdi...

            - Olha Brittany, eu te amo. E estou disposta a encarar todos os xingamentos e provocações, tudo que podem fazer comigo, para ficar com você! Brittany, você é o que mais me importa neste mundo!

            - Como se você fosse deixar eles falarem alguma coisa de você. - Disse Britt, rindo.       

            - Eu sei, mas eu tenho medo do que vão falar atrás de mim. Mas, ao mesmo tempo eu tenho que aceitar que eu te amo. E o amor que eu tenho por você é muito maior do que o medo que eu vou sentir. Eu quero só você. Não o Puck, o Finn ou qualquer outro menino. De todas as relações que eu tive, você foi a única verdadeira. Você é a única para mim, sempre foi.  Eu demorei muito para perceber isso, e acabei te perdendo, mas eu quero você de volta. Diga que me quer também. Por favor. - Meus olhos estavam aguados, eu não tinha medo de chorar. Não na frente dela.

            - Como assim querer? Pode se comprar uma pessoa?

            - DIGA QUE ME AMA BRITTANY! - Berrei e logo tampei a boca, com medo das pessoas terem me ouvido.

             - Claro que eu te amo. Eu amo. - Disse na maior naturalidade. Ela não se assustava com a minha atitude bitch e nem quanto eu me descontrolava, que eu só me permitia fazer na frente dela. - Mas eu ainda não esqueci o Artie.

            - Artie? - Perguntei como quem não acredita no que ouve, o que era o meu caso.

            - O que houve entre mim e ele ainda é muito recente. Eu preciso de um tempo para por as coisas no lugar. Esse foi o meu primeiro namoro de verdade, e era perfeito. Não acredito que acabou assim. - As lágrimas dela voltaram e as minhas continuaram a cair, só que em dobro. - Quando eu me recuperar, e, ainda tiver a sorte de você estiver solteira... -disse enxugando as lágrimas e pondo a mão no meu ombro, com um sorriso fofo, típico dela, mas eu recuei, mesmo amando aquele sorriso.

            - No!  - Falei, com o sangue borbulhando de raiva. Na verdade, eu queria transparecer raiva, porque era impossível sentir raiva de uma criatura tão doce.

            - Eu serei sua. - Ela continuou, sem se importar com meu surto repentino. - Orgulhosamente.

            - ¿En serio? Wow! Tengo muchas ganas de ser la segunda opción de una niña estúpida que prefiere a un hombre gay que le dejó por un traveco Asia, que alguien que, por alguna estúpida razón que él la ama y le abrió su corazón a ella, diciendo a sus sentimientos más profundos que nunca pensó iba a decírselo a alguien. (Sério? Uau! Realmente eu quero ser segunda opção de uma menina estúpida que prefere um gay que a trocou por um traveco asiático, do que alguém que, por algum motivo estúpido a ama e que abriu seu coração para ela, dizendo seus sentimentos mais profundos que ela nunca pensou que ia dizer a alguém.)

            - Sant, eu...

            -Brittany se me olvida. Olvídate de todo lo que he dicho. Yo nunca mancillar mi reputación con un chico, como tú. (Me esquece Brittany. Esquece tudo que eu falei. Nunca que eu ia sujar minha reputação com uma sujeitinha, feito você.) - Saí correndo chorando. Tenho que dizer tudo aquilo foi uma das piores experiências da minha vida. Mas foi a minha maneira de recuar. Logo depois que eu disse todas aquelas coisas para a Brittany, eu percebi que eu não estava pronta para me assumir. Eu tinha que retirar tudo o que eu disse,  e aquela foi a minha deixa.

            Me infiltrei no meio daquelas pessoas e entrei em meu carro. A medida que eu ia me aprximando da rua, as pessoas corriam para sair da minha frente assustadas. No meu estado emocional, eu podia muito atropelar alguém se ficassem na minha frente.

            Emma's POV

            Entrei apressada e eufórica no quarto de Will. A confissão de Terri foi um presente para mim, mas com certeza, seria horrível para o Will. Bem ou mal, aquela era a muher que ele amava. Eu teria que ir com calma até soltar a bomba. Afinal ele ia ter que recomeçar. Estava sem carro, sem emprego e sem a mulher que amava, pois eu tenho quase certeza que ela fugiu.

            - Will? -Pus a cabeça para dentro do quarto. Ele estava sentado na cama, com a roupa do dia do acidente, sorrindo para mim.

            - Emma, entre.- Dei um beijo na bochecha dele, e ele fez o mesmo comigo.

            - Porque está todo arrumado?

            - Eu vou ter alta hoje! - Ele disse animado e eu não escondi o sorriso com a notícia. - Só estou esperando a Terri vir me buscar. Ela não apareceu para me visitar nessas duas semanas e eu fiquei preocupado. Liguei para ela avisando que ia sair daqui e ela me disse que vinha me buscar.

            - Bom Will, creio que você não pode contar com a presença da Terri, tão cedo. - Falei lentamente, tentando manter a calma.

            - Por que? O que aconteceu com ela? - Disse ele eufórico, se levantando da cama e correndo até a porta, mas acabou caindo no meio do caminho.

            - Will, você está bem? - Perguntei preocupada, levantando-o e pondo ele sentado na cama de volta.

            - Sim. Eu só esqueci que na primeira semana eu terei que ficar de muletas. Pode pegá-las para mim? - Perguntou ele apontando as muletas com a cabeça. Eu as levei até ele que se levantou e disse com mais calma dessa vez. - O que aconteceu com a Terri, Emma?

            - Eu te levo para casa. Lá eu te conto

            Nós fomos no carro, conversando. Eu me desculpei por não ter ido visitá-lo mais vezes, depois daquela curta e confusa visita. E expliquei tudo o que houve entre mim e Rachel, graças a Sue. E ao citar o nome desse diabo em forma de gente, eu me lembrei de ela ter demitido ele, e foi com o coração apertado que eu o dei a notícia. Mas ele não me pareceu tão preocupado quanto quando eu citei a Terri no hospital.

            Chegamos a sua casa, que continuava igualzinha como da primeira vez que eu fui lá. Ainda tinha aquele aroma doce e enjoativo e a maioria dos móveis eram floridos ainda. Isso para provar como Terri tinha mal gosto.

            Sentei ele no sofá e me sentei ao seu lado.

            - Então Emma, o que aconteceu com a Terri? Ela está bem?

            - Sim Will. Ela está ótima. Era isso que você queria saber? Sim? Então meu trabalho aqui terminou. Tchau. - Falei apressada.

            - Espera Emma. Então por que você disse aquilo no hospital?

            - Eu...me exaltei Will. Era só uma suposição. Quem sou eu para afirmar tal coisa?

            - E por que você supôs isso? - Ele perguntou.

            - Bom, é complicado. Hoje no banheiro, a gente se encontrou, e... Ah, por falar em banheiro, você já viu aquele anuncio de desemtupidor elétrico? Eu com certeza quero um e... -falei rapido me enrolando nas minhas próprias palavras.

            - Fala de uma vez Emma! - Ele exclamou sem paciência.

            - Euachoqueaterrifugiu! - Falei rapidamente grudando as palavras.

            - Você o que?!

            -Eu.. eu acho que... que a Terri... fugiu!

            Ele saiu correndo com as muletas até algum comodo e eu o segui gritando para ele não fazer nenhuma loucura. Mas aparentemente Will entrou no quarto dele com a esposa e abriu o armário. Todas as coisas de Terri haviam sumido.

            Will perdeu o controle das pernas e caiu no chão, chorando. Eu me ajoelhei ao seu lado.

            - Tudo vai ficar bem.

            - Por que ela fez isso comigo? Por que? A nossa vida era ótima! Dês de que nós voltamos por causa do bebê...

            Minha garganta deu um nó ao ouvir o bebê ser citado na conversa. Eu teria que contar a verdade para o Will alguma hora. Mas seria essa?

            - O que houve Emma?

            - Hã? Nada, por quê?

            - Você ficou distante por um momento... - Disse ele pensativo e depois concluiu. - Você sabe alguma coisa sobre o meu filho?

            - Não. Por-por que eu saberia?

            - Claro que você sabe, Emma!  Fala o que você sabe! Eu mereço saber!

            - Ta bom Will! Eu e a Terri brigamos, hoje, no banheiro. Aliás a Sue me demitiu e pôs ela no meu lugar, acredita? - Falei mudando de assunto.

            - Fala Emma!

            - Na briga... ela confessou que o filho...

            Eu nem precisei terminar de falar e Will já estava chorando.

            - Por que ela fez isso comigo Emma? Por que? Tudo parecia tão perfeito. - Ele me abraçou, desesperado e eu dei palmadinhas em suas costas dizendo que tudo ia ficar bem. Silenciosamente, também estava chorando.

            W˜E˜W˜E˜W˜E˜W˜E˜W˜E˜W˜E

            Lá estava eu, me olhando no espelho. Este dia, que podia ser o dia mais feliz da vida de muitas mulheres, seria o pior da minha. Então a porta atrás de mim se abriu. Me assustei quando vi nada mais do que as duas pessoas que mais me odiavam, entrando pela porta. Elas vieram até mim e param a passos das minhas costas, senti as duas encararem meu reflexo no espelho.

            Respirei fundo, tomei coragem e me virei para elas.

            - Então, o que querem? Se vieram se juntar para infernizar minha vida, saiba que chegaram tarde. Eu já estou apodrecendo no inferno.

            As duas se entreolharam e deram um sorrisinho besta.

            - Pela mãe de deus Emmy! Nem no dia do seu casamento, você amolece esse seu coraçãozinho! - Falou minha mãe, me abraçando. - Que saudades da minha rabujentinha! -

            - Você? - Perguntei apontando para Rachel.

            - Sim. - Falou ela, pondo a mão no ombro da mamã, que entendeu que era para me desgrudar. - Você acha que eu ia perder o dia do seu casamento? - Desta vez, foi Rachel que me abraçou. - Sinto muito, tia. Será que eu posso voltar a morar com você?

            - Pode? Você deve morar comigo. - Respondi sorridente.

            - Abram espaço para mim, gente. - Disse mamãe, apertando nós duas em seu típico abraço. - Emma, eu sinto muito por ter sido uma mãe horrível para você nestes anos. Estar no dia mais importante de sua vida, foi a melhor maneira de me desculpar. - Ela continuou, assim que nós três nos desgrudamos. - E aliás, você deixou seu cabelo crescer bastante! Tá lindo! - Comentou ela.

            - Na verdade o meu cabelo continua o mesmo. Isto aqui é aplique! - Eu expliquei. O aplique gigante que eu coloquei ia até a bunda e terminava encaracolado.

            - Emms, - minha mãe falou - eu quero que você fique com isso!  - Ela me mostrou um colar, e colocou em meu pescoço. Era branco e de perólas. - Minha avó deu para minha mãe, que me deu e eu pensei em dar para a sua irmã, mas seu pai, já falecido me convenceu do contrário. Ele disse que era caro demais, que ela podia não dar devido valor... Enfim, eu o guardei. E agora eu estou dando para você, porque, você merece.  Mesmo comigo e todo mundo querendo te botar para baixo, você superou e deu a volta por cima. - Ela disse chorando,assim como eu. Uma pena que esse momento tão lindo era apenas para celebrar o dia oficial da minha ruína, mas mamãe não sabia disso.

            - Tudo bem. Parem de chorar que vai borrar a maquiagem. - Disse Rach, que também estava com os olhos aguados. - Vamos indo. A propósito tia, eu perguntei pro Ken se ele já tinha padrinhos e ele disse que não, então eu e Jess nos oferecemos.

            Rachel usava um vestido de madrinha, eu que não reparara. Era de seda, tomara que caia e lilás. Mamãe, usava um vestido preto e florido.

            - Ok, vamos! - Disse eu com um falso sorriso.

            - Mas um abraço para dar sorte. - Sugeriu mamãe e nós duas fomos esmagadas pelos abraçados de dona Glória.

            Nós saímos do meu quarto e mais tarde, do prédio. Na rua, Jesse nos esperava com seu carro. Nós entramos e chegamos na porta da igreja. Rachel disse para eu esperar, porque a noiva tem que entrar sozinha na igreja. Pelo menos foi o que ela disse.

            Depois de dez minutos, (foi o que Rach recomendou) eu entrei na igreja, como uma típica noiva clichê. Toda de branco com um véu gigante e a cauda do vestido maio ainda. Andei lentamente até o altar. Com o típico sorriso no rosto (segurando para não chorar da minha desgraça) e um buquê de rosas brancas na mão.

                        Olhei para quem estava presente lentamente. Todos do corpo docente do McKinley High estavam lá, menos obviamente, Terri. Até Sue estava lá para rir da minha cara. Alguns alunos do time de futebol também estavam (devem ter sido ameaçados por Ken), mas, meu coração só apertou quando eu vi Will, de muletas. Ele veio para a minha desgraça. Isso era ainda mais humilhante do que o próprio acontecimento. Eu até já me prepara com antecedência física e psicológicamente para ter que beijar Ken, que estava a metros de mim, com um terno azul bebê que mal cabia nele e deixava o final de seu barrigão de fora. Eca!

            Ele estendeu a mão para mim, para eu subir no altar, mas eu recusei a ajuda. Pegar na mão suada e nojenta do Ken, sem uma luva? Nunca!

            Eu fiquei ao lado dele e o padre começou o famoso discurso.

            - Noivos caríssimos, viestes à casa da Igreja para que o vosso propósito de contrair Matrimónio seja firmado com o sagrado selo de Deus, perante o ministro da Igreja e na presença da comunidade cristã. Cristo vai abençoar o vosso amor conjugal.
Ele, que já vos consagrou pelo santo Baptismo, vai agora dotar-vos e fortalecer-vos com a graça especial de um novo Sacramento para poderdes assumir o dever de mútua e perpétua fidelidade e as demais obrigações do Matrimónio. Diante da Igreja, vou, pois, interrogar-vos sobre as vossas disposições. Ken Zhu Tanaka  e Emma May Pilsburry, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

            -Sim - Falou Ken animado e eu acenei com um sorriso constrangedor. O padre deve ter percebido que eu realmente não queria me casar, portanto insistiu no assunto.

            - Srta. Pilsburry?

            - Sim, claro! - Respondi com falsa animação.

            - Vós que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?

            - Sim. - Eu e Ken respondemos em uníssono.

            - Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?

            - Sim. - Desta vez eu que falei primeiro, enojada com a idéia de ter filhos com Ken, mas falei. Ele fez uma careta, pôs queria seguir a religião esquisita do país dele. Eu dei uma cotovelada em seu braço, para ele dizer sim de uma vez, para parar de passarmos vergonha na igreja e desta vez ele que concordou com a cabeça. Mas o padre resolveu parar de ser chato e não perguntou duas vezes desta vez.

            - Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.
                        Ken esticou a mão para eu dar para ele e eu exitei primeiramente.

                        - Srta. Pilsburry? - O padre perguntou. Eu fiz uma careta de nojo e dei minha mão para ele.

            -Eu Ken Zhu Tanaka, recebo-te por minha esposa a ti Emma May Pilsburry, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença,
todos os dias da nossa vida.

            - Eu Emma May Pilsburry, ... não posso fazer isso. - Completei e ouvi um Oh, de todos, menos do padre que parecia conformado e do Ken, que queria manter a posse de macho.

            - Como assim? - Ele sussurrou.

            - Sinto muito Ken, eu não posso fazer isso com você. Eu nunca quis este casamento. Você sempre soube disso. E se a gente se casar, não seria justo com nenhum de nós.- Disse com lágrima nos olhos.

            -Mas Emma... - eu saí correndo da igreja, chorando.

            Will's POV

            Depois da Emma ter fugido, Ken teve um acesso de fúria e começou a chutar e bater nas paredes. Tiraram ele de lá, à força e eu e Rachel saímos em busca da tia dela. Já estávamos andando pela cidade no carro de Jesse, há horas.

            - Para alí! - Rach apontou para um bar, pela janela.

            - Rachel, acho que a Emma não iria para um bar...

            - Só confia em mim, Mr. Schue.

            Jesse parou o carro na frente do tal bar e nós três descemos. Ela se ajoelhou em frente a um colar no chão.

            - O colar dela. - A menina falou e virou sua cabeça automaticamente para a porta do bar.

            - Não custa nada tentar. - Eu concluí e nós três entramos.

            A visão que eu vi quando entrei, não foi nem um pouco agradável. Emma estava em pé em uma mesa.

            - Oi genteeeee! Tudo beeeeem? - Ela respondeu embriagada.

            - Tudo!

            - Eu abandonei meu noivo no altar hoje!  Vocês deviam experimentar fazer isso um dia! Dá uma sensação de liberdade, sabe...

            Todos riram com o comentário sem graça de Emma.

            - Hit it! - Ela berrou e uma música começou a tocar, com várias luzes. Ela começou a fazer uma coreografia ensaiada junto com outras mulheres do bar.

Oh yeah

Oh yeah

So scared of breaking it

That you won't let it bend

And I wrote two hundred letters

I will never send

Somehow it is cut so much

Deeper then they seem

You'd rather cover up

I'd rather let them be

So let me be

And I'll set you free

[CHORUS]

I am in misery

There ain't nobody

Who can comfort me

Why won't you answer me?

The silence is slowly killing me

Girl you really got me bad

You really got me bad

Now I'm gonna get you back

Gonna get you back

Your salty skin and how

It mixes in with mine

The way it feels to be

Completely intertwined

Not that I didn't care

It's that I didn't know

It's not what I didn't feel,

It's what I didn't show

So let me be

And I'll set you free

[CHORUS]

I am in misery

There ain't nobody

Who can comfort me

Why won't you answer me?

The silence is slowly killing me

Girl you really got me bad

You really got me bad

Now I'm gonna get you back

Gonna get you back

You say your faith is shaken

You may be mistaken

You keep me wide awake and

Waiting for the sun

I'm desperate and confused

So far away from you

I'm getting there

Don't care where I have to go

Why do you do what you do to me, yeah

Why won't you answer me, answer me yeah

Why do you do what you do to me yeah

Why won't you answer me, answer me yeah

[CHORUS]

I am in misery

There ain't nobody

Who can comfort me

Why won't you answer me?

The silence is slowly killing me

Girl you really got me bad

You really got me bad

I'm gonna get you back

Gonna get you back.

            Emma me prendia contra a parede c falava.

            - Oi Will

            - Emma o que...           

            - Cala a boca, desgraçado! - Ela cuspiu em meu rosto. - Olha o que você fez comigo!

            - Eu, mas o que eu...

            - CALA A BOCA, WILL! Eu sempre te amei, sabe Will! E você, nunca me deu bola. Eu sempre fiquei do seu lado. Mas você preferia aquela sua mulherzinha nojenta! Eu aceitei me asar com o Ken para salvar o seu glee club, sabia?  E você nem para me dizer obrigado!

            - Emma eu sinto...

            - Cala a boca! Você preferia o mala daqueles adolescentes, do que a mim! Não é Mr. Schue? - Então  Emma desapareceu e reapareceu em cima da mesa, onde ela estava cantando. - Peguem o Mr. Schue. - Então um montão de gente me cercou, eles estavam com facas na mão, e Emma continuou repetindo -Mr. Schue, Mr. Schue, Mr. Schue...

            Então Rachel apareceu na minha frente, junto com Jesse.

            - Mr. Schue! - Disse ela, aliviada me abraçando. - Eu me sentei no chão, o que os dois já estavam fazendo. - Olhei em volta e vi que ainda estava no bar.

            - O que aconteceu?

            - Enquanto minha tia estava na em cima da mesa, ela nos viu e assustada fugiu. Você foi atrás dela, mas acabou tropeçando em uma garrafa de cerveja e caiu no chão.

            - Onde Emma está?

            - Não sei. Deixa eu levar você para casa, ok?

            - Ta, ta ok. Só me liga quando tiver notícias.

            Aquele sonho me deixou atordoado.

            W~E~W~E~W~E~W~E~W~E~W~E

            - Não! - Sue exclamou. Estávamos descutindo na sala dela. Era o primeiro dia da última semana de aula.

            - Você me demitiu quando eu estava emcapassitado! Isso deve ser proibido!

            - Eu não vou te dar seu emprego de volta, William! Sandy é muito melhor do que  você como professor de espanhol e com o glee club.

            -Morra Sue Sylvester! - Eu berrei e saí da sala.

            Sue's POV

            Pouco depois que William Schuester saiu da minha sala, a noivinha fugitiva entrou.

            - Ora, se não é a pombinha que abriu assas e voou, deixando o pombinho sozinho.

            - Sue, eu vim agradecer por você ter me dado meu emprego de volta. - Falou ela, me ignorando. - Não acredito que vou dizer isso, mas você foi a única que estendeu o braço para mim quando eu precisei.

            - O que eu podia fazer? A louca da mulher do William fugiu, só me restou você.

            - Obrigada Sue. - Ela respondeu com um sorriso e saiu de minha sala.

            Finn's POV

            Eu estava arrumando o meu armário, tirando o que eu não ia precisar mais, já que estávamos na ultima semana de aula, quando senti alguém tocando no meu ombro.

            - O que você quer?

            - Finn, eu sei que você tinha toda razão quando disse que eles tinham que nos consultar antes, mas...

            - A resposta é não Kurt!

            - Os nossos pais se amam! Eles vão continuar juntos, você querendo ou não isso! Eu sei que nós nos odiamos, mas o meu pai está solitário dês de que minha mãe... bem você sabe. E agora que ele está com a Carole, eu vejo que ele sorri como antes. Ele voltou a ser feliz, como a muito tempo não era. Eu não suporto a idéia de nós sermos irmãos, mas, pense nisso. A sua mãe está a quanto tempo solitária.

            Eu apenas abaixei a cabeça. Não iria responder aquela pergunta.

            - Sabia. Então, você vai privá-la da maior alegria dela? Pense nisso.

            Ele saiu e eu fiquei com vontade de chutá-lo para bem longe.

            Kurt's POV

            Após falar com Finn, eu fui a caminho da sala do coral. O corredor pelo qual eu passei estava deserto. Então, alguém me empurrou para um dos armários. Eu estava cercado por Karofsky e Azimio.

            - Olha quem achamos aqui, Z!

            - A gazelinha se perdeu da mamãe, foi? - Perguntou Azimio, debochadamente.

            - Não sei de onde você veio, gazela, mas não devia ter se metido com os leões aqui!- Karofsky me provocou.

            - Meu deus. - Eu falei, e um sorriso maligno brotou no rosto deles, achando que eu estava com medo. - Eu sabia que vocês eram caipiras, mas se referirem aos outros e a si próprios como animais e ainda na terceira pessoa... Isso é demais até para vocês!

            - Já chega sua bicha oprimida, agora eu vou te matar! - Disse Karofsky, me puxando pela gola da camisa. Neste instante, o medo brotou em mim, mas eu tinha que manter a pose.

            - Aprendeu uma palavra nova hoje! Parabéns!

            - Não suje suas mãos com isso, K! - Disse Azimio, assim que o amigo levantou a sua mão, em forma de soco, para me dar um murro.

            Karofsky me largou e eu caí sentado no chão. Ele se virou para o amigo que tinha quebrado o vidro onde ficava o instintor de incêndio, e tinha o pego. Ele apontou para mim, com o rosto e Karofsky logo entendeu. Os dois me cercaram, com eu ainda sentado no chão. Azimio levantou bem o objeto vermelho, com um sorriso maligno no rosto. Ele estava prestes a largá-lo, pois o posicionu bem em cima da minha cabeça.

            - Socorro! - Eu berrei em vão, já com lágrimas de medo nos olhos.

            Quando o gordão estava quase soltando o objeto, algo atingiu Karofsky como um raio, que esbarrou em Azimio . Os dois caíram no chão, e "Z", deixou o enstintor cair de sua mão. O objeto girou, até bater na parede e parar.

            Eu olhei para a esquerda e vi que o que havia atingido Karofsky, não era nada mais nada menos do que Finn. Eu dei um sorriso de agradecimento para ele, que correspondeu com um sorriso também. Os dois brutamontes olharam para o quarterback com ódio e se levantaram foram até ele,, ignorando meus berros para deixar ele em paz.-             -Isso é por se meter em uma briga que não é sua, Hudson! - Disse Azimio pegando ele pela gola da camisa, e estendendo a mão de soco.

            Logo depois do brutamontes ter dito essas palavras, pode-se ouvir um berro, vindo em direção ao corredor.

            - Mas o que está acontecendo aí?

            - A diretora cara! - Karofsky falou pro amigo.

            - Vamos dar o fora daqui! - Dito isso, Azimio soltou Finn e os dois desapareceram. Eu e Finn também tratamos de sumir, ao notar que os passos da diretora estavam mais próximos.

            - Obrigado por me salvar. - Disse para Finn, finalmente.

            - Ah, não foi nada!

            - Como nada? Você viu o que eles iam fazer! Se aquilo caísse na minha cabeça, eu morreria! O que eu posso fazer em troca?

            - Organizar um jantar em família na casa do seu pai, para mim e minha mãe. Para resolvermos as coisas e nos tornarmos uma família oficial. Irmão! - Ele disse e eu sorri.

            Will's POV

            Eu pedi para Emma enrolar o Sandy para eu poder falar com meus alunos do glee club. Rachel achou ela em casa, dormindo no sofá, assim que voltou para casa sábado. Ken não tinha ido para a escola hoje e isso deixava Emma aliviada.

            Entrei na sala do coral, onde todos se encontravam presentes. Fui recebido calorosamente que comemoraram a minha volta.

            - Eu não voltei para o McKinley, pessoal. - Eu contei e todos ficaram indignados. - Mas, eu não vou abandonar vocês no fim do ano letivo. - Ninguém entendeu  que eu realmente quis dizer com isso. - Bom, vocês sabem que as nacionais serão em L.A., certo? Então, a diretora do vocal adrenaline mandou um e-mail para os diretores dos outros três corais, que ela precisava mudar a competição de local, e que seria na frança!

            - O que?! - Mercedes perguntou, assustada.

            - E como o vocal adrenaline é campeão por oito anos seguidos, ela tem esse poder.

            Todos comemoraram até que Rachel cortou a alegria de todos.

            - Mas como nós vamos pagar a viajem? Todos aqui já tinham conseguido dinheiro para ir para L.A. de ônibus, mas como nós vamos pegar um avião para a frança?

            - RuPaul, será que você nunca consegue fechar esta sua boca?           

            - RuPaul? - Rachel questionou Santana, mais interessada do que ofendida.

            - Inventei agora, por quê?

            - Original. - Disse Rachel, impressionada.

            - Bom Rachel, - eu voltei a falar e todos voltaram a sua atenção para mim - não se preocupe com isso. Como coral campeão oito vezes consecutivas, o vocal adrenaline é um coral bem rico e sua treinadora também. Ela viu no site a lista de alunos e as passagens devem chegar para vocês por correio hoje a noite. Passagens para amanha as sete da noite.

            - Nós vamos para Paris. -Brittany ia fazer um high five com Santana, mas a amiga se virou, irritada.

            Todos comemoraram e inventaram musicas como "nós vamos pra Paris,nós vamos para Paris".

            - Mas pessoal, não contem para o Sandy. A passagem vai vir para a minha casa pelo correio, pois nem Sue e nem Sandy editaram nossa pagina no site nacional dos corais, então eu ainda apareço como o diretor. Mas eu dispensei o Ionibus e consegui passagens para ele, as cinco para L.A. Emma vai atrasá-lo de alguma maneira e vai pedir para ele ligar para ela quando chegar e depois vai ligar para nós. Neste momento vocês o ligam e avisam que já entraram no avião. Ele vai entrar e vai sentar na primeira classe. Que foi onde eu comprei para ele. - Todos fizeram caretas mas eu expliquei que se ele ficasse na economica, que é onde ele acha que os meninos estariam, seria mais fácil dele perceber que nenhum dos garotos estavam lá.

            - Mas, isso vai parecer sequestro!

            - Aí você se esquece de uma coisa Quinn! Seus pais sabem que vocês vão para a França comigo por causa da circular que eles assinaram, que na epoca eu ainda era o diretor e por causa das passagens que vão chegar por correio na casa de vocês. Então é só explicar que mudo de local, e pronto.

            - William Schuester! Veio se despedir de seus alunos? - Ouvi a voz de Sandy atrás de mim.

            - Sim Sandy. - Me virei para ele. - Faça bom proveito deles. Boa sorte com o coral. - Saí andando.

            G~C~G~C~G~C~G~C~G~C~G~C

            Estava tudo saindo como combinado. No fim do glee, os alunos disseram para o Sandy que pegariam um ônibus para o aeroporto e ele estava indo até o estacionamento. Então Emma chegou e disse para ele ir na sala de Sue. Eu estava escondido vendo tudo. Quando Sandy saiu, fui falar com Emma.

            - Emma!

            Ela se virou para mim.

            - Oi Will!

            - Eu vim te agradecer. Não só pelo Glee, mas sim por tudo. Tudo que você tem feito por mim nesses dias.

            - Nada Will. Eu sou sua amiga, e amigas servem para isso. - Ela disse indo em direção a sala dela.

            - Emma, eu te amo! - Exclamei e ela parou no meio do corredor.

            A verdade é que dês de que eu tive aquele sonho esquisito, que eu percebi que eu amava ela. Emma sempre esteve do meu lado. Sempre.

            - Como? - Ela se virou.

            - Eu te amo. E eu sei que você também me ama. Agora que não tem Terri e nem Ken, nós finalmente podemos ficar juntos.

            - Will, eu já te amei, e muito. Há dois dias atrás eu te amava. Mas você, nunca me amou e nem vai amar.

            - Eu te amo, Emma. Antes eu realmente só te via como amiga, mas há alguns dias atrás...

            -Há alguns dias atrás? Quando a Terri te deixou? Você está carente Will. Eu não sou a pessoa certa para você e nem você é para mim. Agora eu percebo isso. E além do mais eu estou comprometida agora.

            - Com quem?

            - David Jackson. Ele me levou para casa no sábado, depois que eu fugi daquele bar onde eu te encontrei. Eu não me lembrava de nada, mas ele me ligou no dia seguinte para perguntar se estava tudo bem. Eu dei meu telefone para ele, bêbada. Ele me contou tudo o que aconteceu comigo e nós marcamos um encontro. Estamos oficialmente namorando.

            - Mas...

            - Vai Will. Já ta na hora de você ir pro aeroporto.

            - Tchau Emma.

            - Tchau Will.

            Eu fui andando até a rua perplexo. Então, eu corri de volta para a sala da Emma, onde ela estava sentada e se assustou com a minha repentina entrada.            

            - Will, eu...

            Antes que ela falasse mais alguma coisa eu me enclinei e encostei nossos lábios e só soltei quando nós precisamos de ar. Ela estava arada feita uma pedra.

            - Tchau Emma. - Eu disse e fui embora.

           


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente eu preciso da ajuda de vocês. Eh essencial que todos os treze leitores que ainda me restaram (porque eu já tive muitos mais, que ao longo da fic me abandonaram) comentem dando a sua opnião do que eu devo fazer. Postar os doi ultimos capitulos juntos (o que vai demorar bastante e vai impedir que eu pare de postar as outras fics por enquanto) ou postar separadamente (o que tambem vai demorar, mas eu vou ter tempo pra escrever as outras fics.) Bjs e eu quero comentarios viu?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Somebody To Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.