Quando se trata de um anjo, você tem que ser paciente. Especialmente quando se trata de Castiel. Dean tenta explicar pra ele por que as coisas são do jeito que são, ele fala e fala e se sente um fracasso quando aquela expressão confusa ainda está lá no rosto de Castiel. E é então que ele vai pra parte “tocável”. Mas Sam... Sam entendeu desde o começo que Castiel entende melhor as coisas quando você mostra pra ele, e não quando você tenta explicar verbalmente.

“O que você sente?” Sam pergunta quando suas mãos tocam o anjo em diferentes partes do seu corpo. Quando Cas não consegue explicar o que ele está sentindo, Sam sabe que ele está tocando o lugar certo. Castiel fica encantado pela forma como Sam ama sua inocência. O caçador olha para o anjo como se ele fosse uma criança e Castiel entende que esse é exatamente o jeito como Dean costumava olhar pra Sam.

Quando Dean começa a tocar, ele simplesmente não quer mais falar. E é como se ele não se importasse com o que Castiel sente desde que ele toque o anjo onde ele gosta de tocar. Mas Castiel não se importa. Dean não sabe, mas ele acaba fazendo tudo do jeito certo. Exceto quando Dean age como se o anjo fosse quebrar se ele apertar demais. Ele entende. Dean está acostumado a fazer esse tipo de coisa com humanos. E por mais que Sam seja forte, ele ainda é feito de carne humana e alma humana e dor humana.

Algumas vezes ele pensa que ele é alguma espécie de espelho que os Winchesters dividem. Castiel sabe que ele pode preencher um corpo com paz por algumas horas. E ele sabe que Sam e Dean precisam se sentir em paz quando suas almas estão prestes a rachar. Uriel diria que os irmãos estão usando Castiel pra consertar suas almas quebradas.

Ele não se importa. Almas gêmeas já dividem o mesmo anjo da guarda, e quando almas gêmeas dividem o mesmo sangue, um anjo tem que fazer o que puder pra aliviar a dor. Também, quando ele ouve o nome dele saindo das bocas de Sam e Dean em uma oração, ele sabe o que ele sente dentro do seu coração.