Os Olhos escrita por AkYA


Capítulo 8
Capítulo 8 - Nick e Nor-r-ra


Notas iniciais do capítulo

desculpe a demora >.



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Já era café-da-manhã do dia 31 de outubro. Chovia lá fora, eu sinceramente amo o tempo assim:

- Jass, me passa o pão-de-queijo? – pediu Luna.

- Ah, claro – empurrei para Luna uma cesta cheia de pão-de-queijo bem quando Talita iria pegar um.

- Jass! Eu ia pegar um! – reclamou a tiete.

- Ah, só porque tem o mesmo tom enjoativo do cabelo do seu professor preferido? – debochei, e vi o Leo abafar uma risada.

- Não, porque eu gosto de pão-de-queijo mesmo...

- A Di-lua aqui deve gostar porque ainda não se deu conta que a Lua não é feita de queijo e quer um pedacinho da sua terra natal – zombou Leo, eu lhe lancei um olhar mortal.

- Presta atenção na sua panqueca e deixa a Luna em paz!

Sim, Luna Lovegood virou o meu xodó. Começamos a conversar mais depois que eu saí da ala hospitalar e pude mostrar minha forma animaga para ela, confesso que ela vive no mundo da Lua sim, mas é uma boa pessoa. Ainda não entendi direito a “rivalidade” do Leo e da Luna, não acho que ainda deve ser pelo O Pasquim, provavelmente seja porque ele é pé no chão – muito por sinal.

Um dia, eles ainda casam.

Por falar em conversas, uma pessoa que eu não converso a bastante tempo direito é a Cho. Acho que o terceiro ano está puxado, e também junto com a preocupação de ser apanhadora da Corvinal, ela talvez não tenha tempo... Espera, ela ainda fala com aquela Marieta Edgecomb, é eu devo ter ficado no passado.

Eu bem que queria sair, mas como eu disse, está chovendo. Não, eu ainda gosto da chuva, só que ar puro faz falta.

Logo depois do café-da-manhã eu fui para uma aula que esse ano está tão interessante... Defesa Contra as Artes das Trevas, essa aula foi com a Lufa-Lufa. Não sabia com quem sentar, com a Talita nem morta, corri os olhos pela sala e ninguém me pareceu interessante, até que avistei um garoto que estava sozinho, e sentei ao seu lado.
          Durante a aula, eu quis dormir, ele ficou se exibindo mais dessa vez. Como o garoto do meu lado também não estava demonstrando interesse:

- Sou Jass Hebstropher... – sussurrei fingindo prestar atenção.

- Sou Ernesto McMillan. Você... Não vai ficar suspirando pelo Lockhart?

- Não, tenho coisa melhor do que idolatrar esse loiro exibicionista.

Ele juntou as mãos e murmurou “aleluia uma tem juízo!”, eu ri:

- Srta. Hebstropher, você e o sr. McMillan gostariam de compartilhar o que foi tão engraçado? Espero que não seja sobre mim – todas as meninas (menos euzinha) riram.

- Não foi nada professor.

Depois dessa aula, corri para as masmorras tentando acompanhar Leo – a pessoa que você sempre deve querer como companhia nessa aula. Para o nosso desprazer, a aula seria com a Sonserina. Ótimo, menos alguns pontos para a Corvinal.

Consegui sentar com Leo (tive que lutar com a Talita, e ele só ficou rindo). O prof. Snape entrou com o seu habitual excelente humor:

- Hoje alunos, iremos aprender como produzir a poção Wiggenweld. Alguém poderia me dizer quais são os dois principais ingredientes para a preparação dessa poção?

Nesse momento, eu segurei a mão de Leo e levantei a minha:

- Sim, srta. Sabe-Tudo-Dois.

A primeira era a Hermione, mas isso não vem ao caso:

- Muco de Verme e Casca de Wiggen, professor.

- Mais dez pontos para a Corvinal – disse com desgosto.

Quando começamos a fazer a poção eu me inclinei para o Leo e sussurrei:

- Vingança por ter rido da minha cara.

Ele somente deu outra risadinha e continuou a fazer a poção.

***

Finalmente deu o horário de eu me encontrar com Harry, Rony e Hermione e nos dirigirmos para a festa do Nick.

Fui somente seguindo os três até que um cheiro de podridão e um barulho fantasmagórico invadiram o corredor que estávamos andando. Estamos perto – pensei, até que chegamos.

Pude dizer que comecei a passar mal ali dentro porém, me segurei para ninguém notar, Nick vai ficar feliz ao nos ver.

E ficou mesmo.

Depois de termos falado com o Nick comecei a ofegar, aquele cheiro de podridão estava enchendo o meu pulmão com qualquer gás que seja, mas não era oxigênio, acabei caindo no chão e suponho que eu tenha desmaiado.

Quando acordei, me deparei com uma garota prateada usando óculos:

- Acordou! – ela disse em um tom meio choramingando.

- Graças a Deus – suspirou Hermione – você quase nos mata de susto! – e olhou para o Pirraça – se não fosse o Pirraça pra invadir a ala hospitalar...

- QUE?! – fiquei estupefata com a notícia – O Pirraça ajudando?!

- Era isso ou você poderia ficar me enchendo o saco até o resto da eternidade – agora ele segurava um balão com água – Murtinha! – e o jogou na fantasma que estava em cima de mim quando acordei.

- Então, você é a Murta-Que-Geme! – exclamei.

- É, ela mesma – suspirou Nick – coitada, sofre nas mãos do Pirraça...

- Podemos voltar pra festa? – perguntou um fantasma que segurava a cabeça embaixo do braço.

- Vocês pararam a festa por minha causa?

- Claro Jass, queríamos saber se “iria se juntar a nós”, entende?

- Sim...

Recomeçaram a festa e então Hermione disse:

- Melhor irmos, não quero ver a Jass tendo outra crise de asma!

- E também porque eu estou morto de fome – reclamou Rony
depois de todos assentirmos e começarmos a andar.

- Então porque não ficou por lá? A comida parecia boa, para os mortos de fome – falei e Harry riu.

- Há há, engraçadinha você hein, Jass.

... rasgar... romper... matar”

Eu e Harry congelamos. Hermione e Rony pararam também:

- Foi aquela voz de novo – falei enquanto Harry colocou a orelha na parede.

- Que? – perguntou Hermione.

“... tanta fome... tanto tempo...”

Fiquei olhando assustada para Harry.

“... matar... hora de matar...”

- Harry...

- Está se afastando.

Ele olhou para o alto e eu comecei a tremer.

“... Sinto cheiro de sangue... SINTO CHEIRO DE SANGUE!”

Eu quase desmaiei de novo e comecei a correr, os outros três seguiram:

- Harry, para onde a voz estava indo?

- Para cima!

- Que voz? – perguntou um pálido Rony.

- Aquela que eu e Harry ouvimos na sala do Lockhart, e parece que vai matar alguém!

Depois dessa minha fala, todos aumentaram a velocidade até chegarmos ao segundo andar. Ao pisarmos, só ouvíamos som de água. Continuamos a andar, até que vimos aranhas andando em fila indiana:

- Eu odeio aranhas! – exclamou Rony.

- Que curioso... – falou Harry, e eu continuei até me petrificar na frente de uma cena horrenda.


A CÂMARA SECRETA FOI ABERTA

INIMIGOS DO HERDEIRO, CUIDADO!


           E embaixo, a Madame Nor-r-ra, tão dura quanto pedra:

- Acho que eu sei quem a voz estava perseguindo...


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