Os Olhos escrita por AkYA


Capítulo 4
Capítulo 4 – O Carro Voador e o Salgueiro Lutador


Notas iniciais do capítulo

ME DESCULPEM PELA DEMORA BASICA T.T
mais um capítulo *-*



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  - Ei Ron! Caso queira saber, os trouxas não estão acostumados a ver um carro voador... – brinco.

  - Ah... Ok – ele responde um pouco nervoso, apertando um botão perto do volante.

  Definitivamente, Rony não era um bom motorista: o carro quase batia em alguns prédios, subia e descia, ia de um lado para o outro...

  Fiquei olhando para fora por bastante tempo. Londres é linda! Além do mais, daqui de cima todas as pessoas parecem formigas e as casas e carros parecem de brinquedo. Edwiges e Luna piavam uma para a outra:
  - Estou morrendo de fome! – comentou Rony, meia hora depois de ter comido o sanduíche que a Sra. Weasley fez para ele.

  - Rony! Você tomou um café da manhã que serviu como café, almoço e janta...

  - É, se superou hoje, e olha que eu achava isso impossível – interrompeu-me Harry.

  - Ainda comeu um sanduíche gigante a meia hora atrás!

  - Ano passado nós comemos um carrinho inteiro de doces! Minha barriga esperava a mesma carga...

  Eu e Harry rimos e reviramos os olhos. O Rony não tem jeito, e se tivesse, não seria o Rony!

  Depois que eu e Harry comemos os nossos sanduíches, saímos da cidade e entramos no campo. Quase saí voando por todo aquele verde, Luna e Edwiges ficaram excitadas e Perebas se encolheu na gaiola (tal dono, tal rato). Abri a janela e senti uma brisa gostosa entrar no carro, junto com o cheiro de flores e grama cortada...

  - Agora, vamos achar o trem! – exclamou Harry, me fazendo voltar ao mundo.

  - Certo, capitão! – brinquei e os dois riram.

  Nós três ficamos olhando para fora com mais atenção que antes. Nada atrás, nada na frente, nada à esquerda...

  - Rony! Trilha a direita!

  Ele assentiu e virou o carro, ficamos na linha do trem bem próximos ao chão. Já dava para ouvir o barulho da locomotiva. “Devemos estar perto”, comentou Harry eufórico. O barulho ia aumentando a cada segundo... Ah Hogwarts! Estou ansiosa para colocar meus pés naquela escola novamente... Foi onde eu conheci Harry, Rony, Hermione, Talita, Leo, Cho, Cedrico... Foi onde eu descobri ser animaga, foi onde eu pude ler livros diferentes todos os dias, foi onde eu ajudei meu amigo a derrotar Voldemort, foi onde eu vi meus falecidos pais, foi onde eu ganhei o colar que agora brilhava...

  O barulho estava muito alto, mas não tínhamos um sinal do trem, Harry e Rony se entreolharam e eu entendi. Me virei e deparei-me com a grande locomotiva a menos de cinco metros de nós! Todos dentro do carro gritaram e Rony saiu de perto da trilha com um rodopio (quase coloquei o  sanduíche para fora). A única coisa que eu ouvi depois que voltamos para a horizontal foi o barulho de uma porta se abrindo, olhei para frente:

  - Harry! – eu e Rony gritamos em uníssono, Rony olhava para a porta aberta.

  - Me de a sua mão! – gritava Ron, com a mão esticada, me levantei para ver a cena melhor.

  - Não dá! – exclamou Harry após tentativas de segurar a mão de Ronald – sua mão está suada!

  - Então segura a minha! – me estiquei muito e peguei a mão de Harry.

  Comecei a puxar ele com toda a minha força. Nossa como pesa! Rony teve que ajudar, pegou o braço de Harry que finalmente conseguiu entrar e fechar a porta. Comecei a tentar puxar ar pela boca... Me faltava ar, fiz muita força, mais do que podia:
  - Jass? Está tudo bem? – perguntou Rony.

  - Claro que não Rony! – Harry vociferou, me parecia um pouco preocupado.

  Apontei para o bolso da minha calça, Rony ficou com cara de interrogação mas Harry entendeu e meteu a mão no bolso, pegando o meu aparelho que costuma falhar. Colocou na minha boca e começou a apertá-lo tentando controlar o desespero. Comecei a recuperar o ar e fiz um sinal para que ele parasse:

  - Obrigada... – respondi pegando o aparelho e colocando no bolso.

  - Não há de que...

  Nesse meio tempo, o crepúsculo já estava acontecendo... O céu estava lindo com os tons de laranja, vermelho, amarelo e roxo, com fracos raios de sol. Sorri, aquilo era muito lindo.

  Alguns minutos depois, já consegui ver Hogwarts.

  Mas como sempre, tem que acontecer alguma coisa quando se está com Harry e Rony...

  O carro parou de responder e o freio simplesmente... Quebrou!

  Tudo aconteceu muito rápido: carro rodopiando, corujas e rato virando feito loucos e BAM! Batemos em uma árvore:

  - Minha varinha... Olha só a minha varinha...! – Rony lamentava e eu olhei para ele, sua velha varinha estava rachada ao meio, segurada por pouca madeira.

  - Sorte não ser seu pescoço – comentou Harry.

  A árvore começou a atacar o carro. BAM! O teto estava amassado. Virei para trás e vi um grosso e grande galho se aproximando a abaixei, ele passou por cima e arranhou minha nuca. Depois a árvore fez questão de dobrar e nos “jogar” no chão:

  - Corre! CORRE! – eu e Harry vociferamos para Ron que nos atendeu quase que imediatamente, a árvore caiu a centímetros de nós.

  Todos nós respiramos ofegantes. As portas se abriram, Harry e Rony foram jogados para fora! As portas de trás se abriram, eu, Edwiges, Luna e Perebas fomos jogados para longe. Harry estava arrumando as roupas e eu caí sobre ele, Edwiges e Luna caíram cada uma de um lado:
  - Desculpa Harry! – falei me levantando e ajudando ele a se levantar – um Salgueiro Lutador em Hogwarts!

  - Está tudo bem – respondeu ele pegando na minha mão e levantando – você não é pesada.

  Suspirei aliviada, mesmo sabendo que ele estava machucado sim. Cada um pegou sua coruja e Rony veio ao nosso encontro. Corremos e paramos em uma janela: a seleção já tinha começado. Gina estava indo até o banquinho que nós três sentamos ano passado. Alguns segundos depois estava se dirigindo até a mesa da Grifinória. Ouvi Rony e Harry comemorando baixo. Puxei os dois e fomos para dentro do castelo. Deixamos nossas malas e corujas junto com as outras.

  Começamos a subir as primeiras escadas de mármore do castelo que subimos ano passado, quando finalmente chegamos ao topo, uma voz sádica começou a falar:

  - Uh! Vocês estão encrencados... – era Filch, o zelador, segurando Madame Nor-r-ra – venham comigo!

  Nós três abaixamos a cabeça e começamos a segui-lo. Rony começou a murmurar alguma coisa como “estamos perdidos... Mamãe vai me matar!”. Olhei para os lados e percebi o caminho que estávamos fazendo: estávamos indo para as masmorras.

  Isso não era bom, isso não era nada bom!

  Chegamos no destino: sala do Snape. Era fria e muito escura, me abracei para tentar me aquecer. O professor de cabelos oleosos estava lendo o Profeta Diário. Filch deixou a sala:

  - Vocês foram vistos por pelo menos, sete trouxas! – e abaixou o jornal com força – Sabem o quão grave isso é?

  - Desculpe professor, nós...

  - SILÊNCIO! Se vocês fossem da Sonserina, já estariam fazendo as suas malas... Contudo...

  - Eles não são... – era uma voz que deveria ser calma, mas estava muito dura.

  Snape olhou em direção da voz, nós três viramos:

  - Prof. Dumbledore? Profa. McGonagoll? –perguntei e abaixei o olhar – Prof. Flitwick?

  - Vamos arrumar nossas malas – Rony disse com a cabeça baixa.

  - O que disse Sr. Weasley?

  - Vão nos expulsar, não é? – perguntei.

  - Hoje não – McGonagoll e Flitwick disseram em uníssono.

  Comemoramos baixinho, levamos um sermão e saímos. “Odeio a sala do Snape” comentei. “Nós também!”. Rimos e discutimos sobre o acontecido:

  - Nós não comemos nada!

  - Eu faço o prato de vocês amanhã, ficarão satisfeitos rapidinho! – respondeu Rony, nós três rimos.

  Nos separamos e cada um foi para seu salão comunal... Eu não ia querer ter que responder a pergunta da aldavra de bronze em forma de águia, mas o meu sono e vontade de dormir era maior.

  “Quais são os dois ingredientes mais importantes da poção Wiggenweld?”. Isso lá é pergunta que a águia da Corvinal faça?:

  - Muco de Verme e Casca de Wiggen – respondi na mesma hora e ela abriu passagem, viva os livros!

  Entrei e me deparei com Leonardo Park, mais conhecido como Leo, lendo o livro de poções. Fui de fininho, fiquei atrás do sofá aonde ele estava e tampei seus olhos:

  - Tatá? – ele perguntou abobado.

  - Não!

  - JASS!

  Eu arregalei os olhos, ele levantou com um pulo, foi até mim e me abraçou fortemente:

  - Pensamos que você tinha morrido!

  - Mas... Eu mandei uma carta ontem... – respondi meio assustada, mas retribuindo o abraço – enfim, saudades!

  - Talita e Cho já foram dormir – soltamos o abraço.

  - Estou indo também – bocejo – morrendo de sono.

  - Ok, boa noite.

  Despedi-me de Leo e subi, corri para a minha cama. Deitei e dormi.


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Notas finais do capítulo

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