Entre o Amor e a Mentira escrita por With


Capítulo 2
Capítulo Dois - Ciúmes




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  CAPÍTULO DOIS: CIÚMES

  A noite não estava sendo nada fácil. Aizen acordava várias vezes no meio da madrugada ouvindo gemidos de dor. Seu futon estava ao lado do dela então não teve o trabalho de levantar-se.

  As expressões de dores iam se tornando preocupantes. A menina começou a suar e seu corpo começou a tremer. Levou a mão à testa dela e notou que a febre havia voltado. Suspirou, desanimado. Por que tudo piorava a noite?

  Kazume se remexia no futon e Aizen começou a se preocupar. Lembrara-se das marcas no corpo da menina quando a trocara. Colocou a mão sobre o lugar roxo (o mesmo do chute) e começou a curá-lo com um kidou de cura. Sorriu aliviado ao ver que aos poucos ela foi parando de se mexer.

  “Quando for executar sua missão, deixe apenas a garota viva e a traga para cá.”

  Essas palavras do Sotaichou martelaram em sua mente agora. Não entendia os motivos dele, mas achou melhor não contrariá-lo. Algo ele tinha em mente, tinha certeza disso.

  – Aizen? – ela o chamou abrindo os olhos, o livrando de pensamentos perturbadores.

  – Sim, o que é? – ficou impressionado com seu tom de voz suave.

  – Não é nada... – fechou os olhos, voltando a dormir.

  Aizen agradeceu, assim também poderia descansar. Afinal, tinha que estar bem cedo no esquadrão.

__________ *** __________

  O sol adentrou pela janela do quarto e bateu diretamente em seus olhos. Ele abria-os devagar para se acostumar com a claridade. Estranhou, sempre acordava antes do sol. Sentou-se no futon e voltou à atenção a Kazume que ainda dormia tranquilamente e, sentiu-se aliviado.

  Aquela noite não havia dormido direito devido ao fato de Kazume ter acordado várias vezes no meio da noite com a febre indo e voltando.

  Não era de se preocupar, mas sentia um estranho carinho por ela. Até chegou a temer – por um breve instante – o dia me que ela se... Apaixonasse.

  Levantou-se tirando aqueles pensamentos da cabeça e foi se arrumar, mas não podia deixá-la ali sozinha. Resolveu levá-la para Seireitei. Ajoelhou-se perto do futon em que ela dormia e a acordou, a balançando de leve pelo ombro.

  A garota abria os olhos devagar e a imagem de Aizen foi se formando.

  – Você irá comigo para Seireitei. Não posso te deixar sozinha. – foi até o armário e tirou um shuhakushou do tamanho dela. – Venha cá, vou te vestir.

  A menina levantou-se e foi até ele receosa. Mesmo sendo uma criança não queria ficar nua na frente dele, tinha suas vergonhas. Estremeceu ao sentir as mãos dele puxando seu obi e virou o rosto com as bochechas levemente coradas.

  Não era só ela, Aizen também se encontrava na mesma situação. Parecia que estava prestes a começar algo, estava realmente desconfortável. Por fim, terminou de vesti-la, o que agradeceu em pensamentos. A observou ir até o espelho perto da cômoda para arrumar o cabelo e sorriu disfarçadamente.

  – Terei de usar isso sempre? – caminhou até ele e o olhou nos olhos aguardando a resposta.

  – Sim. E não é tão ruim. – estendeu a mão á ela. – Vamos? Já estamos atrasados...

  Kazume analisou um pouco e aceitou a mão dele. Sentia-se cada segundo mais segura ao lado daquele homem que conhecia a apenas uma noite.

  Saíram de casa e ela se surpreendeu com a beleza e grandeza da Soul Society. Reparou também que o ar era mais puro e a fazia bem. Agradeceu por ter sido salva por ele. As pessoas que cumprimentavam Aizen a assustava. Não gostava dos olhares em sua direção, mas não estava ligando tanto.

  Pararam em frente a uma enorme sala e ele deslizou a porta. Entraram e Kazume sentou-se no sofá. Olhou cada canto com atenção, mas a mesma foi voltava para as enormes pilhas de papéis sobre a mesa.

  – Gostaria de me ajudar? – ele a assustou de leve. Ficou alguns minutos esperando a resposta dela, até que ela por fim se levantou e caminhou em sua direção. Surpreendeu-se quando ela ficou entre suas pernas.

  Kazume o olhou tombando a cabeça para trás e sorriu com a própria atitude.

  – O que preciso fazer?

  – Pode separar e organizar aqueles que eu já preenchi. – pegou-a e a colocou sentada em seu colo. – Vamos começar?

  – Hai! – animou-se um pouco.

  Os dois estavam em silencio quando a porta se abriu e uma garota de cabelos castanho-escuros, ofegante e suada adentrou a sala.

  – Perdoe-me, Aizen-taichou! – sentou-se em sua mesa e começou a fazer o seu trabalho.

  – Tudo bem, Hinamori-kun!

  Kazume encarava a morena sentindo uma inquietação desconfortável dentro de si. “O que será isso?” se perguntava em pensamentos. Sem perceber começou a amassar um relatório.

  Aizen percebeu a reiatsu dela ficando elevada e colocou a sua mão sobre a dela.

  – Kazume-san, está amassando o relatório... – disse gentil, mas preocupado.

  – Desculpe-me... – largou o papel e abaixou o olhar. – Posso me deitar um pouco?

  – Pode. – a desceu de seu colo e voltou a fazer o serviço.

__________ *** __________

  No caminho para casa, Aizen estava preocupado com Kazume. Ela depois que pediu para deitar não falou uma única palavra com ele. Podia ver a cara de brava que ela fazia. Não pôde deixar de sorrir diante daquela atitude.

  Entraram em casa e Kazume foi tomar banho enquanto Aizen arrumava os futons.  A menina não demorou muito no banho, afinal, não estava tão cansada. Sentou-se no futon com as pernas cruzadas e encarava Aizen com um brilho diferente nos olhos, o que causou certo incomodo nele.

  Mesmo assim, a deixou um pouco sozinha e foi tomar um banho para relaxar. Alguns minutos depois se juntou a ela no futon. Ainda estava curioso por aquela atitude no escritório do Quinto Esquadrão.

  – Kazume-san, por que ficou tão nervosa hoje? – no fundo, talvez soubesse a resposta.

  – Porque não gostei daquela mulher. – emburrou a cara. Aproximou-se dele e acomodou-se em seus braços. – Eu... Senti... Ciúmes de você.

  – Ciúmes? – espantou-se. Mesmo ela sendo uma criança, não sabia como lidar com isso.

  – Hai... – fechou os olhos e se concentrou em ouvir os batimentos do coração dele. Sorriu. – Sousuke-kun...? – afastou-se e o olhou nos olhos.

  – O que foi? – acariciou gentilmente o rosto dela.

  – Posso dormir com você? – aguardou ansiosa a resposta.

  – Claro que pode! – deitou-se a levando consigo, aninhando-a em seus braços. – Boa noite, Kazume-san...

  – Boa noite... Sousuke-kun...

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Shuhakushou = vestimenta dos Shinigamis

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