Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 10
O primeiro dia na divina Hogwarts!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Depois de um tempo desaparecida eu voltei e se Deus quiser eu não sumo de novo por um longo tempo. Aqui está mais capitulo, espero que gostem.



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O meu primeiro dia de aula começou normal, e seria mais agradável se todos não ficassem me olhando como se eu oferecesse perigo a eles. E não era só comigo, acontecia o mesmo com os meus amigos. Jenni quase teve um surto quando tentou conversar com uma garota e ela saiu correndo.

Eu, Jon e Lysa fazíamos o máximo para não ligar para tudo isso, mas era meio difícil quando todos ficavam te olhando todo o tempo: no café da manhã, durante as aulas, o restante das refeições, ou mesmo quando você está dando um passeio. Os únicos que não faziam isso eram os professores(com exceção de Moody) e o trio: Harry, Rony e Hermione.

Dois dias haviam se passado e nada havia mudado. A minha vontade era de mandar todo mundo se ferrar e que o Diabo os carregue. Mas como eu sou boazinha, não falei nada disso.

Eu estava tomando café no salão principal e podia perceber que vários alunos me olhavam de esguelha enquanto esperavam pelo correio-coruja.

— Samantha!

Eu quase me engasguei com o suco e fuzilei Aleny com o olhar.

— Mas que merda! Por acaso você sente prazer em sempre me assustar?

— Desculpa. Só vim aqui devolver isso — Aleny me entregou o colar que foi feito pela minha mãe e que continha um “S” de Samantha, gravado na frente e atrás um “L” de Lilian.

Eu o coloquei em meu pescoço de onde nunca deveria ter saído.

— Valeu Aleny, ele me faz sentir tão melhor... Mas então? Descobriu alguma coisa? — perguntei esperançosa.

— Sim!

— E...

— E eu não vou te contar.

— Mas o QUE? Mas é sobre mim...

— Não vou contar nada até ter certeza absoluta — decretou Aleny e saiu me deixando indignada e com vontade de jogá-la no rio mais poluído da Grã-Bretanha.

Eu, Lysa e Hermione levantamos sem dizer nada.

— Vão aonde? — perguntou Jon.

— A biblioteca. — respondemos em coro.

— Ah! Eu não acredito! Mais duas nerds para fazer companhia para Hermione. — ironizou Rony.

— Pelo menos vamos ter mais ajuda nas tarefas agora — completou Harry.

Samantha o encarou e viu que Harry estava feliz por voltar a Hogwarts e achava que finalmente teria um ano normal. Como ele estava errado.

— Acham mesmo que iremos ajudar vocês? — cortou Lysa fazendo os três garotos perderem o sorriso.

A biblioteca... Lar doce lar, mas eu ainda tenho que estudar: a vaca velha conhecida como Trelawney, passou uma redação onde tínhamos que explicar o que acontece quando Vênus e Marte se reúnem durante o verão... Oras, por que importa o que acontece? É só deixar eles se reunirem e pronto!

Lysa tinha o mesmo trabalho diferente de Hermione que estudava Runas antigas.

— Como eu queria estar no seu lugar Mione — lamentou Lysa.

— Ah vamos... não é tão ruim assim. — reconfortou Hermione. Olha que tá falando: a garota que jogou a bola de cristal escada abaixo.

— “Não é tão ruim assim” — repeti indignada — Não é você que durante a aula toda fica ouvindo: “ você vai morrer”. Toda hora.

— Você se acostuma. Assim como Harry se acostumou — respondeu Hermione pensativa.

— Duvida quanto que eu vou ser expulsa da sala antes da aula terminar? — desafiei.

— Você? Expulsa de sala? Faça me rir — debochou Lysa com o apoio de Hermione.

— Estão com medo? Aposto três galeões que dou um jeito de ser expulsa — desafiei novamente.

— Te dou dez galeões se você for expulsa da sala e ganhar pelo menos uma detenção. — se intrometeu Jenni. Eu nem liguei que ela apareceu do nada, mas podia ver nos olhos das minhas amigas que elas me achavam boazinha demais para fazer tudo...

— Eu aposto com você Jenni — concordou Lysa e Hermione.

— Então se eu for expulsa da sala e levar pelo menos uma detenção cada uma vai me dar 10 galeões? — me certifiquei se estava ouvindo direito. Elas concordaram.

— Fechado — eu adoro apostas, porque ninguém do que eu sou capaz.

Poucas horas depois, antes do almoço, haveria aula de adivinhação.

Trelawney começou a aula normalmente... vinte minutos depois a mente dela começou a me perturbar dizendo: “Samantha... você irá morrer...” várias e várias vezes. Trelawney ficava dizendo(perturbando) através da sua mente coisas como: Ela irá fracassar... irá deixar todos morrerem... não será capaz de cumprir sua missão... A cada palavra eu a fuzilava cada vez mais, e os alunos já começavam a perceber. Ser expulsa de sala e levar detenção ia ser fácil, difícil é me controlar e não esganá-la de uma vez.

— Com licença professora — chamei levantando a mão e atraindo a atenção de todos — será que a senhora pode parar de pensar sobre a minha futura morte?

— Se não ficasse invadindo minha mente, não seria atormentada pela própria morte — respondeu ela com rispidez.

— Eu sei disso. Mas é que a senhora insiste tanto em pensar nisso, que toda vez que a olho, vejo cada pensamento seu ao meu respeito — respondi no mesmo tom.

— É normal ficar perturbada com o próprio futuro, querida — tranquilizou ela cinicamente.

— É... Mas a senhora está pensando no meu fracasso e na minha morte a tanto tempo que eu acho que já deseja que tudo isso seja verdade — respondi com um olhar frio.

— Como ousa garota?! Agora fique quieta!

Alguns murmúrios preencheram a sala. Eu me levantei decidida a continuar, mas ela me interrompeu:

— Querida... aceite o futuro e se sinta sortuda por eu AINDA não ter motivos para lhe dar uma detenção.

— Sabe o que eu penso de sua matéria professora? — perguntei cinicamente mais com voz fria — Isso — sem aviso, eu peguei a bola de cristal que eu dividia com Lysa e Jenni, e a joguei no chão, fazendo-a quebrar em mil pedaços, os alunos arfaram — agora tem motivo para uma detenção?

Trelawney me olhou horrorizada.

— O que pensa que está fazendo? Essa bola de cristal é de grande utilidade para sua aprendizagem! Não vou te dar uma detenção, no entanto, quero que fique quieta.

Mas ao contrário do que ela pediu, eu passei por cima dos estilhaços de bola recém quebrada e me aproximei da mesa da professora com um sorriso diabólico, em cima da mesa estava sua bola de cristal favorita.

Eu segurei a bola de cristal vitoriosa e a joguei com toda força. O barulho dela quebrando foi musica para meus ouvidos.

— O que pensa que está fazendo? Isso foi a gota d’água! Duas semanas de detenção e quero você fora da minha sala agora! — exigiu a professora furiosa.

— Valeu! — agradeci sorrindo cinicamente, peguei minhas coisas e fui embora sem dizer mais nada.

Como já estava quase na hora do almoço(na verdade faltava quase meia hora) fui direto para o salão principal, entrei bufando, joguei minhas coisas sobre a mesa, peguei meu livro de poções e comecei a ler, seria a próxima aula...

— Ela estragou o meu dia...

— Quem estragou o seu dia senhorita?

Meu susto foi tão grande que deixei o livro cair.

— Só pode ser brincadeira! Devem ter tirado o dia para me darem sustos... — resmunguei pegando o livro e sentando-me novamente.

Observei a mesa dos professores, todos já estavam lá me observando curiosamente.

— Por que não está em aula Srtª Potter? — questionou Minerva.

— Ganhei duas semanas de detenção e fui expulsa da aula da professora Trelawney.

— Por que? O que andou aprontando dessa vez? — perguntou Snape. Dumbledore riu suavemente.

— Que disse que eu aprontei alguma coisa?

— Dois meses sendo seu professor já foram suficientes para saber do que você é capaz.

— Parece o único que me conhece — admiti.

Ele crispou os lábios e me olhou como se dissesse: “conta logo”.

— Quebrei duas bolas de Cristal — entreguei.

— Por que fez isso? — perguntou Dumbledore.

— Eu não aguento mais a ver pensar coisas ruins de mim o tempo todo, isso é deprimente, por favor! Tira-me dessa matéria!

— Já devia ter se acostumado com a professora Trelawney — advertiu Dumbledore.

— E o senhor já deveria ter se acostumado com as brigas que tenho com ela — retruquei.

— Tudo bem. Suas detenções serão retiradas. Mas terá que ocupar seu tempo com alguma coisa, que aula quer fazer?

— Sei lá! Qualquer coisa que não tenha a ver com Adivinhação.

— Aleny comentou que Poções e Transfiguração é de extrema importância pra você, então irá revezar entre Snape e Minerva.

V Valeu! Valeu tio Dumby, tia Minerva e tio Snape – agradeci dando um abraço em cada um que haviam concordavam, Snape Minerva ficaram tímidos á demonstração de carinho.

Enquanto abraçava Snape, cenas dele quando adolescente conversando com uma ruiva de olhos azuis nos corredores de Hogwarts viram na minha cabeça e eu rapidamente me afastei dele, o deixando intrigado.

— O que houve? Por que seus olhos estão azuis?

— Por nada. Er... Eu preciso conversar com Aleny — desconversei, mas antes de sentar, fui interrompida por duas nerds indignadas e uma maluca escandalosa.

— Samantha Lilian Potter! Eu não acredito que fez aquilo! — bradaram as três. Logo atrás delas estava Harry, o único que não sabia o meu nome inteiro.

— Por acaso você é minha irmã? — perguntou ele passando na frente das três.

— Isso não será um problema há não ser que seja provado — expliquei indiferente.

— Eu não acredito que você quebrou duas bolas de cristal, incluindo a favorita dela! — exclamou Harry mudando de assunto bruscamente.

Eu ri sem graça.

—Você é minha heroína! Aquilo foi brilhante!

Harry, Rony e Hermione rapidamente recuaram alguns passos.

—- Não se preocupem. Vão se acostumar com a mudança de cor dos olhos dela — tranquilizou Jenni.

— E não se esqueçam, vocês três me devem dez galeões cada uma — lembrei Jenny, Lysa e Hermione.

— Eu nunca pensei que a nerd Samantha faria uma coisa daquelas! Você é uma nerd muito marota — acusou Hermione.

— Olha só quem fala, a garota que jogou uma bola de cristal escada abaixo — retruquei ironicamente.

Harry e Rony se acabaram de rir enquanto Hermione ficava escarlate.

— Potter — chamou professor Moody.

— Sim — eu e Harry respondemos.

Moody apenas se levantou, me entregou uma carta e saiu.

“Encontre-me no escritório AGORA! Precisamos conversar sobre você-sabe-o-quê. Não diga nada a ninguém ou vai se ver comigo. E não banque a espertinha comigo ou serão seus amigos que iram pagar pela sua petulância!”

Minha raiva era tão grande que eu tive vontade de seguir Moody só para mata-lo e acabar com todos os meus problemas. Como ele pode me ameaçar e ameaçar meus amigos? Quem ele pensa que é? Minha vontade agora era de estrangulá-lo e mata-lo lentamente com as próprias mãos.

Minha expressão devia ser de ódio mortal, porque eu já estava amassando o bilhete quando Jon perguntou:

— Tudo bem, Sam?

— Tudo — respondi secamente deixando a raiva transparecer em minha voz.

Terminei de amassar o papel e o joguei no chão, queimando-o em seguida.

— Tem certeza? — verificou Jon.

Respirei fundo... e repeti para mim mesma murmurando — Não ataque um professor. Não ataque um professor.

Tenho certeza que meus olhos brilhavam mortalmente antes de continuar v Não esperem por mim para o almoço. Talvez eu demore. Já volto.

E antes que alguém me interrompesse, segui para o escritório de Alastor Sou-uma-Farsa-Moody.

Entrei sem pedir nem nada.

— O que você quer? — perguntei sem rodeios. Nem parecia que era a primeira vez que eu falava com o suposto professor.

— Pensei que não viesse — rosnou Moody encostado em sua mesa.

— Eu estou aqui, não estou?  retruquei me aproximando dele — o que quer?

— Se você é mesmo a garota do futuro sabe meu... segredinho?

— É. Eu sei: Bartô Crouch Junior.

— Bom... agora eu tenho certeza. E também tenho certeza de que manterá sua boca fechada!

— Como pode ter tanta certeza disso?

— Não banque a espertinha comigo Potter! Se contar pode ter certeza que não durará nem mais um dia — ameaçou ele se aproximando rapidamente de mim. Ele começou a apertar meu pescoço vagarosamente. Senti minha raiva subindo. O empurrei imediatamente, ele tropeçou alguns passos e me encarou furiosamente.

SAMANTHA OFF

Samantha não sabia se corria ou se atacava. Os pensamentos de Moody emanavam ódio, vingança e clamava por matar alguém e por um momento Samantha pensou que ela seria a vítima.

Moody, ainda furioso, prensou Samantha contra a parede e dessa vez apertou o pescoço da garota com vontade. Samantha estava quase sem ar, quando tentou falar. Sua voz saiu fraca:

— Porque está fazendo isso?

— Sabe... Eu não estou os meus melhores dias. E parece que só ao ver você me dá vontade de mata-la. Ou fazê-la sofrer lentamente... — revelou Moody apertando ainda mais o pescoço de Samantha que já perdia a pouca cor do seu rosto.

— Não faria isso... Levantaria suspeitas — cortou ela com a voz mais fraca. Tentando ganhar tempo, mas não conseguia alcançar a varinha. Tentou novamente...

— Nem pense nisso mocinha! Vai ser pior pra você — avisou Moody pegando a varinha de Sam, que xingou mentalmente.

Plano B! Pensou ela.

Pisou com toda força no pé de Moody que recuou, mas foi mais rápido e a agarrou pelo pulso.

— Me solta!

— Não até você prometer que não vai contar a ninguém!

— Não vou contar!

— Não confio em você! — rosnou Moody.

Samantha tentava ao máximo soltar-se das mãos do comensal disfarçado.

— Está me machucando — choramingou Samantha.

— Eu vou te machucar ainda mais se contar a alguém — ele a jogou contra a parede em um estrondo. Ouviram alguém bater na porta.

— Professor Moody — Chamou Jon atrás da porta.

Moody jogou a varinha no chão e ordenou:

— Me encontre na Floresta Proibida hoje as onze horas da noite.

Samantha pegou sua varinha jogada no chão, não entendendo porque ficou tão fraca de um momento para outro.  Abriu a porta e deu de cara com Jon.

— O que houve. Escutei um barulho...

— Não foi nada.

E andou rapidamente até o salão principal com Jon em seus calcanhares.

SAMANTHA ON

Eu estava inquieta, queria saber porque me senti tão fraca perante o Moody. Queria conversar com Aleny urgentemente.

— Está tudo bem, Sam? Parece inquieta... — verificou Hermione.

— Estou Bem, é sério... Só um pouco preocupada — repeti pela milésima vez.

Mas meus amigos não eram os únicos que me analisavam desconfiados. Snape me olhava de um modo estranho. Aposto que ele está lendo a minha mente, minha mente está muito cheia pra ser bloqueada. Voltei minha atenção para os meus amigos. Para minha sorte, Moody não estava no salão. Estar na presença dele me deixou furiosa.

— Tudo o que aconteceu na sala de adivinhação se espalhou por Hogwarts na velocidade da luz  —comentou Jenni.

— É tudo o que estão falando — concordou Rony.

Lysa ainda me analisava atentamente, sabia que ela sabia que havia algo de errado, éramos amigas a muito tempo. Harry também me olhava da mesma maneira. Só de pensar que provavelmente ele era meu irmão já me sentia tão feliz, mas só de pensar nas consequências dessa chance se confirmar, já sentia vontade de deixar tudo como está e evitar preocupações comigo.

— Srtª Potter — deixei a faca cair de volta no prato quando ouvi uma voz seca familiar me chamar. Definitivamente todos tiraram o dia para me assustar.

Olhei para trás hesitante e vi o prof. Snape me encarando com os olhos estreitados.

— Sim professor?

— Me acompanhe — mandou Snape já andando. Nessa hora todos já olhavam: bando de curiosos.

Droga! Se Snape leu minha mente, eu estava ferrada. Odeio quando ele vasculha minha mente, devia ser proibido! Peguei minhas coisas e em silêncio o segui até sua sala fria e sombria como sempre, sentei na cadeira a sua frente. Vendo Snape a sua frente, sério e calado, te fuzilando com o olhar, procurando alguma coisa pra te intimidar te dá vontade de sair correndo a toda velocidade na direção oposta.

— Tem algo para me dizer? — perguntou ele seriamente.

— Eu acho... que não — respondi sem entender.

— Então porque ficou com o comportamento estranho depois que conversou com o professor Moody?

Droga! Odeio quando ele sempre descobre as coisas.

— Não foi nada.

— Você consegue mentir pra qualquer um, menos pra mim: sua oclumência está péssima — avisou Snape cruzando os braços.

Suspirei... Snape era um túmulo de segredos. Não faria mal contar algumas coisinhas...

— Está bem, eu conto se prometer pela alma de Lilian Evans que deixará isso só entre nós dois — decidi o encarando decidida.

— Você sempre joga sujo — resmungou ele.

— Tenho que garantir o segredo.

— Certo, eu prometo.

Bom... É a hora da verdade.

— Ele... Ele... — tentei.

— O que ele fez? —– perguntou ele, seu interesse visivelmente aumentando.

— Ele... Ele me atacou e ameaçou a mim e aos meus amigos — entreguei num suspiro.

— Ele fez o que?!

— Eu não consegui me defender — lamentei e em seguida mostrei meu punho direito, existia uma marca já ficando roxa. Snape analisou cuidadosamente, lançou alguns feitiços, o machucado diminuiu significamente, mas a dor não mudou muito — e eu nem sei porque: num momento acabaria com ele só com a minha raiva e no outro eu já estava fraca e indefesa...

— Temos que contar a Dumbledore — decidiu Snape já se levantando, eu segurei seu braço o impedindo.

— Severo... Por favor: não faça isso... você prometeu... — por um momento percebi que aquela voz não era a minha. Minha voz tinha um toque de autoridade e agora estava mais suave, doce e estranhamente familiar... mas deixei isso de lado.

— Srtª Potter... Samantha... — corrigiu se Snape ao meu olhar reprovador — temos que contar a Dumbledore. Moody está te maltratando e pode fazer muito pior...

— Moody não está fazendo nada — interrompi ficando a sua frente.

— Mas você acabou de...

— Tenho certeza que já percebeu que estão roubando ingredientes do seu estoque pessoal.

Com isso ele se calou, pareceu por um momento pensativo e em seguida decidido:

— Quem?

— Um comensal da morte: Bartô Crouch Junior — respondi sem encará-lo. Se era pra contar a verdade...

— Fugiu da prisão com a ajuda dos pais. A mãe morreu pouco depois e o pai não passará do ano que vem — comecei vendo um Snape pasmo — Foi o Bartô que conjurou a marca negra na copa mundial e ele veio a Hogwarts com um objetivo: sequestrar Harry e consequentemente trazendo Voldemort de volta a vida...

— O Lord das trevas vai voltar? — exclamou Snape mais pálido que o normal.

— Infelizmente vai... E eu não posso fazer nada! — lamentei dando um soco na parede e logo em seguida me encostando na mesma.

— Você é a única que pode as coisas e diz que não pode fazer nada? Que tipo de missão você quer cumprir? — rosnou Snape.

— Não posso mudar a s coisas dessa maneira, não estou preparada pra tanto! Impedir o retorno de Voldemort mudaria mais de três anos futuros — alertei.

— É exatamente por isso que deve ser impedido!

— Será suicídio e homicídio ao mesmo tempo!

— Do que está falando?

— Mudar tanto assim tão cedo seria pior do que a primeira guerra bruxa e as guerras mundiais juntas!

— Que exagero!

— É a verdade! Esse tipo de mudança é proibido, destruiria o mundo trouxa e o mundo bruxo em apenas algumas semanas!

— Então por que veio para esse mundo se não pode mudar nada?

— Vim mudar coisas pequenas, mas cruciais para garantir que tudo não se transforme em um desastre mundial: morte de pessoas que merecem uma segunda chance, ou até mesmo mortes desnecessárias e o sofrimento de alguns... — deixei a frase no ar pensando em Harry e o quanto ele ainda iria sofrer.

O silêncio tomou conta do ambiente novamente.

Os pensamentos pareciam flutuar ao redor de nossas cabeças. Será que eu seria capaz de dar conta de tudo isso? Não faz nem um mês que estou aqui e já recebi uma ameaça de Moody! Hoje será a escolha dos campeões... e se algo der errado? Não Samantha, seja positiva!

— Pelo menos avise Aleny sobre sua situação com Moody, ela pode ajuda-la – lembrou Snape mudando de assunto.

— Claro, vou avisá-la Sev... Professor Snape — respondi lutando contra a vontade de chama-lo de Severo.

— Pode ir Samantha — despediu Snape ainda com o olhar preocupado.

Samantha voltou ao salão principal com os pensamentos a mil. Porque Snape estava tão diferente? Ele parecia mais gentil... E isto é estranho levando em conta que ele não é um dos professores adoráveis... A próxima aula será dupla de poções, pensei que seria uma aula normal sem grandes surpresas como sempre.

Sentei ao lado de Jon e Lysa que não estavam com uma cara nada feliz por está tendo aulas com o Snape.

O professou entrou batendo a porta, como sempre, e fez seu discurso e passou uma simples poção de envelhecimento, quem terminasse iria cortar uma lista de ingredientes para a próxima aula.

Estava quase terminando a poção quando percebi que Jon mexia na dele freneticamente, eu segurei seu braço.

— Se continuar a mexer tão rápido vai derramá-la em si mesmo — adverti.

— Conversando durante a aula Srtª Potter: menos cinco pontos para a Grifinória — repreendeu Snape.

Mas que merda! Será que ele não tem mais o que fazer em vez de tirar ponto da Grifinória?

Coloquei minha poção em um frasco que quase se quebrou com tanta força que o coloquei na mesa

— Que estresse é esse Srtª Potter? — questionou Snape sentado na mesa.

— É pessoal — se ele respondesse, eu mesma quebraria o fraco na cara dele.

Minutos depois, poucos ainda faziam a poção, entre elas estava Malfoy. Todos repararam quando Snape ficou atrás do verme albino verificando sua poção.

— Que cor deve ficar a poção Sr. Malfoy?

— Branco-acinzentado, senhor — respondeu Malfoy sem levantar a cabeça.

— E que cor está a sua poção?

Malfoy olhou dentro de seu caldeirão e com desgosto respondeu — Azul-acinzentado...

Snape crispou os lábios e em seguida puniu.

— Menos vinte pontos para a Sonserina.

Imediatamente os alunos pararam suas tarefas e boquiabertos se entreolharam pasmos. Os grifinórios tentavam segurar o riso quando viram a cara dos sonserinos.

— Quietos! Continuem suas tarefas! — ordenou Snape secamente. O encarei por alguns minutos e voltei ao trabalho. É lógico que ele percebeu que eu era a única Grifinória que não riu da cena, meu objetivo de fazer aquela aposta não era de humilhar os sonserinos e rir dele, e sim de analisar o modo como Snape muda o seu jeito quando pressionado: e eu estava decidida a mudar Severo Snape! Além do mais: já foram vinte dos cento e cinquenta pontos a serem retirados.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Comentem!!



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