A Agonia de Uma Espera escrita por BiiahCullen, idk


Capítulo 4
Avanço


Notas iniciais do capítulo

Oiii meus lindos e lindas =)
Eu sei que a fic está sem postagens ha um bom tempo, e queria pedir mil desculpas por isso.
Ocorreram varios problemas e nem eu nem a Mari conseguimos trabalhar direito.
Espero de coração que nos desculpem :)
Bom, bora ler? kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/133139/chapter/4

POV Bella

-E então? Conseguiu descobrir alguma coisa? – Perguntei aflita a Carlisle, que terminava de me examinar.

Temi por sua resposta.

-Minhas suspeitas estavam corretas. – Ele disse preocupado – O feto não é compatível com seu corpo. Ele obviamente cresce numa velocidade alarmante, mas estou preocupado com a força que pode adquirir de acordo com o crescimento. Não é comum isso acontecer; todos achávamos que vampiros não podiam procriar e temo que o que está dentro de você esteja mais próximo de nossa espécie do que da sua.  

Assenti enquanto ele falava. Eu entendia. Agora compreendia todo o medo que me cercava. Eu ia morrer. Isso era uma verdade irrevogável.

-Bella... Você... Tem ideia do quanto isso vai te afetar, certo? Não seria mais fácil, e mais conveniente abor...

-Não. – Interrompi-o, já sabendo a terminação de sua fala. – Eu já tomei minha decisão, Carlisle. Eu vou com isso até o fim. Eu tenho fé de que tudo acabe bem.

Mentiras. Porem necessárias. Eu simplesmente não iria desistir. Meu filho nasceria e eu faria de tudo para tornar isso possível. Custasse minha vida ou não.

-Ainda não sabemos como é o feto, integramente, então vou precisar sempre fazer exames em você.

Concordei com um aceno de cabeça.

-Obrigada Carlisle. Por tudo. – Sorri agradecida.

Ele retribuiu o sorriso.

-Por incrível que pareça, eu tenho esperanças de que isso realmente termine bem. Mas vou continuar pesquisando; quanto mais soubermos sobre o feto melhor será. Estamos ainda numa fase inicial, e não tenho certeza de como será essa gravidez.

-Tudo bem.

Suspirei e saí do consultório de Carlisle, sentindo uma estranha e repentina ansiedade.

[...]

Depois de tomar banho, Rosalie me carregou gentilmente até o corredor dos quartos.

-Não, Rose. – Disse quando ela fez menção em abrir a porta do seu quarto – Eu fico no quarto do Edward.

Ela me olhou hesitante.

-Tem certeza, Bella? Não acho uma boa ideia...

-Não se preocupe. Emmett disse que Edward saiu, e eu estou realmente cansada. Pode ficar lá se quiser – Acrescentei.

Obviamente isso não passava de uma desculpa – na qual milagrosamente ela acreditou. Precisava conversar com Edward.

-Tudo bem. Mas já vou avisando que não sairei do seu lado um minuto sequer.

Sorri fracamente.

-Obrigada – Sussurrei.

Ela abriu a porta e notei que tudo estava exatamente igual ao que eu vira pela ultima vez.

Rosalie me colocou no chão e deitei devagar na cama, tomado cuidado para não fazer nenhum movimento brusco que afetasse o bebê.

-O Emmett deixou comida no outro quarto. Eu vou pegar e já volto.

Assenti.

Senti meu pequeno cutucador chutar minha barriga e envolvi-a com minhas mãos protetoramente.

-Shhh. Vai ficar tudo bem. Você vai ficar bem. Rose vai nos ajudar. – Sussurrei para o bebe que se agitava dentro de mim.

Minha barriga estava cada vez maior. Estava do tamanho de uma grávida de três ou quatro meses, mais ou menos, porem mais redonda, rechonchuda. Sabia que logo meu pequeno cutucador – ou cutucadora – estaria grande e pronto para nascer.

-Prontinho. – Rose disse entrando no quarto com uma enorme bandeja de comida. O cheiro forte me atingiu e fez meu estomago revirar. Saí correndo em direção ao banheiro perto do quarto, com a mão tapando firmemente minha boca, e vomitei mais uma vez, enquanto Rose segurava meu cabelo ansiosamente. A tontura voltou forte como da ultima vez e tive de me apoiar na pia para não cair.

Ela me ajudou a voltar para o quarto e notei que Edward estava sentado na cama de costas para a porta, olhando através da parede de vidro. Ele se virou e olhou decido para Rosalie.

-Preciso conversar com Bella, se não se importa. – Disse, com a mandíbula travada, os dentes cerrados.

Ela rosnou.

Edward manteve a postura firme e me virei para Rosalie.

-Tudo bem, ele não vai me machucar. Pode ir, Rose.

Novamente a duvida tomou conta de sua expressão e instiguei-a a deixar o quarto com um aceno confiante de cabeça.

Rosalie saiu, lançando um olhar duro para Edward.

A culpa me consumiu novamente, e torturei-me por fazê-los discutir. É por minha causa que isso está acontecendo. Irmãos não deveriam brigar, e eu estava tornando aquilo cada vez mais possível.

Droga, eu sou um monstro.

Suspirei derrotada por causa da minha inútil fraqueza e afundei nos travesseiros, sentindo o clima pesado no ar.

-Está melhor? – Edward disse angustiado, colocando uma das mãos sobre minha face.

-Estou. Estamos muito bem. – Disse, referindo-me a mim e ao bebê.

A expressão de Edward mudou para sombria, distante, mas seus olhos estavam num misto de dor e preocupação.

Ficamos em silencio, eu sozinha com minha agonia por detestar deixá-lo assim. Mas já estava decidido, não voltaria atrás.

-Por que faz isso? – Disse Edward de repente, sem animo algum na voz – Por que tem que tornar tudo mais complicado? Você não vê, Bella? Não vê o que está fazendo? Carlisle me contou sobre os exames.

Olhei para ele sem expressão.

-E você não vê o que está dizendo? Esse – Coloquei as mãos na barriga – Esse é o nosso filho, Edward. Como pode ser tão frio a ponto de querer matá-lo? – Meus olhos se encheram de água.

-Matar uma coisa que vai te matar? Que vai te dilacerar por dentro? – Ele disse com raiva  – Eu vou te perder, Bella. Te perder para sempre! – Edward afundou o rosto nas mãos apoiadas no joelho.

-Não, Edward, por favor! – Implorei, me aproximando dele, sentindo seu sofrimento – Eu consigo. Eu sei que consigo. Não sabemos muita coisa ainda... Talvez não seja tão ruim quanto esperamos.

Ele bufou cético.

-Bella, é tão difícil ver o que essa coisa está fazendo? Está te machucando. E vai machucar muito mais se não tirá-lo daí agora! É um monstro, assim como eu! Essa coisa sugará sua vida até que esteja morta! – Ele se virou novamente para a parede de vidro.

-Não vai ser dessa forma. Carlisle vai saber como cuidar de mim e eu vou ficar bem. Por favor, Edward, não tente me fazer mudar de ideia. Tem que aceitar as coisas do jeito que são.

-Você não me deixa escolha! – Ele gritou, virando-se abruptamente para mim – Que opção eu tenho alem de ficar aqui impotente vendo você morrer? Vendo a insanidade da sua escolha?

-Todos fazem escolhas. E essa é a minha. – Disse firme, tentando parecer forte pelo menos uma vez na vida. Ele enterrou novamente o rosto nas mãos.

Silencio.

-Edward – Chamei. Ele não se moveu.

Suspirei.

– Edward, olha pra mim. – Pedi. Ele se virou para que pudesse me olhar e deparei-me com seus olhos tristes, sem expressão. – Eu sei que agüento. Eu sinto isso, Edward. Por favor, confie em mim. Por favor. – Sussurrei. Uma lagrima escorreu solitária pelo meu rosto e Edward limpou-a com a ponta do polegar.

Ficamos nos olhando em silencio por um tempo imensurável, até que ele suspirou.

-Está decidido, então? Está mesmo pronta para morrer por essa coisa?

O bebe chutou, parecendo absorver as palavras do pai.

Fechei os olhos, sentindo o drama – a dor - em cada célula do meu corpo.

Pousei minha cabeça no ombro de Edward e ele me abraçou com força, inspirando profundamente.

-Eu te amo – Murmurou. – E mesmo que aconteça o esperado, eu te seguirei aonde for, eu prometo. – Sussurrou estas ultimas palavras como para si mesmo. Uma promessa.  Provavelmente não era para eu ter ouvido, e tentei ignorá-las. Iria dar tudo certo.  

Pude sentir a dor em sua voz, e senti um aperto forte no peito por magoá-lo.

-Eu te amo – Repeti.

Eu queria, queria muito que Edward ficasse feliz com a chegada dessa nova vida.

Mas eu sabia que isso não iria acontecer, e teria de parecer forte e saudável na frente de todos, ou então ficaria tudo muito mais complicado. Não sei se agüentaria ver Edward sofrer mais, caso eu aparentasse ficar pior.

Eu teria de agüentar firme até o parto, pensei decidida e temerosa.

[...]

O dia seguinte raiou mais depressa do que eu imaginara e obviamente queria. Tinha tido uma péssima noite de sono. Os mesmos sonhos que eu tivera na ilha de Esme me assombraram durante a noite inteira. A criança de olhos azuis – que provavelmente era meu filho estava lá, gritando, implorando por socorro enquanto os Volturi se aproximavam impiedosamente e o faziam chorar.

Lágrimas súbitas rolaram por minha face ao relembrar o pesadelo e as enxuguei com a palma da mão antes que alguém visse. Ainda bem que Rosalie ou Edward não estavam aqui.

Seria complicado explicar meu choro incompreendido.

Funguei afugentando as sensações ruins e me preparei para mais um dia.

Carlisle havia prometido fazer uma bateria de exames em mim hoje. Temi por más noticias, mas me senti automaticamente corajosa e confiante quando o bebê chutou forte.

Acariciei a barriga e ofeguei alto, assustada. Minha barriga estava enorme! O dobro – o dobro não, mas o triplo do que estava ontem. Passei a mão ao seu redor como para me certificar de que aquela era eu mesma e levantei a blusa do pijama que estava vestindo. Para minha completa surpresa e sobressalto, pequenos hematomas começavam a se formar nas laterais.

Sem pensar, levantei-me da cama com um pulo e virei-me bruscamente em direção à porta.

Senti o bebê se remexer com demasiada força e gritei de dor ao ouvir o barulho de algo se quebrando com um som estridente. Caí sem forças no chão e envolvi meu ventre com as mãos, tentando num ultimo ato proteger o bebê dentro de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Ficou bom? hehehe
Sei que não merecemos, mas gostaria muito que deixassem um review. Mesmo que para brigar conosco kk
Beiijõoes!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Agonia de Uma Espera" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.