A Última Palavra. escrita por thammy-chan


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Quase quatro meses sem postar! Que vergonha...
Bom, o capítulo está fraquinho, tenho andado muito sem criatividade, mas acho que vocês merecem mais um capítulo, não é?
Então lá vai:



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•A SEQUÊNCIA DE HOMICÍDIOS•
assustou a pequena cidade.
Não foram um, dois ou três assassinatos, mas sim treze.
Os comentários sobre um possível serial killer estavam por todas as partes.
Os mais ricos passaram a sair armados, com medo
de serem a próxima vítima.
Só sentiram-se protegidos quando o prefeito
prometeu aumentar o policiamento.
Quanta generosidade, não acham?

Apesar do ar amedrontado nas pessoas, as aulas não foram interrompidas na única escola da cidade, mas entre os pais e professores o assunto era sempre o mesmo: Os assassinatos recentes na região. 

Alguns passaram a pressionar o delegado da cidade para solucionar logo o caso.

Tal pressão levou o delegado a contratar uma velha amiga como investigadora: A agente especial  Eva Heeger, que aceitou prontamente a responsabilidade –vamos combinar- não tanto pelo amigo mas sim pela chance de ficar perto do filho, Klaus.

Raramente tinha trabalho na Alemanha, portanto mudara-se para os Estados Unidos e passou a trabalhar para o FBI. Sentia falta do marido e de Klaus, então nunca desperdiçava uma oportunidade de vê-los.

• • •

—Sim. –disse Eva, gentilmente.  —Ainda estou no meu jatinho particular, mas segundo o piloto a viagem durará mais uns 30 minutos. Mas quero deixar claro que antes de passar na delegacia irei ver minha família

—Vai passar na escola? –indagou o delegado.

—Claro. Klaus está lá essa hora.

—Ótimo. Tenho uma tarefa para você.

• • •


Todos especulavam quem seria o assassino. Procuravam ligações entre as vítimas, indagavam os moradores da cidade de forma impertinente sobre onde estavam no dia do crime.


Afinal, quem nunca quis brincar de detetive? Era a oportunidade perfeita para isso. Especulações à parte, uma pessoa ali parecia ter certeza de quem era o suposto serial killer:  Max.


Mas quem acreditaria na palavra de um judeu contra a de um prefeito?

• • •


As aulas do dia já haviam acabado, Liesel estava encostada na parede, esperando Max, quando viu uma figura incomum passar por ela:

•ALTA, MAGRA E DE OLHOS ACINZENTADOS•
Eva Heeger parecia procurar por alguém.
Trajava um vestido preto de tecido fino e um blazer da mesma cor,
o que lhe dava um ar moderno.
Os cabelos ruivos esvoaçavam à medida que o vento soprava,
e as curvas de seu corpo
não passavam desapercebidas pelo público masculino do local.
O que trouxe um pequeno sorriso de satisfação
aos lábios de Eve.

—Mamãe! –gritou uma voz infantil.

Liesel notou que se tratava de Klaus. Só então se deu conta de que os dois eram muito parecidos: A única coisa que Kurt não herdara da mãe fora o tom acobreado dos cabelos dela, que contrastavam com o loiro-esbranquiçado dos seus.

O garoto pulou nos braços da mãe como se não a visse há anos. – e não via mesmo.

A roubadora de livros parou de prestar atenção na cena quando notou Max se aproximando, conversando com as freiras.

Despediu-se delas –que  acenaram discretamente e comentaram baixinho o quanto o judeu era lindo –quando chegou perto de Liesel, que prontamente se levantou.

—Pronta pra ir? –pegou a mão da menina, que tremeu levemente com o toque.

Liesel limitou-se a assentir, tinha medo de que sua voz estivesse tão trêmula quanto suas pernas.

Os dois já tinham dado alguns passos quando uma voz baixa e sedutora os parou:

—Senhor Vandenburg?

Max virou-se, Liesel também. A ruiva estava parada diante deles, com Klaus do lado.

Quando o silêncio tornou-se desconfortável, ela voltou a falar:

—Sou Eva. –estendeu a mão. –Eva Heeger, mãe de Klaus.

Max soltou a mão da menina para cumprimentar Eva. Liesel não gostou disso.

—Max Vandenburg. –apresentou-se ele. —Em que posso ser útil?

—Eu gostaria de saber como Klaus está na escola. –mentiu Eva, que adquiriu uma expressão triste. —Sabe, não tenho sido uma mãe muito presente, gostaria de tentar reverter isso antes que meu menino passe a me odiar.

Ótima atriz, pensou Liesel ao reparar que os olhos de Eva estavam lacrimejando.

—Você não tem com o que se preocupar. –garantiu o judeu. —Klaus é um excelente aluno. As vezes tem uns pequenos desvios de comportamento, mas nada tão grave que não dê para consertar.

 —Será que o senhor poderia ser mais extenso, senhor Vandenburg? –suplicou Eva. —Sabe, para uma mãe que ficou muito tempo afastada do filho, uma simples frase não basta para conhecê-lo novamente.

Não é minha obrigação fazê-la conhecer seu próprio filho, pensou Max, mas limitou-se a dizer:


—Desculpe, senhorita Heeger. Estou atrasado.

Bingo!

—Será que eu poderia ir à sua casa? –Eva continuava com a expressão triste colada ao rosto. Quando viu a reação surpresa de Max, tratou de acrescentar:  —É estritamente importante para mim essa conversa, senhor Vandenburg. Por favor.

Por favor, imitou Liesel em sua mente, com a voz manhosa de Eva.

—Claro. –Max respondeu sem titubear. —As 15h?

—As 15h. –concordou Eva.

•LIESEL PENSOU TER VISTO•
Um lampejo de felicidade passando no
olhar de Eva. Mas logo à encenação de tristeza
voltou a estampar seu rosto.
Ora, é claro que Eva estava feliz.
Agora que descobrira que Max não era imune à seus encantos,
teria tudo o que estava planejando.


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Notas finais do capítulo

É, ficou pequeno, eu sei. Gostaram? Odiaram? Mudariam alguma coisa?
Comentem!