Era a primeira vez que Kagome sentia-se daquela forma. Era um sentimento de capacidade extrema, só o fato dela poder fazer algo para acabar com aquele assassino, era um enorme conforto que sentia.

Enquanto Kikyou ainda estava caida no chão, e Naraku encontrava-se com dificuldades para levantar logo atrás dela, Kagome sentiu crescer dentro de sí, uma enorme sensação de confiança e força. Ela sentia que poderia acabar com aquele maldito bem ali, naquele momento. E então o sofrimento de todos teria fim.

Ela aproximava-se passo a passo, anciando que pudesse acabar com a vida daquele miseravel de uma vez. No entanto, Kikyou a impediu.

- Não! Kagome, você não controla direito seus poderes ainda. E se você chegar perto dele, e ele te atacar, você não terá chance.

A garota que estava no chão, ainda sangrando levantou-se com dificuldade. Agarrou o braço da irmã e disse - Vamos - com extrema confiança de que aquilo, era o mais certo a ser feito.Kagome até tentou resistir, mas a outra fez uma força tremenda, não permitindo que a irmã chegasse perto de Naraku.

No carro, a conversa não foi das mais agradaveis...

- Porque diabos você me impediu? Eu poderia ter acabado com aquele desgraçado! Então estariamos livres!!

- Não estariamos livres! E você provavelmente estaria morta! Só porque usou seus poderes uma vez, em um momento de desespero, não significa que você seria capaz de usar de novo!

- Você mesma falou que o poder corre em mim!Então eu posso usa-lo sim!

- Tens razão pode usa-lo! Mas não significa que você seria capaz! Kagome, o poder que você demonstou agora pouco é apenas uma pequena parte, da enorme força que está dentro de você! Não posso permitir que você se machuque! Caso contrario, essa força pode ser perdida! E o seu destino e o meu interrompidos...

- Então é só isso que importa pra você? Uma coisa chamada destino? Isso não existe!!

Kikyou sorriu - Então destino não existe hein....me diga Kagome, quando você encontrou Inu-Yasha, pela primeira vez todo machucado, aquilo não foi destino?Quando você foi raptada, só para mais tarde descobrir a triste vida dos exterminadores, não foi destino? Quando você perdeu seu filho, aquilo não foi destino?

- Claro que não! Foi uma conhecidencia! Foi o maldito Naraku, que está fazendo todas essas coisas!

- Kagome, aprenda uma coisa nesta vida. "Não existem conhecidencias neste mundo.Só existe o inevitavel." Você ter perdido seu filho, era uma coisa inevitavel. Você não seria capaz de dar-lhe uma boa vida, com um assassino atrás de vocês! Estaria sempre preocupada, olhando pelas suas costas, desconfiada de tudo e todos...

- Cala a boca!!! Eu prefirira muito mais viver assim do que..... - A garota calou-se. Concentrava-se para não começar a chorar.

- Eu sinto muito. Mas esta é a mais pura verdade. Dura,sim. mas a verdade. No entanto, te garanto, outros filhos virão...e se você permitir que o destino aja, você ainda será muito feliz.

Um silencio tomou conta do veiculo por alguns minutos...

- E o seu ferimento? Você está sangrando muito...

- Não é nada...só um pequeno corte. Logo estarei bem. Tenho a capacidade de me curar rapido, assim como você...

- Eu tenho essa capacidade é?

- Hahaha...mais é claro! Como achas que escapou da morte tantas vezes, estando seu corpo tão ferido?

- Com sorte?? - falou hesitante -

Kikyou sorriu - Ah, finalmente chegamos!

- Onde? - indagou curiosa.

- No local que vai servir, para que você aprenda a controlar seus poderes...


A correria tinha tomado conta da cidade. Policias corriam atras de um assassino e estuprador, que era agil e veloz. Inu-Yasha, Miroku e Sango também estavam em seu encalço. Não permitiriam que aquele homem escapasse. Inu-Yasha utilozou toda força que tinha, para dar um tremendo salto e agarrar o homem, que se debatia com todas as forças que tinha. Sango e Miroku davam cobertura. Cuidavam para que nenhum civil acabasse sendo ferido no "fogo cruzado"....

No entanto o homem possuia uma força tremenda. Com um grande empurão, Inu-Yasha acabou soltando. O homem, logo vez mensão de correr, no entanto, um flecha o antigiu na perna. Fazendo-o cair no chão, gritando de dor, incapaz de se mexer.

Todos dicaram surpresos. Procuraram pela fonte daquela flecha. E em cima de um edificio, enxergaram Kikyou, ao lado de Kagome, que segurava um arco e parecia estar muito contente com a situação....

Continua....