DANIEL A “NOVA” BABÁ.

Eu e Tomas encaramos Amandinha que chorava desesperadamente no berço, olhei para ela e depois para Tomas:

-Ela está bem cara. Vamos continuar jogando.

Dei as costas e comecei a caminhar para a sala:

-Como assim Daniel? Ela não para de chorar! –Questionou Tomas.

Olhei para ele:

-É de emoção cara! –Comecei a rir. –Eu estou aqui, ela está feliz.

-Ela é um bebê, mas já viu um anão.

-Beleza... Vamos ver o que ela tem.

Nós dois encaramos a bebê como se ela fosse à filha do mascara, perguntei:

-Ela já comeu?

-Sim, minha mãe a amamentou quando saiu. –Respondeu ele. 

-Ela está com gases? –Perguntei novamente.

-Também não.

-Calma aí! –Cheguei perto dela sentindo um cheiro horrível que quase me deu ânsia de vomito. –IH! Já sei o que é!

-O quê?

-Ela morreu.

-O QUE! –Endoidou Tomas.

-Brincadeira, só o cheiro que é de defunto, mas ela só está com a fralda suja, deve ter feito necessidades lá.

-Hum... Troca pra mim?

-Cara, eu não sei não... –Falei incomodado com o choro da Amandinha.

-Como assim não sabe? Milla é mais nova que você, com certeza você cuidou dela quanto ela era criança.

Cruzei os braços:

-Milla é dez meses mais nova do que eu, a única coisa que eu sabia fazer quando Milla nasceu era falar “Forever Alone” mentira, acho que era “Tomas é um idiota”.

-Ta bom... Ta bom... Saquei, você não quer me ajudar, vai lá... Continua jogando GTA:4 enquanto eu troco a fralda.

-Beleza! – Fui correndo para o computador da sala antes que ele mude de idéia, fui jogando lá, matei umas prostitutas “Só não achei a Bruna Sufistinha” só ouvindo Tomas gritar:

-Ai droga!

-Que merda é essa?!

-Como uma pessoa tão pequena pode fazer algo tão grande?

Amandinha não parava de chorar, até que ficou um silêncio absoluto, então pensei “Droga! Tomas matou a criança!”, ouvi passos até ouvir a voz de Tomas:

-Daniel...

Pausei o jogo e olhei para ele:

-O que foi?

-Eu vomitei no bebê...

Nesse momento começa uma musica engraçada, me levanto:

-Droga Tomas!

Saí correndo para o quarto da bebê junto com Tomas, olhei para o berço, estava vazio:

-Cadê ela?

-Olha pra cama.

Olhei para a cama, era uma cena tão nojenta que também vomitei na Amandinha, ela começou a chorar mais alto, como uma sirene de carro de policia, olhei para o outro lado gritando:

-Droga Tomas! Por que você vomitou nela?  

-Você também vomitou!

-Só que eu sou bonito.

-Anão de jardins são decorados para serem bonitos.

Gritei:

-Como você sabe seu NERD! A única vez que você saiu de casa foi para comprar um HD novo!

-Pelo menos eu alcanço a prateleira onde ficam os HD’S!

(Meia hora depois).

Tomas segurava Amandinha que berrava por enquanto eu arrumava a mangueira de lavar carro, estávamos no quintal da casa de Tomas, que tem um gramadinho bonito e uma piscina até bem grande.

Liguei a torneira, o jato da mangueira foi tão forte que acertou uma arvore a vinte metros de distancia.

Olhei para Tomas:

-Pronto estende a Amandinha que a mangueira está pronta, vamos deixá-la limpinha.

-Você está maluco? Com essa força a água vai tirar até a pele dela.

-Ué! Lavagem geral! –Olhei para ele, pra ver se ele tinha concordado. Ele não concordou, abaixei a cabeça. –Droga... –E diminui a velocidade.

(Uma hora e meia depois).

Amandinha estava toda limpinha, com fralda nova, e eu e Tomas encarávamos ela que não parava de chorar sentada na grama.

Ela berrava feito louca, já morto de tanto ouvir ela gritar, falei:

-Ela não para! Como ela consegue berrar tanto?

-Você ainda não viu nada!

-Vamos ver se conseguimos fazer ela parar de chorar.

-Beleza.

“Tentamos fazer palhaçadas”.

“Dançar”.

“E até cantar Justin Bieber”. –Essa ultima foi muito gay. 

(Quarenta minutos depois).

Quase mortos, nos deitamos no gramado ouvindo Amanda que ainda chorava como um galo louco.

“-Galo louco não chora. -Palavras de capitão obvio”.

-O que faremos agora? –Perguntei.

-Não sei... –Disse Tomas olhando uma formiga que passava na grama. –Já era para ela ter parado de chorar e rir só pelo seu tamanho.

-Cale a boca! –Gritei dando um tapa na cabeça de Tomas, que fez um barulhinho estranho, quando eu e ele olhamos para Amandinha, vimos ela dando um pouco de risada e voltando logo para seu ritual de choro, eu olhei para Tomas, ele olhou para mim, nos ajoelhamos no chão. –Ela riu!

-Riu mesmo!

-TAP! –Barulho do tapa que dei em Tomas.

-Aí! –Gritou ele de dor.

Olhei para Amandinha, ela estava rindo novamente.

-Funciona! –Falei.

-Deixa eu ver!

PEK! –Barulho do soco que levei no ombro.

Amanda rolou no chão de tantas risadas, Tomas sorriu:

-Você está certo! Funciona mesmo e...

Tomas não conseguiu completar a fala, pois eu acabara de acertar um soco em sua bochecha.   

Tomas rolou no chão:

-Por que você fez isso?

-Ué! Para fazer a Amandinha parar de chorar.

Nós dois encaramos ela, a bebê estava rindo tanto que parou de chorar, Tomas fechou os punhos:

-Então vamos animá-la!

-É... Só animá-la.

Quando percebemos já estávamos dando porrada um no outro tipo Naruto e Sasuke enquanto Amanda morria de rir.

Tobe continuend “Beleza, eu nem sei se escreve assim e nem sei por que escrevi isso”.