Stefan e Elena estavam conversando na cozinha da casa dos Gilbert com Jeremy e Bonnie.

- Encontraram a garota estendida num terreno baldio... Dizia Jeremy quando Damon e Caroline chegaram.

- Por que essa reunião surpresa? Perguntou Damon.

- É por causa da Mary Copper, não é?! Deduziu Caroline - Ouvi boatos...

- É por isso mesmo. Disse Bonnie. – Foi um vampiro! Disse ela olhando para Damon, depois de tantas coisas ela ainda não confiava nele, ainda mais sabendo que ele está deprimido por causa de Juliana, era um motivo e tanto para atacar uma garota inocente.

- E por que todo esse alvoroço? Só deve ser um vampiro desavisado! Por favor! Já enfrentamos originais, qualquer outro é moleza! Disse Damon aumentando mais ainda as suspeitas de Bonnie. “Como ele pode estar tão tranqüilo? Uma garota foi morta!” Pensava ela.

- Não importa se ele é desavisado ou não! Se ele machucar mais um inocente eu acabo com ele! Disse Bonnie.

- Ok, sabichona! Como você vai acabar com ele se não sabemos nem quem ele é? Disse Damon.

- Não tenho certeza se não sabemos quem ele é! Disse Bonnie ameaçadoramente.

Damon bufou para a insinuação da bruxinha.

- É Bonnie fui eu! E Sabe de outra coisa? O papai Noel e o coelhinho da páscoa são meus cúmplices! Debochou Damon.

- Eu não disse que foi você! Mas se a carapuça serviu... Disse Bonnie.

- Parem vocês dois! Disse Elena. – O assunto é sério não temos tempo para discutir!

Juliana estava com um pouco de sede então saiu de seu quarto e desceu até a cozinha para beber alguma coisa, sem querer ela escutou enquanto se aproximava a última frase que a irmã disse.

- O que aconteceu? Perguntou ela. – Oi Damon... Disse ela desviando seu olhar a ele.

O mundo pareceu parar nesse momento para o vampiro, se sentiu eufórico, Juliana havia falado com ele, relutantemente mais falou. Aquilo já era um avanço, talvez Elena estivesse certa e o tempo poderia fazê-la perdoá-lo.

- Oi. Disse ele se contendo.

- O que é sério? Por que essa reunião? Disse Juliana direcionando-se a Elena.

- Uma garota foi morta ontem à noite, no seu pescoço foram encontradas marcas de presas, com certeza era um vampiro. Respondeu Stefan.

- Nossa! Quem foi? Perguntou ela espantada.

- Mary Copper... Você conhece? Perguntou Caroline.

- A Mary? Conheço sim! Coitada! Eu tinha aula de história com ela... Disse Juliana abismada. – E o que vocês estão pensando em fazer sobre isso?

- Ah! O de sempre descobrir quem ele é, perseguir, torturar e depois matar! É sempre a mesma história. Disse Damon.

- Pensava que as coisas não eram mais como antes. Disse ela para Damon. - Boa Sorte para vocês... Disse Juliana pegando seu copo de água. – Se eu puder ajudar de alguma forma é só falar, agora eu acho que vou dormir boa noite!

- Boa Noite! Disseram Bonnie, Caroline, Elena, Jeremy e Stefan. Damon ficou quieto.

Distraída, Juliana entrou no quarto e não percebeu que tinha companhia. Ligando a luz ela viu Damon sentado na ponta de sua cama olhando para o nada, mas direcionando seus olhos para o assoalho da casa.

- As coisas não são mais como antes mesmo... Disse ele.

- Jura?! Pensei que era sempre a mesma história: Perseguir, torturar e depois MATAR! Disse ela entrando no banheiro para lavar suas mãos.

- Você sabe que eu não estou falando da menina que morreu... Disse Damon.

- Não Damon, eu não sei... Não sei mais de nada... Disse ela ainda do banheiro.

- Eu não queria te magoar... Saiba disso! Exclamou Damon.

Agora ele não olhava mais para o chão e encarava a porta do banheiro.

- Por que você me escondeu isso? Disse ela saindo do banheiro e ficando em pé na frente da porta.

- Eu ia te contar, eu queria te contar, mas não sabia como... Acredite em mim! Disse Damon enquanto Juliana pegava no seu guarda-roupa um pijama.

- Parte de mim quer acreditar e outra não. Disse ela parada em frente a ele.

- O Damon que matou o Zach não é o Damon que se apaixonou por você... O Damon assassino e inconseqüente, que não se importa com ninguém não é o Damon que te salvou daquele cara a algumas noites. Disse ele.

Juliana não disse nada, entrou calada outra vez no banheiro para se trocar e trancou a porta. Ela estava pensando. Poucos minutos depois ainda trancada ela disse:

- E se aquele Damon voltar?

- Ele morreu no dia que te viu entrar pela porta do Grill pela primeira vez. Disse Damon.

- Tem certeza que ele morreu? Perguntou ela do banheiro.

- Absoluta! E você sabe que os mortos não podem ressuscitar! Brincou Damon. (Brincadeira infeliz sendo que ela está sofrendo por que ele não contou que matou o Zach).

- Por que eu sinto uma coisa tão forte, vindo de dentro de mim, que tem certeza que você está falando a verdade? Perguntou ela.

- É a mesma certeza que eu tenho de que você veio de alguma forma para me salvar de mim mesmo... Sabia que eu nunca tinha me arrependido de... Dizia ele enquanto foi interrompido por Juliana que saiu do banheiro completando sua frase.

-... Ter matado alguém antes?! É! Eu já sei disso... Mas o que eu não entendo o porquê de você ter feito aquilo, ele era da sua família, sangue do seu sangue! Ele sempre foi muito bom comigo, que eu saiba nunca fez mal a ninguém, era uma boa pessoa... Disse Juliana se sentando na outra ponta da cama ao lado dele e olhando para o chão igualmente.

-... Não que isso seja uma justificativa, mas você não sabe da metade da história. Disse ele.

- Então me explique para que eu possa tentar, não prometo entender, mas me acostumar com isso... Disse ela.

- Bem... Eu estava usando e me alimentando da Caroline...

- Vem cá, não foi a tal de Katherine que transformou ela?!

- Foi, mas eu só me alimentei não a transformei, não necessariamente, meu sangue estava na corrente sanguínea dela, mas eu não a matei, então não conta como se eu a tivesse transformado...

- Rapaz... Você sai doando seu sangue para todo mundo também! Minha mãe, a irmã do Matt, Elena, Caroline e sabe lá quem mais! Já pensou em abrir um banco de doação de sangue? Você faz isso para compensar o sangue que você toma é?! Agora quem brincou foi Juliana.

- Voltando à história... Disse ele. – Eu estava me alimentando da Caroline, e o Stefan, bom samaritano do planeta queria me pegar de jeito, então ele envenenou o sangue dela com verbena, fornecida pelo Zach. Eles conseguiram me ‘seqüestrar’ e me deixaram apodrecendo no porão de lá de casa. Consegui com um pouco de força que tinha levar a Caroline até mim, ela me libertou, Zach tentou me impedir e você sabe o resto da história...

- Não sabia disso... Mas de qualquer forma você não entende o mal que me fez matando-o...

- Ele era muito importante não era?! Disse Damon.

- Era sim... Mas eu não quero falar sobre isso agora... Disse Juliana iniciando um silêncio que duraram alguns minutos, parecia mais uma eternidade. Os dois olhavam para o nada.

Damon resolveu quebrar o gelo:

- Você poderia usar um pijama mais sensual que esse! Acho que vou te dar uma lingerie de presente... Disse ele fazendo graça e arrancando um sorriso.

- Compre roxo, eu fico muito sexy de roxo! Disse ela.

- Eu consigo imaginar... Disse ele abrindo um sorrisinho sínico

Juliana riu:

- Agora não era o momento para essas brincadeiras. Disse ela sorrindo outra vez.

Damon conseguiu um sorriso dela, havia ganhado o dia, mas em pouco tempo ela se lembrou do assunto da conversa e ficou séria de novo.

- Você vai me odiar para sempre? Perguntou ele um pouco triste.

- Damon, eu não te odeio... Pelo contrário, eu só estou magoada... Sinceramente, eu te amo. Disse Juliana sem esperar que fosse recíproco. -... Mas não gosto de você agora. [Frase do Filme: Como Perder um Homem em 10 dias. ;)].

Damon se aproximou dela na cama, com intenção de beijá-la.

- Damon... Não! Disse ela tirando as mãos dele que pousavam em seu rosto. - Eu ainda estou muito ferida. Por favor, vai embora... Disse Juliana se levantando, aproximando-se da porta e abrindo-a para ele.

Cheio de sentimentos contrastantes, ele se levantou e atravessou a porta. Mas antes de sair da frente dela disse:

- Eu também te amo. Disse olhando no fundo dos olhos dela e em seguida saindo, deixando-a sozinha.