PDV- Bruno
Todos nós nos agrupamos rápido e fomos bem devagar e em silêncio para bem longe do acampamento que fizemos tentando despistar  as pessoas. Mas não deu certo. Pra todo lado que virávamos, eles nos seguiam de longe, até que começaram a chegar mais perto e conseguimos ver quem era.
- Ora, ora, ora. – Lion disse enquanto segurava uma caixa de um lado. Lara segurava do outro lado. Atrás deles havia uns campistas tomando conta de uma outra caixa enorme. Cabia umas duas pessoas lá dentro  – Acho que eu peguei vocês de novo! Há, há, há! Soltem–nas! – ele disse isso e os campistas com a caixa puxaram uma corda e ela se abriu. Dentro dela havia... A medusa! Não... Duas medusas! Da cintura pra baixo eram cobras e da cintura pra cima mulheres normais com um casaco de couro. 
- Peguem-nos! Eles mataram sua irmã! – Lara gritou. 
-O quê?! – Hannah disse – Não! Não fomos nós... – uma delas gritou com uma voz rouca que lembrava uma cobra e seus cabelos de cobra (iguais aos da Hannah) chiaram.  Nós saímos correndo em meio à floresta e nos escondemos atrás de uma pedra muito grande, do tamanho do punho de Zeus.
-Irmã???!!! – eu disse – são três medusas?
-Na verdade cada uma tem um nome. – disse Hannah – essas devem ser Esteno e Euríale. Esteno provavelmente é aquela que rosnou pra mim. Mas alta e bonita que Euríale; porém mais feia que a Medusa.
-E elas acham que NÓS matamos a medusa! – Bia disse. E depois ela olhou em volta e perguntou:
-Onde estão os outros?
Olhamos por cima da pedra e vimos todos os nossos amigos com as pernas e os braços amarrados.
-Ótimo! – eu disse – O quê vamos fazer agora?
-Acho que devíamos nos preocupar com... – quando Bia estava indo dizer o nome das “monstras” ouvimos chiados de cobra atrás de nós.
-Não olhem nos olhos delas! – Hannah avisou, mas elas duas lançaram uma espécie de raio dos olhos delas e petrificaram duas árvores perto de nós.
- Certo... – Hannah disse – CORRAM!
Corremos cada um prum lado e elas só conseguiram lançar o raio na pedra, que acabou explodindo!
PDV - HANNAH
Peguei minhas espadas e gritei:
-Ei! Feiosas, venham aqui! – Só uma me deu atenção (Esteno). A outra foi procurar por Bruno e Bia.
Ela veio rastejando numa velocidade incrível e quando ela estava levantando eu pulei em cima dela. Ela tentou lançar seu raio roxo petrificante em mim, mas errou e acertou uma ave. Encravei minhas espadas nas costas dela e me pendurei esperando que ela caísse morta. Mas ela não caiu. Ela começou a balançar de um lado pro outro e não conseguiu me tirar das costas dela. Então, das extremidades das costas dela, saíram asas de ouro e ela levantou voo. Ela subiu uns quinze metros e deu um mortal no ar, fazendo com que as espadas soltassem e eu caísse. Quando eu estava caindo, eu joguei um furacão nela e empurrei o ar na minha direção pra eu parar de cair. Desci de vagar e esperei por Esteno. Ela desceu voando na minha direção. Vi seus olhos brilhando prontos para mandar o raio. Então eu me concentrei, ouvi as cobras no meu cabelo chiando e minha visão ficou verde. Só ouvi uns estalos no ar e alguma coisa caiu em cima de mim.
Quando recuperei minha visão, havia um monstro de pedra com rabo de cobra no lugar das pernas, asas e cobras no lugar do cabelo em cima de mim.
Tirei-a com dificuldade de cima de mim e quebrei-a com um golpe da espada.
-Hannah! – ouvi a voz de Bia e Bruno gritando juntas. Quando os vi, eles estavam fugindo da Euríale, molhada e cheia de cortes grandes e profundos no corpo todo.
PDV-BIA
Todos nós corremos para um lado e eu ouvi Hannah chamar pelos monstros, mas só Esteno foi atrás dela. Euríale veio atrás de mim.
Eu olhei pra trás e vi seus olhos brilhando. Me joguei num arbusto à minha direita e o raio da Euríale quase me acertou. Ela não me viu pulando no arbusto e seguiu em frente. Ela era bem diferente da Medusa. Percy me contara como ela era. E também é diferente de Esteno. Esteno é alta e elegante. Euríale devia ter um metro e setenta e é bem feinha. E devia estar fazendo um baita regime porquê eu li que ela era gorda. Ela andou um pouco e eu peguei minha espada e pulei em cima dela. Infelizmente uma das cobras em sua cabeça me viu e Euríale se virou e me deu uma “caudada”. Eu voei longe e ela chegou perto de mim e me segurou pelo pescoço. Ela começou a sibilar e seus olhos começaram a arroxear. Eu estava prestes a virar pedra quando um cabo de ferro bateu com força na cabeça dela. Ela caiu no chão e eu vi quem estava com o cabo.
-Bruno! – o cabo de ferro era da foice dele. 
PDV-BRUNO
-CORRAM! – Hannah gritou e correu pra direita. Eu e Bia fomos pra esquerda, mas nos distanciamos à medida que corríamos. Ouvi Hannah chamando os monstros pra luta, o que me fez correr mais rápido.
Finalmente eu parei de correr e percebi que estava sozinho. Eu decidi voltar e tentar ajudar a primeira amiga que aparecesse.
 Dei meia volta e fui procurando em meio à floresta. Eu ouvi um barulho à direita e fui ver o que era.
Eu vi Euríale segurando Bia pelo pescoço e decidi ajuda-la. Peguei minha foice, virei-a e bati com ela na cabeça da Euríale. Bia me agradeceu depois que Euríale caiu no chão. Infelizmente ela se levantou.
-AAAAAAAAHHH!!!!! – ela gritou e começou a lançar seu raio pra todos os lados. Quando ela parou eu fiz um corte profundo e longo em sua barriga. Ela gritou. Mas não morreu. Eu tentei mata-la mais algumas vezes fazendo outros cortes, mas nada aconteceu. Bia fez uma coisa diferente: ela ficou de lado para a Euríale e com uma mão ela extraía água do ar e com a outra ela jogava na Euríale. Ela fez isso até Euríale cair engasgada. Euríale só ficou mais irritada e lançou o raio. Felizmente eu fui rápido o bastante pra pegar na mão da Bia e desacelerar o tempo para fugirmos. Eu vi o raio parado no ar bem atrás de mim.
Nós corremos bastante e paramos.
-Hannah deve estar muito longe. – Bia disse. Nos sentamos para descansar.  Péssima ideia. Euríale foi silenciosa como uma cobra. Ela chegou bem perto de nós sem deixar que percebêssemos. Ela ia nos petrificar quando levou um susto e parou. 
O susto foi que eu apontei no céu, a Hannah. Ela estava caindo e depois parou e desceu levemente.
Corremos até ela e paramos (Euríale também) quando vimos Esteno (que estava com asas) voando em sua direção. Hannah petrificou Esteno e Euríale atrás de nós gritou, o quê só nos fez correr de novo. 
Chamamos Hannah e quando ela nos viu ela se concentrou na única cobra que estava olhando para ela e petrificou Euríale. Eu e Bia pulamos pro lado e Euríale caiu de cara no chão, quebrando o nariz, a boca e algumas cobras na cabeça.
-Agora temos que salvar nossos amigos – eu disse – de novo. – logo avistamos um pessoal pouco distante da gente. Lá estavam: Lion, Lara e uns semi-titãs guiando todos os nossos amigos, que estavam amarrados nas mãos e nos pés.
-Bia, - eu disse – sabe o quê fazer. – ela assentiu e fez o mesmo que fizera com Euríale. Uma onda foi em cima de todos menos Annie e os negados.
Eu corri bem rápido até eles e os trouxe para Hannah e Bia.
- Tem uma estrada por ali – disse Annabeth. Eu voltei até os nossos inimigos que ainda estavam se levantando.
Eu comecei a correr em volta deles, impedindo que passassem. Ficou uma faixa azul em volta deles – minha camisa é azul.
Eu usei minha foice pra ficar dando golpes leves neles. Todos (um total de nove, contando com os semi-titãs) começaram a se encolher de dor sangrando. Eu ia dar um golpe final que passasse pelo pescoço de todos, mas Lion pegou a lança de Lara e levou para frente, encravando na lateral do meu corpo na hora que eu passei.
A dor era insuportável. Eu sentia a lança no meu estômago e muito sangue escorria. Eu caí de joelhos no chão. Lion, ainda segurando a lança, se agaixou sorrindo. O rosto estava cheio de cortes sangrando. Ele deu uma risadinha e disse:
- Bem, eu acho que você não foi... Rápido o suficiente. – ele girou a lança dentro de mim. Agora havia sangue saindo pelos cantos da minha boca – Você é um idiota! Se você e suas amiguinhas tivessem se juntado aos Titãs, isso não teria acontecido. Acho que você já sacou qual vai ser o destino de suas amigas não é? – eu reparei que Lara estava com um pouco de medo de Lion – não fique triste de morrer assim, é melhor morrer QUASE sem sofrimento nenhum aqui, do que sofrer com a fúria de seu pai né? Hã. Acho que você é uma decepção pra ele. – Lion disse isso e empurrou a lança fazendo-a atravessar do outro lado do meu corpo. Ele tirou a lança de mim e me deixou caído no chão, me vendo morrer com um sorriso maléfico e um olhar psicopata.
Toda a minha vida passou diante de mim muito rápido, inclusive quando eu era deus e desacelerou no meu treinamento com Quíron.  Eu me lembrei que eu não conseguia voltar no tempo. Me lembrei de todas as vezes que eu tentei, todas fracassaram. Parecia uma coisa tão simples. Um filho de Cronos não conseguir voltar no tempo é como um filho de Poseidon ser alérgico a água. 
Tão simples – eu pensei – eu consigo fazer isso. Só preciso tentar. E eu quero tentar! Eu quero e eu consigo! Eu quero e eu consigo! – fiquei pensando nisso até o momento que tudo o quê acontecera, começou a acontecer de novo. Só que... De trás pra frente. Como se eu estivesse voltando uma cena num DVD. Eu estava fazendo aquilo? Só podia ser! Eu pensei: se eu estou fazendo isso, eu posso controlar! Então fiz com que chegasse mais rápido ao ponto em que Lion encravou a lança em mim. Voltei um pouco mais, na parte onde eu ainda estava correndo em volta deles e deixei o tempo correr normalmente. Eu parei de correr exatamente na hora tentou me matar. 
Ele ficou segurando a lança no ar e eu bem atrás dela. Ele ficou me encarando e eu peguei a lança e pus a lâmina em seu pescoço.
-Levante-se – eu disse a ele e ele se levantou bem devagar. Vi um campista levando a mão para a espada – Se quiser que ele morra continue se mexendo. – ele parou. Pensei em fazer com Lion exatamente o que ele queria fazer comigo. Mas... Eu tinha uma pontinha de dúvida. Eu sei que devia mata-lo, eu sei! Droga.
- Eu devia mata-lo agora mesmo – eu disse a ele – mas não vou. – seu olhar mudou de medo para esperança. – Ainda. – concluí – Ainda não é a sua hora de morrer. Acredite. Quem sabe mais sobre tempo que o filho do Tempo? Mas esse dia chegará! E eu não terei piedade. – tirei a lança de seu pescoço e girei-a, fazendo-a bater no seu rosto, deixando-o no chão. Joguei a lança para Lara e me virei preparado para fugir dali, mas Lara me chamou:
-Bruno! – eu me virei e ela me mostrou a caixa. Uma caixa que estava com eles desde que chegaram aqui. A caixa começou a tremer como se alguma coisa quisesse sair dela. Olhei pra Lara, mas ela estava paralisada. Todos estavam. Menos eu. O tempo estava parado. Então ouvi uma vós grossa como uma explosão:
-Filho. – Cronos disse
-Pai. – respondi.
-Acho que você teve tempo o bastante para pensar na sua resposta. É a última vez que pergunto. Você lembra da minha proposta não é?
-Acho que sim. Sobre eu me tornar um titã não é? É. Realmente é uma oferta bem tentadora.
-E então?
-Então o quê?
-Qual a sua resposta?
Eu respirei fundo e disse:
-Não
-O que!?!? Como pode negar uma coisa dessas? Imortalidade! Além de ser filho do governante do universo!
-O universo é bem grande, mas... Você nunca ligou pra mim! Nem quando eu descobri ser quem eu sou. A única coisa que você sempre quis saber foi se eu aceitava ou não a sua oferta! Eu te odeio! E eu nunca vou me juntar a você! Esta guerra, você irá perder. Assim como as outras.
-GAROTO INSOLENTE! Você ainda virá para o meu lado! Algum dia! Eu sei disso.
-Não. Nunca. – um grito grosso da vós dele ecôo e o tempo voltou ao normal. Mas eu não estava mais no mesmo lugar. Eu estava de frente para uma estrada junto com os meus amigos.
-Que cara é essa, Bruno? – Hannah perguntou – parece que viu um fantasma.