- Prólogo -

Todas nós temos aquela amiga que nos damos melhor, não é?! E é essa amiga que nós chamamos de: “minha melhor amiga”.

No meu caso, não é minha melhor amiga, e sim, meu melhor amigo, ou seja, Neji!

Eu sinceramente não sei como podemos ser tão amigos assim, ele é totalmente meu oposto: sério, fechado, não fala muito, enquanto eu falo tanto que chego até a esquecer o assunto principal! Eu não consigo passar mais de dez minutos com a cara amarrada, enquanto ele passa, sei lá... A vida inteira. Simplesmente não dá para entender.

Eu já tinha me acostumado com o jeito “empresário” dele: Sério e centrado; pensa mil vezes, se necessário, antes de fazer alguma coisa e tal.

Eu adorava - apesar de eu nunca ter dito - falar enquanto ele apenas escutava, ver sua expressão impassível, apenas assentindo a tudo que eu dizia - apesar de que sua voz às vezes me fazia falta - era bom.

Ele muitas vezes podia ser muito chato, com seus discursos de “tem que fazer a coisa certa”, mas só ouvir sua voz já era um presente - mesmo que esse presente venha com um sermão de “bônus”.

Mas ultimamente nada disso vinha acontecendo. Eu não falava tanto com ele, e nem fazia nada para chamar sua atenção. Eu não sorria mais com tanta freqüência, e quando sorria eram sorrisos cansados e fracos.

Eu simplesmente não dizia o que estava acontecendo.

Eu não sei o que se passava na cabeça dele, mas sem dúvidas ele estava preocupado comigo. Só espero que ele não se culpe por nada.

Ele sempre me perguntava o que estava acontecendo e eu sempre dava a mesma resposta: “Só estou cansada, só isso”.

As meninas sabiam o que estava acontecendo, mas eu não iria contar pra ele, pelo menos não por enquanto. Ele iria saber, mas na hora certa - ou no mínimo quando ele me pressionasse o suficiente para eu desabafar.

Bom, agora é esperar para ver o que acontece, e rezar para que um milagre aconteça.