Como pode ser possivel o primeiro dia de aula ser uma droga? Sempre as mesmas pessoas, sempre a mesma cara séria da irmã ernestina, e por incrivel que pareça Paul tambem estava lá.       

 Ele estava com os braços ao redor da cintura da Kelly Prescott, e assim que ela me viu, ela começou a puxá-lo para poder dar-lhe um beijo bem molhado.

 Eu fingi não percebe aquilo tudo, e segui na direção de Cee Cee e Adam.

 - Oi, suze. - disse Cee Cee, assim que me aproximei da mesa onde eles estavam sentados. - O Jesse, está na faculdade?

 - Sim. - Eu disse, me sentando de frente para ela. - Ele virá me buscar no final da aula. 

 - Estupendo! - Disse Cee Cee.

 Pelo jeito ela ainda tentava usar palavras difíceis no seu dia-a-dia.                                         

 - Eai, como está indo o namoro de vocês? - eu perguntei, me virando na direção Adam.

 - Fazer o que? - Assim que ele disse isso, eu vi Cee Cee dar uma cotovelada na barriga dele. - Ai! Foi brincadeira.

 - Mudando de assunto, você sabe quem está de namoro sério?

 Eu não tinha nem a mais remota idéia de quem seria, por isso perguntei:

 - Quem?

 - Paul Slater e Kelly Prescott! - O que?

 Paul nunca quis namorar sério com ninguem. Na verdade, ele nunca gostou de ninguem o bastante para poder namorar a sério. Então, como isso poderia ser possível?

 - Eu vi os dois abraçados e tal, mais isso não significa que ele esteja namorando sério, significa?

 - Claro que não. Mais Kelly fez questão de vir dar a noticia pessoalmente.

 - Bem a cara dela, querer se aparecer. - eu disse, com desdém.

 - "Morram de inveja, eu estou namorando sério, o cara mais gato da escola!" - Disse Cee Cee, fazendo uma péssima imitação da voz da Kelly.

 - Deixem eles curtirem a vida. - Eu disse rindo.

 - Certo.

Derrepente eu ouço a voz do Padre Dominic, no alto falante.

"Suzannah, comparecer a sala do diretor emediatamente."

 - Essa é a minha deixa, Pessoal. Até mais. - Eu disse para Cee Cee e Adam, que me olhavam curiosos, para saber o que eu tinha feito no meu primeiro dia de aula, para poder ser chamada na sala do diretor. Só que antes mesmo de eu ter me levantado do banco eu ouço o Padre Dom, outra vez no auto falante:

"Por favor, Paul compareça a sala do diretor emediatamente".

Só podia ser brincadeira, o que o Padre Dom, queria com nós dois. Eu sei que o Paul podia tar legal agora, mais ele já fez várias coisas contra mim e contra o grande amor da minha vida, e isso a gente não se esquesse da noite para o dia, não mesmo.

 Então, eu vi o Paul largar a Kelly e ir na direção da sala do Padre Dom. E eu sai logo em seguida, para poder me juntar a eles.

 Quando cheguei na sala do Padre Dom, Paul já estava sentado em uma das cadeiras, que havia de frente para o Padre Dom. Eu me sentei em outra cadeira, que estava reservada para mim. Então o Padre Dom, começou a falar:

 - Oi, crianças. - Disse ele, muito alegre. - Tenho uma ótima notícia para vocês e para o Jesse. Vocês iram trabalhar juntos.

 - Quê? - Eu perguntei, achando que podia ter ouvido alguma coisa errada no que ele tinha acabado de dizer.

 - Vocês iram mediar dois rapazes e uma moça, que estam vagando por ai.

 - E aonde o senhor ve o "ótimo" nisso? - eu quis saber.

 - É que eu achei que como tudo está bem entre vocês, um trabalho juntos não ia fazer mal algum.

 - O senhor nem nos consultou?

 - Estou consultando agora. E não há mais nada para se fazer, vocês teram que trabalhar juntos e ponto final.

 - Eu acho uma ótima idéia - disse Paul, eu até tinha me esquecido da presença dele ali.

 - Padre, o Jesse ainda não vai muito com a cara dele ainda. - eu disse apontando o dedo para o Paul.

 - Mais um motivo para vocês trabalharem juntos.

 - Que ótimo. - eu disse derrotada.

 Eu só não queria ver a reação do Jesse, quando ele solbesse disso.

 Dito feito. Quatro horas depois, Eu estava entrando no carro do Jesse, e estava pronta para contar as novidades a ele.

 - Jesse, tenho algo muito... Inusitado para te contar.

 - O que é minha hermosa?

 - O Padre Dom quer que nós e o Paul trabalhemos juntos. - Eu disse de uma vez só.

 - O quê?