Da Morte para a Vida escrita por DRACENA
- O que você veio fazer na casa da Kagome, Mirok? – desconfiada.
- Eu vim atrás de você Sangozinha. Como não estava em casa e a luz da casa dela estava acesa pensei que poderia está com ela.
Sango e Mirok haviam acabado de sair da casa de Kagome.
Inu Yasha havia insistido que não queria ir para o hospital. Então estava no seu quarto dormindo.
Os dois agora estavam indo para suas casas.
A noite já não estava tão escura. Em pouco tempo o sol voltaria a reinar novamente. Uma brisa fresca inundava o local trazendo uma gostosa sensação de bem estar.
- Sango você vai trabalhar agora pela manhã?
- Sim. Eu não sou você que pode acordar até 10 horas da manhã – caçoando.
Ele parou, enlaçou a cintura dela e encarou-a sério.
- Sango eu não estou brincando. Você precisa descansar. Não dormiu nada a noite toda, pois ficou cuidando do Inu Yasha.
- Mirok eu sei me cuidar! – irritada.
- Eu sei. Mas isso não me impede de não me preocupar.
- Não precisa, seu bobo – e beijou o rosto dele.
O rapaz a soltou e eles recomeçaram a andar, dessa vez, felizes e de mãos dadas. Pararam na porta da dela.
- Promete que vai tentar dormir um pouco?
- Porque acha que não vou dormir agora?
- Eu te conheço. Sei que acha inútil dormir agora e que vai começar a trabalhar assim que eu sair.
Ela abaixou os olhos, pois era exatamente isso que pretendia fazer. Mirok levantou o queixo dela e olhou fundo nos olhos castanhos.
- Prometa que vai tentar descansar um pouco.
- Mas...
- Prometa.
- Está bem, general – disse batendo continência e sorrindo.
Mirok inclinou a cabeça sobre ela. Sango percebeu o brilho intenso daqueles olhos pouco segundos antes dele alcançar sua boca e abrir seus lábios, faminto, como se tivesse esperado a noite toda por isso. Seu sangue fluiu mais rápido nas veias. Seu corpo relaxou entre os braços dele, entregando-se agora sem qualquer resistência a seus beijos longos e profundos.
“Calma Mirok já esta amanhecendo. Ela esta cansada, se controle e a deixe entrar”.
Com muito esforço, o rapaz se afastou e beijou a testa dela.
- Boa noite Sangozinha.
- Boa noite – atordoada.
Ele a deixou sozinha.
-Eu não acredito que ele não tentou nada...
Só que ela não sabia se estava feliz ou decepcionada.
Kagome entrou no quarto e se aproximou da cama onde o haion dormia tranqüilamente. A sua face estava tão serena, mais parecia que à noite anterior não ocorrera.
Ela estava muito cansada, mas não queria se afastar dele, queria está ao seu lado quando acordasse.
Ajoelhou-se no chão, ajeitou o cobertor e retirou alguns fios prateados do rosto dele. Sorriu ao vê-lo franzir o nariz e mexer as orelhas de cachorro. Um sorriso terno e ao mesmo tempo triste.
“Sentir tanto medo por ver todo aquele sangue. Tanto medo e raiva. Raiva por não ter dito que havia se machucado tanto. Raiva por não aceitar a minha ajuda, mesmo depois daquele beijo tão maravilhoso que me transportou ao céu e agora eu me encontro no inferno”.
Sentou-se no chão e deixou que pequenas lágrimas fluíssem.
“Será que ele não sentiu nada? Será que pra ele foi só um beijo? Deve ter sido. Ele só pensa na Kikyou. É duro admitir isso, mas ela é a única mulher no coração dele e não a lugar para mais nenhuma”.
Estranhamente ela não sentia raiva, só tristeza de não ter o amor do haion. Queria está sempre ao lado dele. Poder dar o amor que a outra não pudera dar.
Aquele triste pensamento só a deixava mais cansada. Seus olhos começaram a se fechar, reclinou a cabeça sobre a beirada da cama e dormiu para se esquecer dos pensamentos que a atormentavam.
Continua...
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