Da Morte para a Vida escrita por DRACENA


Capítulo 18
Capítulo 17




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- O que você veio fazer na casa da Kagome, Mirok? – desconfiada.
- Eu vim atrás de você Sangozinha. Como não estava em casa e a luz da casa dela estava acesa pensei que poderia está com ela.

Sango e Mirok haviam acabado de sair da casa de Kagome.
Inu Yasha havia insistido que não queria ir para o hospital. Então estava no seu quarto dormindo.
Os dois agora estavam indo para suas casas.
A noite já não estava tão escura. Em pouco tempo o sol voltaria a reinar novamente. Uma brisa fresca inundava o local trazendo uma gostosa sensação de bem estar.

- Sango você vai trabalhar agora pela manhã?
- Sim. Eu não sou você que pode acordar até 10 horas da manhã – caçoando.

Ele parou, enlaçou a cintura dela e encarou-a sério.

- Sango eu não estou brincando. Você precisa descansar. Não dormiu nada a noite toda, pois ficou cuidando do Inu Yasha.
- Mirok eu sei me cuidar! – irritada.
- Eu sei. Mas isso não me impede de não me preocupar.
- Não precisa, seu bobo – e beijou o rosto dele.

O rapaz a soltou e eles recomeçaram a andar, dessa vez, felizes e de mãos dadas. Pararam na porta da dela.

- Promete que vai tentar dormir um pouco?
- Porque acha que não vou dormir agora?
- Eu te conheço. Sei que acha inútil dormir agora e que vai começar a trabalhar assim que eu sair.

Ela abaixou os olhos, pois era exatamente isso que pretendia fazer. Mirok levantou o queixo dela e olhou fundo nos olhos castanhos.

- Prometa que vai tentar descansar um pouco.
- Mas...
- Prometa.
- Está bem, general – disse batendo continência e sorrindo.

Mirok inclinou a cabeça sobre ela. Sango percebeu o brilho intenso daqueles olhos pouco segundos antes dele alcançar sua boca e abrir seus lábios, faminto, como se tivesse esperado a noite toda por isso. Seu sangue fluiu mais rápido nas veias. Seu corpo relaxou entre os braços dele, entregando-se agora sem qualquer resistência a seus beijos longos e profundos.

“Calma Mirok já esta amanhecendo. Ela esta cansada, se controle e a deixe entrar”.

Com muito esforço, o rapaz se afastou e beijou a testa dela.

- Boa noite Sangozinha.
- Boa noite – atordoada.

Ele a deixou sozinha.

-Eu não acredito que ele não tentou nada...

Só que ela não sabia se estava feliz ou decepcionada.




Kagome entrou no quarto e se aproximou da cama onde o haion dormia tranqüilamente. A sua face estava tão serena, mais parecia que à noite anterior não ocorrera.
Ela estava muito cansada, mas não queria se afastar dele, queria está ao seu lado quando acordasse.
Ajoelhou-se no chão, ajeitou o cobertor e retirou alguns fios prateados do rosto dele. Sorriu ao vê-lo franzir o nariz e mexer as orelhas de cachorro. Um sorriso terno e ao mesmo tempo triste.

“Sentir tanto medo por ver todo aquele sangue. Tanto medo e raiva. Raiva por não ter dito que havia se machucado tanto. Raiva por não aceitar a minha ajuda, mesmo depois daquele beijo tão maravilhoso que me transportou ao céu e agora eu me encontro no inferno”.

Talvez tenha sido um beijo
E nada mais
Mas eu fiquei assim
Talvez...
O teu perfume não me deixa em paz
Você ficou em mim
Por que eu só penso em você
Preciso te encontrar
Mais uma vez te ver
Eu quero tanto te falar
Atende que sou eu
Me apaixonei
Talvez...



Sentou-se no chão e deixou que pequenas lágrimas fluíssem.

“Será que ele não sentiu nada? Será que pra ele foi só um beijo? Deve ter sido. Ele só pensa na Kikyou. É duro admitir isso, mas ela é a única mulher no coração dele e não a lugar para mais nenhuma”.

Ah! Diz para mim,
Tudo aquilo que eu preciso ouvir da sua voz
Ah! Diz para mim,
Que você também andou pensando em nós


Estranhamente ela não sentia raiva, só tristeza de não ter o amor do haion. Queria está sempre ao lado dele. Poder dar o amor que a outra não pudera dar.

Talvez...
Tenha sido um sonho e nada mais
Mas eu fiquei assim
Talvez...
O teu sorriso não me deixa em paz
Você ficou em mim
Por que eu só penso em você
Preciso te encontrar
Mas uma vez te ver
Eu quero tanto te falar
Atende que sou eu
Me apaixonei
Talvez...



Aquele triste pensamento só a deixava mais cansada. Seus olhos começaram a se fechar, reclinou a cabeça sobre a beirada da cama e dormiu para se esquecer dos pensamentos que a atormentavam.

Continua...


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