Ele levantou o rosto dela e a fez encará-lo. Não sabia o porquê, mas precisava beijá-la, sentir os seus lábios nos dela, tê-la junto de si. Foi aproximou-se lentamente, para que se ela deseja-se, pudesse afasta-se. Mas ela não o fez. Desejava muito aquele beijo. Precisava dele junto a si. Agora sabia o quanto. Beijo-a como um selvagem, fazendo-a acreditar que estava viajando numa estrela cadente. Ela retribuiu abrindo os lábios devagar.
Inu Yasha a abraçou, apertando-a contra o corpo. Parecia que eram um só. O abraço foi de dor e prazer, satisfazendo o desejo a tanto reprimido. Uma sede primitiva de carinhos os tomou. A boca começou a saborear os lábios, de mansinho, sentindo agora o gosto doce do mel.

De repente Kagome interrompeu o beijo. Ele fitou-a sem entender o motivo da interrupção. Até que notou a expressão preocupada e a mão ensangüentada dela. Durante o beijo se esquecera por completo do ferimento nas costas.

-Está sangrando demais. Tenho que levá-lo ao para o hospital.
-Não preciso de hospital nenhum. Vou ficar bem sozinho.
-Mesmo assim não podemos ficar aqui. Precisamos estancar o sangramento. Se apóie em mim e vamos pra casa.
-Eu não preciso da sua ajuda. Eu posso muito bem me virá sozinho.
-Muito bem então vá sozinho! – Brava, Kagome o soltou e começou a caminhar lentamente na sua frente. Este quase caiu quando ela o largou e sentiu aquela estranha sensação de perda. Mas logo recuperou a postura e deu um passo. Sentindo-se mais confiante, deu o segundo e acabou caindo de joelhos, sem forças.

-Vai ou não vai admitir que de vez em quando você precisa de ajuda?
-Eu não preciso da ajuda de ninguém! – irritado.
-Então se levante sozinho.

Ele tentou se levantar, mas sentiu um dor insuportável.

-Haion idiota, todos precisamos de ajuda mesmo não querendo. Isso não o torna mais fraco. Vamos me der sua mão agora antes que esse ferimento piore.

Inu Yasha a fitou em dúvida. Aceitou a mão estendida, levantou-se com cuidado e se deixou conduzir por ela. Foram andando em silêncio. Cada um pensando em tudo que ocorrera.

-Mas o que houve aqui?!
-Sango o que está fazendo acordada há essa hora?
-Estava me deitando quando ouvir um barulho estranho, mas isso não vem ao caso. O que aconteceu?
- O Inu Yasha está ferido. Ajude-me a levá-lo para dentro e depois eu lhe conto tudo – O haion ia começar a protestar, mas foi bruscamente interrompido – E nem fale nada. Você já pensou em fazer um regime?

Ele se deixou levar a contra gosto pelas garotas, pois não queria começar a brigar.
Quando estavam perto da casa viram Mirok descendo os degraus da varanda de Kagome.

-Inu Yasha como você é sortudo!
-Por que está dizendo isso?
-Como por quê? Existe sorte maior do que ser carregado por tão belas criaturas?

As duas ficaram vermelhas.

-Existiria quando não se tem um ferimento de quase meio metro nas costas que não para de sangrar – retrucou.
-Mirok você pode abrir a porta e sair do caminho – irritada.
-Claro Sangozinha.

O levaram para dentro e o colocaram na cama.

Continua...