Pov. Edward.

Eu realmente estava muito feliz por Jacob e Leah,  apesar de Bella me garantir que eles tinham um relacionamento totalmente de amizade, meu ciúmes era imenso, e não só pelo fato de ele ser tão intimo dela e de minhas filhas, mas também pelo fato de ele ter vivido tão próximo delas durante tanto tempo.

Eu já tinha tudo planejado, não conseguia esperar até o dia dos namorados para pedir minha Bella em casamento. Eu a queria tanto que não me segurava de ansiedade. Seria hoje. Reservei um restaurante em Port Angels, e inclusive falei com meus sogros sobre eles ficarem com as netas esta noite. Eles concordaram felizes. Pelo menos Renée estava radiante, pois também lhes contei que pretendia pedir sua filha em casamento.

Meu sogro era simpático ao seu jeito, não que ele não tenha gostado de mim, mas eu o sentia mais distante e reservado que Esme, Bella me disse que ele sempre foi assim, na dele, mas eu sei que há algo mais nisso tudo. Eu até o entendo, pois tenho duas filhas e não serei tão simpático assim quando começarem a aparecer namorados, aliás, isso já até está acontecendo, mas prefiro pensar que é tudo uma grande bobagem infantil.

— Está pronta, amor? — perguntei da porta de seu antigo quarto.

— Já estou descendo. — ela gritou de dentro do closet. — Deixe de ser impaciente.

— Eu não sou, amor. — falei rindo e revirando os olhos. — Mas temos reservas.

— Tudo bem, Edward. — ela falou saindo impaciente do closet. Bella estava linda. Ela é sempre linda, mas hoje ela estava radiante, não por suas roupas ou por seus cabelos estarem mais brilhantes do que nunca. Eu via que ela estava feliz, e isso me deixou muito bem, imaginando-a quando ela ouvisse o pedido de casamento.

Já estávamos saindo de casa, quando minha Renesmee me para na pequena escada que tinha na calçada.

— Papai. — ela esticou seus bracinhos para eu pegá-la no colo. Eu sabia que ela queria me dizer algo, pois já havia me despedido dela e de Carlie. — Eu te amo. — ela disse me abraçando.

— Eu também te amo. — falei retribuindo o abraço.

— Quando chegar o senhor me acorda pra dizer se a mamãe aceitou? — ela perguntou me fazendo ficar surpreso. Como ela sabia?

— O que? — perguntei um pouco confuso e ela sorriu sapeca.

— Eu achei o anel, e a vovó me contou há pouco tempo. — ela riu envergonhada. — Eu ia dizer à mamãe que ela tinha um anel muito bonito, mas a vovó me pegou primeiro, e disse que era surpresa. — ela me surpreendia cada vez mais.

— Ah, que bom que a vovó te pegou primeiro, não é? — falei e ela concordou. — O papai vai falar pra você primeiro, eu prometo. — falei e ela sorriu concordando.

— Posso contar pra Carlie? — ela perguntou curiosa. — Ela é meio fofoqueira, mas a mamãe já vai estar com o anel, né? — eu ri.

— Pode, depois que eu e sua mãe sairmos de casa, você pode contar. — Renesmee estava certa, Carlie iria comemorar antes da hora. Ela concordou e a coloquei no chão, pois Bella estava vindo ao nosso encontro.

— Por que está aqui fora, mocinha? — Bella perguntou e ela sorriu pra mim.

— Vim dar um beijo no papai. — ela disse sapeca.

— Hm... E o meu? — Bella perguntou ciumenta. — Só tem o papai agora é?

— Não! — ela falou apressada e pulou assim que Bella estendeu os braços para ela. Depois de um beijo e abraço nossa filha correu para dentro de casa, e pudemos sair em direção ao restaurante. Como o restaurante era em outra cidade, demoramos cerca de meia hora para chegar lá.

Estava tudo saindo como o combinado, uma mesa mais afastada reservada, o champanhe preferido de Bella estava sendo servido e a mesa com as luzes de velas estava com a claridade perfeita, emoldurando o rosto de minha pequena perfeitamente e fazendo contraste com sua pele macia e quase transparente.

Nossos pratos já estavam sendo retirados da mesa quando finalmente conclui que estava na hora de eu entrar em ação e começar com minha declaração ensaiada. Certo, não ficou boa e eu desisti dessa parte ensaiada e resolvi apenas ser eu mesmo.

— Bella. — peguei sua mão sorrindo e ela me olhou esperando eu continuar. — Estar aqui com você, conhecendo mais de você e de minhas filhas só me fez ver o que eu já tinha certeza anos atrás. — falei e ela sorriu largamente. — Eu te Amo, sempre amei, desde o primeiro momento que nos vimos; desde o primeiro contato eu sentia algo diferente em você, amor.

— Edward. — ela falou balançada, e pedi com o dedo em seus lábios para ela apenas me escutar.

— Eu sempre soube que era você. Minha mulher, minha companheira, meu amor, minha vida, meu tudo. Eu fui idiota de não ter feito isso anos atrás, de ter esperado tanto tempo para dizer tudo o que sempre quis. — falei já me levantando da mesa e me ajoelhando ao seu lado, ela arregalou os olhos e pude ver surpresa e expectativa em seu olhar.

— Edward. — meu nome saiu com um sussurro em sés lábios.

— Bella, eu te amo, você é a mulher da minha vida. — falei vendo suas lagrimas escorrerem por seu lindo rosto e sentindo meus olhos arderem também emocionados. — Isabella Marie Swan, você aceita se casar comigo? — perguntei abrindo a pequena caixa de veludo e vendo-a soluçar e chorar ainda mais emocionada. Seus olhos transpareciam tudo o que eu queria ver, emoção, felicidade, paz, carinho, companheirismo e amor, muito amor.

— Sim. — ela disse mordendo os lábios depois. — É claro que sim, Edward. — ela falou e eu coloquei o anel em seu dedo, para depois grudar meus lábios nos seus em um beijo casto e amoroso, demonstrando o tamanho de minha felicidade.

— Eu te amo. — falei e ela me abraçou.

— Eu também te amo, muito. — ela disse feliz e voltou a colar a boca na minha. Depois de um tempo, eu voltei à minha cadeira e vi Bella corar e olhar para baixo. Eu olhei em volta e todos os outros casais nos olhavam emocionados e algumas mulheres com um pouco de inveja.

— Não precisa sentir vergonha. — falei e ela negou.

— É só por costume, amor. — ela disse e riu. — Estou tão feliz. — ela falou e ficamos ali, apenas nos olhando e dando singelos sorrisos vitoriosos.

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— Você não pode acordá-la, amor. — Bella implorou pela décima vez, enquanto eu ainda tentava sem sucesso acordar a dorminhoca da Renesmee. Ela nem se movia.

— Desisto, ela não acorda. — falei baixinho pois Carlie dormia do lado. — Amanhã ela descobre.

— Não acredito que até essas baixinhas sabiam, e eu nem desconfiava. — Bella falou incrédula, já estávamos saindo do quarto.

— Papai. — ouvi a voz sonolenta me chamar depois de uma risada de Bella. — Eu to acordada, agora. — ela falou manhosa e voltei até ela juntamente com Bella.

— Oi, princesa. — falei indo em sua direção e vi Carlie se remexendo também. — O papai prometeu, lembra? — ela acenou com a cabeça que sim e sorriu olhando para a mão de Bella.

— A mamãe disse sim. — ela afirmou sonolenta e ouvi um muxoxo do outro lado, era Carlie ela estava acordando. — Oba! — Renesmee comemorou sorridente e sonolenta. — A mamãe disse sim, não foi papai? — ela falou e eu respondi contente.

— Sim, ela disse sim. — Falei e Bella correu até nossa filha para abraçá-la.

— Obrigada, mamãe. — ela disse abraçando Bella, eu olhei elas duas e vi Carlie sorrindo e me olhando feliz. Peguei-a em meu colo e ela se aconchegou em mim. — Eu amo vocês. Muito. — minha filha continuou declarando.

— Oh, meu bebê, eu que agradeço. — Bella falou emocionada. — A mamãe é que agradece por vocês serem sempre tão teimosas, insistentes e tão espertas.

— O papai também agradece, viu? — falei brincando e elas riram. Bella viu Carlie e correu para abraçá-la também, foi minha vez de pegar Renesmee e levá-la comigo para o quarto de Bella, que veio logo atrás com Carlie no colo. E dormimos em família novamente. Nossas filhas no meio de nós dois e com sorrisos satisfeitos na boca, e eu e Bella ainda nos encaramos por minutos incontáveis, até que a inconsciência nos atingiu em cheio, me levando para um mundo de sonhos perfeitos.

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— É lindo, né, Nessie? — eu podia ouvir os cochichos das duas. — O papai tem bom gosto, né? — Carlie continuou falando.

— Sim, eu puxei a ele. — Renesmee falou presunçosa e pude até imaginar os olhos de Carlie revirando. Fui vencido pela curiosidade e resolvi abrir os olhos, me deparando com elas analisando o anel na mão de minha futura esposa, que ainda dormia relaxada. Elas nem sequer perceberam que eu acordei, estavam bastante concentradas em não acordar a mãe.

— Bom dia, Flores do dia. — falei um pouco alto e elas gritaram juntas e assustadas. Bella acordou de repente e me olhou curiosa, então eu fiquei com pena delas Eu podia ter dito pelo menos mais baixo né?

— Papai, que susto. — Carlie falou e depois riu acompanhada de Renesmee.

— Foi grande, mesmo. — Renesmee falou com a mão no peito.

— Quer matar sua família, amor? — Bella perguntou nervosa mas depois sorriu e veio até mim.

— Nunca. — falei e aceitei de bom grado seus lábios nos meus.

— ECA! — ouvi os gritinhos das duas que saíram correndo do quarto nos fazendo rir.

— Isso é novidade. — falei sorrindo.

— Até mesmo para mim. — Bella falou rindo da atitude das meninas. — Deve ser coisa do meu pai.

— Me lembre de agradecê-lo depois, então. — falei satisfeito e ela riu.

— Vamos descer logo, amor. — ela falou indo trocar de roupa, dormimos com as mesmas de ontem. Aproveitei e fui fazer o mesmo, logo depois de tomar um bom banho morno ao lado de minha noiva. Minha noiva. Nunca me canso de pensar nisso.

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— Meus parabéns. — Leah disse animada, e Jacob também nos parabenizou.

— Vocês estão convidados para serem meus padrinhos. — Bella falou animada. — Não aceito na como resposta.

— Eu não diria não. — Leah falou e Jacob sorriu diante da felicidade das duas. Eles resolveram levar nossas filhas até a praia de La Push. Hoje estava um pouco mais quente, e a neve, mais uma vez nos tinha dado uma trégua.

Despedimo-nos das meninas, que chegariam em casa logo depois do almoço. Viajaríamos às cinco horas da tarde, então elas teriam que voltar logo. Charlie e Renée foram junto com elas, no intuito de nos ceder um tempo a sós e também de obter um tempo a mais com as netas.

Eu e Bella decidimos fazer uma pequena trilha, ela queria me mostrar um lugar especial, e, assim que nos despedimos de todos que foram rumo a La Push, saímos em direção ao lugar que Bella queria me mostrar. Depois de andarmos por uns vinte minutos de carro, entramos na trilha, e demoraram exatos vinte minutos a pé, também.

Quando chegamos ao lugar, Bella caminhou na frente e correu pela linda clareira de rosas coloridas e totalmente aberta e bem iluminada. Ela sorriu de longe e eu admirei a beleza de sua pele e seus cabelos a luz daquele sol. Ela estava radiante.

— O que achou, amor? — ela perguntou de longe e corri em sua direção.

— É linda. — falei e ela sorriu depois me beijou.

— Eu descobri isso aqui em uma crise adolescente. — ela disse rindo. — Eu tinha brigado com minha mãe, e resolvi fugir de casa. Mas acabou a gasolina do meu carro, e eu corri pela trilha até chegar nesse lindo lugar. — ela disse se deitando e deitei ao seu lado.

— É realmente lindo.

— Sim, é. Desde então eu vinha sempre aqui, quando estava feliz, quando estava triste, com raiva, decepcionada ou quando queria um tempo para mim, era aqui que eu me refugiava.

— Entendo por quê. É lindo e muito iluminado, sei o quanto gosta da sensação do sol em sua pele amor. — falei e ela concordou.

— Amo. — ela disse abrindo os braços com a cabeça jogada para trás e rindo. — Demais. — me deitei sobre ela e começamos uma sessão de beijos, abraços e caricias mais intimas.

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— Adeus, pai. — Bella se despedia agora do pai e minhas filhas ainda estavam agarradas a avó, elas choravam e isso estava me deixando cada vez pior.

— Tchau Bells, até logo. — ele falou fazendo Bella sorrir.

— Até logo papai, até meu casamento. — ela sorriu. — E me prometa que vai passar um bom tempo por lá.

— Claro, filha. — Charlie disse e ainda deus um aceno para Renesmee e Carlie, que já haviam se despedido dele e vinham em direção ao carro de Jacob e Leah. Eles iriam nos deixar no aeroporto, Jacob só iria amanha já levando Leah.

— Ah! Esqueci a Boneca da Aninha. — Renesmee falou e correu para dentro de casa novamente. Senti o celular vibrar em meu bolso e assim que vi uma foto de minha mãe sorri. Estava sem falar com ela durante todo o fim de semana.

— Oi, mãe. — falei feliz, mas ouvi sua respiração falha do outro lado da linha.

— Filho. — ela falou nervosa. — Edward! Não acredito que tenha sido tão irresponsável, meu filho. — minha mãe falou um pouco chorosa.

— Mãe, o que aconteceu?

— Tânia esta aqui em casa Edward. Ela esta grávida! Grávida, Edward! — minha mãe falou gritando e meu coração parou na mesma hora. Que historia é essa?

— O quê? Como? — fiquei sem saber o que falar, principalmente quando vi os olhos de Bella me instigando. — Mãe, eu estarei chegando em algumas horas. — falei decidido e desliguei o telefone sem me despedir.

— O que aconteceu Edward? — Bella me perguntou preocupada. Eu ainda pensava se era uma boa idéia contar, mas por fim não adianta tentar adiar essa conversa.

— Tânia esta lá em casa. — falei e ela me olhou com os olhos surpresos.

— Na nossa casa? — ela perguntou raivosa.

— Não! — falei rápido. — Na casa dos meu pais. — falei suspirando pesado, ela me olhou confusa e eu tentei confortá-la.

— O que ela quer? — Bella perguntou receosa.

— Ela disse que esta grávida. Grávida de mim. — eu falei e ela m olhou com tristeza e decepção. Vi minha filha chegando feliz com a boneca nas mãos e Carlie estava dentro do carro entretida com Jacob e Leah, que nada sabiam dessa nossa conversa.

— O quê? — ela perguntou com a mão no coração. — Que...

— Eu não sei, amor. — falei e ela me olhou séria e sua mascara de indiferença se instalou novamente. — Bella. — pedi segurando em seus braços. — Olhe, eu só peço que confie em mim, não duvide de mim, eu te amo, amo nossas filhas. E eu juro que sei tanto quanto você dessa historia, eu só preciso que confie em mim.

— Eu confio. — ela falou me abraçando. — Eu tenho medo de perdê-lo novamente.

— Você nunca, eu repito, Bella, nunca ira me perder para qualquer outra mulher. — falei e me agarrei a ela novamente. — Eu te amo e você é tudo pra mim.

— Eu também te amo. — ela disse beijando meu pescoço. — Vamos resolver isso juntos.

Renesmee entrou no carro ainda me olhando com curiosidade, mas ao ver eu abraçado a sua mãe pensou que estava tudo bem. Agradeci por isso e novamente beijei Bella na boca. Eu tenho certeza que Tânia só pode estar louca de vez isso sim. Mas tudo que eu precisava era de Bella ao meu lado, e eu sei que ela estaria, sei que ela estava realmente confiando em mim.

Assim que chegássemos a New York, eu trataria de resolver essa historia sem fundamentos. Pelo menos eu acho que seja sem fundamentos, pois não estava tendo nada com Tânia havia pelo menos mais de dois meses. Desde o dia em que minhas filhas bateram em minha porta, esse foi o exato dia em que eu e Tânia tivemos nosso ultimo envolvimento, em meu escritório.

Logo chegamos ao aeroporto, e o avião também não demorou a sair, já estava acomodado com Bella ao lado de Renesmee e eu ao lado de Carlie. As duas dormiam calmas e Bella já estava no mesmo estado, mas eu sei que ela realmente dormiu para fugir dessa realidade. Ela estava certa, não precisávamos lidar com isso agora, não agora.

Assim como elas, a inconsciência logo tomou conta de mim, me fazendo esquecer essas últimas horas. Por que sempre que tudo está tão perfeito, algo tem que dar errado?

Mas de uma coisa eu tinha certeza, eu iria tirar essa historia a limpo e botaria um ponto final nessa obsessão de Tânia. Ela não podia mais se meter na minha vida e na de minha família, ela tinha que seguir em frente.